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Lula fura todas as bolhas, por Gilberto Marigoni

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Nas ruas e nas urnas Lula é Imbatível

"Lula está brilhando em sua passagem pelo nordeste. As cenas do ex-presidente com o povo são impressionantes. Ataca sem dó a situação. "O país não precisa ser a merda que é", diz, em linguagem clara para todos. Não tivemos em nossa História outra liderança com tamanha capacidade de interlocução com os de baixo. Nem mesmo Getúlio.
Lula fura todas as bolhas e parece galvanizar uma vontade coletiva dos que perderam a esperança, numa espécie de retomada de um fio condutor da Nação consigo mesma.
Desesperançados e desesperados se ligam em sua pessoa, na busca de incertos “bons tempos” existentes no imaginário coletivo e no diferencial do que é a hecatombe do governo Temer com seus anos no Planalto.
Ao mesmo tempo, o ex-presidente joga um bolão naquilo em que é insuperável. Estica a corda de um lado e alivia de outro.

Em entrevista ao programa de rádio de Mário Kertèsz, na manhã de sexta (18), saiu-se com esta:
“Eu conheço bem o Meirelles. É um homem de mercado. Quando o Meirelles aceitou ser meu ministro, presidente do Banco Central, ele tinha sido o deputado federal mais votado pelo PSDB de Goiás. Eu o convenci (...) e devo muita gratidão ao Meirelles. Muita. Pela lealdade com que ele se comportou quando trabalhou comigo. (...) Acho que o Meirelles teria contribuído para a Dilma ".
Trata-se de lulismo na veia. Repetiu de viva voz o que faz na desde a “Carta aos Brasileiros”, de 2002, ao prometer mudança aos de baixo e manutenção das regras aos de cima. Entre duas opções contraditórias, Lula escolhe ambas e espera para ver que bicho vai dar, azeitando tudo com sua incomparável habilidade. Se fosse Hamlet, não se enrolaria no “Ser ou não ser”. Adotaria as duas opções.
O ex-presidente não parece fazer as duas falas no mesmo comprimento de onda. Para o grande público, joga para cima a autoestima popular, numa quadra de desconstrução da Nação. É fulgurante..
A entrevista para Mario Kertèsz, por sua vez, embute outra lógica: a métrica para eternos acordos e redução de danos, feitos para audiência com endereço definido e restrito. É simplismo dizer que ele tem um discurso para cada plateia.
O ex-metalúrgico se move em baliza institucional estreita, premido pela perspectiva de condenação judicial e pela possibilidade real de vencer em 2018, se a disputa for minimamente limpa . E isso o leva a emitir a dupla mensagem no meio do fogo contrário. Declara guerra e iça a bandeira branca ao mesmo tempo.

Uma nova gestão petista periga ser mais rebaixada em enfrentamentos do que o mandato 2003-07. Isso não acontecerá apenas pela vontade do ex-mandatário, mas porque a correlação de forças é pior e porque as classes dominantes estão unificadas, ao contrário do que ocorreu há 15 anos. Mesmo assim, o grande capital não o engole em condições normais de temperatura e pressão. Alguém com sua impressionante legitimidade pode um dia ser incontrolável.
O diferencial real e concreto em Lula é sua campanha. Até agora e por maior que seja seu esforço, nenhuma fração burguesa significativa tem a perspectiva de se somar à sua pregação. Reportagens devastadoras nos noticiários televisivos, manchetes de jornais e revistas e obscuros magistrados loucos por aparecer, tudo pesa contra. É a materialização de uma maior agressividade do capital em tempos de crise, num novo ciclo de acumulação e concentração no plano global.
Por isso são inúteis os apelos de Lula por uma frente amplíssima, que envolva os miseráveis e a alta finança, como aponta seu aceno a Meirelles, sua cria.
Juntar as críticas aos dois comportamentos do petista - a pregação para amplas camadas populares com sua tentativa de atrair o grande capital – num único canal funciona para nós, em nossas bolhas.
Para Lula e para suas crescente plateias, parecem ser mundos diversos. Denunciar seu comportamento como “traição de classe” ou coisa que o valha é para lá de inócuo. Lula já mostrou: não pretende realizar transformação social alguma, mas buscar acordos sem luta. Está avisando para quem quiser entender. Seu intento é claro e é bobagem reclamar disso.
Embora muita gente tenha fórmulas mais eficientes na cabeça, quem atrai multidões e rompe bolhas é ele.
Resta ver se sua tática de chamar o golpismo – pois Meirelles representa o coração da ruptura de 2016 – para um chá com torradas surtirá efeito em tempos de depressão profunda, cenário muito pior do que a crise de 2002."

Francisco Costa - eleger Lula será pouco

Temer fechou o hospital do câncer, que atendia a 500 crianças; nos hospitais fluminenses está faltando anestesia e linha de sutura; museus estão fechando; os salários estão congelados e os investimentos públicos, parados; a dívida pública chegando na estratosfera (já é quase o triplo da dívida pública deixada por Dilma); a taxa de desemprego continua na sua taxa ascendente; a arrecadação, cada vez menor...

O país não está parado, mas regredindo. Só há dinheiro para as emendas parlamentares, para compras de votos, capazes de manter essa situação, e para o pagamento do sistema financeiro.

