SERES INVISÍVEIS

Quem nunca imaginou o que é olhar para um pessoa e não ver o ser humano que vive nela provavelmente dará a este post a mesma importância que dispençamos ao moradores de rua.

As chuvas amazônicas são mais copiosas tão logo as luzes coloridas se acedem anunciando a chegada do Natal.

E vão quase até que essas luzes se acendam novamente no ano subsequente.Isso equivale dizer que na Amazônia o inverno, o período das grandes chuvas, dura o ano todo, praticamente.

É quando chove que me mais vem a mente os que não tem a sorte de ter um lar, de um teto que os acolha e proteja.
Os moradores de rua são esses seres.

Tragados pela vida.Expelidos pela sociedade.
Cada um com a sua história pessoal.
Em comum, a dor da indiferença que os torna invisíveis, sem presente nem futuro.

A degradação da dignidade humana não faz distinção de sexo nem idade e conduz impiedosamente às masmorras da miséria homens e mulheres de todas as idades.

Dados da Unesco apontam que de cada 100 moradores de rua 82 são homens e mais da metade desse total tem entre 25 e 44 anos.

Ou seja, são homens e mulheres com plena capacidade de desenvolverem sua força de trabalho, mesmo porque 74% deles sabem ler e escrever.

Quando damos aquelas moedinhas ao flanelinha que “guardou’ o nosso carro é possível que estejamos olhando na cara de um morador de rua.
Existem pessoas que dão todos os “cinco centavos” que tem na bolsa porque as moedas “incomodam” e não se importam com a quantia oferecida.
O que importa mesmo é verificar, depois, se o “guardador”, além da sua flanela, não usa uma outra “ferramenta de trabalho” que lhe dê acesso ao interior do veículo.

Que coisa horrível!

Para grande parte da sociedade não se deve olhar um flanelinha sem que dele se desconfie.

Ou seja, muitos tem em mente que nem um flanelinha é digno de confiança.
A pesquisa da Unesco não diz que temos de confiar nem nos flanelinhas nem nos moradores de rua.

A Unesco revela que 70,9% dos moradores de rua desempenham alguma atividade remunerada e que desses, 14,1% são flanelinhas, 27,5% juntam material reciclado, enquanto os demais são distribuídos em ativiaddes que vão desde a construção civil à serviços de limpeza e estiva.
O que se descobre é que nem todo flanelinha é um morador de rua.

E vice-versa.

E que, de forma alguma, é justo que se estigmatize o morador de rua o tendo como ladrão, um perigo à sociedade.

Perigo quem oferece é a própria sociedade.
O perigo de excluir e por à margem milhares de cidadãos e cidadãs, adultos, jovens e crianças.

O morador de rua se esconde, portanto, atrás de uma atividade qualquer, ainda que esta seja a prostituição, o desejo silencioso de viver dignamente, de ser alguém, de crscer como pessoa, de ter uma pessoa para amá-la e ser por ela amado, ter um lar ao invés das marquises e viadutos que os abrigam nas noites geladas de inverno nas cidades brasileiras.

O que os moradores de rua almejam é que sejam vistos.
Vistos como seres que, mais do que solidariedade, necessitam da ação do Estado para lhes trazer de volta a sociedade com dignidade.

No dia 23 de dezembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou decreto criando a política nacional para população de rua.

Pode ser o início da efetiva promoção dos direitos humano, civis, políticos, econômicos e sociais dessa população.

Vamos ver...

Boletim Carta Maior - 03/01/2010

Caso não visualize esse email adequadamente acesse este link

 
Boletim Carta Maior - 3 de Janeiro de 2010 Ir para o site
 

 
 
A longa despedida da ditadura militar no Brasil
 
O Brasil precisa se livrar da ditadura militar, mas não antes de dissecá-la e neutralizar-lhe as sementes. Os militares de hoje não podem ser obrigados a defender gente como o coronel Brilhante Ustra, o carniceiro do DOI-CODI de São Paulo, nem o capitão Wilson Machado, vítima mutilada pela própria bomba que pretendia explodir, em 1º de maio de 1981, durante um show de música no Riocentro, onde milhares de pessoas comemoravam o Dia do Trabalho. Um Exército que dá guarida e, pior, se orgulha de gente assim não precisa de mais armamento. Precisa de ar puro.
O artigo é de Leandro Fortes.

