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49ª ExpoCrato

Crato-Ce vai virar atração nacional no Brasil a partir do dia 11 até o dia 18. É que neste período ocorre a 49ª  ExpoCrato.


O cheiro de gado, o apito do engenho, com o aroma da rapadura quente, o beiju, a tapioca e o bolo de puba, o leite mugido na porteira do curral, a conversa descontraída dos vaqueiros como se estivessem no terreiro da fazenda, se misturam com a tecnologia de ponta dos estandes industriais instalados dentro do parque, ao som das mais modernas músicas de forró e axé de grandes nomes da música nacional como Ivete Sangalo, Banda Calypso, Zezé di Carmargo e Luciano e os Aviões do Forró.






São as imagens da Exposição Agropecuária do Crato (Expocrato) que será aberta, neste domingo, às 18 horas, com uma estimativa de negócios em torno de R$ 55 milhões, R$ 3 milhões a mais do que no ano passado, segundo o presidente do grupo gestor, Francisco Leitão de Moura. Ele acrescenta que, para este ano, está previsto também um aumento em torno de 30% na entrada de animais. Ele calcula a participação de 6.800 animais das mais diversas raças.



Este ano, o parque ganhou um novo pavilhão pecuário, 50 currais para ovinos e caprinos, prédio do almoxarifado, bebedouro para o gado, instalação de cozinha e copa no escritório do Grupo Gestor, aterro da área do parque de diversões e, ainda, palco para desfile dos animais nos leilões.


Misturando cultura, feira agropecuária e grandes shows, a Expocrato, que tem o apoio da TV Verdes Mares Cariri, firma-se ano a ano no calendário dos megaeventos do Nordeste. São oito dias de muita festa, gente bonita, desfile e leilão de animais, comidas típicas, shows culturais e grandes atrações regionais e nacionais.

Com uma população de 130.000 habitantes, o Crato, durante seu mais importante evento, dobra de tamanho para comemorar a Expocrato. Todos os hotéis ficam lotados. O grupo gestor do evento estima que mais de 500 mil pessoas darão entrada no parque nos oito dias de festa. A área reservada para os shows é de 420.000m². Possui, ainda, 40 camarotes, dois palcos, duas tendas eletrônicas, espaço para esportes radicais e capacidade para 100 mil pagantes. Na parte externa são instalados diversos stands voltados para agronegócios e serviços, casa de farinha, engenho de cana-de-açúcar, palco para apresentações folclóricas, denominado Palco Eloi Teles, um espaço da Urca para performance de bandas de MPB, agências bancárias, parques de diversões, floricultura, artesanato, além de barracas de bebidas e comidas típicas.

"Esta movimentação gera um aumento no volume de vendas em torno de 15%", comemora o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas do Crato (CDL), Geraldo Pinheiro. A movimentação comercial, segundo ele, começa já em junho, com a compra de material para construção. Em julho, os setores mais beneficiados são hotéis, restaurantes e lanchonetes. Dois meses antes do evento, todos os hotéis, pousadas e chalés dos clubes serranos já ficam reservados. Leia mais>>>
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Marina Silva - Sou uma grande solução para o Agronegócio

Marina Silva, afirmou ontem, em entrevista ao programa da Globonews "Míriam Leitão Especial", que é uma grande solução para o agronegócio brasileiro. Marina afirmou que não há divergências entre desenvolvimento e meio ambiente e que quer construir hidrelétricas na Amazônia, mas com uma nova concepção social e ambiental.
— Eu sou uma grande solução para o agronegócio brasileiro. Não me conformo que o governo passou mais tempo gastando com propaganda do etanol em vez de fazer a certificação (ambiental) do produto — disse, ressaltando que o melhor caminho para crescer é respeitando a legislação ambiental.
Marina afirmou que o ideal é ter à frente do Banco Central alguém com um perfil como o do atual presidente do órgão, Henrique Meirelles. A jornalista havia perguntado se ela faria um convite para manter Meirelles no BC, caso fosse eleita. Marina, porém, desconversou e disse que há muitas pessoas competentes no Brasil. A candidata criticou os juros altos.