A corrupção nunca esteve tão ativa, começa no gabinete da presidência da república e termina nas periferias urbanas, entre policiais e bandidos, com os políticos em atividade única: impedir investigações, a operação Lava Jato acabou.

A Polícia Rodoviária Federal, por falta de combustível e manutenção da frota de veículos ficou limitada a atender aos acidentes com vítimas, com armas, drogas e contrabando em trânsito livre nas estradas brasileiras; a SAMU só está atendendo enfartados, acidentados no trânsito e suspeitos de traumatismo craniano ou de coluna vertebral, com os telefonistas fazendo as triagens, à distância; 200 000 caminhões estão parados, por falta de carga (ironia: os caminhoneiros foram fundamentais na queda de Dilma, por causa do aumento de centavos no preço do diesel, depois de ter ficado dois anos com o preço congelado).

E Lula com isso, cara pálida? Me perguntará o ocasional leitor mais atento.
Não se esqueça que uma PEC impôs esta situação pelos próximos vinte anos, o que quer dizer que, cumprindo-se o que está evidente, eleito, Lula terá que ter a maioria do parlamento para, com sucessivas PEC, desmanchar o desmonte promovido pelos golpistas nesse pouco mais de um ano de usurpação do poder.
Por mais completo e eficiente que seja um atleta, vestido numa camisa de força ou num escafandro o máximo que conseguirá será se manter de pé.

Ou a esquerda faz maioria no parlamento ou estaremos entregando Lula para o mesmo destino de Collor e Dilma, a deposição, ou para o incêndio da sua rica e rara biografia, por absoluta impossibilidade de fazer qualquer coisa.
Os golpistas entregarão a Lula um país em situação de pós guerra, arrasado, em situação muitíssimo pior que a que FHC o entregou.

Aos companheiros que ficam com essas perguntinhas altamente relevantes: “se as eleições fossem hoje, em quem você votaria, Lula ou Bolsonaro, Lula ou Ciro, Lula ou Aécio, Lula ou Marina...?”

Aconselho que comecem a perguntar: se as eleições fossem hoje, em que candidato a deputado federal você votaria, em que candidato a senador você votaria?

O mais é tietagem.

O banimento de Lula, por Jeferson Miola

O golpe pode não terminar em 2018, mas se tornar mais violento e ilegítimo
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A situação política brasileira nunca foi tão imprevisível como atualmente; são tempos de enorme imponderabilidade. Denúncias e escândalos se sucedem vertiginosamente, a Nação é desmanchada com incrível ferocidade e o Estado de Direito está sendo violentado até a morte por ataques contínuos à democracia.

Isso tudo se desenrola num ambiente de exceção jurídica e de caos institucional em que viceja a atuação anômala dos não-eleitos – os empoderados sem voto popular – na arena da política: a mídia, o judiciário, ministério público, polícia federal, sistema financeiro e o grande capital.

Todo arsenal de análise da conjuntura e prospecção do futuro que era válido até antes do golpe de 2016, hoje já não oferece muita utilidade. Se é difícil estimar as tendências para o dia seguinte, prospectar saídas de médio e longo prazos para a situação atual é uma tarefa irrealizável.

Chegamos, por outro lado, a um ponto em que valores e referências como a sensatez, a decência e a legalidade perderam totalmente sentido. Quem, em sã consciência, poderia imaginar que o conspirador Michel Temer ainda continuaria ocupando o Palácio do Planalto mesmo após ser flagrado altas horas da noite, numa agenda secreta, combinando crimes com um empresário-corruptor?

A blindagem assegurada ao Temer pela Câmara dos Deputados, com o objetivo de impedir seu julgamento pelo STF, é um marco da desfaçatez, do cinismo e da hipocrisia reinantes. A mesma maioria corrupta [e titular de inigualável ficha criminal] que derrubou a Presidente Dilma, protegeu o chefe da cleptocracia flagrado praticando nada menos que os crimes de corrupção, organização criminosa, obstrução da justiça e prevaricação.

Com este vale-tudo da política e da justiça, toda classe de vilania e tirania passou a ser autorizada, aceita e validada. No Brasil golpeado e submetido ao regime de exceção, vige um “novo normal” à margem do Estado de Direito e da democracia.

Se tudo pode ser feito sem obediência às normas e às regras instituídas e, além disso, em afronta ao pacto social de 1988, então tudo estará autorizado, tudo estará validado, e o Brasil continuará o mergulho trágico nas profundezas do regime de exceção.

A partir do momento em que o establishment consumou, com a cumplicidade do STF, o processo fraudulento que derrubou uma Presidente honesta e inocente para colocar em seu lugar um conspirador corrupto, iniciou-se o festival de arbitrariedades e abusos que está longe de acabar.

Neste festival, encontra-se juiz de primeira instância atuando como acusador que aplica o direito penal do inimigo para condenar seu inimigo sem provas, e também se encontra juiz da Suprema Corte que, além de conceder liberdade a criminosos ricos com os quais mantém relações privadas, também atua como militante do PSDB e conselheiro político do réu entrincheirado no Planalto.

