Batata Recheada


Batata Recheada


Ingredientes

1 unidade(s) de peito de frango desossado sem pele(s)
10 unidade(s) de batata média(s)
1 lata(s) de milho verde
quanto baste de salsinha
quanto baste de sal
quanto baste de margarina
quanto baste de Queijo Ralado
quanto baste de maionese
quanto baste de molho de tomate
quanto baste de tempero completo

Modo de preparo

cozinhe as batatasver vídeo sem casca com um pouco de sal. Em outra panela, cozinhe o peito de frango no molho de tomatever vídeo temperado à gosto, junte um pouco de milho e a salsinha. Assim que o frango estiver cozido retire do molho e desfie. Junte um pouco do molho (não muito, apenas para ficar molhadinho). Reserve. Abra as batatas no sentido do comprimento e retire um tanto bom da polpa, não jogue fora as polpas. Passe um pouco de maionese por dentro das batatas e recheie com o molho de frango e feche-as passando um pouco do restante da polpa no corte para que fechem bem, caso queira pode colocar palitos. Esfregue margarina e passe no queijo ralado (não muito), leve ao forno em uma assadeira para gratinar. Se quiser pode fritá-las, nesse caso não passe margarina e nem queijo ralado.
pinçado do Receita Cyber Cook

Jobim fora do tom

Assim como  Gilmar Mendes, José  Serra e Fernando Henrique Cardoso, o ministro da Defesa [por enquanto] Nelson Jobim, julga-se superior, iluminado, intocável...

Idiota que é, não perde a modéstia porque nunca teve. Mas, se avexe não bixim, na hora certa a Muié te dá um chute na bunda e então verás  quanto é grande tua insignificância.

Babaca!!! 

Neurociência e...

[...] características de um líder
Quando pensamos nas qualidades que buscamos em líderes visionários, pensamos em inteligência, criatividade, carisma e conhecimento, mas também na busca do sucesso, o desejo de inovação e a vontade de desafiar as práticas estabelecidas. Na realidade, porém, o perfil psicológico de um líder é também o de alguém que assume riscos compulsivamente em busca da novidade. Em resumo, o que buscamos nos líderes parece ser o tipo de personalidade dos viciados. Como é possível? Em geral, acreditamos que os viciados são pessoas com pouca vontade, enquanto os empreendedores são pessoas com disciplina e força. Para entender esta aparente contradição é necessário analisar o cérebro e, sobretudo, as funções relacionadas com o prazer e a gratificação.

O prazer evoca sinais neurológicos que convergem para um pequeno grupo de áreas cerebrais interconectados conhecido como circuito cerebral do prazer, pequenos grupos de neurônios onde o neurotransmissor dopamina desempenha um papel central. Esse circuito de prazer que utiliza a dopamina também pode ser ativado por algumas - não todas - substâncias psicoativas que implicam um risco de vício, assim como as drogas. Os circuitos de prazer do cérebro também são ativados por meio de recompensas imprevisíveis. Enquanto a roleta gira ou os cavalos correm na pista, temos uma sensação de prazer, ainda que ao final não ganhemos.

A incerteza em si pode ser gratificante, o que sem dúvida é um atributo útil para empresas de alto risco e alto rendimento. Será que a personalidade aditiva tem vantagens? Algumas das figuras históricas mais admiradas tinham vícios, e não apenas os mais evidentemente criativos, mas também os cientistas, os guerreiros e estadistas. A personalidade obsessiva, caracterizada pela busca do risco e da novidade que costuma ser apresentada pelos viciados, pode adaptar-se ao trabalho e ser muito eficaz. No caso de muitos líderes, não se trata de serem bem sucedidos apesar de seu vício, mas que a mesma química cerebral que os converte em viciados também lhes confere uma conduta que se mostra paradoxalmente benéfica na liderança.

É por isso que, quando a sua empresa precisar de um novo líder, tem de buscar alguém que tenha uma função de dopamina atenuada: alguém que nunca está satisfeito com o status quo, alguém que queira o sucesso mais do que outros, mas que desfrute menos dele.
David Linden, Professor de Neurociências, Universidade Johns Hopkins - NYT -

Eu faria...


