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1º Vice-presidente da Câmara Federal declara voto a favor da Democracia

 
O deputado Waldir Maranhão (PP-MA), 1º vice-presidente da Câmara dos Deputados até hoje aliado de Eduardo Cunha (Pmdb-RJ) e do vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP), surpreendentemente mudou de opinião e anunciou que votará contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff no próximo domingo, (17/04).
"Eu e mais de 12 deputados do PP vamos votar a favor da democracia e contra o golpe", afirmou o deputado, sem nomear os demais parlamentares de seu partido que também votarão contra o golpe.
Até este momento é a pior notícia do dia para os golpista. 
E a melhor para os democratas.

Aline Moraes contra o golpe


#GolpeAquiNãoPassa

#OGolpeÉFichaSuja



Um dos principais defensores da moral e ética e feroz adversário do governo Dilma Rousseff, o deputado Pauderney Avelino, líder do DEM na Câmara, foi condenado a devolver R$ 4,6 milhões aos cofres da prefeitura de Manaus; segundo auditoria do Tribunal de Contas do Amazonas, Avelino praticou sobrepreço nos contratos de aluguéis de prédios usados como escolas no período em que foi secretário de Educação da capital

Toda luta vale a pena e não existe vitória pequena


Protestos marcados para hoje sexta-feira (15/04) será uma ínfima demonstração do que pode acontecer no Brasil caso os golpistas insistam em desrespeitar a vontade soberana dos 54.501.118 milhões de brasileiros que elegeram democraticamente a presidente Dilma. 

Quem quiser ser presidente do país, que se candidate e conquista nas ruas e nas urnas a maioria dos votos. No tapetão, levam não!

Charge do dia

– Charge do Duke, via O Tempo.
Enquanto isso no STF Pôncios e piratas lavam as mãos, desde que beneficie os golpistas. Julgam a jato para beneficiar os Cunhas da vida. E para prejudicar os democratas julgam movidos a lenha. 

É pela democracia


Não é apenas por causa de uma mulher
Não é apenas por causa de um homem
Não é apenas por causa de um governo
Não é apenas por causa de um partido

É pela Democracia!

Briguilina da hora

Ou como um democrata esculacha um pena-paga do pig

Delator na lava jato: É surreal Eduardo Cunha conduzir o impeachment

O empreiteiro Julio Camargo, um dos principais delatores na Operação lava jato, que revelou contas de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no exterior e se disse ameaçado por ele, quebrou o silêncio e concedeu sua primeira entrevista, ao jornalista Henrique Beirangê, da revista Carta Capital. Disse ele que, um impeachment conduzido pelo presidente da Câmara "é surreal". "De qualquer forma, tenho certeza, a verdade tarda, mas não falha. Vai chegar a hora do julgamento dele. Se a gente quer de fato mudar este País, o Cunha precisa ser extirpado do cenário", afirmou. Para Camargo, Eduardo Cunha debocha da sociedade brasileira e conta com a cumplicidade do Poder Judiciário. "Acho um desacato ao povo brasileiro. Entendo e respeito os ditames do Judiciário. O que me espanta é a morosidade. São muitos fatos concretos sem nenhum ação da Justiça a respeito", enfatizou.

Temer e Aécio na Lava Jato
Sobre o vice-presidente Michel Temer, ele também fez um alerta: "Quem será o novo presidente? O 'grande jurista' e vice-presidente Michel Temer tem seu nome vinculado à Lava Jato. Se o Eduardo Cunha se tornar o presidente, seria o fim da nação. Tenho 64 anos e já fui convidado para morar fora do País. Nunca pensei, mas se o Cunha assumir o governo, não haveria alternativa."
Em relação ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), ele também o colocou numa má situação. "Está na mesa posição do Michel Temer, hoje sob suspeição. Não votaria no Aécio de jeito nenhum."
Camargo disse ainda que Lula foi o maior presidente da história do País. "O Lula foi o maior presidente da história do Brasil, ninguém pode dizer nada em contrário. É uma vítima de um processo eleitoral e do sistema político.

Contra o golpe Ciro Gomes solta o verbo

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Michel [traíra] Temer está enrolado até o gogó na Operação lava jato. Ele é aliado de Eduardo [trombadinha] Cunha em tudo que não presta.

Entrevistado na Rádio Jornal, hoje de manhã quinta-feira (14/04) o presidenciável do PDT na eleição de 2018, falou sobre um improvável governo Temer.