> LEIA MAIS | Política | 03/01/2010
 
"Queremos Uruguai cheio de engenheiros, filósofos e artistas"
O presidente eleito do Uruguai, José "Pepe" Mujica, reuniu-se com um grupo de intelectuais em dezembro de 2009 e fez alguns pedidos a eles: que contagiem todo o povo uruguaio com o olhar curioso sobre o mundo, que está no DNA do trabalho intelectual, e com o inconformismo. Mujica propõe também uma revolução na educação. "Escolas de tempo completo, faculdades no interior, ensino superior massificado. E, provavelmente, inglês desde o pré-escolar no ensino público. Porque o inglês não é idioma falado pelos ianques; é o idioma com o qual os chineses conversam com o mundo. Não podemos ficar de fora".
> LEIA MAIS | Internacional | 30/12/2009
 
O ano do Brasil – e do presidente Lula
Dificilmente poderia ter havido ano mais auspicioso para o Brasil. Isso esteve claro nos momentos finais da conferência de Copenhague. Obama chegou atrasado, perdeu o bonde da História e, esnobado pelo presidente chinês Wen Jiabao (que se fez representar por gente de escalão inferior em reuniões de que Obama participava) invadiu como um penetra a sala onde se reuniam Brasil, África do Sul, Índia e China, o BASIC. Foto e relato do New York Times retrataram o quadro insólito em Copenhague. Obama entrou sem ser convidado. “Vou sentar ao lado do meu amigo presidente Lula”, disse. O artigo é de Argemiro Ferreira.
> LEIA MAIS | Política | 29/12/2009
• Jornal Le Monde elege Lula como o Homem do Ano
• Beto Almeida: Lula, o mundo e a mídia
 
 
Quem tem medo do Lula?
Quem tem medo do filme “Lula, filho do Brasil”? Opinem o que acham do filme. Eu abro com a minha. - 01/01/2010

 
Colunistas
 
Luís Carlos Lopes
Falando do futuro (Pindorama, em 2345)
Lá pelo ano de 2345 saúda-se a memória dos que lutaram contra um poder senil, entre 2064 e 2080, e lamenta-se que poucos dos velhos responsáveis pela barbárie da época tenham sido efetivamente julgados pelos seus crimes contra a humanidade. - 03/01/2010
 
José Luís Fiori
O debate da política externa: a moral internacional e o poder
Ao receber o Nobel da Paz, Obama recorreu às idéias de São Agostinho e de Santo Tomás de Aquino sobre a legitimidade moral das "guerras justas". Ao fazer isso, retomou a tese medieval de que existiria uma única moral internacional, situada acima de todas as culturas e civilizações. - 31/12/2009
 
Flávio Aguiar
O pósanticontra muitoantespelocontrário-Lula
Uma das chaves da propaganda anti-Dilma é a de que o cavaleiro conservador que entrar na liça não será um “anti-Lula”, mas sim um “pós-Lula”. Olhando-se para esse comportamento da nossa direita na frente externa, vê-se logo que isso é um fraseado sem pé nem cabeça. - 29/12/2009
 
Gilson Caroni Filho
A direita e o suplício de Papai Noel
O título de “Homem do Ano em 2009", concedido a Lula pelo Le Monde, representou " o suplício de Papai Noel" para um jornalismo que se esmerou, com textos de contornos cada vez mais nítidos, em servir como porta-voz das forças mais reacionárias da sociedade brasileira. - 30/12/2009
 

 
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GLOBO APOIOU A TORTURA E QUER DERRUBAR LULA

Reproduzo matéria do Conversa Afiada publicada pelo Paulo Henrique Amorim, que trata da "crise" que a Globo e, por extensão, o PIG quer produzir, idealizada pelo ministro serrista do Governo a serviço do PSDB, Nelson Jobim. Ele, Jobim, o mesmo da babá eletrônica - no episódio do grampo sem áudio que defenestrou o Delegado Paulo Lacerda da ABIN e o exilou em Portugal - e que até hoje não foi ouvido por ninguém (o áudio), agora tenta, outra vez, o golpe contra o Presidente Lula. Até quando vai o poder desse senhor e quando Lula vai despertar para suas manobras sórdidas?

