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Desfiles de moda e manequins


O mundo não tem jeito mesmo, deixa o mundo para lá. Não se preocupe em se distrair e ficar desinformado: quando o mundo chegar ao fim, com um estrondo ou uma inalação, nós saberemos. Fique descansado, ele não acaba sem você. Vamos às banalidades, portanto.

Por exemplo: o que acontece com os seios à mostra quando saem das passarelas? Em todos os desfiles de moda pelo menos metade das modelos mostra roupas transparentes em que os seios aparecem. Mas é raro encontrar alguém na, digamos, vida civil usando as mesmas roupas, ou roupas com a mesma transparência.
Os seios não aparecem na mesma proporção, quando as roupas saem das passarelas para a realidade. Ou eu é que ando frequentando a realidade errada?
Pode-se argumentar que os desfiles são representações de um ideal impossível de ser reproduzido no cotidiano.
Num desfile de modas todas as mulheres são lindas, altas e magras. São, por assim dizer, mulheres destiladas, ou a mulher como ela sonha ser — e andar, e brilhar, e vestir roupas caras. Desta maneira os seios à mostra nos desfiles também seriam idealizações. Só seriam seios reais se viessem junto com o vestido, e a mulher, usando sua transparência, automaticamente ficasse com seios de manequim.
As manequins são como aqueles desenhos nos cartões à sua frente nas poltronas dos aviões, de pessoas ajustando o colete salva-vidas, colocando as máscaras de oxigênio, assumindo a posição adequada para o caso de queda do avião, atirando-se pelo tobogã para sair do avião acidentado — enfim, em situações de emergência.
E nos cartões ninguém tem cara de quem está numa situação de emergência. Não estão exatamente sorrindo, mas suas expressões é de quem enfrenta emergências com naturalidade, até com um certa indiferença. São pessoas que seguiriam as instruções de respirar normalmente depois de colocar as máscaras de oxigênio — coisa que você e eu nunca faríamos.
As manequins são assim. Desfilam como se ser magnífica, com seios magníficos, fosse uma coisa comum. Na vida real, poucas mulheres podem usar uma roupa cara como a roupa cara merece, como manequins. Na vida real, ninguém respira normalmente com máscaras de oxigênio caindo sobre sua cabeça.

Luis Fernando Verissimo

Unhas felpuda

A sensação do momento.
Lembra bichinhos de pelúcia.
Amou a novidade, está pensando em deixar suas unhas peludinhas?...
Para deixar as garras felpudas é muito simples, basta passar aplicar o esmalte e jogar o pozinho por cima ainda com o esmalte molhado. Nada de extra-brilho ou spray secante para não tirar o efeito ‘pelúcia’ da pontinha dos dedos. 

The end of elegance

Moda não pode nunca mais ser moda outra vez, explica Stefano Pilati da Yves Saint Laurent

Não é exagero dizer que Yves Saint Laurent é o maior nome, mais evocativo da história da moda. Stefano Pilati foi diretor criativo da empresa durante a última década, definindo ainda era um outro com o olhar analítico para o projeto e pareceres franco sobre o lugar da moda na cultura moderna. Antes de tomar a direção da YSL, Stefano trabalhou com Tom Ford, Prada Miuccia, talvez as figuras mais inovadoras da moda italiana dos últimos 20 anos. Enquanto Stefano era o candidato mais adequado para assumir a casa de moda de bilhões de dólares depois de Tom Ford partida, isso não significa que ele não mijar fora um monte de gente no processo. E ao escrever sobre e entrevistar aqueles na indústria da moda pode rapidamente virar no absurdo pretensioso, para ser honesto, para as pessoas que, como eu - de moda ao vivo da mesma forma que os outros vivem de música ou arte, como Stefano real quanto ele ganha. Até agora, ele conseguiu manter YSL economicamente viável, enquanto a bandeira com a elegância ea estranheza levantada pela primeira vez por seu mentor e mestre, Yves - um gênio psicótico cuja loucura criado uma nova forma de comunicação. Mas as coisas estão mudando para os designers, os tempos estão difíceis e as batalhas devem ser escolhidos com cuidado. Como Kim Jong-il costumava dizer: "Aquele que tem medo de um desafio nunca será um bom revolucionário." Stefano é sem dúvida uma figura revolucionária, e ele não tem medo de provocação - se que significa servir a controvérsia ou sentar enquanto moda blogueiros cadela sobre ele. eu conduzi a seguinte entrevista com Stefano via Skype. Ele estava sentado em seu escritório em Paris, vestido com esmero, enquanto eu definhava na minha cama como uma fotografia Nan Goldin. 