A oligarquia não desfechou o golpe de 2016 pensando em devolver a normalidade democrática ao Brasil em seguida, logo na eleição seguinte – no caso, na de 2018, se for mantida. Para assegurar que isso não aconteça, o establishment trabalha para impedir, por todas as maneiras e meios, que as forças progressistas, nacionalistas e de esquerda tenham chances eleitorais de reconquistar o governo do país.

A hipótese de impedimento judicial da candidatura do ex-presidente Lula ganhou força nos últimos meses. A dúvida que faz com que este recall do golpe [Lula banido] seja feito, é saber se a exclusão ilegal dele da eleição causará a comoção popular que se supunha. A elite já aposta que isso não deverá ocorrer.

A eleição de 2018 sem o Lula na urna eletrônica será uma eleição suja, manipulada; uma eleição com enorme déficit democrático. O governo eleito numa eleição como esta será um governo carente de legitimidade, que enfrentará instabilidade política e conflito social intenso.

A continuidade do desmanche selvagem do Brasil e o aprofundamento do pacto de dominação rentista-liberal é a opção de guerra da oligarquia dominante contra o povo brasileiro e o ideal de Nação.

Este processo, contudo, não se dará sem resistências que serão crescentes, em padrões presumivelmente mais radicais e duros que atualmente.

A tentativa de contenção da luta e da resistência democrática será na base da repressão, da violência institucional e da supressão de direitos civis que são típicos em Estados de Exceção.

Caso não ocorra uma drástica mudança da correlação de forças em favor do povo, o futuro imediato que se anuncia para o país não será de restauração democrática, mas de incremento da violência e da ilegitimidade do regime de exceção.

O banimento político do Lula, neste sentido, é essencial para a concretização do plano da oligarquia golpista. A caravana do Lula pelo Brasil, iniciada em Salvador ontem, 18/8/2017, consagra o vínculo épico e mítico do maior personagem popular com seu povo – a classe dominante demonstra faro estratégico quando decide exterminar Lula.

Diogo Costa - vá se preparando


Para quem é muito novo e não teve a oportunidade de presenciar o que é uma campanha de Lula para a presidência (tem gente que terá quase 30 anos em 2018 e nunca pôde votar no Lula), é melhor ir se preparando. Será num clima ainda mais emocional.
Até eu, que não sou muito dado a paixões políticas em tom fortemente emocional, já estou começando a sentir uma imensa saudade e uma louca vontade de fazer campanha e de votar novamente em Luiz Inácio Lula da Silva (como em 1994, 1998, 2002 e 2006).
Em 1989 não deu pois um guri de calça curta não pode votar.
Enfim, daqui até 2018 - para o pleito falta pouco mais de um ano - o clima de "Volta Lula" vai aumentar cada vez mais.

Eleição 2018

  • Fhc
  • Aécio
  • Serra 
  • Doria
  • Alckmin
  • Luciano Hulk
  • Ciro
  • Bolsonaro?...

Todo mundo sabe que nas urnas e nas ruas, Lula não tem adversário à altura. A direita golpista que colocou Michel Temer lá no Palácio do Planalto também sabe e por essa razão deposita todas suas fichas no podre  poder judiciário.
Sei, não...
Mas acho que é melhor essa gente não insistir em impedir a candidatura de Lula em 2018.
Isso pode não acabar bem...

Moro, o óbvio, por Sérgio Saraiva

Ninguém acusa o juiz Moro de ser sofisticado em seus raciocínios – é certo. Tampouco a entrevista concedida ao autodenominado “grupo internacional de jornalismo colaborativo Investiga Lava Jato" poderá ser utilizada como prova de sua força argumentativa.

E, diga-se de passagem, igualmente, o que a Folha traz na sua edição de 30 de julho de 2017 não mostra que os jornalistas do tal grupo tenham feito qualquer força para tirar do juiz declarações que demonstrassem o contrário.

A bem da verdade, quando se espreme o conteúdo da entrevista, mais uma vez, está lá o juiz Moro se justificando de suas decisões.

Tal qual quando é questionado sobre as provas utilizadas na condenação do ex-presidente Lula.  Moro inicia afirmando que tudo está na sentença e que não fará comentários. E, em seguida, comenta. Melhor teria feito se ficasse na declaração padrão: “tudo que tinha para ser dito está nos autos”.

Isso porque Moro se sai com a explicação da “arma fumegante” para o uso de provas circunstanciais. Qualquer um que já tenha visto um filme americano sobre tribunais – os americanos adoram esses filmes – já ouviu essa explicação da boca do ator que faz o papel do promotor. Não da boca do que faz o papel do juiz, no entanto.

“Para ficar num exemplo clássico: uma testemunha que viu um homicídio. É uma prova direta. Uma prova indireta é alguém que não viu o homicídio, mas viu alguém deixando o local do crime com uma arma fumegando”.

Não, mesmo nos filmes, a explicação é mais profunda. Se alguém viu o assassinato ou se alguém viu uma pessoa com uma arma fumegante, trata-se de prova testemunhal. Qualquer júri de cinema consideraria que a testemunha “alega que viu”. E que somente isso não é prova suficiente para condenação. Afinal, é jargão dos tribunais chamar a prova testemunhal de “a prostitutas das provas”. Motivos óbvios.

