Pobres fortaleceram economia brasileira, diz Lula ao receber prêmio da ONU por combate à fome
Após receber o prêmio da ONU “Campeão do Mundo na Batalha Contra a Fome”, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que foi o consumo das classes menos favorecidas um dos responsáveis pelo fortalecimento da economia nacional, que se descolou do cenário internacional e sofreu menos com os efeitos da crise econômica mundial.
“A classes D e E do Norte e do Nordeste consumiram mais que as classes A e B do Sul e Sudeste, ou seja, os pobres foram à luta para comprar. (…) O que nós fizemos foi garantir um pouquinho para muita gente. E os pobres, que antes ficavam à margem, viraram gente de classe média e compraram coisas que só parte da classe media podia comprar”, destacou o presidente, durante a abertura da reunião Diálogo Brasil-África sobre Segurança Alimentar.
Mais uma vez, o presidente frisou que a soberania de uma nação só se conquista com a independência alimentar e que não se arrepende de ter alocado dinheiro aos mais pobres porque os programas assistenciais, na visão dele, não desestimulam os cidadãos a trabalhar, mas lhe dão força para trilhar suas vidas.
“Quem tem fome não pensa. A dor de estômago é maior do que muita gente imagina. E pessoa que têm fome não viram guerreiro, viram pedinte. A fome não faz guerreiro, faz o ser humano subserviente, humilhado e sem força para brigar contra seus algozes”, exemplificou.
Mercado prevê crescimento maior do PIB este ano
Boletim Focus, elaborado pelo Banco Central, aumenta a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 6,06% para 6,26%.
Se confirmado, esta será a maior expansão do PIB desde 1986, quando o país cresceu 7,49%. Para 2011, a previsão de crescimento econômico do mercado financeiro permaneceu estável em 4,5%.
Se confirmado, esta será a maior expansão do PIB desde 1986, quando o país cresceu 7,49%. Para 2011, a previsão de crescimento econômico do mercado financeiro permaneceu estável em 4,5%.
Corte de verbas para famílias pobres revela farsa tucana
Pré-candidato à Presidência pela facção oposicionista recentemente atingida por um surto de admiração ao programa federal Bolsa Família, o tucano José Serra deixou no governo de São Paulo evidências importantes de que seu interesse por programas de transferência de renda à população pobre é muito novo – ou gravemente falso, como uma farsa.
Documento produzido há três meses pela bancada do PT na Assembleia paulista e reportagem veiculada neste fim-de-semana pela Folha de São Paulo deixam claríssimo que o Governo Serra fez, de seus 39 meses de duração, um período perverso para as mais de 1,5 milhão de famílias pobres ou extremamente pobres que precisam de assistência do Estado.
Tomados por base os dois principais programas estaduais de transferência de renda, o Renda Cidadã e o Ação Jovem, dados do próprio governo paulista revelam que Serra reduziu o número de famílias e de estudantes pobres assistidos. Hoje, enquanto apenas o Bolsa Família criado e expandido pelo Governo Lula favorece 1,1 milhão de famílias paulistas, o Renda Cidadã reduzido por Serra beneficia menos de 140 mil famílias.
Os dados oficiais mostram o seguinte:
1) No ano eleitoral de 2006, quando Geraldo Alckmin disputou a Presidência e Serra concorreu ao governo paulista, as verbas do Renda Cidadã e do Ação Jovem foram mais do que duplicadas – de R$ 88,8 milhões para R$ 190,6 milhões. Ao longo do Governo Serra, as verbas foram reduzidas.
2) De 2006 para 2009 os orçamentos dos programas paulistas de transferência de renda foram reduzidos em mais de R$ 80 milhões – de R$ 279,5 milhões para R$ 198,9 milhões.
3) Em 2006, o Renda Cidadã distribuiu R$ 121,4 milhões e favoreceu 160,3 mil famílias com R$ 60 por mês. No ano passado, o número de famílias beneficiadas foi inferior a 138 mil e a verba transferida ficou abaixo de R$ 98 milhões.
4) O orçamento da Secretaria estadual de Assistência e Desenvolvimento Social tem sofrido redução permanente. A participação da secretaria no orçamento estadual caiu de 0,42%, em 2008, para 0,36%, em 2009, e para 0,29% neste ano.
5) Os programas de Proteção Social Básica (atendimento socioassistencial por meio de entidades, serviços e projetos abertos) e de Proteção Social Especial (atendimento e assistência por meio de equipamentos de tipo abrigo) beneficiam menos de 374.000 pessoas.
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