VICE: A visão que você trouxe para Yves Saint Laurent é muito diferente - e alguns diriam mais ousada e perversa - do que seu antecessor, Tom Ford. Havia pessoas na indústria da moda que não estavam felizes com suas ideias e cuja oposição você teve que superar? 

Stefano Pilati: Claro! Me deparei com muitas dificuldades, e às vezes ainda faço. Minas tem sido um sério, caminho, respeitoso profissional, baseada na idéia fundamental de elegância na YSL. Algumas das escolhas que faço em minhas coleções, entretanto, são em última análise, devido a negócios, mas acho que eles ainda podem ser vistas como opções glamourosas, no entanto. Alguns isso tem a ver com o fato de que quando eu comecei, a empresa estava perdendo um monte de dinheiro - 75 milhões de euros por ano. Eu não começar do zero, eu comecei a negativa 75 milhões. Eu tive que encontrar um equilíbrio. Fui convidado para ser inovador, respeitando a tradição da maison , mas eu também tinha que ser comercial e vendável. As pessoas estavam esperando fogos de artifício, mas eu nunca lhes deu qualquer.Eu tive que colocar a primeira fundação. 

VICE: Seria justo dizer que sua influência foi sutil, mas significativa?

Stefano Pilati: Sim, eu criei uma nova silhueta. Em 2004, todo mundo estava saindo com baixa de cintura calças e saias. Foi nojento! Você andaria pelas ruas e ver bundas gordas em low-cut jeans. Então eu disse a mim mesmo: "Talvez nós não temos de continuar a ver isso." Isso é quando eu levantei a cintura e apertou-o com cintos e outras coisas. É uma silhueta que ainda é a base para muitas coisas hoje, mas ainda está trabalhando. . E, de fato, apesar das críticas iniciais, me foi dado o crédito por isso ?

VICE: Que tipo de dificuldades você teve que passar quando você entrou na YSL? 

Stefano Pilati: Você sabe, YSL - infelizmente para mim - já está fortemente definido na imaginação das pessoas. Quase todo mundo tem uma opinião sobre ele. Você faz saias com babados, eles pedem capas, você faz capas, eles pedem smoking, você faz o smoking, eles querem mais 1970; se você for 1960, não, você deveria ter ido para a década de 1980. Meu maior desafio foi colocar toda essa merda de lado.Quando crio uma peça de roupa, acho que de hoje a vida de dinamismo, o papel da mulher na sociedade, e seu comportamento em determinadas situações. Estou falando de mulheres que desempenham papéis importantes em nossa sociedade, não apenas a esposa do gastador-grande ou amante que passa seus dias sendo fodida por seu namorado rico. Eu tento incluir toda a sociedade em minhas criações. Essa é a coisa mais desafiadora. Saint Laurent é talvez a marca mais complexa do sistema de moda, porque você tem que enfrentar a imaginação das pessoas, que é infinito, como infinito como o trabalho de Yves era. Ele foi talvez o designer mais prolífico da história da moda. A partir dos anos 1960 aos anos 80 - eu estou falando sobre o nascimento de prêt-à-porter - que é quando ele era mais ativo, e é também quando a indústria da moda atingiu o nível seguinte. Talvez a epítome da mulher e do glamour, pelo menos na cultura mainstream, é a roupa tapete vermelho - as mulheres em Los Angeles, usando vestidos longos em quatro horas, todo feito como se fosse uma apresentadora de um telejornal, com penteados 1930. É uma das coisas mais deselegantes imagináveis. Não temos ícones de elegância, não temos uma Grace Kelly. 

VICE: Existem mulheres contemporâneas que você consideraria exemplos de elegância? De um modo geral, ou referindo-se especificamente a Yves Saint Laurent? 

Stefano Pilati: Em geral, minha idéia de elegância - e isso se refere às mulheres como os homens - é que alguém está elegante quando ele ou ela mostra um bom conhecimento do que lhes cabe, onde você pode encontrar naturalidade e auto-estima. Não se exibir. Elegância é a idéia de mostrar um retrato otimista de si mesmo, e não perder-se na frivolidade de estilo e moda. Hoje em dia ninguém dá a mínima para ser elegante, ou chique. Se você está fazendo isso, você está fazendo isso para si mesmo, porque é o seu jeito de ser. Quando você não está pensando: "Isso é moda", e você não está comprando roupas para criar declarações, você está no caminho certo. Se a moda vai cintura baixa e você é gordo fundo, bem, esqueça, não colocar slim-encaixe jeans. Eles vão olhar terrível em você. Você deve se vestir de preto, seria melhor. Mas, falando sério, não é fácil encontrar mulheres elegantes. Há alguns, a maioria dos quais são antigos - e há um ou talvez dois no mundo que criou um novo estilo, quando eles eram jovens. Hoje, quando eu ir para Nova York e da arte e pesquisa de moda, vejo as mulheres inteligentes e que o nível é alto. Mas há uma diferença entre isso e dizer uma mulher é elegante. 
por Costantino Della Gherardesca

