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Tribunal de Haia pede prisão de Obama

O promotor-chefe do Tribunal Internacional de Haia, Luis Moreno Ocampo, pediu hoje segunda-feira (16/05/10) a liberação de mandados de prisão contra o presidente dos EUA, Barak Obama, seu vice e o chefe da inteligência da CIA. 

O três membros do governo são acusados de comandar ataques contra civis durante as revoltas populares que ocorrem no mundo inteiro, desde que tomaram posse. 

A secretária de Estado Hillary Clinton, afirmou, após o anúncio do pedido, que o tribunal é um bebê e que nenhum mandado por ele expedido será acatado nos States.

A notícia acima nunca iremos ler, ver ou ouvir.

Se Osama Bin Laden estivesse no Brasil

[...] por Carlos Chagas

Vamos supor, só para argumentar, que em vez de descoberto, vigiado e assassinado na cidadezinha de Abbotabad, próximo da capital, Islamabad, Osama Bin Laden tivesse sido detectado em Ceilândia, perto de Brasília. Ou em Petrópolis, a um pulo do Rio. Quem sabe em São Bernardo, ao lado de São Paulo? Possíveis essas hipóteses seriam, dadas as redes de  proteção que hoje  favorecem os bandidos em todo o planeta.

Teriam feito o quê, os Estados Unidos? Não se duvide, a mesma coisa que acabam de fazer no Paquistão: montariam em segredo excepcional esquema de vigilância, organizariam uma equipe de assalto e, depois da execução e do sumiço do cadáver, diriam-se desconfiados do apoio do Brasil ao inimigo público número 1 da Humanidade. Para justificar a quebra da soberania brasileira e o sigilo da operação, nada como lançar depois o boato da  cumplicidade de grupos locais, até integrantes do  governo. Por isso Dilma Rousseff não teria sido avisada...

Não se trata do  teatro do absurdo, mas de um real e  abominável  expediente capaz de confirmar Nietsche e seus seguidores:  verdadeira é a versão do  mais forte. Ético, justo e até bonito é o vencedor, importando menos quantas leis internacionais possam ter sido  quebradas.

JOGO SUJO
Fica evidente a relação de causa e efeito entre a “operação Bin Laden” e a sucessão  presidencial americana. Porque se desde 2009 a CIA tinha detectado a presença de Osama Bin Laden  próximo da capital do Paquistão, porque só agora desencadeou-se a operação para o seu assassinato? Justo na hora em que despencava a popularidade do presidente  Barack Obama e quando parece prestes a se abrir a temporada sucessória nos Estados Unidos?

Nossas oposições e seus porta-vozes na mídia acabam de desencadear intensa campanha contra o Lula. Divulgam o quanto aumentou, em 2010, a distribuição de publicidade governamental, assim como quantas obras do PAC foram anunciadas nos meses anteriores  à eleição de Dilma Rousseff. Chegam a ligar a perspectiva de aumento da inflação ao comportamento do ex-presidente na campanha, enquanto acham plenamente justa a manobra de Obama para pleitear um seguindo mandato.

por Alon Feuerwerker

[...] Carochinha

Em qualquer canto do planeta, uma casa misteriosa, sem telefone ou internet, chamaria atenção se estivesse encravada numa região de quartéis e academias militares. Regiões de concentração militar são vigiadas.

Ainda mais num país nuclear infestado pelo terrorismo, e possuidor de um vizinho inimigo também nuclear.

Mas no Paquistão ninguém pensou em investigar o que havia, afinal, naquela estranha edificação em Abbottabad.

Entre a chegada e a saída dos helicópteros americanos na ação que executou o chefe da Al Qaeda foram cerca de 40 minutos. Nesse tempo houve tiros, um helicóptero pifou e foi parcialmente destruído.

Em quase uma hora de ação, nem um guardinha de esquina paquistanês chegou para ver o que estava acontecendo. E isso, repito, a poucas centenas de metros da principal academia militar do Paquistão.

Se tudo for mesmo verdade, eu consigo imaginar a festa agora do outro lado da fronteira, na Índia. Imagino o alívio dos indianos por notar que o inimigo é um amador patético.

Mas duvido que a Índia esteja a festejar. Pois é difícil acreditar que tenham sido mesmo só dois descuidos, o de deixar Bin Laden morando ali pacificamente e o de não perceber a ação dos comandos americanos.