Usaria até parênteses (bem assim)
Expressões cheias de ênfases (Onde?! Claro! Sim!)
Faria um texto muito pontuado (para dar ao mesmo mais sabor)

Para lhe falar da minha paixão (que não é tudo)
Para gritar com emoção (que não é tudo)
Ou então ficar calado (para que saiba que é amor...)

por Luis Fernando Verissimo



O platinado

Sei tão pouco do motor de um carro quanto sei da alma humana. Olho o que tem debaixo do capô como se olhasse um abismo sem fundo e só peço do motor do meu carro que funcione, sem precisar entrar na sua intimidade.
Conheço algumas partes do motor de ouvir falar, claro, como o radiador e a bateria, e simpatizo com o virabrequim apesar de não ter a menor ideia do que seja. Mas o virabrequim é o limite do meu envolvimento com o abismo. Não sei o que é o platinado, por exemplo. E me surpreendo com o número de vezes em que o platinado é citado quando busco ajuda profissional para um motor com defeito.
Muitas vezes a opinião do mecânico precede um exame do motor.
— Talvez seja o platinado...
Outras vezes o exame confirma o diagnóstico precoce:
— É o platinado.
E é raro se ouvir que o platinado tem conserto.
Normalmente a única solução para um problema com o platinado é um procedimento radical. Transplante.
— Tem que trocar o platinado.
Cheguei a desconfiar que, como tenho cara de quem não sabe nada de motores, estavam me enganando, e trocar o platinado fosse só uma maneira de me cobrar mais. Talvez o platinado velho estivesse em perfeitas condições. Talvez nem existisse o platinado! Ou então a troca do platinado era a maneira prática de dispensar uma intervenção mais trabalhosa. Na falta do que fazer, trocava-se o platinado.
Penso no platinado sempre que ouço que mais um técnico de futebol foi trocado por outro, para melhorar a produção do time, acabar com uma fase má ou simplesmente aplacar uma torcida revoltada. A conclusão em todos os casos é que a culpa é do platinado e a solução é um platinado novo.
Quase sempre a culpa real é de uma administração incompetente ou um time irreparavelmente ruim, mas trocar isto equivaleria a ter que trocar todo o motor. E trocar o platinado adquiriu até uma conotação mística.
Um novo técnico teria, como um deus, a capacidade de mudar o clima no vestiário. De fazer pernas de pau acertarem chutes, jogadores cegos enxergarem a bola e ameaçados de sepultamento na zona de rebaixamento ressuscitarem.
Raramente consegue, o que não diminui o poder da ortodoxia: quando as coisas vão mal, troque-se o platinado.

Brasil se dá bem em meio a insensatez global

Joe Leahy | Financial Times, – VALOR

de São Paulo
04/08/2011

Os brasileiros, que no passado não ficavam alheios às crises econômicas, viram-se repentinamente na invejável posição de espectadores das insanidades do mundo desenvolvido.

Na TV brasileira, em programas de entrevistas sobre temas atuais, fervilham há semanas, discussões sobre os problemas que estão varrendo a Europa e os EUA – do impasse em Washington em torno do teto de endividamento americano à crise financeira grega e o escândalo envolvendo o “News of the World”, no Reino Unido.

Dilma Rousseff, a presidente do Brasil, pareceu resumir, na semana passada, as percepções brasileiras sobre um mundo exterior enlouquecido, ao descrever a crise da dívida nos EUA e na Europa como “insanidade”. A incapacidade política do mundo desenvolvido em encontrar soluções para seus problemas, segundo ela, representa uma “ameaça” à economia mundial.

Mercado emergente em dificuldades, uma década atrás, o Brasil é hoje um cenário de estabilidade macroeconômica e política, em comparação com seu antes arrogante parceiro setentrional e com as antigas potências coloniais europeias. Não só o Brasil é agora um credor dos EUA, com US$ 327 bilhões em reservas de moeda estrangeira em junho, como também a economia está crescendo e o desemprego registra uma baixa recorde.

Mas, com o mundo desenvolvido exibindo tendências antes associadas a mercados emergentes, o desafio, para o Brasil, está em como administrar seu êxito. O país não pode se dar ao luxo de complacência diante da tarefa ainda difícil de escapar da “armadilha de renda média” em que sua economia ficou presa durante décadas.

A ruptura positiva, para a economia brasileira, veio na década de 90, quando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso implementou políticas destinadas a estabilizar os preços ao consumidor e o câmbio. Seu sucessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, manteve o foco na estabilidade macroeconômica e, ao mesmo tempo, expandiu programas sociais para melhorar a qualidade de vida dos mais pobres.