Ateliê

[...] tirinhas que são um luxo só


CRIATIVIDADE É A PALAVRA DE ORDEM NO ATELIÊ TIRACHIC. LÁ, AS ARTESÃS IONE PIONER E CLAUDIA CAPETO TRANSFORMAM RETALHOS EM PEÇAS PARA DECORAR A CASA COM MUITO ESTILO
Uma entrada estreita e pouco atrativa esconde o paraíso onde trabalham as artesãs Ione Pioner e Claudia Capeto. Ao se abrir o portão de metal, a paisagem cinza da cidade é substituída por outro cenário. O verde das plantas, o amarelo das paredes e o colorido dos tecidos enfeitam todos os cantos do ateliê Tirachic.

A empreitada começou há dois anos. Antes disso, as sócias já trabalhavam com criações artesanais em tecido, porém usando técnicas diferentes. Ione fazendo patchwork e Claudia, tapetes amarradinhos. Elas se conheceram participando de uma feira artesanal e não demorou para descobrirem as afinidades. Então, resolveram começar juntas outro tipo de trabalho, sem abandonar o que cada uma fazia antes da união.

A ideia surgiu a partir de uma pequena almofada em formato de melancia, diferente da técnica trabalhada por Claudia e ainda desconhecida no Ceará. As amigas descobriram que poderiam fazer muitos outros elementos no mesmo estilo. Assim nasceram almofadas estilosas, tapetes, tampos de bancos e bolsas, dando origem ao Tirachic. Hoje, as peças estão por toda parte do cômodo onde as duas passam horas selecionando tecidos e criando.

Parcerias
Embora o lucro seja fator essencial para qualquer negócio, ele está longe de ser o único objetivo do Tirachic. As artesãs também usam a produção para ajudar outras mulheres a se aperfeiçoarem e aumentarem a renda. Mesmo antes de unir-se a Ione, Claudia já ensinava a técnica na comunidade do Jangurussu, em Fortaleza. Com a criação do Tirachic, resolveram buscar lugares para atuar de maneira parecida.

Agora, com parceiras nas cidades de Baturité e Pacoti, a produção acontece da seguinte forma: no ateliê, as peças são desenvolvidas e modeladas por Ione e Claudia, e seguem para a região serrana, onde as tirinhas são costuradas nas bases já prontas. Depois, novamente em Fortaleza, é dado o acabamento. Além de aprenderem com o controle de qualidade das sócias, as artesãs recebem remuneração.

A maioria dos retalhos usados nas composições são doados ao ateliê por uma fábrica de moda praia. O material não aproveitado pelo Tirachic é repassado para outros espaços com trabalhos semelhantes.

No dia 29, mostraremos o ateliê Arte em PVC.

Fique por dentro Casa enfeitada
Com a série "Visita ao ateliê", iniciada em abril, o Eva mostra, quinzenalmente, locais onde artistas criam obras para ornamentar os mais diversos ambientes. O primeiro foi o de João e Hélia Ellery (03/04/11), com peças elaboradas a partir do reaproveitamento de materiais como madeira e tecido. As cerâmicas do espaço Vila Arte (17/04/11), de Denise Saboia, também já foram apresentadas. Depois foi a vez de Telma Aguiar mostrar vidros artesanais no ateliê Art Strauch (01/05/11). Hoje, conhecemos o Tirachic, de artigos feitos com retalhos de tecido. Até o dia primeiro de agosto dez espaços de arte serão visitados.

MAIS INFORMAÇÕES
Ateliê Tirachic
Rua Maestro Lisboa, 2619[
Lagoa Redonda
(85) 9199.7840/ 3476.8663

Penteados modernos

[...] ou coisas esquisitas?
Posted: 27 Apr 2011 05:35 AM PDT











Posted: 26 Apr 2011 12:30 PM PDT












Maquiagem

Não cometa estes erros primários


1º: Olhos "anos 80"
Maquiagem dos olhos bem exagerada, com uma sombra bem marcada de cores vibrantes e quase até a sobrancelha te faz lembrar dos anos 80? Pois bem, melhor guardar o seu estojinho de sombras coloridíssimas para outra ocasião mais festiva.  
Sombra anos 80 - Foto Getty Images
O maquiador Alexandre Krizek afirma que nada melhor do que denotar modernidade e sofisticação. "Por isso cuide para que sua maquiagem fique bem esfumada, sem manchas ou marcas", diz.