Mesmo não sendo original, uma boa hipótese de trabalho é que o terrorista estivesse ali sob proteção. E que em algum momento alguém deixou de ter interesse em protegê-lo.

A democracia terrorista

A história dos Estados Unidos da América nos últimos séculos é a história da farsa. 

A maior democracia do mundo faz fora o que não é capaz de fazer dentro, em seu território, contra seu povo. Inventam inimigos para ganhar eleições. Financiam e empossam ditadores para escravizar povos e confiscar suas riquezas naturais. Assim é, assim foi, em anos e anos de domínio e desprezo por povos menos desenvolvidos. Até bem pouco tempo, fez da América Latina sua latrina, legando a nós a submissão e as atrocidades de sanguinárias ditaduras que vitimaram, sobretudo, o desenvolvimento de um sentimento de nação, de povo, de Estado.

Depois de engordarem e adestrarem Saddan Hussein, em sua eterna luta pelo domínio do Oriente Médio e de seu petróleo, elegeram-no inimigo, viabilizando mais uma eleição para o presidente de olhos miúdos George W. Bush. Tudo, com uma farsa inventada pelos EUA e aprovada pelo servilismo do mundo inteiro, das maiores potências mundiais.  Era o início do martírio e do inferno para o pobre povo do Iraque, que com a ajuda das maiores democracia do planeta, viu seus dias de paz mutilados, contando com uma cumplicidade e complacência planetária. Uma escandalosa vergonha mundial!

Depois desse episódio, que decepou o sentido de liberdade no Planeta, instaurou-se um lamentável sentimento de constrangimento no mundo. Ainda assim, alguns anos depois, o presidente dos EUA, um negro com nome árabe, viaja o mundo falando em liberdade, em democracia, na autodeterminação dos povos. 

No Brasil, com desenvoltura de um esgrimista, defendeu isso em todos os canais de comunicação, quando, no outro dia, invadia e matava líbios, tendo a participação de aviões não tripulados. Os EUA são isso, um país que faz guerras enviando aviões não tripulados. Onde tem gente, lançam bombas, sem considerar os que estão ao redor de seus alvos. E os EUA mentindo e matando, matando e mentindo.

O êxito das ações de Osama Bin Laden e sua rede de terror só foi possível pelo seu treinamento especial recebido nas trincheiras nebulosas da CIA. Os EUA investiram no dedicado discípulo para bombardear, instabilizar e dominar o mundo árabe. Suas fotos ao lado do líder mundial Bush pai estão aí, publicadas mundo afora.

Um, faz o terrorismos de Estado, aprovado e aplaudido por aqueles que defendem a liberdade e a democracia. Um terrorismo oficializado, sem rosto, eufemizado. Outro, faz o terrorismo escancarado, das ruas, do rosto exposto e divulgado mundo afora. A grande diferença entre eles é que são iguais, que matam e mutilam povos, que escravizam corações e mentes, aterrorizam a Humanidade.

Se buscarmos nas páginas da memória, encontramos as mais belas lições da História escritas pela luta da independência dos EUA, coisa que orgulha a Humanidade até os dias de hoje. No entanto, o país que ousou lutar e conquistar a liberdade, com seu exército de homens e ideais, hoje é apenas um fantasma, uma sombra, um vulto, que assombra e atormenta o mundo inteiro.
por Petrônio Souza 

Propaganda . publicidade e marketing

A Casa Branca prossegue usando descaradamente a imagem do terrorista Osama Bin Laden para fortalecer a imagem do outro.

Lá para eles yanques de meia pataca pode até convencer. Mas, para a opinião pública mundial os EUA mente mais que o Pinóquio.

Para desopilar, comparem a imagem de Osama em casa, que a CIA divulgou e a charge do Obama, que Guy Morad fez. 
Osama
Obama

