Temporada de troca

Petróleo

Lula tem mesmo pé quente. Mais petróleo e gás no pré-sal da Bacia de Santos. Tudo descoberto pela Petrobras.

Se você ouvir, porém, um tucano, ele vai dizer que estas descobertas só foram possíveis depois que FHC doou áreas a empresas estrangeiras. Que, até agora, nada descobriram.

Todas as conquistas são da tecnologia e do arrojo da equipe montada pelo monopólio estatal de petróleo, prestigiadíssimo no atual governo, que colhe resultados de tal política.

Lustosa da Costa

Repetem a farsa


Leia abaixo o que foi escrito sobre a eleição de 2006, quando o candidato da oposição ganhava de Lula no 1º turno. Agora repetem a mesma farsa contra Dilma. O candidato da oposição é eleito no 1º turno kkkkkkk. Acontecerá exatamente o contrário. Esperneia corja tucadempiganalha, a Muié vencerá fácil, fácil!


Sexta-feira, Dezembro 30, 2005
O GLOBO
Os números do impasse
Merval Pereira

Uma pesquisa que não pode ser divulgada oficialmente porque não foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral está causando furor nos meios políticos nesses últimos dias do ano, e mais ainda entre os tucanos. Trata-se de um levantamento feito por telefone, sob encomenda do PSDB, que aponta o crescimento da candidatura do prefeito paulistano José Serra, surgindo pela primeira vez a possibilidade de ele vencer Lula já no primeiro turno. Mas a pesquisa aponta também um crescimento da candidatura do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o que complica o processo decisório no PSDB. O senador Bornhausen, presidente do PFL, não conhece a pesquisa. Mas diz ter certeza de que se os acordos forem feitos corretamente, existe a chance de derrotar Lula já no primeiro turno.
Realizada pelo Ipespe, Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas, fundado pelo sociólogo Antônio Lavareda, a pesquisa tem valor político até mesmo por isso, pois Lavareda é o pesquisador preferido do PFL, partido que provavelmente comporá com o PSDB a chapa que concorrerá na eleição presidencial do próximo ano. O senador Bornhausen repete para quem quiser ouvir que segue fielmente o que as pesquisas de Lavareda apontam.

Foi por elas, por exemplo, que o PFL marcou sua posição de oposição inflexível ao governo Lula. E também por causa delas o mesmo Bornhausen não se abalou quando foi acusado de ter ultrapassado a fronteira da política civilizada quando disse que esperava se ver livre "dessa raça" nos próximos 20 anos, referindo-se aos petistas. O PFL fez uma pesquisa quantitativa com Lavareda, para saber o perfil do candidato que o eleitorado quer. Eficiência administrativa e honestidade foram os atributos mais apontados.

De acordo com a pesquisa por telefone, Serra teria hoje 40% dos votos no primeiro turno, contra 26% de Lula. Garotinho teria apenas 9% e Heloísa Helena, 5%. Na simulação com Alckmin como candidato do PSDB, Lula lideraria com 28%, seguido de Alckmin com 25%, num empate técnico. Garotinho subiria nesse caso para 15%, e Heloísa Helena para 8%. Num hipotético segundo turno, Serra venceria Lula por 20 pontos percentuais — 52% a 32% — e Alckmin também derrotaria o presidente, mas próximo à margem de erro: 42% a 37%.
Apesar de muito boa para Serra, a pesquisa revela um dado inquietante para a decisão do partido, embora não decisivo: a maioria dos pesquisados na capital paulista disse que Serra não deveria abandonar a prefeitura de São Paulo para disputar a Presidência da República. O lado bom para os serristas é que a maioria não é tão esmagadora quanto se temia: 48% desaprovaram sua saída, mas 40% acham que ele tem que deixar a prefeitura. Atualmente, um paradoxo deve estar inquietando Serra: quanto mais bem avaliada é sua gestão na prefeitura, mais difícil fica sua saída do cargo com cerca de um ano de mandato.

Serra foi apontado por uma pesquisa do Datafolha como o prefeito paulistano mais bem avaliado nos últimos anos no primeiro ano de gestão. Além do caso do prefeito Pimenta da Veiga, que deixou a prefeitura de Belo Horizonte e perdeu a eleição para o governo de Minas, há outro caso clássico, desta vez no PSDB paulista, o de Mário Covas. Eleito o deputado federal mais votado do estado, com uma votação espetacular no litoral de Santos, aceitou ser prefeito biônico de São Paulo.  Foi tão criticado que, nas eleições seguintes, perdeu de Paulo Maluf em Santos, seu reduto eleitoral.