A escolha da cor da sombra depende muito do feito que você quer dar a seus olhos. Quem tem olhos muito pequenos e quer aumentá-los deve escolher uma cor clara para o côncavo e escura para fora.

Se, ao contrário, você quer deixar seus olhos menores, use os tons de marrom, que fica bem suave. Em uma produção para noite, pode se fazer bem preto, sempre passando o lápis dentro do olho.

Para olhos muito juntos, a dica é passar um tom clarinho na parte interior da pálpebra e esfumar a parte de fora com um tom mais escuro. Para olhos separados, opte por uma sombra de tonalidade escura em toda pálpebra.  
lábios grudentos - Foto Getty Images
2º: Base de cor diferente 
Rosto com uma camada muito espessa de base, o chamado reboco, ou a diferença da cor entre o rosto e o pescoço, a chamada máscara, é para assustar mesmo. Super bronzeada ou pálida igual fantasma, não importa a impressão ruim, a cobertura da pele deve estar o mais natural possível.

Mas Krizek dá a dica e diz que para não errar na escolha da cor da base, faça um teste aplicando uma pequena quantidade do produto na maçã do rosto. "Se ficar invisível, aposte no tom escolhido". Outra dica é o tipo da base: opte pela versão oil-free, livre de óleo, para evitar a aparência de pele oleosa.

3º: Lábios grudentos 
Nem o moço mais apaixonado do mundo é capaz de relevar uma boca melecada. O glossfoi feito para dar brilho, apenas, não para ficar escorrendo e grudando. Krizek conta que o melhor é optar por um produto fino e leve, aplicado em pouca quantidade. 
Blush Palhaço - Foto Getty Images
4º: Dente sujo de batom
Ainda mais quando o batom é de uma cor forte, como vermelho, vinho ou marrom, por exemplo. O truque é redobrar a atenção e sempre, sempre conferir no espelho quando for passar o batom. "Vale a pena também 'limpar' os dentes com um lenço de papel ou com os dedos limpos", afirma Alexandre.

5º: Blush estilo "palhaço"
blush serve para conferir uma aparência mais saudável e iluminada. Mas é importante aplicar do jeito certo. Fazer o estilo palhacinha, com dois círculos marcados nas bochechas, vai detonar o visual.

Para evitar esse transtorno, Krizek conta que o ideal é esfumar bem o produto com auxílio de um pincel específico para essa finalidade. Faça movimentos ascendentes indo das maçãs do rosto em direção as têmporas. "Cuide para não deixar muito escuro ou manchado. Se quiser um look com cara de praia, troque o blush por um pó de efeito bronzeador", diz Krizek. 
Rímel - Foto Getty Images
6º: "Cara de reboco"
Exagerar na base, corretivo e pó é um erro comum. Na ânsia de corrigir todas as possíveis imperfeições, muitas mulheres acabam exagerando nesses produtos. O resultado é uma pele empelotada, com cara de massa corrida mesmo.

Krizek explica que a base líquida é a mais leve e não deixa o rosto com um aspecto pesado. "Aplique o pó compacto com pincel para não deixar a maquiagem espessa e nem carregada", diz.

7º: Exagerar no rímel 
Vale a pena aplicar várias camadas de máscara para cílios para dar mais impacto ao visual, desde que você tome cuidado para que não fique com a cara de Emília. Os cílios grudados uns nos outros fazem voe perder toda a força do olhar.

Cílios cheios de bolinha do rímel também afasta de perto qualquer pretendente. Fora que você ainda corre o risco de sofrer com as pálpebras borradas no fim do encontro, no maior estilo panda. O maquiador explica que, se o que você quer é um cílio longo e bem definido, prefira sempre uma máscara alongadora, que deixará o efeito desejado e usando uma quantidade menor do produto. 
Batom - Foto Getty Images
8º: Super lábios 
Muitas mulheres querem aparentar ter a boca maior e acabam usando lápis labial fora do contorno dos lábios, ou mesmo desenhando "lábios novos" com batom. A chance de isso dar muito errado é gigante e todo mundo percebe que você "borrou" a produção.

Para parecer que tem lábios maiores, experimente usar o lápis labial no contorno dos lábios, não fora deles. E cuide para o lápis ser do mesmo tom do seu batom. Passar um pouco de gloss no centro da boca para dar volume também ajuda. Outra alternativa são os produtos com efeito pump, que tem essa função.

9º: Sobrancelhas 
Alexandre Krizek explica que sobrancelhas arredondadas denotam muita descontração e alegria, por isso alguns homens podem não levar a mulher muito a sério. Já as sobrancelhas caídas aparentam uma expressão mais triste. E você precisa estar radiante no seu encontro, não? 
Sobrancelhas mais escuras que o cabelo também ficam estranhas e carregam o visual. Até envelhece. Afinal, não dá pra ser loira e ter a sobrancelha preta.