There was revenge, not justice

Someone needs to be an enemy of himself and contrary to humanitarian values ​​is minimal approve the nefarious crime of terrorism from al Qaeda Nov. 11, 2001 in New York. But for all titles is unacceptable that a state, militarily the most powerful of the world to respond to terrorism has transformed himself into a terrorist state. That's what Bush did, suspending democracy and limiting the duration of some unconditional rights, which were the prerogative of parents. He did more, he led two wars against Afghanistan and against Iraq, which devastated one of the oldest cultures of mankind in which they were killed over a hundred thousand people and over one million displaced.
It renewed the question that almost anyone interested put: why it produced such terrorist acts? Bishop Robert Bowman of Melbourne Beach in Florida who was formerly military fighter pilot during the Vietnam War said, clearly in the National Catholic Reporter, an open letter to the President: "We are the target of terrorists because, in much of the world, our government stands for dictatorship, bondage and human exploitation. We are the target of terrorists because they hate us. And they hate us because our government does things odious. "
He did not say anything Richard Clarke, head on terror White House in an interview with Jorge Spot issued by Globonews of 28/02/2010 and repeated on 03/05/2011. Had warned the CIA and President Bush that an Al Qaeda attack was imminent in New York. Do not listen to him. Soon after occurred, which filled him with rage. That anger rose against the government when he saw that with Bush lies and falsehoods, by sheer will to maintain imperial hegemony, declared a war against Iraq that had no connection with September 11. The anger reached a point which for health and decency to resign from office.
More striking was Chalmers Johnson, a top CIA analysts also the same journalist in an interview on May 2 this year in Globonews.Met inside the harm that more than 800 U.S. military bases produce across the globe because evoke anger and outrage people in broth for terrorism. He cites the book by Eduardo Galeano "The Open Veins of Latin A." to illustrate the atrocities that the intelligence agencies by Americans have made here.Denounces the imperial character of Governments, founded on the use of inteligiência recommends that coups, assassinations of leaders and organizations how to torture. In protest, he resigned and then professor of history at the University of California. He wrote three volumes "Blowback" (retaliation) which provided for a few months in advance, the retaliation against U.S. arrogance in the world. Heralded as the prophet of September 11. This is the background to understand the current situation that culminated in the execution of criminal Osama bin Laden.
The bodies of U.S. intelligence are some losers. For ten years, scoured the world to hunt down bin Laden. Nothing did. Only by using an immoral method, the torture of a messenger from Bin Laden, managed to get to their hideout. Therefore, they had no merits.
Everything in this hunt is under the sign of immorality, shame and crime. First, President Obama, like a "god" ordered the execution / killing Bin Laden. This goes against the universal ethical principle of "no kill" and international agreements that prescribe the arrest, trial and punishment of the accused. So if Hussein did to Iraq with the Nazi criminals in Nuremberg, with Eichmann in Israel and with other defendants. Bin Laden chose to play intentioned crime for which Barack Obama will one day meet. Then they invaded the territory of Pakistan, without any prior warning of the operation.Then the corpse is abducted and cast into the sea, a crime against piety, family law that each family has to bury their dead, criminals or not, because as bad as they are, they never cease to be human.
No justice. It was made revenge, always wrong. "Vengeance is mine" says the God of the scriptures of the three Abrahamic religions. Now we are under the power of an emperor who weighs about the murder charge. And the crowds necrophilia diminishes us and shames us all.
Leonardo Boff is the author of Fundamentalism, terrorism, religion and peace, Voices 2009.

Justiça?