A Globo protege os torturadores. A Globo é o que sempre foi
2/janeiro/2010 10:33
Acabar com a Lei da Anistia é o que se espera de um encarcerado no DOPS.
A repórter Cristina Serra, no jornal da globo desta sexta-feira, fez uma reportagem de 18 segundos sobre a “crise” que o Jobim vazou – clique aqui para ler – e falou dezoito vezes em “crise”.
O motivo da “reportagem” foi uma inútil declaração de Paulo Vannuchi, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
Inútil, porque Vannuchi tenta encobrir o óbvio.
Se o projeto de lei de Lula criar uma “Comissão da Verdade”, que identifique, enfim, quem torturou no regime militar, é obvio que, de posse dessas informações, o Ministério Público peça a punição dos torturadores – e rasgue, finalmente, a Lei da Anistia. Clique aqui para ler “Se Lula fosse Mandela mandava Jobim embora”.

Revogar a Lei da Anistia – é o que se espera de um Presidente que os militares encarceram no DOPS. Clique aqui para ler “Lula é maior do que o Brasil”.
Lula não vai poder ir para casa sem acertar as contas com os direitos humanos e o regime militar.
Não é isso o que os brasileiros esperam dele.
Nem é isso o que ele espera ler em sua biografia.
Sepultar a Lei da Anistia que foi um dos capítulos sinistros da conciliação “por cima”, como dizia o Raymundo Faoro.

Gesto que seu antecessor não teve coragem para tomar.
A Globo está no Golpe: trabalha, como Jobim, para fomentar uma “crise” que tire os militares dos quartéis e destitua o presidente Lula com o aval do Supremo Presidente do Supremo.
A Globo, os filhos do Roberto Marinho – eles não tem nome próprio -, o Ali Kamel e seus repórteres reproduzem o papel que o Dr. Roberto desempenhou no regime militar: apoiou o regime para que o regime o fizesse rico.

Pelo menos nisso a Globo é séria: ela é o que sempre foi.

Viva o Brasil !

Paulo Henrique Amorim

LER É COMO BEBER UM BOM VINHO

Ler é um hábito tão saudável e cativante o quanto escrever.
Identificar qual dos dois mais me fascina não é tarefa nada fácil.
Mas a leitura sempre me tomou o tempo e marcou sobremaneira a minha vida.
Desde quando vi os primeiros rótulos das embalagens e dos produtos alimentícios trazidos por papai para o nosso consumo ou para revenda – já que ele comerciante.
As placas – de veículos, de sinalização ou de anúncios – também tiveram sua importância e muito contribuíram na minha iniciação no mundo da leitura.
Não havia nada formado por letras e que simbolizasse um nome ou uma palavra que não me chamasse a atenção.

Assim, quando me levaram à escola pela primeira vez, a professora me dispensou da famosa “Carta” uns dois meses depois.
As “Cartilhas” passaram por mim tão rapidamente o quanto foi a minha passagem por elas.
E veio logo o maravilhoso livro da Primeira Série. Antes que terminasse o primeiro ano.
Aquilo era um acontecimento fantástico.
Fazer o quê se eu não tinha dificuldade no domínio das palavras? Não era necessário cumprir o formalismo de passar um, dois anos a soletrar letras para “descobrir” o som que elas produzem e as palavras que “escondem”.

Os livros sempre me fizeram um imenso bem.
Por isso eu os trato com elevado carinho.
Ao pegar um para lê-lo, custo a soltá-lo. Porque o leio sem pressa, à cassa de encontrar o que as suas entrelinhas tem para me revelar.
Neste primogênito dia de 2010, me presentearam com um belíssimo vinho.

Longe de ser um enólogo, sei que um bom vinho deve ser sorvido aos poucos, a cada gole, sentindo seu cheiro, sua viscosidade e textura, expondo-a à todas as papilas gustativas da boca.
Foi aí que encontrei semelahanças para com a leitura.
Nunca se deve pegar um livro e devorá-lo de sofreguidão.

Sou habituado a conhecer um pouco a editora antecipadamente e, sobretudo, o autor. É com ele que vou manter uma inter-relação e interação, sem que necessariamente seja obrigado a concordar com o enredo final, por exemplo.

Degusto cada palavra e absorvo lentamente as ideias. São elas, muitas vezes, que contextualizam a história.
Não podemos ler uma história sem contextualizá-la, nos apossar dela e relacioná-la à nossa própria história. E por que não?!
O livros não são feitos a penas para serem lidos.

O livro deve ser sorvido, degustado e suas propriedades inaladas pelo cerébro a ponto de aguçar a imaginação.
O livro que não te faz "viajar" revela uma leitura disperdiçada.

É um vinho apodrecido.