Se você descolore os cabelos aproveite para descolorir um pouco a sobrancelha também, para não ficar tão destoante.

Opte sempre por sobrancelhas bem depiladas e simétricas. "O formato que está na moda são as arqueadas! Se tiver alguma falha, corrija-a com um lápis para sobrancelhas da mesma cor dos pelos", diz o maquiador. 

Moda

[...] também é cultura

A primeira peça de roupa que o estilista Ronaldo Fraga tem lembrança de sua infância tinha a estampa de uma banda, com a frase “para ver a banda passar”. Sempre que um adulto o pegava no colo, cantava o trecho da famosa marchinha. “A Banda”, de Chico Buarque, foi a primeira música que Ronaldo aprendeu a cantar, e as palavras da frase, as primeiras que ele conseguiu ler. Atualmente, as mais de 900 milhões de roupas infantis que são produzidas por ano no Brasil correspondem a 20% de todo o setor têxtil, segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit). Em um mercado tão vasto, Ronaldo Fraga se diferencia por selecionar elementos da cultura brasileira. Ele gosta de contar histórias para as crianças, por meio das roupas.
 
Confira, abaixo, a entrevista completa do estilista.
 
Seleções: Como surgiu a ideia de fazer roupas para crianças?
Ronaldo Fraga: Foi logo quando meu primeiro filho nasceu. Embora o lúdico e o colorido sempre estivessem em meu universo, só pensei em como isso funciona para as crianças quando fui pai. Quis fugir do senso-comum de azul para meninos e rosa para meninas. A primeira roupa que fiz foi um macaquinho para meu filho, na época, recém-nascido. Ele era verde limão com detalhes e costuras em vermelho. Na frente, havia algumas ovelhinhas vermelhas. A peça me marcou, porque eu nunca tinha feito roupas infantis. Queria algo bem colorido e vibrante. Esta primeira roupa resume bem o meu trabalho. Hoje, faço peças de fibras naturais, com 100% linho ou algodão. O marco é que a cultura brasileira está sempre presente.
 
Seleções: Como a moda influencia na criação das crianças?
RF: Quando procuro trazer outros elementos, principalmente da cultura brasileira, acredito que a criança coloca estes códigos em suas vidas, por meio da brincadeira. Vivemos em um mundo perversivo. Uma criança de seis anos, hoje, tem vontades que uma mesma criança, há 15, 20 anos atrás, não tinha. Além disso, por passarem muito tempo fora de casa, trabalhando, os pais acham que sempre falta alguma coisa a oferecer aos filhos. Eles acham que são bens materiais, mas nunca pensam que é afeto. Hoje, eu vejo um exagero no controle das crianças, que escolhem até o detergente no supermercado. Além disso, elas são influenciadas pela televisão, veículo que as bombardeia direto.
 
Seleções: A moda infantil deve ser baseada na adulta?
RF: Não pode haver exageros. Não podemos esquecer que fazemos roupa de criança para criança. Precisamos, primeiramente, do conforto. Em seguida, do elemento lúdico. Uma roupa pode marcar a memória afetiva de uma criança. Mesmo que sutilmente e nas entrelinhas, é importante falar de educação e cultura. Você nunca verá uma frase em inglês na minha marca. As crianças precisam aprender as palavras lindas que temos no português e conhecer as imagens que nosso país tem a oferecer.
 
Seleções: Você acredita que vende mais do que outras grifes de roupa adulta que também entraram no mundo infantil pelo fato de suas roupas carregarem elementos culturais?
RF: Nunca me preocupei com isso. Logo no início, muita gente me falava que o mercado quer roupas infantis eróticas. Eu não concordava. Sempre quis fugir da armadilha da erotização. Sou extremamente crítico em relação à forma como vejo as marcas vestindo as crianças. Meninas de cinco anos já usam salto, maquiagem, top e querem ser modelo. Considero a erotização perigosa e ela tem acontecido muito na moda infantil brasileira. Investir neste outro viés para as peças de roupas para crianças foi uma aposta. Hoje, o setor infantil do Ronaldo Fraga tem um lugar significativo na marca.
 
Seleções: Você gosta mais de fazer roupas para crianças ou adultos?
RF: Eu gosto de fazer roupa. Utilizo o mesmo princípio. Adoro contar histórias através das peças que construo. Para mim, roupa também é interpretação de texto. Lembro da primeira peça que tenho registro: com uma banda estampada e o escrito “Para ver a banda passar”. Todo adulto cantava a música do Chico (Buarque), quando me pegava no colo. “A Banda” foi a primeira música que aprendi a cantar. E o trecho escrito na peça, o primeiro que aprendi a ler. Esta é a roupa que está em minha memória afetiva. Eu penso nisso ao criar para crianças. O que essa roupa tem ou deveria ter para que seja lembrada para o resto da vida.
 