[...] Não! EUA se vingou

Fez-se vingança, não justiça
Alguém precisa ser  inimigo de si mesmo e contrário aos valores humanitários mínimos se aprovasse o nefasto crime do terrorismo da Al Qaeda do 11 de novembro de 2001 em Nova Iorque. Mas é por todos os títulos inaceitável que um Estado, militarmente o mais poderoso do mundo, para responder ao terrorismo se tenha transformado ele mesmo num Estado terrorista. Foi o que fez Bush, limitando a democracia e suspendendo a vigência incondicional de alguns direitos, que eram apanágio do pais. Fez mais, conduziu duas guerras, contra o Afeganistão e contra o Iraque, onde devastou uma das culturas mais antigas da humanidade nas qual foram mortos mais de cem mil pessoas e mais de um milhão de deslocados.
Cabe renovar a pergunta que quase a ninguém interessa colocar: por que se produziram tais atos terroristas? O bispo Robert Bowman de Melbourne Beach da Flórida que fora anteriormente piloto de caças militares durante a guerra do Vietnã respondeu, claramente, no National Catholic Reporter, numa carta aberta ao Presidente:”Somos alvo de terroristas porque, em boa parte no mundo, nosso Governo defende a ditadura, a escravidão e a exploração humana. Somos alvos de terroristas porque nos odeiam. E nos odeiam porque nosso Governo faz coisas odiosas”.  
Não disse outra coisa Richard Clarke, responsável contra o terrorismo da Casa Branca numa entrevista a Jorge Pontual emitida pela Globonews de 28/02/2010 e repetida no dia 03/05/2011. Havia advertido à CIA e ao Presidente Bush que um ataque da Al Qaeda era iminente em Nova York. Não lhe deram ouvidos. Logo em seguida ocorreu, o que o encheu de raiva. Essa raiva aumentou contra o Governo quando viu que com mentiras e falsidades Bush, por pura vontade imperial de manter a hegemonia mundial, decretou uma guerra contra o Iraque que não tinha conexão nenhuma com o 11 de setembro. A raiva chegou a um ponto que por saúde e decência se demitiu do cargo.
Mais contundente foi Chalmers Johnson, um dos principais analistas da CIA também numa entrevista ao mesmo jornalista no dia 2 de maio do corrente ano na Globonews. Conheceu por dentro os malefícios que as mais de 800 bases militares norte-americanas produzem, espalhadas pelo mundo todo, pois evocam raiva e revolta nas populações, caldo para o terrorismo. Cita o livro de Eduardo Galeano “As veias abertas da A.Latina” para ilustrar as barbaridades que os órgãos de Inteligência norte-americanos por aqui fizeram. Denuncia o caráter imperial dos Governos, fundado no uso da inteligiência que recomenda golpes de Estado, organiza assassinato de líderes e ensina a torturar. Em protesto, se demitiu e foi ser professor de história na Universidade da Califórnia. Escreveu três tomos “Blowback”(retaliação) onde previa, por poucos meses de antecedência, as retaliações contra a prepotência norte-americana no mundo. Foi tido como o profeta de 11 de setembro. Este é o pano de fundo para entendermos a  atual situação que culminou com a execução criminosa de Osama Bin Laden.
Os órgãos de inteligência norte-americanos são uns fracassados. Por dez anos vasculharam o mundo para caçar Bin Laden. Nada conseguiram. Só usando um método imoral, a tortura de um mensageiro de Bin Laden, conseguiram chegar ao seu esconderijo. Portanto, não tiveram mérito próprio nenhum.
Tudo nessa caçada está sob o signo da imoralidade, da vergonha e do crime. Primeiramente, o Presidente Barak Obama, como se fosse um “deus” determinou a execução/matança de Bin Laden. Isso vai contra o princípio ético universal de “não matar” e dos acordos internacionais que prescrevem a prisão, o julgamento e a punição do acusado. Assim se fez com Hussein do Iraque,com os criminosos nazistas em Nürenberg, com Eichmann em Israel e com outros acusados. Com Bin Laden se preferiu a execução intencionada, crime pelo qual Barak Obama deverá um dia responder. Depois se invadiu território do Paquistão, sem qualquer aviso prévio da operação. Em seguida, se sequestrou o cadáver e o lançaram ao mar, crime contra a piedade familiar, direito que cada família tem de enterrar seus mortos, criminosos ou não, pois por piores que sejam, nunca deixam de ser humanos.
Não se fez justiça. Praticou-se a vingança, sempre condenável.”Minha é a vingança” diz o Deus das escrituras das três  religiões abraâmicas. Agora estaremos sob o poder de um Imperador sobre quem pesa a acusação de assassinato. E a necrofilia das multidões nos diminui e nos envergonha a todos.
Leonardo Boff autor de Fundamentalismo,terrorismo , religião e paz, Vozes 2009.

Terrorism

The American people celebrated with street parties, murder in cold blood by 40 heavily armed men, a political opponent, housed in a foreign country invaded by U.S. troops, slaughtered, unarmed, inthe presence of the daughter of 12 years. His hiding place was achieved, according to official sources, thanks to the torture ofpolitical prisoners in American jails, outside of its territory.

Corpse
Nobody believes the U.S. government since its president (the former) lied, accusing Saddam Hussein have weapons of mass destruction. Today no one believes, even, that bin Laden diedthere.

Crime without body
Why Americans are afraid to show pictures of the corpse of BinLaden? Because he was trampled by the troops of 40 highly trained soldiers, who killed him, when they could, quietly, to have him arrested and put on trial?

Lie
We all saw the death of Bin Laden was seen by President Obama,live in his office next to the ministry. Now, another lie. They say hedid not see the slaying in cold blood of unarmed opponent. Justshut your eyes at the execution.