Dilma abre 2010 com chave de ouro


A mais recente pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada no último dia 20, mostra um cenário extremamente favorável para a candidatura à presidência da ministra Dilma Rousseff (PT): faltando nove meses para a eleição, Dilma está consolidada em segundo lugar, com 23% das intenções de voto, dez pontos à frente do deputado federal Ciro Gomes (PSB), que tem 13% e que vê cair por terra seu discurso sobre sua candidatura ser boa alternativa para Lula no caso de Dilma não se viabilizar.
O Datafolha acaba de provar que Dilma é a melhor opção para Lula, no primeiro e no segundo turno, quando também bate Ciro.
Desde a última pesquisa, divulgada em agosto, Dilma tinha 17%, ou seja, cresceu seis pontos nesses quatro meses.
Já o governador paulista José Serra (PSDB) tinha 36% e agora foi a 37%. Ao que parece, está se movendo em seu teto ou perto dele, dentro da margem de erro. Está estagnado.
Por fim, para constar, a senadora Marina Silva (PV) tem 8% das intenções de voto.
Mais interessante até do que a evolução de Dilma na pesquisa estimulada, que já é fantástica, é sua condição na pesquisa espontânea, quando os nomes dos possíveis candidatos não são mostrados ao eleitor: Dilma empata com Serra, com 8%.
Considerando que Serra já disputou uma eleição presidencial em 2002, perdendo para o presidente Lula, e que governa o Estado mais influente e populoso da Federação, pode-se dizer que seu desempenho na espontânea é pífio.
Ciro Gomes tem apenas 1% das intenções de voto na espontânea, assim como Marina Silva.
Ainda na pesquisa espontânea, além de empatar com Serra, a ministra Dilma ainda é beneficiada por outro fator: o presidente Lula carrega 20% das intenções de voto.
Em agosto, quando Dilma tinha apenas 3% das intenções espontâneas, Lula tinha 27. E o próprio Datafolha já identifica esse movimento de “queda” de Lula e de “subida” de Dilma como transferência de voto do presidente para a ministra.
Em artigo do dia 23, o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, diz ainda que 15% dos eleitores, que ainda não conheceriam Dilma, se dizem dispostos a votar no candidato indicado pelo presidente Lula e que, se isso acontecer, a ministra da Casa Civil empata com Serra (a diferença atual é de 14 pontos percentuais).
Outra questão bastante interessante que foi levantada na pesquisa é o índice de rejeição, que é praticamente igual para todos os candidatos, sendo que a diferença da maior para a menor é de 4 pontos, dentro da margem de erro, da pesquisa, de dois pontos para mais ou para menos.
Dilma tem 21%; Serra ,19%; Ciro, 18; e Marina, 17%, mesmo percentual do governador mineiro Aécio Neves (PSDB), que há menos de dez dias anunciou sua desistência da corrida presidencial.
Tal anúncio, já previsto e até mesmo prometido por Aécio, que dava até dezembro para o PSDB decidir seu candidato, coloca Serra em uma condição muito delicada, pois ficou claro para qualquer cidadão, principalmente para qualquer cidadão mineiro, que Aécio desistiu devido às pressões de seu correligionário paulista.
Eu já afirmei em meu blog e reafirmo: Serra terá sérias dificuldades com o eleitorado mineiro, uma vez que, por sua “culpa”, este perdeu a chance de ter um presidente conterrâneo.
Outro problema para o PSDB em Minas é que seu candidato a governador, o atual vice, Antonio Anastacia, tem apenas 10% das intenções de voto, ocupando a terceira posição, atrás de Hélio Costa (PMDB), que tem 31% e de Fernando Pimentel (PT), com 19%.
Os dois juntos têm hoje a metade das intenções de voto. Os dados são do mesmo Datafolha, em pesquisa sobre os governos dos Estados divulgada um dia depois do levantamento presidencial.
Serra praticamente não terá palanque no Rio de Janeiro, onde a disputa para governador é liderada pelo governador Sérgio Cabral (PMDB), nosso aliado, que disputa a reeleição, com 38%, com o ex-governado Anthony Garotinho (PR) em segundo, e o tucano-verde Fernando Gabeira apenas em terceiro, com 14%.
Há que se considerar ainda que Gabeira tende a disputar vaga para o Senado.
Até mesmo em São Paulo, seu Estado, a condição de José Serra é no mínimo desconfortável, uma vez que terá de fazer campanha ao lado do ex-governador Geraldo Alckmin, tido por muitos como seu desafeto.
Por mais que Serra quisesse evitar o nome de Alckmin para o governo paulista, este se impõe naturalmente. Basta vermos a pesquisa Datafolha: Alckmin lidera a corrida para o Palácio dos Bandeirantes com 50% das intenções de voto.
No Rio Grande do Sul, Serra terá que subir no palanque ao lado da governadora tucana Yeda Crusius, que passou 2009 sob o fogo das denúncias de corrupção, desvios de verbas etc.
Aliás, com a economia de vento em popa e o governo Lula bem avaliado, só restava ao PSDB e ao DEM o discurso vazio da “ética”, que apenas eles teriam.
Agora, com o governo de José Roberto Arruda (ex-PSDB e agora também ex-DEM) com lama até o telhado, governo do qual o PSDB participou até o dia em que a PF deflagrou a Operação Caixa de Pandora, no Distrito Federal, que discurso lhes restará?
Em Santa Catarina, o quadro também não é dos melhores, com o atual vice-governador, Leonel Pavan (PSDB), indiciado pela Polícia Federal por corrupção passiva e quebra de sigilo funcional, após a Operação Transparência.
Segundo a PF, Pavan teria ajudado a reabilitar a inscrição de uma empresa que deve R$ 12 milhões aos cofres estaduais junto ao governo catarinense.
O cenário para Serra não é animador. A esta altura, não pode mais desistir da candidatura. Se o fizer agora, terá que enterrar para sempre seu sonho presidencial.
Se for e perder, ficará sem mandato e possivelmente terá que assistir ao governo de Alckmin e negociar a permanência de seus apoiadores no governo.
E enfrenta problemas nos mais importantes Estados das regiões Sul e Sudeste, onde, em princípio, concentraria a maior parte de seu eleitorado.
No Nordeste, Dilma já lidera a pesquisa, com 31%, contra 28% de Serra. No Norte e no Centro-Oeste é questão de tempo.
Se Serra tem problemas nos seus principais centros, dificilmente conseguirá manter a diferença de 14 pontos percentuais, que vem caindo a cada aferição.
Enquanto isso, nós vamos consolidando e ampliando a cada dia as alianças partidárias, vamos governando bem o país, de olho no desenvolvimento e na melhoria da vida dos brasileiros, e vamos pavimentando o caminho da vitória da ministra Dilma e do presidente Lula nas urnas em 2010.
José Dirceu