Os resultados foram notáveis. O crescimento econômico brasileiro registrou uma média de 4% ao ano durante os últimos oito anos e quase 49 milhões de brasileiros foram alçados às classes média ou alta.

O Brasil também mostrou-se relativamente responsável no enfrentamento de desafios. Seu sucesso econômico atraiu uma enxurrada de dinheiro de estagnados mercados desenvolvidos, elevando a taxa de câmbio da moeda brasileira, o real, em relação ao dólar, ameaçando a competitividade da indústria local.

O Brasil tem reagido com a denominada “guerra cambial” – controles de capital e monetários – visando conter essa valorização. Mas o Brasil, predominantemente, tem resistido às pressões da indústria nacional no sentido de tomar medidas extremas, impondo, em vez disso, um complexo sistema de taxação destinado a desencorajar os fluxos de capital especulativo de curto prazo.

No front fiscal, durante a campanha presidencial no ano passado, Dilma posicionou-se contra uma enxurrada de gastos, defendendo o enxugamento da proposta de Orçamento para este ano. O Banco Central também tomou a difícil decisão política de elevar as taxas básicas de juros, já altas, no Brasil, por cinco vezes, neste ano, para 12,5%, para reprimir um surto inflacionário. O BC acoplou essas medidas a outras, destinadas a frear o crescimento rápido do crédito, que alguns analistas temem ser insustentável.

No front político, Dilma está limpando a corrupção no Ministério dos Transportes, demitindo autoridades alinhadas com um partido político parceiro da coligação de seu PT. Seus problemas políticos têm sido interpretadas pela opinião pública como uma “limpeza de primavera” por uma presidente recém-eleita.

Nada disso significa que o Brasil não tenha seus próprios problemas. Um mercado de trabalho apertado, um sistema de ensino fraco e escassez de trabalhadores qualificados estão provocando altas de salários, ao mesmo tempo em que uma infraestrutura deficiente vem pressionando os custos para cima.

Os níveis de endividamento das famílias estão parecendo insustentáveis para os endividados que vivem um boom de crédito. O Brasil precisa ter cuidado para não enterrar sua nova classe média sob tanta dívida que, quando chegar a próxima crise de desaquecimento econômico, eles voltem a submergir na pobreza.

Os custos de tocar negócios continuam proibitivos, em parte por causa dos altos impostos e dos custos trabalhistas. Embora os preços das commodities tenham subido, os volumes de exportações não cresceram. O Brasil tem usado as receitas inesperadas do boom de commodities para incrementar o volume de suas importações.

O Brasil pode sentir-se orgulhoso de si próprio. Mas terá de manter-se vigilante para assegurar que não plante as sementes da próxima crise durante o atual período de prosperidade. (Tradução de Sergio Blum)

Juros: O mistério insondável


O governo, depois de muito tempo apenas observando, decidiu agir diante da situação desfavorável à indústria nacional, provocada principalmente pela valorização do real.

A presidente da República merece os cumprimentos por ter agido, mas no conjunto as medidas parecem mais um paliativo. Têm algo de colcha de retalhos.

Há certa polêmica entre os economistas sobre as razões da supervalorização da moeda. Uns dizem que ela aconteceria de qualquer jeito, dada a inundação monetária global, promovida especialmente pelos Estados Unidos.

Contribuiria também a boa situação relativa da economia brasileira.

Mas é inegável que parte substancial dos dólares aqui aportados vêm atrás do saborosíssimo diferencial entre os juros internos e os praticados lá fora.

Mesmo quando mascarados de investimento produtivo. Pois nada impede uma empresa brasileira de especular. E depois remeter o devido lucro ao acionista.

Falta portanto um segundo passo ao governo. O passo decisivo. Atacar o problema dos juros altos.

Foi aliás o que Dilma Rousseff garantiu, antes de ocupar a cadeira, que faria.

É a pergunta sempre repetida e nunca respondida adequadamente.

Se o Brasil é das economias em melhor situação, se nosso conceito como pagadores de dívida é excelente, se temos um mercado interno saudável e que nos garantirá um longo ciclo de crescimento sustentado, por que nossos juros são os maiores do mundo?

Um mistério insolúvel.
por Alon Feurwerker