Seleções: Qual é a maior dificuldade de se desenhar para o público infantil? É mais difícil do que para os mais velhos?
RF: A construção da peça é trabalhosa. As pessoas nem imaginam, porque pensam que pelo tamanho menor, gasta-se menos tecido e acaba sendo mais barato. Mas, na realidade, o infantil há mais tamanhos, como de 0 a 12 anos, e isso dificulta mais o corte. Além disso, as crianças têm uma mudança muito rápida de códigos. Uma de cinco anos tem um desejo que uma de seis talvez não tenha. Elas crescem da noite para o dia. Entender e acertar essas minúcias é uma grande questão, que nem sempre é fácil.
 
Seleções: Como é a recepção das crianças a esse estimulo extra que você coloca nas roupas?
RF: Elas acham que eu sou um croqui. A própria imagem do criador, em geral, já é divertida. Meu estilo sempre foi mais assimilado pelo público infantil do que pelos adultos. Já havia crianças em minha loja, mesmo antes de ela oferecer roupas infantis. Elas adoram o que faço. Acham tudo muito divertido. Eu tenho um laboratório em casa, que são meus filhos, e isso me ajuda. Sempre pergunto o que eles gostariam de vestir. E eles respondem coisas como estampas assustadoras, de mulas sem cabeça, por exemplo. Se eu tenho um estilo de criação livre na linha de adulto, ele é mais livre ainda no infantil. Enquanto eu desenhar como se estivesse em meu caderno de ilustrações, continuarei fazendo.

Concurso lycra

Estão abertas as inscrições para o Lycra Future Designers 2011. 

Em sua terceira edição, o concurso premiará criações nos segmentos de jeanswear, moda praia e íntima. 

Os vencedores terão a oportunidade de conferir as novidades para o setor na feira Première Vision, em Paris. 

As inscrições podem ser feitas até o dia 29 de maio no site http://www.lycrafuturedesigners.com

Para concorrer, é preciso preencher a ficha disponível na página e desenvolver um croqui para um dos três segmentos. 

Os selecionados para a semi-final, mostrarão as criações a renomados profissionais do setor e ao público. 

Na foto, look do ganhador de 2010, André Lucian .

Moda

De 12 a 16 de abril, Fortaleza será a capital da moda autoral. Em sua 12ª edição, o Dragão Fashion Brasil destaca a arte do fazer manual
 
Depois de flertar com a alta tecnologia, ostentar o exagero e brincar com a complexidade em modelagens megaestruturadas, a moda, há algum tempo, vem cortejando a simplicidade. Multiculturalismo e globalização à parte, os criadores têm encontrado a identidade de suas obras em memórias pessoais, lugares por onde passaram e ainda em tradições culturais como o artesanato. O resultado são coleções carregadas de afetividade e que não perdem de vista a contemporaneidade. Esse é o tom da 12ª edição do Dragão Fashion Brasil.

Com o tema "Artesanias - Identidades da Moda", o evento reservará espaço de destaque para peças e conceitos que valorizam a produção artesanal, considerada por muitos como o diferencial da moda brasileira. No line up, estilistas consagrados como Melk-Zda, que vem de Pernambuco, e Lino Villaventura, representante do Ceará. Da terrinha, também têm presença certa nomes como Mark Greiner, Adriana Piorski, Kallil Nepomuceno, João Sobarr e Francisco Matias.

"Teremos 40 desfiles, todos voltados para o feito à mão. As ações paralelas também valorizam esse imaginário de artesanias. Queremos mostrar as raízes reais do nosso povo, da nossa cultura, da nossa moda", frisa o organizador do evento, Cláudio Silveira.

Programação

Além da passarela, o Dragão dá sua contribuição para a qualificação do trade de moda com nove palestras e cinco oficinas ministradas por profissionais de renome nacional e internacional, no Dragão Pensando Moda.

O fazer manual será o centro das atenções no espaço "Artesanias do Ceará", onde estarão expostos os trabalhos de 20 artesãos que passaram por capacitações para deixar o design de suas peças mais atrativo. A intenção é criar artigos artesanais e, ao mesmo tempo, fashions, que possam conquistar os visitantes durante a Copa de 2014. A expectativa é que a iniciativa seja mantida nas próximas três edições do Dragão Fashion Brasil, estimulando assim a sustentabilidade do artesanato local.