“Governo Temer é um desastre porque não tem legitimidade, a população não votou nele e não o reconhece. Michel Temer é aliado de Eduardo Cunha em tudo que não presta. Ele está enrolado até o gogó e é o responsável pelos presos do PMDB na Lava Jato”, afirmou Ciro.

Na conversa, o pedetista criticou a escolha de Eduardo Cunha pela votação do impeachment no domingo (17). “Esse irresponsável do Cunha marcou pra um domingo e pode haver mortes na frente Congresso”, declarou.

Frase e imagem dos que defendem a democracia

Charge do dia

– Vamos evitar essa imoralidade, cobre do deputado federal que elegeu a votar contra o golpe. Curta, comente, compartilhe essa ideia. 
Não faça como os Pôncios e piratas do STF que por omissão na prática estão apoiando os traíras e trombadões que pretendem roubar o seu voto.

Michel traíra Temer nem imagina o que tem a temer

Se o golpe passasse ele seria caçado de uma maneira que nem imagina

Dilma versus Cunha, a origem, por Sérgio Medeiros

Não foi mera coincidência o fato que, dos 38 votos de deputados a favor do impeachment na Comissão da Câmara, 35 tem pendências perante a Justiça.
Esta é apenas uma constatação.
E, basta juntar apenas mais dois fatos e teremos um quadro completo sobre a origem deste ódio de Cunha em relação a Dilma.
No caso, a força de dois fatos, cuja comprovação se impõe por sua própria essência, tem o condão de implodir todo esta imensa teia de manipulações e mentiras - diariamente veiculada pela grande  mídia, capitaneada pela Globo, Folha SP e Veja -, bem como, de forma expressa desmascara quem usa a comunicação para desvirtuar a verdade, difundir o ódio, e proteger os interesses dos ladrões e dos que são atingidos pelas medidas de combate a corrupção.
E, não por acaso, sistematicamente tais fatos não são mostrados na imprensa, pois eles, com seu simbolismo e sua força factual, alicerçados na realidade simples, acessível e clara a todas as pessoas de boa vontade, são por demais transparentes e não se prestam a forjar mentiras, mas por vias retas, mostram a verdade.
Refiro-me aos seguintes fatos, que viraram notícia em momentos diferentes e à revelia de seus divulgadores:
O primeiro, constante da delação premiada do Senador Delcidio, na qual, de forma textual, ao final de seu relato sobre a corrupção em Furnas, ele afirma que esta somente teve fim, “há uns quatro anos atrás, quando:  DILMA, teve praticamente que fazer uma intervenção na empresa para cessar as práticas ilícitas”, e que, esta mudança na Diretoria de FURNAS foi o início do enfrentamento de DILMA ROUSSEF e EDUARDO CUNHA, vejam a parte do texto, em que estes fatos são narrados, pagina 141 do Termo de Delação Premiada... 
O segundo fato (a demissão em si, sem as versões da imprensa que tentam distorcer até mesmo um simples fato, o afastamento destes “Diretores”), por estar mais longe no tempo, não está tendo a repercussão devida, mas, devido a sua importância e sua intrínseca ligação com o outro fato acima abordado, assim como, por definir e tornar claro o marco do início da guerra contra a corrupção instalada no Estado brasileiro, é que, neste momento, torna-se imprescindível seu resgate:
Quatro anos atrás, na mesma época,  Dilma começou a limpeza na Petrobrás.
Olhem as notícias, lembrem os fatos, tirem suas conclusões, em 12 de abril de 2012, Paulo Roberto Costa, Renato Duque e Jorge Zelada, foram demitidos da Petrobrás, pela Presidente Dilma (antes da Lava-Jato).
Como previsto, após uma reunião da diretoria da Petrobrás, foram anunciados os nomes dos diretores desligados da quarta maior petrolífera do mundo. Paulo Roberto Costa, diretor de abastecimento, Renato Duque, de engenharia e Jorge Zelada. Nenhuma surpresa para os visitantes do Petronotícias.
Hoje, os três diretores se despediram do comando da empresa. Duque e Zelada saíram por decisão do Conselho. Paulo Roberto Costa (foto) foi demitido diretamente por Graça Foster, que deve chamar alguém de sua confiança. Ele deu adeus, mas disse que não compreendeu o motivo de sua demissão. Graça já havia mencionado o desejo de eliminar ligações partidárias entre as diretorias da empresa e está movimentando suas cartas, para desgosto dos partidos políticos que já obtém nomeações do PT e do PMDB. http://www.petronoticias.com.br/archives/8187
Dois fatos, em meio a tantos, mas com uma simbologia inexcedível.
Quem compactua com a corrupção jamais faria a limpeza que Dilma fez, mas, em sentido contrário, quem fazia parte ou compactuava com tais desmandos, faria tudo contra este novo modo de fazer política.
A estas atitudes de Dilma, levantaram-se toda a imprensa Globo, Veja, Folha SP, e com eles, a parte dos políticos que desde longa data se beneficiaram de tais práticas desonestas e corruptas.
Seria até mesmo desnecessário citar Eduardo Cunha, mas, perante esta campanha insana da imprensa, que deliberadamente protegia este deputado, dentre outros, finalmente, põe-se em pratos limpos, o porquê do verdadeiro ódio que ele e um grupo de oposicionistas devotava ao governo.
Explica-se agora, que este ódio sem medidas, tem um fundamento, ou Dilma derrota o Monstro, ou o monstro toma conta novamente das estruturas econômicas do Estado.
Duas medidas simples, mas reveladoras das intenções da Presidente Dilma, e capazes de destruir todas as infâmias que incessantemente a imprensa (golpista – e a cada dia temos mais provas disso) tenta impingir a população brasileira.
A honestidade e a decência não podem ser condenadas, porque, nos momentos mais difíceis, vem seus atos e suas obras em sua defesa.