Fear
The Americans left the party after the murder they realize thatterrible revenge will come to their territory and their compatriots on the part of orphans, widows and victims of the U.S. Army. Not onlythe sons of bin Laden. Those who are being slaughtered in Iraq, Libya and Afghanistan. They saw that other towers could fall, because of the hatred which give rise in the world for its brutality,its disrespect for human rights, its defiance of international law.

Terrorismo

O povo americano comemorou, com festas nas ruas, o assassinato, a sangue frio, por 40 homens fortemente armados, de um adversário político, abrigado em território estrangeiro invadido pelas tropas ianques, trucidado, desarmado, na presença da filha de 12 anos. Seu esconderijo foi conseguido, segundo fontes oficiais, graças à tortura de prisioneiros políticos em prisões americanas, situadas fora de seu território.

Cadáver
Ninguém acredita no governo dos Estados Unidos desde que seu presidente (o anterior) mentiu, acusando Saddam Hussein de deter armas de destruição em massa. Hoje não se crê, sequer, que Bin Laden haja morrido.

Crime sem corpo
Por que os americanos não têm coragem de mostrar fotos do cadáver de Bin Laden? Porque ele foi espezinhado pelas tropas de 40 militares altamente treinados, que o mataram, quando podiam, tranquilamente, tê-lo prendido e submetido a julgamento?

Mentira
Todos vimos que a morte de Bin Laden foi vista pelo presidente Obama, ao vivo, em seu gabinete, ao lado do ministério. Agora, outra mentira. Dizem que ele não viu o trucidamento, a sangue frio, do adversário desarmado. Só se fechou os olhos na hora da execução.

Temor
Os americanos deixaram de festejar o assassinato depois que se aperceberam de que vinganças terríveis poderão advir para seu território e seus compatriotas da parte dos órfãos, viúvas e vítimas do Exército americano. Não só os filhos de Bin Laden. Também os que estão sendo massacrados no Iraque, na Líbia e no Afeganistão. Viram que outras torres poderão cair, por conta do ódio que suscitam no mundo, por sua brutalidade, seu desrespeito aos direitos humanos, sua insubordinação às leis internacionais.

Terrorismo

Depois do ato terrorista patrocinado pelos EUA no Paquistão contra o terrorista Osama Bin Laden, é bom que os responsáveis pela entrega do Nobel da Paz a Barak Obama, pensem seriamente em conceder nobre honraria in memoriam ao sr. Adolfo Hitler...

por Alon Feuerwerker

[...] alguns instantes para compreender

Consta que mesmo no finzinho do Terceiro Reich, com o exército soviético às portas de Berlim, os escalões superiores do nazismo guerreavam entre si pela sucessão do führer caído, ou prestes a cair.

Vista retrospectivamente, foi uma exibição da irracionalidade que acompanha o alheamento nas situações extremas de derrota. Acontece também nas grandes vitórias, como euforia incontrolável.

Mas esse diagnóstico da irracionalidade dos candidatos a herdeiro de Adolf Hitler em abril/maio de 1945 é análise em retrospectiva, coisa sempre facílima de fazer. O produto do trabalho do engenheiro de obra feita nunca apresenta problemas. É sempre perfeitinho.

Até a Segunda Guerra Mundial não havia o hábito de responsabilizar criminalmente governantes de países derrotados no campo de batalha. O Tribunal de Nuremberg foi uma novidade.

E a cúpula nazista confiava em duas variáveis para ganhar a condescendência anglo-americana.

A possibilidade de a guerra prosseguir, agora entre o Ocidente e a União Soviética. E a suposta necessidade de os aliados precisarem de um Estado alemão para administrar a população e o território.

Como se sabe, os cálculos dos nazistas estavam errados. No fim, quem não se suicidou morreu na forca ou pegou cadeia pelo resto da vida, ou quase.

O Tribunal de Nuremberg talvez seja o símbolo mais explícito da ética das guerras. Quem as ganha costuma ganhar também o direito de narrá-las conforme a conveniência. E de fazer o juízo sobre os atos dos beligerantes.

É cruel mas é assim. Nenhum líder aliado da época pagou pela decisão de, no fim do conflito e com a Alemanha já militarmente condenada, bombardear cidades alemãs que não podiam ser consideradas alvos militares strictu sensu.