A argumentação cinematográfica é de que se alguém é pego segurando uma arma fumegante junto ao cadáver de uma pessoa morta a tiros, isso por si só não é prova suficiente. Poderia tratar-se de um transeunte que, ao ver o cadáver e a arma junto a ele, cometeu a imprudência de apanhar e segurar a arma. Momento em que foi pego. Mas se essa pessoa, além de estar segurando a arma fumegante junto ao cadáver, era inimigo da vítima, isso é prova. Prova circunstancial, mas prova.

Pois bem, ninguém perguntou ao juiz Moro onde está a arma fumegante com as impressões digitais do Lula. Muito menos Moro esclareceu tal paradeiro, nos autos ou na entrevista.

Quando questionado sobre seus métodos e acordos em relação às delações premiadas que chegaram a ser classificados como "direito penal de Curitiba", com "normas que não têm a ver com a lei" pelo ministro Gilmar Mendes – insuspeito de qualquer traço de petismo, o juiz Moro poderia ter citado Maquiavel: fins nobres, tais quais o combate à corrupção, justificam-se por si próprios, não cabendo se questionar a nobreza dos meios utilizados para atingi-los.

Afinal, temos prisioneiros preventivos que nada delataram e por isso estão cumprindo pena há mais de dois anos e delatores réus confessos virtualmente perdoados.

Citando Maquiavel, Moro faria bela figura.

Moro, porém, preferiu a analogia com os resultados imprevisíveis do futebol que se diz ser uma “caixinha de surpresas” e alegou: “direito não é uma ciência exata”.

Interessante também outra analogia. Essa o juiz Moro faz entre a prisão de Eduardo Cunha – aliás, preso com fartura de provas obtidas pelo Ministério Público...  da Suíça -  e as queixas de falta de isenção da Lava Jato:

“... apesar das críticas de que há uma intensidade maior em relação a agentes do PT, temos preso e condenado um ex-presidente da Câmara [Eduardo Cunha], que era tido como inimigo do PT”.

Não. A isenção da Lava-Jato não se estabelece apenas por ela ter preso integrantes do PT, do PMBD e de outros partidos políticos. Mas sua seletividade sim, haja vista, ninguém do PSDB estar preso. Apesar dos “carecas”, “santos” e “mineirinhos”.

Eis aí outra vez Maquiavel: “aos amigos os favores, aos inimigos a fria letra da lei”.

Quando questionado sobre a divulgação dos grampos envolvendo a presidente Dilma, Moro saiu-se com uma inaudita análise constitucional de defesa da democracia liberal.

Que não se tente entender a profundidade do raciocínio “morino” que considera constitucional um juiz de primeira instância divulgar na imprensa gravações que envolvem a Presidência da República e que foram feitas ilegalmente – já que colhidas após o término da autorização judicial dada para a escuta de um investigado que, por óbvio, não era a presidente.

Basta que se entenda o que se resume em sua alegação da constitucionalidade dessa divulgação: “as pessoas tinham direito de saber a respeito do conteúdo daqueles diálogos”.

Não sei em que artigo da Constituição Moro se baseou para afirmar tal direito de cidadania. No artigo 5º da Constituição, com certeza não. Até porque é de lá que se extrai que “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas” e de que “é inviolável o sigilo... das comunicações telefônicas, salvo por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer”.

Mas, caso um dia, tal direito me seja acessível, gostaria de conhecer o que Moro disse em sorrisos ao pé do ouvido de Aécio Neves, quando daquela já clássica foto entre os dois.

E digo mais: “as pessoas tinham direito de saber a respeito do conteúdo daqueles diálogos”.

PS: Oficina de Concertos Gerais e Poesia: a verdade que surge do espanto. A pós-verdade que surge da impossibilidade da verdade. Qual verdade te engana mais?

Sem querer, O Globo prestou um serviço ao Brasil


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Globo descobre que Lula é a ponte para o futuro
 Todos se lembram da promessa. Bastaria depor a presidente Dilma Rousseff para que a confiança e os investimentos na economia brasileira retornassem.
No entanto, uma reportagem de ontem do jornal O Globo revelou o oposto. Com Michel Temer no poder, os investimentos federais recuaram nada menos que 15 anos no tempo, retrocedendo aos níveis de 2003, primeiro ano do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ao constatar a tragédia, O Globo também prestou um serviço ao País, demonstrando que, na prática, a única "ponte para o futuro" no Brasil se chama Luiz Inácio Lula da Silva.
Um gráfico publicado na reportagem indica que, quando assumiu, em 2003, os investimentos públicos representavam apenas 0,3% do PIB e subiram para mais de 1% do PIB, sendo mantidos nesse nível pela presidente Dilma Rousseff até o fim do seu primeiro mandato.
Ou seja: com políticas desenvolvimentistas, Lula e Dilma recuperaram a capacidade de investimento do Estado e aplicaram os recursos em grandes obras de infraestrutura, como os novos aeroportos, Belo Monte e as usinas do Rio Madeira.
No entanto, com Temer e com a quebra das construtoras brasileiras, também em razão do fator Lava Jato, houve o colapso do setor de infraestrutura.
No Brasil pós-golpe, não há nem ponte, nem futuro, como apontou o jornalista Fernando Brito, editor do Tijolaço (leia aqui).
do Brasil 247

Marigoni - a superação do lulismo?