Sonhos

Conta a lenda que uma jovem mariposa de corpo frágil e alma sensível voava ao sabor do vento, quando, certa noite, viu uma estrela muito brilhante e se apaixonou. Voltou imediatamente para casa, louca para contar à mãe que havia descoberto o que era o amor, mas ela lhe disse friamente: 
- Que bobagem! As estrelas não foram feitas para que as mariposas possam voar em torno delas. Procure um poste ou um abajur e se apaixone por algo assim; para isso nós fomos criadas. Decepcionada, a mariposa resolveu simplesmente ignorar o comentário da mãe e se permitiu ficar, novamente, alegre com sua descoberta e pensava:
- Que maravilha poder sonhar...!!!
Na noite seguinte, a estrela continuava no mesmo lugar, e ela decidiu que iria subir até o céu, voar em torno daquela luz radiante e demonstrar seu amor. Foi muito difícil ir além da altura com a qual estava acostumada, mas conseguiu subir alguns metros acima do seu vôo normal. Entendeu que, se cada dia progredisse um pouquinho, iria terminar chegando à estrela. Desta forma, armou-se de paciência e começou a tentar vencer a distância que a separava do seu amor. Esperava com ansiedade que a noite descesse e, quando via os primeiros raios da estrela, batia ansiosamente suas asas em direção ao firmamento. Sua mãe ficava cada vez mais furiosa e dizia:
- Estou muito decepcionada com a minha filha! Todas as suas irmãs e primas já têm lindas queimaduras nas asas, provocadas por lâmpadas! Você devia deixar de lado esses sonhos inúteis e arranjar um amor que possa atingir. A jovem mariposa, irritada porque ninguém respeitava o que sentia, resolveu sair de casa. Mas, como sempre acontece, ficou marcada pelas palavras da mãe e achou que ela tinha razão. Por algum tempo, tentou esquecer a estrela, mas seu coração não a conseguia olvidar e, percebendo que a vida sem o seu verdadeiro amor não tinha sentido, resolveu retomar sua caminhada em direção ao céu.
Noite após noite, tentava voar o mais alto possível, mas, quando a manhã chegava, seu corpo estava gelado e a alma mergulhada em tristeza. Entretanto, à medida que ia
ficando mais velha, passou a prestar atenção a tudo que via à sua volta. Lá do alto podia enxergar as cidades cheias de luzes, onde, provavelmente, suas primas e irmãs já tinham encontrado um amor. Mas, ao ver as montanhas, os oceanos e as nuvens que mudavam de forma a cada minuto, a mariposa começou a amar cada vez mais sua estrela, porque era
ela quem a motivava a ver um mundo tão rico e lindo. Muito tempo depois, resolveu voltar à sua casa e soube pelos vizinhos que sua mãe, irmãs e primas haviam morrido queimadas nas lâmpadas e nas chamas das velas, destruídas pelo amor que julgavam fácil.