Ficou claro que existem dois chefes do golpe, que agem em conjunto’, diz Dilma sobre áudio gravado e divulgado por Michel Traíra Temer

Discurso
Sobre o áudio, Dilma afirmou: “Se ainda havia alguma dúvida sobre o golpe, a farsa e a traição em curso, não há mais. Há um golpe de estado em andamento”. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
A presidenta Dilma Rousseff disse na tarde desta terça-feira (12), durante o Encontro Educação pela Democracia, no Palácio do Planalto, que a máscara dos golpistas caiu com o vazamento do áudio em que o vice-presidente faz uma espécie de discurso de posse, como se o impeachment já tivesse sido aprovado pela Câmara dos Deputados. Segundo Dilma, ficou claro que há dois chefes do golpe que agem em conjunto.
“Ontem utilizaram a farsa do vazamento para difundir a ordem unida da conspiração. Agora conspiram abertamente à luz do dia para desestabilizar uma presidente legitimamente eleita. Ontem, ficou claro que existem, sim, dois chefes do golpe que agem em conjunto e de forma premeditada. Ontem fiquei chocada com a desfaçatez da farda do vazamento. Vazando para eles mesmos. Se ainda havia alguma dúvida sobre o golpe, a farsa e a traição em curso, não há mais. Há um golpe de estado em andamento”, afirmou.
A presidenta explicou como funciona a tática dos golpistas para tentar retirá-la do cargo. “Não sei direito quem o chefe e o vice-chefe. Um deles é a mão, não tão invisível assim, que conduz, com desvio de poder, o processo de impeachment. O outro esfrega as mãos e ensaia a farsa do vazamento de um pretenso discurso de posse”, disse. “Cai a máscara dos conspiradores. O Brasil e a democracia não merecem tamanha farsa. O fato é que os golpistas que se arrogam, a condição de chefe e vice-chefe, do gabinete do golpe, estão tentando montar uma fraude para interromper no Congresso um mandato que me foi conferido pelos brasileiros”, complementou.
Dilma ainda tratou de um dos temas citados no áudio vazado e divulgado na imprensa: um suposto ‘pacto de salvação nacional’. “Como acreditar num pacto de salvação ou de unidade nacional, sem sequer uma gota de legitimidade democratica? Como acreditar que haverá sustentação para tal aventura?”, questionou antes de emendar. “Com farsas, fraudes e sem legitimidade ninguém pacifica, ninguém concilia, ninguém constrói unidade para superação de crises. Só as agrava e aprofunda”, destacou.
Em seu discurso, ela também relacionou a divulgação do áudio com o relatório da comissão especial do impeachment, aprovado na segunda (11) na Câmara dos Deputados. A presidenta chamou o texto de “frágil” por não apresentar justificativa jurídica para o impedimento.
“Na verdade, trata-se da maior fraude jurídica e política de nossa história. Sem ela, o impeachment sequer seria votado. O relatório da Comissão do Impeachment é o instrumento dessa fraude. O relatório é tão frágil, tão sem fundamento, que chega a confessar que não há indícios ou provas suficientes das irregularidades que tentam me atribuir. Pretendem derrubar, sem provas e sem justificativa jurídica, uma Presidenta eleita por mais de 54 milhões de eleitores”.
Segundo a presidenta, os próximos dias serão de ataques à sua imagem através de informações falsas, vazamentos ilegais de delações e manchetes escandalosas. “Eles caluniam enquanto leiloam posições do gabinete do golpe. Peço que todos estejam atentos e vigilantes. Tentarão de tudo, nos intimidar, nos tirar das ruas. Não aceitem provocações. Mantenham-se unidos porque não somos do ódio”.