Ganha corpo entre setores de esquerda uma teoria tão sedutora quanto furada: a de que a saída para o campo progressista seria "ultrapassar", "superar" ou mesmo "derrotar" o chamado lulismo.

A ideia é cativante, porque embora tenha propiciado elevações de renda e emprego e aumentado sobremaneira os índices de investimento na economia, os governos petistas terminaram no desastre das administrações Dilma Rousseff. Estas nos legaram a pior depressão desde que o IBGE consegue quantificar a expansão do PIB (1900).

No entanto, com todas essas limitações, pode-se ver agora, o grande capital, as transnacionais e seus aliados internos no golpe (judiciário, partidos de direita e grande mídia) queriam muito mais.

Almejavam, com a Ponte para o Futuro, dinamitar todas as pontes com os setores de centro esquerda que estavam no governo e aumentar a taxa de exploração dos trabalhadores. Em uma palavra, se Dilma representou o desastre (especialmente em seu segundo mandato), o governo Temer é a hecatombe.

A tarefa principal de qualquer agrupamento progressista e popular não pode ser superar o lulismo, mas o golpismo e suas medidas regressivas.

A brutalidade antinacional e antipopular da gestão peemedebista deveria suscitar a formação da mais ampla frente única contra suas iniciativas. Titubear nessa ação significa - de alguma forma - dar fôlego ao inimigo.

Ampla frente significa fazer aliança com quem - mesmo sendo diferente e tendo posições consideradas nocivas em uma etapa anterior - pode se somar diante da hecatombe.

Diante disso, a proposta de "superar o lulismo" não apenas é equivocada, como estabelece uma conflagração entre potenciais aliados. Isso auxilia o outro lado. Não é apenas um equívoco ou um erro. É trabalhar objetivamente para abrir caminho à ação contrária.

Pouco importa onde você esteve no verão passado. Se agora quer derrotar o mesmo oponente que eu, objetivamente é meu aliado!

Quem ultrapassou o petismo foi a direita e não a esquerda.

É preciso repetir tal frase alto e bom som, mesmo que não se goste do PT, de Lula e de seus aliados mais próximos.

Não é hora para marolas desse tipo.

Qual será a manchete principal do Fantástico hoje?

Golpe recolocou o Brasil no mapa da fome ou Joesley Batista nega existir conta de Lula e Dilma.

Eu aposto como nenhuma delas e você?

Helena Chagas: Lula lidera porque a pobreza aumentou, estúpido!

Alguns podem não entender ainda, mas estão a cada dia mais claras as razões pelas quais o ex-presidente Lula, mesmo sob o bombardeio da Lava Jato, e às vésperas de ser condenado, continua à frente nas pesquisas presidenciais de 2018. É a pobreza, estúpido! A manchete do jornal O Globo deste domingo é simbolo da enxurrada de dados negativos que comprovam o enorme retrocesso social dos últimos tempos: crise pode levar Brasil de volta ao mapa da fome, uma estatística da ONU, da qual havia saído há três anos.

Os personagens dessas estatísticas, na maioria parte do contingente de 14 milhões de desempregados, provavelmente não estão preocupados em verificar se a crise a qual se refere o jornal tem o nome Michel Temer ou Dilma Rousseff. Poderá mesmo vir a se chamar Rodrigo Maia.

Mas esse pessoal se lembra que, não muito tempo atrás, fazia parte da fatia de pelo menos 20 milhões de viventes que deixaram a linha da pobreza. Alguns conquistaram a casa própria no Minha Casa Minha Vida, compraram todos os eletrodomésticos que puderam no Minha Casa Melhor, viram seus filhos chegar à faculdade graças ao Fies ou ao ProUne, viajaram de avião… Chegaram, enfim, a fazer parte da chamada nova classe média.

Cadê ela, a nova classe média? Tomou doril. Mudou o governo, veio o ajuste fiscal, os programas sociais foram desidratados. Apesar de manter o discurso em torno do Bolsa Família, que atinge 25% da população, na prática o governo Temer excluiu beneficiários – num momento de crise em que a lógica indicaria exatamente o contrário –  desacelerou o aumento no volume de recursos e, recentemente, suspendeu o reajuste previsto. Encolheram também outros programas, como o BPC, o Farmácia Popular, o PPA, de compra de alimentos da agricultura familiar para distribuição à população de baixa renda.

Todo mundo sabe que nunca nos livramos da pobreza no Brasil. Mas é inegável que ela foi enormemente reduzida nos anos petistas, e a fome praticamente erradicada. O retrocesso social, agora, tem peso muito maior. É sempre muito pior tirar de quem já teve acesso a algum tipo de melhoria de vida do que manter o estágio anterior de iniquidade em que tantos brasileiros nascem, vivem e morrem.

São essas pessoas, incluindo a ex-nova classe média, que votam no Lula. Seriam, segundo os especialistas, aqueles 30% que, em tese, o PT sempre teve – o que não dá para ganhar a eleição. Teoricamente, o PT precisa daquela fatia da classe média que, de 2002 a 2014, completou o que faltava para eleger e reeleleger Lula e Dilma.