No leque de novidades, estão a Ksa do Dragão, destinada à exposição e venda de produtos de estilistas, designers e artesãos cearenses, e a Moda Cor 2011, projeto em parceria com a Casa Cor Ceará.

NAIANA RODRIGUES

Moda

Será aberto hoje no Centro de Convenções de Fortaleza, o Dragão Fashion, que, na opinião de muitos, é o maior evento de moda do Nordeste.
Paralelamente, e no mesmo local, será realizado o Ceará Business, cujo objetivo é promover a troca de conhecimento para o aprimoramento do segmento industrial da moda.
A empresa catarinense Audaces – especializada em automação para confecções – participará do Ceará Business.
Outra novidade do Dragão Fashion é a seguinte: 
50 alunos do Curso de Design de Moda UFC estarão presentes ao evento. Haverá um estande só para mostrar as roupas e os acessórios criados pelos estudantes.

Quem nunca se perguntou com qual roupa iria para alguma festa, evento ou até mesmo o trabalho? Conheça um software que facilita a vida dos indecisos

Um software que apresenta quais peças você deve usar, como não repetir roupa e as melhores combinações não é mais um sonho. A consultora de imagem Dany Padilla tornou o desejo de muitas pessoas em realidade. "Morei um tempo na Califórnia e lá comprei muitas roupas, então um dia acordei e não sabia qual roupa vestir, achava que não tinha roupa para sair. Resolvi bater fotos de todas, procurei na internet um software que me ajudasse e não encontrei. Então, peguei todas as minhas ideias e coloquei em uma planilha de Excel. Quando cheguei ao Brasil contratei uma empresa para desenvolvê-lo", conta Dany.


Dany Padilla é uma "personal organizer", ou seja, uma profissional que organiza o espaço doméstico, aumentando o conforto e a praticidade. A profissão para Dany começou pela Internet. Surpreendida com o sucesso e a demanda do software "Com Qual Roupa", decidiu se aprofundar nos estudos e investir na consultoria. A principal ferramenta de trabalho de Dany são as redes sociais, como Facebook, Twitter além do blog, no qual contém várias dicas interessantes de moda e de como usar o programa de computador.

Memória virtual
Uma das facilidades que o programa permite ao usuário é traçar um histórico de quando as roupas foram usadas pela última vez. Com isso, você não vai cometer aquela gafe de repetir a combinação e ser notada pelas amigas. O cadastro das roupas pode ser feito de duas formas: na mais simples você insere uma foto e o nome da peça; e na mais completa existem as opções extras de tipo, marca, cor e padronagem material.

"O software faz com que você não repita a roupa, economize tempo nas compras, diversifique seu estilo sem comprar peças muito parecidas. Ele funciona como uma memória virtual para que as pessoas se preocupem apenas em se sentir bem", explica Dany. O "Com Qual Roupa" possui duas fases. A primeira fase, chamada de offline, é acessada apenas de um computador e só roda em Windows Vista ou XP. A segunda é online, permitindo a consulta em qualquer computador conectado à internet por meio de login e senha. O software contém diversas seções no seu guarda roupa virtual, como a função "Meu Acervo", onde é possível visualizar todo o guarda roupa sem bagunça; a "Saindo do Armário", com peças não usadas há algum tempo, e que às vezes ficam esquecidas; e a "Agenda",que programa a data e a roupa que você usará.

Organize-se
Dany Padilla ensina que para ter um guarda roupa organizado as bolsas devem ser separadas por modelo e, para melhor conservação, é interessante colocar uma almofada dentro de cada uma. No caso das calcinhas e cuecas, um porta-parafuso é uma boa escolha para organização. "As roupas devem ser separadas por tipo e cor, pois fazendo um degradê de cores e se torna mais fácil a visualização", ressalta a consultora. Outra forma de organizar as roupas é por tecido, separando melhores tecidos em um espaço e os outros em outro espaço. "Os sapatos devem ser separados por tipo e modelo", completa.

Alguns nomes conhecidos do mundo artístico já aderiram ao software, como a apresentadora Luciana Gimenes, o ator Cássio Reis e a atriz e modelo Adriana Bombom.

A Bíblia da costura



Quantas vezes você já se arrependeu por ter jogado fora uma roupa que voltou à moda? Descartou do armário aquela saia envelope e, tempos depois, encontrou uma igualzinha – e, pior, caríssima – na vitrine de uma loja chiquérrima? E as saias de cintura alta, as blusas e os vestidos de renda, quem poderia imaginar que voltariam às passarelas e virariam hits da moda feminina novamente? 

Essa tendência da moda formou um novo tipo de público para os livros de costura: meninas que andam revirando os guarda-roupas das mães em busca de “novidades antigas” e agora querem aprender tudo sobre máquinas de costura, moldes de costura e trabalhos com retalhos para fazer suas próprias roupas. 