A decisão seria mais fácil se Serra fosse o único candidato a vencer Lula, mas o enfraquecimento progressivo do presidente nas diversas pesquisas eleitorais pode reduzir os argumentos a seu favor. No PSDB, a opinião geral é que Serra não tinha planos de concorrer agora novamente à Presidência, preparando-se para 2010. Mas as pesquisas mostrando sua crescente aceitação pelo eleitorado nacional, como uma tentativa de desfazer um equívoco cometido em 2002 — as pesquisas mostram que Serra manteve seus eleitores da eleição anterior e conquistou grande parte dos que votaram em Lula — o animaram.

O governador Alckmin trabalha com essas dificuldades de Serra para deixar a prefeitura e, internamente, vem afirmando que a candidatura do prefeito daria ao PT um argumento forte na campanha eleitoral, do tipo "Serra prometeu por escrito que não deixaria a prefeitura e não cumpriu. Você acredita no que ele promete?". Se Alckmin fugir às suas características e ameaçar disputar a candidatura na convenção, a situação de Serra se complicará. Mas também o PSDB perderá a unidade.

Embora Alckmin tenha a preferência do mundo empresarial e financeiro, Serra vem armando seu esquema político com grande eficácia, já tendo superado os problemas políticos que levaram o PFL a não apoiá-lo em 2002. Hoje, ele tem o apoio explícito do prefeito do Rio, Cesar Maia, que o vem aconselhando até mesmo nos mistérios de uma prefeitura de cidade grande.

Reeleito no primeiro turno, Cesar Maia tentou lançar seu nome para a Presidência e não teve boa receptividade no eleitorado. Já disse que desistirá para apoiar Serra, e pode ser parte de um grande acordo entre PSDB e PFL. Embora negue, é possível que Cesar Maia saia da prefeitura para se candidatar ao governo do Rio de Janeiro, deixando em seu lugar o vice-prefeito do PSDB, Otávio Leite, uma espécie de compensação para os tucanos, que deixariam o PFL à frente da prefeitura de São Paulo.

Nesse caso, Cesar Maia teria o apoio de um forte candidato à Presidência da República, além de seu próprio prestígio pessoal, para tentar derrotar o candidato do grupo de Garotinho, provavelmente o senador Sérgio Cabral.

PSDB quer cassar Marina Silva

Consultor do PSDB ameaça mandato de Marina Silva, por que? Por que com eu já tinha dito ela tira votos do candidato tucano. Incentivar a candidatura dela foi mais um tiro no pé que a tucademapiganalhada deu kkkkk. E quanto a Ciro ser candidato,os tucademos terem a chance de ir pelo menos ir para o 2º turno...acredito que ele não cometerá este erro. Sendo assim Dilma vencerá no 1º turno.
Bay, bay corja!  

Muitos pais devem voltar a escola


A cena de violência entre colegiais, incentivada pela mãe de uma delas e mostrada na TV, é apenas um dos muitos reflexos de nossa sociedade; mais do que os "estudantes"(!) - que não estudam e não deixam os colegas estudarem, ameaçando inclusive professores - são os pais que precisam retornar aos bancos escolares e reaprender alguma lição de cidadania que "ficou esquecida"...
Noel Samways 
Curitiba - PR

No momento em que eu estava postando este comentário feito no site do Claudio Humberto , era mostrada a reportagem na TV. Minha sobrinha de 10 anos estava assistinho. Sabe o que ela disse?... 

" É por isso que o Brasil não vai prá frente. Uma mãe fazer uma coisa dessa"!


Planapir

"O PLANAPIR coloca a questão da promoção da igualdade dentro do sistema de planejamento do Governo Federal. Essa é a diferença do Brasil de ontem e do Brasil de hoje". A declaração foi feita pelo ministro da Igualdade Racial, Edson Santos, na manhã desta quarta-feira (16/9) durante solenidade de instauração do Comitê de Articulação e Monitoramento do Plano Nacional de Promoção da Igualdade Racial (PLANAPIR). O evento marcou a posse dos 18 representantes do governo federal e da sociedade civil que passam a integrar o novo organismo que já teve sua primeira reunião técnica.