A estupidez da burguesia ao ressuscitar a luta de classes no país

no Aliança pelo Brasil
A burguesia paulista, apoiada na grande mídia, ressuscitou a luta de classes no Brasil. Ela a terá. O único líder que, por sua autenticidade e representatividade junto às massas, poderia manter alguma forma de conciliação de classes no país é Lula. Entretanto, o genial procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não quer que Lula desempenhe esse papel. Com um desses atos de suprema inteligência política, ele ficou contra a presença do ex-presidente no governo Dilma. Ou seja, Lula tem que ser destruído, assim como Dilma e o PT.
Isso seria mais fácil na base de prisões arbitrárias em massa e campos de concentração. Alguns o  querem. Mas, para tanto, seria necessário um alto grau de passividade entre as vítimas. Como os judeus da Alemanha nazista, elas deveriam assumir uma atitude passiva sempre na esperança de que o mal maior não os atingiria, e aos seus. Creio que os nossos sem terra, os sem teto, os favelados, os trabalhadores e trabalhadoras que se consideeram espoliados pela burguesia, e pelo menos parte das Forças Armadas não se colocarão como guardiães e serviçais dos poderosos.
Claro, ainda há tempo de evitar o pior. As votações decisivas do impeachment ainda estão por vir. Há muitos parlamentares indecisos na Câmara e no Senado. A Fiesp, líder da luta de classes em nome do patronato, terá de pensar duas vezes antes de desembolsar completamente os R$ 500 milhões que reservou para comprar o impeachment, parte dos quais já foi direcionada para a grande mídia. De repente, porém, ela esbarra num parlamentar honesto que acabaria por denunciá-la. Além disso, em tempos de Lava Jato, ninguém está completamente tranquilo com dinheiro de corrupção. Quem viver verá!
Num de seus discursos inflamados, Lula afirmou que era o único capaz, se quisesse, de incendiar o país. Acrescentou imediatamente que não faria isso  porque é um homem de paz. Um desses promotores idiotas tomou a afirmação como uma ameaça à ordem. Entretanto, não só não é uma ameaça à ordem como também não é uma bravata. Se quisesse, Lula poderia efetivamente incendiar o Brasil. Ele não quer, e é bom que não queira. Mas não pensem que, numa situação de injustiça e exploração extremada, ele, fora do poder, venha a segurar a revolta  dos de baixo contra as classes de cima.
J. Carlos de Assis - Economista, professor, doutor pela Coppe/UFRJ, autor de mais de 20 livros sobre economia política brasileira.

Briguilina da manhã

O "improviso" de Michel traíra Temer vinha sendo costurado há um mês por uma junta de bestas iguais a ele. Uma obra-prima do folclore político brasileiro.
by @palmeriodoria 