Lançado por Seleções em 2009, o livro “A Bíblia da Costura” é um manual de costura que vai ajudar desde os mais iniciantes a pregar botão até os mais experientes a decidir que tipo de tecido deve ser usado para deslumbrantes vestidos de noiva. Recheada de ilustrações e modelos de “passo a passo”, a Bíblia da Costura indica a máquina certa para bordar, fazer bainha, overloque ou pontos decorativos.

Bíblia da Costura é ideal para quem pensa em abrir seu próprio negócio vendendo mantas de bebê, vestidos e até cortinas transparentes! E também, é claro, para quem quer aprender a fazer aquele casaquinho lindo que viu na vitrine – com a promessa de nunca jogá-lo fora quando chegar a nova estação!

Se você se interessou, clique aqui para adquirir a sua Bíblia da Costura!
por Marília Lamas

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Eterna Chanel

Não foi apenas a vestimenta que o legado de Coco Channel permanece vivo e atual...

Seja por meio da alternativa Melina de Passione, interpretada pela atriz Mayana Moura, ou do visual elegante de Christiane Torloni, em Ti Ti Ti, os cabelos Chanel estão mais uma vez na mira da mídia e do público. O corte, além de combinar com diversos estilos, é uma boa opção para os meses quentes, por deixar livre a região do pescoço, diminuindo a sensação de calor.

Nos salões de Fortaleza, é cada vez mais comum ver mulheres querendo copiar os cortes das duas estrelas, além de outras que apareceram recentemente com as madeixas na altura do rosto, como a cantora Sandy e as atrizes Maitê Proença e Juliana Didone.

Segundo o hair designer Naugusto Freire não é de hoje que o Chanel voltou à tona. Já em 2007, quando a ex-Spice Girl Victória Beckham tornou a exibir as madeixas curtas, dessa vez numa variação mais despojada que o corte geométrico usado no início da carreira, as vaidosas de plantão adoraram e seguiram a onda da inglesa.

Os tipos de Chanel são muitos, eles podem variar de acordo com o comprimento, o volume, a altura das pontas, da franja e o que mais a imaginação mandar. Os modelos mais usados hoje são os assimétricos, aqueles em que há uma desigualdade proposital em alguma das partes. A escolha por algum deles vai depender do gosto, do estilo e também dos tipos de cabelo e rosto de quem vai usá-lo.

Para Naugusto, não existe uma restrição quanto a quem quer usar o corte. Só é necessário adequar o modelo às características físicas da pessoa. "Quem tem o rosto arredondado, não pode usar um corte simétrico, porque vai realçar o formato", exemplifica. A grande novidade nos cortes é o trabalho além da forma. Não basta fazer diferente no comprimento dos fios, é preciso mexer na textura do penteado como um todo. Naugusto explica: "Os cortes mais bonitos, hoje, são aqueles que têm assimetria também no volume". Esta é conseguida com fios desfiados.

Outra vantagem dos modelos é com relação à manutenção. Enquanto os mais retos exigem logo um novo corte, para manter o formato, os outros podem esperar mais, pois, como não têm uma forma definida, o rearranjo dos fios com o crescimento não descaracteriza o look.

Fique por dentroComo nasceu o estiloHá quem diga que o antepassado do corte Chanel é o penteado das antigas egípcias, popularizado com Cleópatra. Porém, a origem do corte tal qual conhecemos é realmente a anunciada pelo nome, a estilista que mais influenciou o comportamento feminino no início do século XX.

Coco Chanel é sinônimo de ousadia e elegância. Ela fez roupas que libertavam a mulher dos espartilhos, incorporou ao vestuário peças até então exclusivamente masculinas e provocou uma verdadeira revolução frente à sociedade da época. Entre as várias criações que hoje levam seu nome, está o corte de cabelos na altura da nuca.

Existem algumas versões para o motivo de a francesa ter aparecido com as madeixas tão curtas, a mais famosa delas diz que Coco teria queimado as pontas dos cabelos quando o secador entrou em curto-circuito. Se foi o que realmente aconteceu, não se sabe, mas o resultado da mudança é certeza: virou moda e atravessou gerações, consagrando-se um clássico.

O chanel das celebridadesChristiane Torloni ostenta, na novela Ti Ti Ti, uma versão mais clássica do corte francês

Na novela Passione, Maitê Proença está com as madeixas volumosas e mostra a versatilidade do Chanel

Mayana Moura desfila na telinha com o modelo de cabelo mais cobiçado entre as fashionistas

Victória Beckham, vez por outra, aparece com uma nova proposta do estilo, causando inveja

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