Esses, da velha classe média, são justamente os que mais se impressionam e revoltam com a corrupção, calcanhar de Aquiles de Lula hoje, e não parecem dispostos a voltar a votar no PT. A ver. Afinal, é também um pessoal sensível ao desemprego que se alastrou, à falta de perspectiva para seus filhos no ensino superior e na vida profissinal, à violência crescente nas grandes cidades e, agora, à falta de dinheiro para hospitais (já que muitos não podem mais pagar o plano de saúde), para vaga nas escolas, para a vigilância da polícia rodoviária e para a emissão de passaportes.

Falta um pedaço da pizza


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O cheiro de pizza se espalha pelo ar, por André Singer
Pode ser apenas um novo balão de ensaio, mas ontem o cheiro de pizza invadiu o ar dos lugares em que a crise é acompanhada e debatida. A articulação em torno do nome de Rodrigo Maia (DEM-RJ), com o beneplácito do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), para ocupar a Presidência até o final de 2018 ganhou o necessário espaço midiático de modo a ser testada. O experimento redondo carrega dois sabores.
O primeiro destina-se a agradar o capital. Nesse sentido, a manchete do "Valor" (7/7) era mais do que expressiva: "Temer perde apoio e Maia já se articula com mercado". O texto dava conta que o presidente da Câmara teria intensificado "contatos no mercado financeiro". Não consta da notícia a reação dos contatados, mas continha o recado preciso: o deputado procuraria mostrar nos encontros que está "preparado para assumir a função, com a manutenção de equipe econômica e das reformas".
É do conhecimento geral que Maia tem pouca base e experiência para assumir o principal posto político do país. Então, é necessário assegurar que as duas principais metas do mercado estariam garantidas em suas mãos. De um lado, a manutenção da política econômica. De outro, a aprovação de duas mudanças contra os assalariados: a reforma antitrabalhista e a da Previdência.
Aqui entra a outra metade do acordão em cozimento. Para aprovar as "deformas", com diz um amigo ligado aos sindicatos, e blindar a economia, é preciso garantir uma grande base congressual. E o que desejam os parlamentares, entre eles o próprio Maia, um investigado?
Que a Lava Jato pare. Desde esse ponto de vista, não poderia ser mais conveniente a informação, também em todos os jornais, de que a Polícia Federal encerrou as atividades do grupo dedicado à operação em Curitiba. Convém lembrar, igualmente, que diversos processos foram tirados do juiz Sergio Moro nas últimas semanas.
Em outras palavras, pela primeira vez há sinais de arrefecimento do núcleo paranaense que lidera as investigações desde 2014, o que deve soar como música aos ouvidos dos congressistas. No entanto, a ofensiva contra Michel Temer precisaria seguir, para legitimar o último e decisivo ato da Mãos Limpas brasileira: condenar Lula a tempo dele perder a condição de candidato em 2018.
Para resolver o problema de excluir o lulismo da urna eletrônica, muitos interesses talvez se reúnam em torno de mais uma aventura presidencial. A primeira foi a do próprio Michel Temer, sabidamente parte de um grupo que seria alvo privilegiado da Lava Jato. Agora o forno foi ligado outra vez, mas só o tempo dirá se essa massa vai dar liga.
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O clima está mudando, por Julian Rodrigues

No táxi, em plena 23 de maio. Motorista puxa conversa:
-  E essa crise? Supermercados vazios, tudo vazio, ninguém tem dinheiro.
Euzinho, escaldado por anos de tretas com taxistas reaças paulistanos, jogo, de mansinho:
- Pois é, precisa mudar isso, tem que ter eleição pra gente escolher o presidente.
O cara, calado........ Aproveito a deixa:
- O senhor sabe que teve uma pessoa só que garantiu empregos e que as coisas eram bem melhores. Pense bem.. É o Lula, o senhor sabe.
Meio sem jeito, meio sem argumento, meio aberto a ouvir, retruca o motorista:
- Ah,mas o esse aí está para ser preso.
- Tá nada. É perseguição. Se tivessem algo contra ele, já estaria preso há tempos. O senhor não acha? Veja o Aécio, ameaçando matar o primo. Veja o Cunha, cheio de contas na Suíça. E contra o Lula? Não tem nada!
- É, você tem razão. Isso é verdade. Mas, eu não gosto do Lula.
- O senhor não gosta, mas lembra que na época dele tinha emprego, a economia crescia. Sabia que só em São Paulo o povo não gosta do Lula? No resto do Brasil, as pessoas tem saudade. Ele está com 35% nas pesquisas!
E segue o papo, com o condutor admitindo que não vota em ninguém, mas compartilhando minhas críticas à Globo.
(O clima tá mudando).

Entrevista de Lula no programa Hora do rango

O ex-presidente Lula reiterou sua inocência nesta quinta-feira 22 durante entrevista concedida ao vivo ao programa Hora do Rango, da Rádio Brasil Atual, que foi transmitida pelo Facebook.