 O secretário adjunto da SEPPIR, Eloi Ferreira Araújo, também coordenador do Comitê, apresentou um histórico do PLANAPIR: desde o início de sua construção, em 2005, a partir de 11 eixos traçados na I Conferência Nacional de Promoção de Igualdade Racial, até a criação do Grupo de Trabalho Interministerial e, finalmente, a publicação do decreto nº 6872, de 4 de junho, que definiu o Plano."Com este Comitê, vamos criar os pilares da institucionalização da política de igualdade racial". Eloi advertiu que, de início, o desafio do Comitê é formatar uma modelagem de monitoramento das ações do governo para a redução das desigualdades que vitimam negros, povos indígenas, ciganos e outros segmentos sociais em função da origem étnica. 

A representante do Ministério da Saúde Ana Costa ressaltou a importância estratégica do Comitê. "Nós temos um grande desafio de articular políticas e setores do governo. A tendência das nossas instituições é se fecharem e realizarem trabalho isolado. Daí a importância deste Comitê".

 O secretário nacional de Articulação Social da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gerson Luiz de Almeida, destacou a necessidade da ampliação das políticas afirmativas, ainda que elas não sejam consensuais na sociedade brasileira: "São um processo de disputa sobre visões de mundo e sobre como consolidar uma democracia que sirva para todos os setores sociais".

Entre os presentes à solenidade, estava o deputado Carlos Santana (PT-RJ), presidente da Frente Parlamentar de Promoção da Igualdade Racial, além de representantes das agências do sistema ONU e gestores do Fórum Intergovernamental de Promoção da Igualdade Racial (FIPIR).

 Sob coordenação da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), o Comitê terá atuação transversal no Governo e a participação dos seguintes ministérios: Secretaria-Geral da Presidência da República; Secretaria Especial dos Direitos Humanos; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres; Ministério da Educação; Ministério da Justiça; Ministério da Saúde; Ministério das Cidades; Ministério do Desenvolvimento Agrário; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério das Relações Exteriores; Ministério da Cultura; Ministério de Minas e Energia. 

Para conhecer o PLANAPIR na íntegra, acesse o decreto nº 6872/2009.

Dilema tucano


O ano eleitoral vai se aproximando e, com ele, cresce o dilema tucano sobre o discurso a ser adotado em 2010. Se é verdade que o presidente Lula seguiu na política macroeconômica as bases deixadas pelo tucano Fernando Henrique Cardoso --metas de inflação, câmbio flutuante e superávit primário--, em seu segundo mandato o petista adotou um viés intervencionista, nacionalista e estatizante que não combina muito com o programa do PSDB.

O modelo do pré-sal, com forte presença do Estado na exploração dessa nova riqueza brasileira, foi apenas o último lance de um governo que demonstrou um forte apetite por interferir nos rumos da economia do mundo real. Intervenção que cruzou barreiras e levou o governo a ditar até o rumo de fusões de empresas no país, caso da Oi com Brasil Telecom, ou mesmo pressionar publicamente executivos que não estavam seguindo a linha desejada pelo Palácio do Planalto --Roger Agnelli, da Vale.

Para infelicidade ou não dos tucanos, esse movimento petista no segundo mandato de Lula, que lembra mais o modelo tradicional sempre defendido pelo partido do atual presidente, ocorreu antes, durante e deve se acentuar depois da pior crise financeira internacional desde 1929. Uma crise que elevou ainda mais, mundo afora, o peso do Estado na economia, dificultando a vida daqueles que sempre defenderam menos intervenção estatal.

Como, diante dessa nova realidade brasileira e mundial, calibrar o discurso na campanha eleitoral? Criticar esse modelo intervencionista e estatizante, que no curto prazo funciona bem, mas no médio e longo prazo tende a gerar ineficiências e reservas de mercados, pode representar perda de votos. Dentro do ninho tucano há quem diga que José Serra não seguiria extamente o mesmo caminho de Lula, mas também teria conduzido com mão de ferro a economia nesse período de crise. Mas assumir esse discurso tende a dar mais ganho eleitoral a Lula e sua candidata Dilma Rousseff.

O fato é que, até aqui, tucanos não estão indefinidos não apenas sobre quem será seu candidato _apesar de os ventos soprarem mais a favor de Serra, Aécio Neves segue no páreo. O PSDB ainda não sinalizou claramente o que pretende dizer aos eleitores em 2010. Voltando ao caso do pré-sal, ele retrata bem essa indefinição tucana. Até aqui, não se sabe muito bem o que pensam os líderes do PSDB sobre o tema.


Valdo CruzValdo Cruz, 48, é repórter especial da Folha. Foi diretor-executivo da Sucursal de Brasília durante os dois mandatos de FHC e no primeiro de Lula. Ocupou a secretaria de redação da sucursal. Escreve às terças.

E-mail: valdo@folhasp.com.br