É aliás uma ferida aberta na história alemã. Motivo de evocação periódica ali de nacionalistas e neonazistas.

O objetivo era quebrar a moral da população e reforçar a inevitabilidade de os alemães se renderem incondicionalmente.

O mesmo valeu para as bombas atômicas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki. Elas tiveram dupla utilidade para os Estados Unidos. Evitaram o imenso custo material e humano que significaria guerrear pela conquista territorial do Japão. E mandaram um recado para a União Soviética.

Eis por que a dúvida retórica sobre se Nagasaki e Hiroshima foram o último ato da Segunda Guerra ou o primeiro da Terceira. Que, como se sabe, não chegou a acontecer do jeito temido.

Os limites éticos e legais à brutalidade nas guerras são coisa recente. Têm um efeito, pois certos procedimentos, brutais ao extremo, hoje carregam risco bem maior de consequências desagradáveis para quem comete.

Mas a essência da ética nas guerras continua a mesma: vale mesmo no fim das contas é ganhar.

Quando Barack Obama venceu a eleição americana uma parte dos analistas cometeu certo erro primário. Entendeu que a eleição do negro democrata era a senha para a retirada da superpotência.

Mas Obama é presidente dos Estados Unidos para defender o interesse nacional dos Estados Unidos, ainda que numa situação nova.

Os Estados Unidos estão em guerra contra movimentos de origem islâmica, aliados a outros de raiz antiamericana mas laica, que pretendem extirpar a presença e a influência de Washington do Oriente Médio, e do mundo muçulmano em geral. E do mundo em geral.

A missão de Obama é ganhar a guerra, não capitular. Nem fazer um bom acordo de retirada. Se não trabalhar para cumprir a missão será ejetado da cadeira. Simples assim.

Cada um faz seu cálculo. Calcula se é melhor confrontar ou compor. No Egito, por exemplo, a Fraternidade Muçulmana parece inclinada à segunda hipótese.

O presidente dos Estados Unidos tem a missão de ganhar as guerras em que os Estados Unidos estejam metidos. É o comandante-em-chefe.

Eis uma verdade simples, que deve ter ficado bem clara nos últimos dias aos protetores e amigos paquistaneses de Osama Bin Laden.

Uma verdade que o próprio teve pelo menos alguns instantes para compreender, na plenitude.

A lei

[...] do Talião deve prevalecer numa sociedade dita "civilizada"?

BARACK OBAMA IGUAL A ERNESTO GEISEL?

Por Carlos Chagas
Os episódios recentes no Paquistão e na Líbia lembram com clareza aquilo que o jornalista Elio Gaspari publicou em livro, a respeito da reação do general Ernesto Geisel ao ser informado de que um grupo de subversivos chilenos havia sido morto pelas forças de segurança, ao tentar entrar no Brasil: “Tem que matar mesmo, não é?”

No caso, matar sem julgamento, em especial nos países onde não há pena de morte. Qual a diferença entre o tonitruante general-presidente e o ameno Barack Obama, para quem  justiça foi feita com o assassinato de Osama Bin Laden?

Ambos justificaram as mortes sem sentença judicial por conta do execrável comportamento de subversivos e terroristas, uns explodindo as Torres Gêmeas, quartéis, navios e embaixadas, outros seqüestrando, assaltando bancos e matando.

Abre-se o século sob discussão que vem de tempos imemoriais: deve o poder público adotar as mesmas táticas dos adversários postados à margem da lei? Prevalece na Humanidade o Talião, aquele do “olho por olho e dente por dente”?

Torna-se difícil explicar  às famílias de centenas de milhares de vítimas que o Estado tem limites, quando constituído para gerir a sociedade organizada segundo princípios justos e democráticos. Não sendo assim, prevalecerão  a barbárie, a vontade e os interesses do mais forte.

Assistimos, na mesma semana, a execução sem julgamento de Bin Laden e, não muito longe, na Líbia, o bombardeio dos palácios de Kadaffi, onde morreram um filho e netos do ditador. E pela ação dos mesmos, afastado o eufemismo de que foram aviões da Otan a atacar Trípoli. Eram americanos, da mesma forma como os helicópteros utilizados no Paquistão.

Seria bom meditar na evidência de que Barack Obama e Ernesto Geisel possuem muito mais semelhanças do que diferenças.