"Vou até as últimas consequências para provar minha inocência", declarou. "Não vou permitir que os meninos da Lava Jato tentem prejudicar uma pessoa que construiu sua história por 50 anos. Eles mexeram com a pessoa errada", afirmou. "Se os políticos têm medo deles, eu não tenho", completou.

Nos próximos dias, o juiz Sergio Moro pode anunciar a sentença contra Lula sobre o processo do triplex no Guarujá. "Eu acho que a peça de acusação não vai ser levada a sério por ninguém. Eu espero que ela não seja levada a sério pelo Moro", comentou Lula sobre o caso, ressaltando que está "disposto a enfrentar essa situação".

Lula diz que "o que está sendo julgado, na verdade, não é o Lula. É o governo, é o que deu certo nesse país". "Eu fui julgado pelo povo brasileiro, quando saí com 87% de bom e ótimo", lembrou, sobre o fim de seu governo. Ele comparou os números com a pesquisa mais recente sobre o governo Temer.

"O que eu tinha de ruim e péssimo quando saí do governo é o que o Temer tem hoje de bom e ótimo", disse. Na pesquisa do DataPorder360, o governo Temer é avaliado como ótimo e bom apenas por 2% da população. Lula deixou o Palácio do Planalto com 3% de avaliação negativa.

O petista voltou a falar em sua candidatura à presidência em 2018. "Se houver necessidade e não tiver outra pessoa, tenho a disposição de provar que o país precisa de alguém que saiba cuidar do povo".

O ex-presidente comentou também o atual cenário político sob o governo Temer. "Não é possível que em tão pouco tempo o Brasil tenha retrocedido tanto. Jamais imaginei que fosse ver o Brasil retroceder ao nível que estamos".

"Estamos diante de um golpe. O Brasil injuriado perante ao mundo. O presidente não é respeitado na Rússia, não é convidado para nada", destacou, em referência à constrangedora viagem feita por Temer ao país, onde foi ignorado pela mídia e não foi recebido pelo presidente Vladimir Putin.

"As pessoas que mentiram para o Brasil, que disseram que o problema era a Dilma e promoveram um impeachment, estão deixando o País pior do que estava. Agora, quem massacrava o PT como o partido mais corrupto está com vergonha. O Aécio então desapareceu", declarou.

Golpistas, se avexem, senão o cara (Lula) vence no 1º turno

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Do Poder360:
Pesquisa do DataPoder360 mostra que a soma dos votos brancos e nulos (31%) com os eleitores indecisos (12%) totalizaria 43% se a eleição presidencial fosse hoje. A taxa é maior do que o percentual obtido por qualquer nome testado no levantamento.
O estudo do DataPoder360, divisão de pesquisas do Poder360, foi realizado de 17 a 19 de junho de 2017. Foram entrevistados 2.096 pessoas com 16 anos de idade ou mais, em 217 municípios. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.
O candidato conservador Jair Bolsonaro (PSC), 62 anos, parece ter atingido seu teto. Nos 2 cenários testados pelo DataPoder360, Bolsonaro não cresceu. Ao contrário, seus percentuais oscilaram para baixo (dentro da margem de erro).
Bolsonaro teve 14%, no cenário em que o candidato do PSDB é o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, 64 anos, e 15% quando o tucano testado é o prefeito da capital paulista, João Doria, 59. Há 1 mês, Bolsonaro chegou a 21% no cenário com Alckmin e 17%, quando o adversário é Doria.
O prefeito de São Paulo deslizou de 13% para 11% (dentro da margem de erro). No período, Doria teve menos exposição na mídia nacional. Ainda assim, continua sendo o tucano mais competitivo. Alckmin seria escolhido por apenas 7% dos eleitores. O governador de São Paulo não evoluiu em relação às pesquisas anteriores. Oscilou dentro da margem de erro –teve 8% em abril e 4% em maio.
A transferência dos votos entre os tucanos nas diferentes projeções não é automática. Apenas 26% dos eleitores de Alckmin votariam em João Doria no 2º cenário. A maior parte (44%) escolheria Jair Bolsonaro como candidato quando o governador não está na disputa. Por outro lado, Bolsonaro perderia 20% de votos para Doria caso este fosse o candidato do PSDB.
Isolado na liderança está o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 71 anos, com 27% das intenções de voto nos 2 cenários testados pelo DataPoder360. O desempenho do petista segue estável, com ligeira tendência de alta –ele teve pontuações positivas em relação a estudos anteriores, mas sempre dentro da margem de erro.
Em abril, Lula pontuou 24% e 25% da preferência do eleitorado, nos 2 cenários. Em maio, foi o escolhido por 25%.
Na lanterna, os pré-candidatos Marina Silva (Rede), 59, e Ciro Gomes (PDT), 59, tiveram ambos 5% no cenário 1 (com Alckmin) e 6% no cenário 2 (com Doria).

Perseguição a Lula

Para evitar que Lula seja candidato e eleito novamente presidente da República do Brasil, pela terceira vez, em 2018, seus adversários já gastaram todas as balas de prata, todas as de ouro e também as de diamantes. Pelo andar da carruagem só mesmo usando balas comum, de chumbo para evitar a vitória do apedeuta.

