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Governo Federal quer levar internet rápida a 40 milhões de casas e escritórios


O Plano Nacional de Banda Larga, a ser instituído por decreto até o fim deste mês, pretende aumentar de 11,9 milhões para 40 milhões, até 2014, o número de domicílios atendidos no país pela internet rápida.  Para democratizar o acesso à web, o governo quer baratear o serviço para até R$ 15 por mês, nos casos em que sejam adotados incentivos fiscais, e para até R$ 35 nos casos em que os incentivos não sejam adotados. Hoje a conexão de banda larga está concentrada nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e o preço do serviço varia entre R$ 49 e R$ 96.
    O plano prevê uma série de desonerações para pequenas e médias empresas prestadoras de serviço, isenção de impostos (PIS/COFINS) para compra de modem e redução de alíquotas do IPI para equipamentos de telecomunicações com tecnologia nacional. O BNDES abrirá linhas de crédito para compra de equipamentos e também financiamento para pequenos e médios prestadores de serviço e lan houses.
    O modelo escolhido pelo governo para implementar o plano será misto, com participação pública e privada. A estatal Telebrás, reativada para que seja a gestora do plano, será capitalizada em R$ 3,22 bilhões até 2014. A estatal administrará a rede pública de cabos de fibras óticas que vai conectar o país, mas o operador será escolhido em licitação. As empresas privadas de telefonia entram como parceiras do plano, comprando acesso na rede pública, fazendo sua conexão com as cidades e vendendo o serviço de internet ao consumidor final.
    De acordo com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, a Telebrás levará a internet de banda larga ao consumidor em regiões onde não haja interesse da iniciativa privada.
    “Se as empresas não fizerem a última milha, o governo vai dar um jeito de fazer”.
    A ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, disse que a Telebrás “será uma empresa enxuta. Não é para substituir ou limitar a iniciativa privada. Vamos usar a infraestrutra para estimular a iniciativa privada”.
    O coordenador dos programas de inclusão digital do governo, Cezar Alvarez, disse que a nova Telebrás vai render R$ 5,7 bilhões, em dez anos, com a venda de capacidade de transporte de dados no atacado. Alvarez admitiu, no entanto, que até o terceiro ano a empresa vai operar no prejuízo.
    O secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna, garantiu que a Telebrás não será uma empresa subsidiada nem irá onerar o Tesouro.
    Santanna negou que o governo pense em fechar o capital da Telebrás.
    “Isso não foi pensado. Eu não vejo vantagem nisso, porque a empresa de capital aberto permite mais transparência na administração”.

Tadinha das teles


Saíram hoje os lucros de 2009 de duas das grandes empresas do “mercado” de telecomunicações, aquelas que vivem dizendo que não podem cobrar mais barato porque  “os impostos altíssimos”  não o permitem.
Veja só como estão, coitadinhas, trabalhando com dificuldade…Continua>>>

Bom sinal. Teles detestaram decreto da banda larga



Como escreveu ontem Brizola Neto,  aqui , não foi muito clara a notícia que saiu ontem sobre o decreto que criará o Plano Nacional de Banda Larga. Mas os sinais são bons: as empresas telefônicas estão “bufando” contra o decreto e, mesmo aquelas que preferiram botar as barbas de molho reagiram com “cara de quem não gostou”. Isso é um indicador de que elas não vão ter o que queriam, isto é, o monopólio das telecomunicações de dados.
O que mais esperneou foi o presidente da Abrafix, associação das teles fixas. Disse que a reativação da Telebras é “loucura e desperdício”. E o que este senhor José Fernandes Pauletti, presidente da Abrafix propõe? Veja que “beleza”:
“Segundo o presidente da Abrafix, se o governo quer que todo brasileiro tenha acesso à internet, precisa distribuir uma quantia mensal e o cidadão escolheria a operadora onde quisesse gastar aqueles créditos para acessar a internet, seja pela rede das teles fixas, das operadoras de TV a cabo, das empresas de telefonia celular ou de pequenos provedores.”
Viram que maravilha? O Governo cria a “Bolsa Net”, dá o dinheiro às pessoas e elas vão entregar para as teles. Pronto, está resolvida a questão da inclusão digital no Brasil e as teles ficam de  bolso ainda mais cheio, com seu serviço caro e ruim.
Este Dr. Pauletti devia era pedir desculpas à população pelos maus serviços que as operadores de telefonia prestam aos usuários de telefone e de internet. Ele, aliás, sabe bem o que é isso, pois foi vice-presidente e presidente da Telemar, uma das campeães de má-qualidade.
Olhe para o gráfico que ilustra este post. Essa posição do Brasil, lá atrás em democratização e qualidade do acesso à internet, mesmo sendo os brasileiros os usuários que mais tempo passan na rede, é obra das teles.
Elas teem autoridade moral para virem falar em “loucura e desperdício”?