A mariposa, embora jamais tenha conseguido chegar à sua estrela, viveu muitos anos ainda, descobrindo que, às vezes, os amores difíceis e impossíveis trazem muito mais alegrias e benefícios do que os considerados fáceis, e que se encontram ao alcance de nossas mãos. 

Com esta lenda aprendemos duas coisas: valorizar o amor e lutar pelos nossos sonhos, porque sabemos que é a realização deles que nos faz feliz e lembremos: 

"O mundo está nas mãos daqueles que têm coragem de sonhar, e correr o risco de viver seus sonhos"

Me sinto como a mariposa sonhadora, pelo brilho do teu sorriso, minha estrela, me mostrou uma vida que a muito desconhecia, me fez(e faz) feliz por mostrar coisas com outros olhos, pelo carinho que me tratas, pela paciência que tens comigo, pelo AMOR contido em teu peito, por tudo que representas e por tudo que te represento.....
Querer agora, não é poder.....
Sonhar sim, te amo por demais.
Fica com Deus e que tudo que você deseje em 2010 sejam realizados!

OS SONHOS NÃO DEVEM MORRER

O ser humano vive a base de sonhos.
O ser humano é movido a sonhos.
Os sonhos são a bateria que alimenta a alma e faz funcionar a máquina da nossa esperança.
Não há ninguém que seja capaz de viver sem sonhar.
Sonhar significa esperar sempre algo.
Acreditar que se vai conseguir conquistar a vitória almejada, chegar do outro lado da margem, transpor um obstáculo, ultrapssar os limites, galgar um degrau além na escalada da vida.
2009 foi para cada um de nós como uma estrada palmilhada.
Uns trafegaram por trechos pavimentados, asfaltados e caminharam a favor do vento.
Outros seguiram por perímetros esburacados, tomados pela lama e pelo mato.
Um verdadeiro trajeto de difícil acesso e de não menos fácil locomoção.
O ano de 2009, todavia, nasceu, como todos os demias anos, sob o signo da esperança para todos nós.
Porque todos somos seres indissoluvelmente ligados a esse sentimento de fé chamado esperança.
Todos nós preferimos acreditar na realização dos nossos projetos de vida.

Projetos que se caracterizam pela construção da casa própria, pela compra aquisição do carro novo, pelo pagamento daquela dívida, pela compra de um presente para o filho.
Projetos arquitetados, pensados e imaginados, às vezes, com carinho especial.
Eles nos levam à realização da nossa felicidade.
A felicidade é uma busca constante da sociedade e pela sociedade.
Foi simplesmente para ser feliz que o homem foi criado. Tanto isto é verdade, que ao criá-lo, Deus lhe deu como presente o Jardim do Édem, ou seja o Paraíso da Felicidade na Terra.

É fato que, de vez em quando, desperdiçamos as oportunidades que nos conduziriam a esse estado de espírito ao qual se atribui o nome de felicidade.
A bebida, os vícios, as inimizades, as amizades duvidosas, as brigas, o ciúme, a ignorância, a arrogância...
Tudo isso são barreiras que se põem no nosso caminho e dificultam a passagem.
São nuvens que dissipam a luz do Sol e tornam nublados os nossos dias.
Aí se perde a alegria e o brilho da vida desaparece.

Se 2009 não foi para você o ano que você esperava que fosse, não esmoreça. Caminhe.
Ande.
Siga em frente.
Espere 2010 chegar.
Ele trará na frente a banda da esperança tocando a marcha da fé e do otimismo sob a luz ofuscante de um sol dourado para iluminar o seu espírito.
Deixe se contagiar pelos seus sonhos!
Não perca a fé nunca.
Acredite sempre!
Os sonhos não podem morrer, jamais.
Feliz e abençoado 2010 a todos!

Orlando.