Ceará é destaque na Agrishow

Uma das atrações da Agrishow - maior feira brasileira do agronegócio, que se realiza nesta semana na rica cidade paulista de Ribeirão Preto - são duas vacas leiteiras da raça Jersey, sobre cujo pescoço o seu proprietário colocou uma placa com os seguintes dizeres: "Vou para o Ceará". 


O dono das vacas é o criador José Junqueira, líder de um grupo de pecuaristas de São Paulo, que, há seis meses, prospectam possibilidades de negócios no interior cearense. 


Ontem, na Agrishow, o diretor de Agronegócios da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), Fernando Pessoa, e seu gerente da Cadeia Produtiva do Leite, Sérgio Baima, conversaram com Junqueira e seus amigos, que confirmaram o interesse de investir aqui na produção leiteira. Para isso, o grupo já visitou vários municípios e conheceu as terras disponíveis nos perímetros de irrigação administrados pelo Dnocs. 


Os paulistas cumprem o mesmo roteiro seguido por um grupo de pecuaristas do Paraná, que igualmente pretendem desenvolver no Ceará a pecuária de alto padrão, com o uso de novas tecnologias, incluindo o pastejo irrigado. 


O grupo de Ribeirão Preto interessado em vir para o Ceará é assessorado pela Via Verde, grande e respeitada empresa de consultoria do agronegócio. Fernando Pessoa e Sérgio Baima estavam ontem entusiasmados: "São boas as chances de Junqueira e seus sócios investirem no Ceará", disseram.

O MST sem aliados

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) desempenha um papel importante no Brasil. Se não por outro motivo, ao fazer recordar todo dia que o direito à propriedade é universal. Direito de propriedade só para alguns é contradição em termos.

Eis um aspecto bonito da reforma agrária. Ela talvez materialize melhor que outras bandeiras o desejo de o direito de propriedade ser praticado da maneira mais ampla e absoluta.

Como então os portadores dessa aspiração amplíssima chegaram ao isolamento político, facilmente verificável? Ontem Dilma Rousseff não citou o MST, mas mandou o recado de que não admite ilegalidades.

A ocupação de fazendas é ilegal, quando a Justiça assim decide. A mensagem não poderia ter sido mais clara.

Antes, José Serra tinha ido na mesma linha, só que mais explicitamente. Pois não está obrigado a tratar o tema com luvas macias.

O isolamento político do MST obedece também a razões estruturais.

O Brasil é um país secularmente reacionário quando o assunto é a terra. Aqui, a Independência não aboliu a escravidão e a República não trouxe a reforma agrária. Esta só avançou — pasmem! — a partir do regime militar, quando o presidente Castelo Branco deu ao país o Estatuto da Terra.

A redução do direito de propriedade a prerrogativa de alguns é construção ideológica arraigada entre nós. Mas o isolamento político do MST não bebe só dessa fonte. Suas raízes conjunturais estão na total assimetria entre a estratégia do movimento e o projeto de construção nacional.

Qual o sentido de o MST acampar à beira de estradas do Sul-Sudeste, ao lado de propriedades que já fizeram a transição para a agricultura plenamente capitalista, em vez de pressionar o governo para que a expansão da fronteira agrícola aconteça com base na democratização territorial?

Infelizmente, o MST deixou-se enredar já faz algum tempo numa aliança com as forças que procuram nos impor o congelamento da fronteira agrícola, o abandono da engenharia genética e a renúncia à população das fronteiras. Dessa aliança não sai — nem vai sair — nada útil para o país.

É como cruzar espécies distintas. Dá até prolezinha, mas estéril. Uma esterilidade política bem desenhada em teses como “a luta contra o agronegócio”.

Em resumo, o MST hoje busca a reforma agrária onde ela não é mais possível — pelo menos no capitalismo — e renuncia a buscá-la onde é necessária. Daí o isolamento.

Fraqueza que chega ao ponto de não conseguir arrancar do governo Luiz Inácio Lula da Silva nem a atualização dos índices mínimos de produtividade da terra para ela atender ao interesse social.