Ritmo de crescimento do comércio imobiliário deve ficar, segundo aponta o Secovi-CE, em 10% ao ano. Para 2010, a projeção é de movimentação em torno de R$ 1,63 bilhão

Com R$ 1,48 bilhão negociados em 2009 - 12,2% a mais do que o volume geral de vendas de 2008 -, o mercado imobiliário cearense tem fôlego para crescer cerca de 10% ao ano pela próxima década, movimentando, assim, algo em torno de R$ 1,63 bilhão em 2010 .

Os programas habitacionais voltados para o público de baixa renda aliados à manutenção da taxa básica de juros e ao crescimento do crédito imobiliário são os motores do segmento em todo o Brasil e também no Ceará, segundo levantamento apresentado ontem à imprensa por membros do Sindicato da Habitação (Secovi-CE).

"Estamos numa curva ascendente de vendas desde 2005 e ela vai permanecer crescente, à despeito de qualquer coisa, porque temos demanda para os próximos dez anos", avaliou o presidente do Secovi-CE, Sérgio Porto. Ele admite que a bolha imobiliária norte-americana acabou dando um pequeno freio nos negócios em 2009 - tanto que o incremento anual de vendas saiu de 38%, entre 2007 e 2008, para os 12,20% do exercício passado sobre o anterior. Mas a recuperação chegou a tempo.

"Essa redução no crescimento decorre mais da saída dos agentes de crédito privado do mercado, em receio à crise americana, do que algum efeito propriamente dito da crise aqui no Brasil", explicou Porto. O levantamento do Secovi-CE, apresentado também aos empresários do setor, dá conta da comercialização de 5.791 unidades imobiliárias ao longo de em 2009 - 10% a mais do que as 5.264 negociadas no ano anterior.

O Índice de Velocidade de Vendas (IVV) - que a venda sobre a oferta - saiu de 8,19 %, em 2007, para 7,78 %, no ano seguinte, e 9,16 %, em 2009. Isto significa que, para cada 100 unidades lançadas, foram comercializadas, em média nove delas, no ano passado. "À medida em que chegam novos empreendimentos ao mercado, a velocidade de venda aumenta porque eles estão mais adequados em termos de preço, características, localização, entre outros", argumenta Porto.
Menos lançamentos

Ainda conforme o levantamento, o número de unidades lançadas caiu 17,7% passando de 6.835, em 2008, para 5.622, no ano passado. "O resultado seria melhor não fosse as péssimas notícias sobre a crise, que nem pegou o Brasil", pondera o presidente do Secovi-CE. A boa notícia é que o preço médio do metro quadrado na Grande Fortaleza caiu 3,35%, saindo de R$ 3.044,37, em 2008, para R$ 2.942,48, em 2009. 

SAMIRA DE CASTRO
REPÓRTER

Por quem os juros dobram

Lamentável para o país e para a nossa economia a expectativa dos rentistas e do mercado financeiro para a taxa Selic - os juros que eles querem. O índice almejado é de 11,25% até o final deste ano. Hoje estamos em 8,75% ao ano. A torcida dos bancos é que a elevação se dê já a partir da reunião do Comitê de Política Monetária (COPOM) deste mês.

Para entender porque os sinos dobram e porque a taxa Selic vai aumentar, basta observar essa sede de ganhos e lucros do mercado financeiro. Não duvidem dos resultados dessa sinfonia pró-aumento de juros: a incapacidade de se criar um mercado de capitais;  desestímulo à produção e ao consumo; e perspectivas negativas para a poupança que vira investimento e capital.

Os rentistas não escondem que querem o aumento da Selic para aumentar seus lucros em fundos fixos e para atrair novos clientes que não aplicaram nas empresas ou não investiram. Portanto, não correrão riscos, mas colocarão nosso país e nossa economia sob a ameaça de ter mais valorização do real, mais despesas financeiras com sua dívida interna, mais superávit e menos crescimento econômico.

Quo Vadis, Brasil?



A transformação da saúde brasileira para melhor atender a população

Gerenciar e aprimorar o maior sistema público de saúde brasileiro, o maior do mundo, não é tarefa das mais fáceis. Mas com criatividade e organização, é possível reduzir as deficiências e qualificar a atenção, melhorando o atendimento à população, afirma o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.

Paciente terminal pode optar por não prolongar vida


De Catarina Alencastro:
O novo Código de Ética Médica, que começa a valer hoje, traz uma inovação na área de pacientes terminais. Diferentemente do que ocorre atualmente, os médicos terão de respeitar a decisão de quem não quiser prolongar sua vida, quando não houver mais cura possível.
O novo código recomenda que os médicos não deem tratamentos desnecessários a esses doentes, e aconselha a prática de cuidados paliativos para minimizar o sofrimento.
— É uma mudança bastante radical. Até agora, havia aquela tendência de se fazer tudo para prolongar a vida do doente. Isso vai continuar prevalecendo para todos os outros casos. Mas, no caso dos (pacientes) terminais, os médicos têm de reconhecer que tudo o que se fizer a mais não trará benefício real ao paciente. Ele vai ser colocado num tubo e só se vai prolongar o morrer — disse o presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto D’Ávila.
Outra novidade é a possibilidade do testamento vital. Qualquer pessoa poderá registrar em cartório documento apontando as pessoas que podem decidir sobre questões vitais que o concernem, caso esteja inconsciente. O futuro paciente poderá registrar quais procedimentos autoriza.

O Ministério da Educação pretende anunciar no dia 21 o fim da exigência de fiador para os candidatos ao Fies – Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.


A exigência deverá ser substituída pela criação de um fundo para o programa, que financia a graduação de quem não pode pagar o curso.
    Um dos objetivos do governo é acabar com as dificuldades que têm os estudantes de baixa renda para conseguir um fiador.
    O fundo cogitado pelo Ministério da Educação seria formado por recursos federais e por doações de instituições de ensino superior participantes do Fies. As faculdades reteriam cerca de 90% do total arrecadado com as mensalidades e transfeririam o restante para a poupança. Para evitar a inadimplência, o governo criaria garantias para as universidades e para os bancos.
   No início do ano, os critérios do programa foram mudados por uma lei que reduziu a taxa de juros do financiamento e abriu, aos médicos e professores formados, a possibilidade de pagar o financiamento com trabalho em escolas públicas ou no Programa Saúde da Família 

Desperdício ou corrupção?

Sponholz