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"Quem não luta pelos seus direitos, não é digno deles", Rui Barbosa

O PT está com medo de Lindbergh






Mesmo com os constantes ataques da Globo e do juiz Sergio Moro.

Mas, como seria um Governo Lula em 2019?

Seria muito diferente do Governo Lula em 2003, quando ele assumiu a Presidência pela primeira vez.

O pau vai comer!

E que o PT - e o Lula - teriam de fazer de diferente em um novo Governo?

Assista à nova edição da TV Afiada!

Lula 2018: eu estou disposto a voltar a ser candidato


Piauí - em entrevista à Rádio Meio Norte, o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, disse que sua posição nas pesquisas eleitorais para eleição de 2018 tem causado dor de cabeça em seus possíveis adversários.




Lula: Acho que os adversários estão muito nervosos, porque eles me batem todo dia, e cada pesquisa que sai, eu estou um pouquinho mais à frente e eles um pouquinho mais atrás. (...) Sinceramente, acho que o povo brasileiro tem saudade do tempo em que eu fui presidente da República. (...) Eu quero dizer que, se for necessário, eu estou disposto a voltar a ser candidato a presidente da República. (...) tem gente que está fazendo deste denuncismo [vazamentos seletivos da lava jato] um modo de viver.



André Singer: Lula poderá ser candidato?

Na Folha de S. Paulo
A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de adiar o julgamento da chapa comandada por Dilma Rousseff em 2014 aumenta as chances de que Michel Temer fique no cargo até o final de 2018. Penso que os ministros fizeram uma opção política, entendendo ser difícil derrubar um presidente da República a partir de plenário dedicado a fiscalizar procedimentos eleitorais. Com isso, o próximo capítulo crucial da crise passa a ser o veredito a respeito da candidatura Lula.
No lusco-fusco em que nos encontramos —uma situação que oscila entre a plenitude democrática e surtos de exceção ocasionais, porém frequentes— o destino jurídico do líder petista será chave. Caso Lula possa candidatar-se, a recomposição do tecido democrático esgarçado pelo golpe parlamentar ganha densidade. Na hipótese contrária, a instabilidade tende a se prolongar, abrindo caminho para saídas autoritárias.
Apesar da arbitrariedade do impeachment sem crime de responsabilidade, até aqui os direitos fundamentais não foram suspensos e o último pleito municipal ocorreu em clima de liberdade. Episódios suspeitos, como a invasão a tiros de uma escola do MST, se multiplicam, mas ainda sem caracterizar uma política repressiva do Estado, típica de regimes fechados. Porém, enquanto não houver eleições presidenciais livres e justas, permanecerá uma zona cinzenta, na qual tudo pode acontecer.
Não importa, portanto, que Lula ganhe, e sim que consiga concorrer em igualdade de condições. Estaria, assim, garantida a chance de alternância de poder, elemento indispensável do processo democrático. Como desde 1945 a polarização central no Brasil se dá entre um partido da classe média e um partido popular, a presença de Lula garantiria a representação das principais camadas sociais, uma vez que o PSDB com certeza estará na cédula.

Lula é o político mais popular do Brasil


(...) Primeiro Lula perdia para Marina e Aécio desde o 1º turno. Depois, empatava. Mais um pouco e ganhava de todos no 1º e perdia no 2º. Passou uns dia e ele ganha nos dois turnos. Agora vem com o "João Doria" é o único capaz de derrota-lo. Rs, todos sabem que nas urnas Lula é imbatível. 

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Além de mostrar que o 'Fora Temer' unifica o País e que os presidenciáveis tucanos, que se uniram na articulação do golpe de 2016, estão entre os políticos mais impopulares do Brasil, a pesquisa Ipsos também revela que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem a maior taxa de aprovação entre os políticos brasileiros, com 38%; além disso, ele cresceu sete pontos em relação a fevereiro, a despeito de todo o massacre judicial e midiático de que tem sido vítima; outros presidenciáveis têm taxas de aprovação menores, como Marina Silva (23%), João Doria (16%) e Jair Bolsonaro (14%); quem fica à frente de Lula, entre os potenciais presidenciáveis, é o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, com 51% de aprovação.

O sonho da oposição a Lula

O sonho da oposição a Lula se agarra aos colegas do judiciário, com o cenário, ritmo e desfecho traçado e definido.
É o seguinte:

  1. Dia 03 de Maio o chefe da quadrilha de Curitiba interroga Lula
  2. Dentro de pouco tempo condena o ex-presidente. Provas, para que provas? Para o tucano lhe bastam convicções e um power point.
  3. TRF4 - Tribunal Regional Federal da 4ª Região - confirma a sentença e torna Lula inelegível com base na lei da Ficha Limpa.
Mas, eis que tem algumas coisinhas que podem destoar este roteiro. É que ministros do STF - Supremo Tribunal Federal - já disseram em alto e bom som a interlocutores que:
  • 1º) Exigirão que o "sorteio" para escolher quem julgará os recursos da defesa do ex-presidente, seja público, nada de escolha por meio eletrônico.
  • 2º) Vários ministros do Supremo já disseram, sem pedir segredo, basicamente isso: 
"Se eu for sorteado, desde já Lula é candidato a presidência em 2018 e que a oposição ganhe nas urnas, não no tapetão".