O que ocorrerá com o jogo político após as eleições?


Com raras exceções, não há tradição de fidelidade partidária no país. Os políticos tendem a se organizar em torno dos partidos com melhores perspectivas de poder. Ou em torno de partidos que, mesmo sendo menores, permitam a aliança com o poder.
Por isso mesmo, há dois fatores determinando o futuro dos partidos: a estrutura nacional (que depende das eleições) e um candidato forte à presidência, ou com possibilidade de ser vitorioso ou de conseguir bons pactos políticos.
Desde a redemocratização, as coligações se formavam em torno da distribuição de cargos ou de apoio financeiro para as campanhas.
Foi esse modelo que permitiu a Marcos Valério criar uma tecnologia de corrupção política que começou em Minas, com o chamado “mensalão do PSDB”, continuou em Brasília, com o “mensalão do PT”, teve desdobramentos no Distrito Federal, com o “mensalão do DEM”.
Antes disso, houve denúncias de compras de votos na votação da reeleição de FHC e na convenção do PMDB – na qual, dois ministros de FHC usaram a máquina pública para alijar Itamar Franco do jogo. Continua>>>

Após o julgamento do “mensalão”, entra-se em um novo tempo político


[...] Nem se condene FHC ou Lula pelo jogo. No presidencialismo torto brasileiro, era a única condição de governabilidade. O país saía da longa noite da ditadura, de um longo período de estagnação econômica, ainda era uma democracia infante.
O julgamento do mensalão coloca um ponto final nesse modelo. Criminaliza-se a ajuda financeira, como foi o caso. Há um questionamento cada vez maior do loteamento de cargos. A Lei da Transparência reduzirá cada vez mais a margem de manobras dos operadores da máquina pública (os especialistas em desvio de dinheiro que servem a todos os partidos).
Haverá a necessidade, portanto, de uma ampla mudança na lei eleitoral, a não ser que se queira caminhar para a ingovernabilidade. As mudanças passam pelo financiamento público de campanha e pela reestruturação partidária. E aí haverá mudanças expressivas.

O meu Deus

Deixa...

 


O Supremo de um pais qualquer


[...]  num pequeno exercício de futurologia acerca de uma nova presidência.
Com a palavra o Relator:
Relator -  Srs Ministros, Sras Ministras, Sr. Procurador Geral da República, Srs advogados, prezados estudantes, enfim, a todos que estão aqui presentes para acompanhar este julgamento, os meus cumprimentos. Vou ler o meu relatório e proferir o meu voto.
Presidente -  Por um acaso o Sr. me esqueceu deliberadamente?
Relator – Como assim Sr. Presidente?
P – Não se faça de desentendido.
R – Desculpa, Senhor Presidente, mas, eu realmente não estou entendendo.
P – Não falseie a realidade, Senhor Relator. É claro que o Senhor entende muito bem o que está acontecendo. Mais ainda, o que está fazendo. Se o Senhor não é juiz dos seus próprios atos, como pretende julgar alguém?
R – Mas o que foi que eu fiz Senhor Presidente?
P – A questão é o que o Senhor não fez e deveria tê-lo feito. O ritual, a ortodoxia desta corte indica que o Relator, o Revisor, os vogais, os advogados e o resto devem sempre cumprimentar o Presidente e o Senhor não o fez. Não seja heterodoxo, Senhor Relator.
R – Desculpa Senhor Presidente. Se não o fiz foi por puro esquecimento.
P – Então o Senhor admite que não passa de um relapso e, o que é pior, ainda tenta misturar sua relapsia com o conceito de pureza?
R – Minha, o que?
P – Relapsia.
R – Não, não, Senhor Presidente, foi um simples, está bem (?), um simples esquecimento.
P - Eu sinceramente quero crer que com essa sua dupla negação – não, não -, acompanhada de uma atitude eminentemente reducionista - essa conversa de simples, simples-, o Senhor não esteja intentando me desqualificar. Além do mais o que lhe interessa saber se estou bem ou não. O que é que o Senhor tem a ver com a minha vida?
R – Muito pelo contrário Senhor Presidente. Vossa Excelência não me compreendeu.
P – Agora Vossa Excelência resolveu me chamar de burro?
R – Imagina Senhor Presidente....
P – Imaginar o que? Um burro, um jumento, uma anta? Onde é que vossa Excelência está querendo chegar?
R – Em lugar nenhum Senhor Presidente. Eu quero apenas ler meu relatório e proferir meu voto.
P – Ler seu relatório e proferir seu voto para chegar a lugar nenhum?! Se for para chegar a lugar nenhum o melhor então é não fazê-lo. Para que gastar nosso precioso tempo?
R – Mas o que é isso Senhor Presidente?
P – Não renita nessa sua atitude, ministro. Vossa Excelência, infelizmente, me trouxe à baila a lição doutrinária de William Falkem B. Storn, grande constitucionalista saxão, no sentido de que não é difícil, mas é preciso, não no sentido de Pessoa, o poeta português quando lúcido, mas no sentido milimétrico mesmo – que também não tem nada a ver com Pessoa, o poeta português quando alterado , saber identificar, nas palavras do doutrinador inglês, quem é e quem não é um “Joe without arm.” E Vossa Excelência está me parecendo um deles, um “João sem braço”, para quem não entende inglês.
R – Eu, com todo o respeito, Senhor Presidente, conheço muito bem o inglês.
P – Quer dizer que além de tudo Vossa Excelência padece do complexo de vira-latas? Quem é esse inglês para o qual o Senhor denota tanto respeito? Algum agente secreto? Estou estupefato Senhor Relator.
R – Imagina Senhor Presidente. Não é nada disso.
P – Espera lá. Quero crer que o Senhor não esteja querendo me induzir a tirar os pés do chão e ficar a imaginar coisas e mais coisas. Eu não imagino nada, eu vejo fatos e fotos.
R – Veja, Senhor ministro....
P - O que é que tem a Veja????. Vossa Excelência não ouse despertar em mim os instintos mais primitivos!!!
R – Longe disso Senhor Presidente.
P – Agora Vossa Excelência resolveu brincar com coisas sérias? Brincar de perto ou longe, de quente ou frio? Isto não tem o mínimo cabimento.
R – Eu queria apenas ler meu relatório e proferir meu voto....
P – E por que não o fez corretamente?
R – Não o fiz corretamente ou incorretamente porque Vossa Excelência não permitiu.
P – Não bastasse isto tudo, agora resolveu me denominar de censor, Ministro? Para mim chega!!!!.Estou aqui para distribuir JUSTIÇA e dou por encerrada a sessão.
Geraldo Reco

O golpista brasileiro que driblou o mundo

Goiano preso em Brasília vivia de farras e viagens usando cartões corporativos de multinacional

Perto da história de Douglas Augusto de Lima Santos, o cinematográfico golpe de Leonardo Di Capprio no filme Prenda-me se for capaz é fichinha. 


O playboy de 21 anos que mantinha uma empresa de fachada nos EUA viajou o mundo como bem quis. E sem tirar um tostão do bolso: a diversão era mantida por meio do furto cibernético de cartões corporativos. 

Ele lesou mais de 400 multinacionais e gastava sem dó. 

Chegou a torrar R$ 8,3 milhões em Dubai. 

Alugou um jatinho por US$ 40 mil para levá-lo de Londres a Nova York. E tinha até cartão com o símbolo da Casa Branca assinado pelo casal Obama. 

A carreira do bon vivant se encerrou ontem em Brasília: ele foi preso em flagrante num hotel de luxo da cidade quando tentava aplicar mais um de seus golpes.
do Correio Braziliense

Charge do Dia

Touché