Luís Nassif - o xadrez da segunda fase do golpe

Entra-se na semana decisiva da segunda rodada de impeachment – a primeira foi com Gilmar Mendes no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Nesse momento a preocupação maior é da oposição, já que os ventos viraram e ficou mais difícil conseguir quórum para o impeachment.
Pesquisa Datafolha
As movimentações das últimas semanas promoveram o mais radical início de reaglutinação política que já presenciei, maior do que no pós-ditadura, que resultou no PT, no PSDB, mais os dois partidos anteriores, PFL e PMDB.
Certamente será a semente do novo sistema partidário que surgirá em um ponto qualquer do futuro.
O desenho que vai se firmando é o seguinte:
Esquerda – graças ao #nãovaitergolpe, reaglutinação da frente de esquerda, centrada especialmente nos movimentos sociais e na área acadêmica e intelectual, mas tendo apenas Lula, não mais o PT, como ponto de convergência. Unem-se no combate ao golpe, depois espalham-se entre partidos à esquerda e mais à esquerda. O "ser de esquerda" ganhou um significado mais amplo do que o do pós-ditadura.
Centro –apoiada principalmente por uma frente de grandes empresas paulistas, lideradas pelo Itaú e pela Natura, com o apoio pontual da Folha e de movimentos temáticos de classe média jovem. Consegue aglutinar os desiludidos com a política que não embarcaram no canto de ódio. Marina não é a liderança ideal, mas um ponto de convergência.
Direita – renascida das cinzas pela manipulação da Lava Jato e ganhando vida própria com os Bolsonaros da política alijando definitivamente o DEM e o PSDB.
PSDB –um bicho híbrido que perdeu a perspectiva de poder. Tem o Procurador Geral da República e a força tarefa da Lava Jato como pontos de apoio de Aécio Neves; os CEOs paulistas, em torno da Lide, como ponto de apoio de Alckmin; e José Serra tentando apoiar-se em Temer. E todos sob as bênçãos de FHC, que não consegue uma ideia sequer como ponto de apoio para mover o partido. Graças ao seu fenomenal tirocínio, o PSDB conseguiu o feito político de escandalizar os socialdemocratas com seus arreganhos à direita; e de espantar a direita, com seu oportunismo típico da política tradicional.
Nesse novo desenho, a última pesquisa Datafolha trouxe as seguintes conclusões e dúvidas:

Caiu a máscara do conspirador


Esta foi a frase dita pela presidente Dilma Rousseff, ao saber do vazamento de um áudio do vice-presidente Michel Temer, em que ele fala como se já fosse presidente da República e pede "sacrifícios" à população; o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, também reagiu; "Estou estupefato. Ele está confundindo a apuração de eventual crime de responsabilidade da presidente Dilma com eleição indireta. Está disputando votos e transformou o processo numa eleição indireta para conseguir votos em favor do impeachment. Esse áudio demonstra as características golpistas do vice"; no áudio, Temer diz ainda que pretende manter programas sociais como o Bolsa-Família, o Fies e o ProUni; senador Lindbergh Farias (PT-RJ) classificou Temer como "golpista trapalhão"; colunista Jorge Bastos Moreno, do Globo, afirma que Temer deu "um tiro mortal" no impeachment.

Luís Nassif - o xadrez da bala de prata de Janot

Entra-se nos dias derradeiros para a primeira tentativa de impeachment com vários movimentos no nosso tabuleiro.
Movimento 1 - Rodrigo Janot usa a bala de prata contra Dilma.
A sequencia de ações contra Lula denotava uma intenção persecutória da Lava Jato. Caçar Lula tornou-se foco único. Depois, representações de toda ordem de outros procuradores, sempre tendo por alvo Lula e, por álibi, os factoides que provavelmente eles próprios plantavam na mídia.
No final do ano, quando a tese do impeachment esvaziou, coube ao Procurador Geral da República (PGR) Rodrigo Janot criar a nova linha de investigação, em cima do tríplex e do sítio de Atibaia.
À luz da razão, era nítida a perseguição. Mas o jurista por vezes tem razões que a própria razão desconhece. Aceitava-se, então, com alguma relutância a tese da impessoalidade das investigações e da perseguição ser mera consequência de um conjunto de circunstâncias.

Tereza Cruvinel - o jogo começou e será apertado

"Há algumas semanas era dada como certa uma acachapante derrota do governo. Ela pode acontecer na comissão, é provável que aconteça mas já no plenário a correlação de forças será outra, e vai se tornando favorável ao governo", afirma a colunista do 247 Tereza Cruvinel; segundo ela, nas últimas semanas o "não vai ter golpe" ganhou corações e mentes, e foi se criando a percepção de que Dilma Rousseff não é acusada de improbidade ou de qualquer delito moral mas de ter cometido irregularidades técnicas que estão longe de representar um atentado contra a Constituição; "Na medida em que as razões foram ficando claras, os que estavam inibidos pela avalanche de acusações e pelo terror da Lava Jato foram às ruas expressar seu apreço pela observância das regras do jogo democrático e gritar 'não vai ter golpe'".
Comentário:
Tenho certeza que a nossa vitória (Não vai ter golpe) será maior e mais fácil que muitos imaginam.