Memorial da Defesa de Delúbio Soares ao STF

EXCELENTÍSSIMOS SENHORES MINISTROS, DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.

 Ref.: Ação Penal n° 470

 Delúbio Soares de Castro, por seus advogados que esta subscrevem, vem, respeitosamente, apresentar breve Memorial nos seguintes termos.

 1. A análise fria dos fatos constantes dos autos da referida Ação Penal e de sua qualificação jurídica, implica na necessidade de o acusado Delúbio ser absolvido das acusações de corrupção ativa e  formação de quadrilha.

 2. Realmente, como já fartamente demonstrado na defesa final apresentada a esta Suprema Corte (Doc. anexo), após a oitiva de centenas de testemunhas, as acusações perpetradas contra o peticionário não se confirmaram. Ao contrário, o quadro probatório confirma o que o defendente sustentou desde o início: os repasses de valores questionados pela acusação tiveram como única finalidade o pagamento de despesas decorrentes de campanhas eleitorais, tanto dos diretórios estaduais do partido dos trabalhadores, quanto dos partidos que integravam a chamada base aliada.

Mais do que isso, restou comprovado que o dinheiro utilizado para pagamento de dívidas de campanha foi obtido por meio de empréstimos, junto ao Banco Rural e ao banco BMG, empréstimos esses cuja existência o Banco Central teve a oportunidade de confirmar.

Assim, em relação ao delito de corrupção, os elementos probatórios colhidos na presente ação penal revelam com clareza que não houve transferência de dinheiro para compra de votos no Congresso Nacional. É fundamental destacar que as principais reformas votadas no período questionado, só foram aprovadas com votos da oposição.

 3. A acusação de corrupção não conta com nenhuma prova nestes autos.  Como restou demonstrado na defesa, inclusive por gráficos, não há nenhuma relação entre o repasse do dinheiro e o apoio ao governo, o que desnatura o falacioso "mensalão". Não há, aliás, nenhum pagamento mensal, como também se demonstrou.

Da mesma forma, não existe relação entre apoio dos partidos da base aliada com o dinheiro relacionado aos empréstimos: ao longo do período em que foram feitos os repasses, a taxa de apoio ao governo diminuiu, o que mostra a absoluta improcedência  da acusação de corrupção.

Como já se disse, embora alegue a ocorrência de transferência de dinheiro a parlamentares em troca de apoio nas votações do congresso nacional, a acusação não logrou comprovar sua tese. Muito pelo contrário. O dinheiro está inequivocamente relacionado a despesas de campanha, o que foi confirmado por toda a prova produzida.

A acusação não demonstrou qualquer vínculo entre os alegados pagamentos e a prática de  ato de ofício, não tendo havido qualquer corrupção de funcionário público.

 4. No que toca à acusação de formação de quadrilha a absolvição também se impõe. De início, é preciso recordar que a prova da infração ao art. 288 do Código penal exige a demonstração inequívoca da associação prévia e estável de todos os agentes para o fim específico de cometimento de crimes.

Afora as assertivas do douto Procurador-Geral da República, baseadas na sua percepção pessoal sobre os fatos e não na prova produzida nos autos, nada autoriza a condenação do Peticionário pelo crime de formação de quadrilha.

Ao participar da fundação do Partido dos Trabalhadores,  o Peticionário associou-se, sim, com muitas outras pessoas com o fim de propugnar por um projeto político e implantá-lo por meio do exercício do poder obtido pela via democrática.

Em relação a uma associação para a prática de crimes não há uma única prova produzida nesse sentido. Das 394 testemunhas ouvidas durante a instrução, nenhuma delas corroborou a tese acusatória.

 5. O acusado Delúbio confia na Suprema Corte e, portanto, confia em um julgamento justo, com base na prova dos autos. É com a consciência de quem não fez aquilo de que lhe acusam que ele se entrega às mãos honradas de seus Juízes, confiante na absolvição.

 Brasília, 28 de junho de 2012.

 Arnaldo Malheiros Filho     |     Celso Sanchez Vilardi

OAB/SP n. 28.454     |     OAB/SP n. 120.797 



Que falta Tim Maia faz...

Ele foi muitos em um só: um fanático por soul, funk — do verdadeiro funk, é sempre bom lembrar! — e rock que mudou completamente a cara da música brasileira em geral; um trapaceiro que não pensava duas vezes na hora de se dar bem em cima das pessoas que o rodeavam; um sujeito dotado de uma inteligência acima da média para certas coisas e de uma burrice atroz para outras; um verdadeiro "sacerdote do politicamente incorreto" quando o termo sequer existia; engraçadíssimo e furioso em momentos certos e errados; um malandro típico dos subúrbios cariocas; um cara repleto de vícios e manias; um gigante de corpo com a alma carente de uma criança abandonada; uma voz reconhecida até mesmo nos mais longínquos confins da galáxia. Tudo isto foi Tim Maia. Isto e muito mais... Continua>>>

O pignático julgamento de exceção

[...] Alguns comentários togados têm margeado a volúpia tirânica. 

Não tão distantes de Hobbes, que considerava a reunião de duas pessoas como evidência de conspiração criminosa, sem atender à razão do encontro, base suficiente para pesada condenação, inclusive à morte, apartes variados têm contribuído para a degradação da atividade política, discursos bem intencionados não obstante. 

Especulo como reagiriam ao saber que os eleitores atenienses eram pagos para votar, a partir do final do século V. Chamava-se ekklesiastikon, tal pagamento, e tenho a evolução do valor dessa "compra", se alguém ficar curioso. Leia íntegra do artigo Aqui

FHC, Civita e Serra no num restaurante

Fernando Henrique, Dantas e Serra foram jantar em um restaurante muito luxuoso, os talheres eram de ouro, os pratos de pura porcelana e os copos de cristais. De repente, FHC vê Serra pegar duas colheres e esconder no bolso. Ficou puto da vida porque não teve a ideia primeiro e, para mostrar que ele era o CHEFE de tudo, decidiu que ia roubar três colheres. Contudo, todavia, ficou nervoso - pois os companheiros sempre roubaram para ele e ele "nunca sabia de nada" - e as colheres baterem uma contra a outra. O garçom ouviu o barulho e perguntou:

- O sr. deseja alguma coisa. O tucano ficou sem jeito, pois tinha sido pego com a boca na botija e falou que não queria nada. Em seguida, tentou de novo, mas uma das colheres caiu no chão. O garçom ouviu outra vez o barulho, aproximou-se e perguntou outra vez. 

- O sr. não deseja mais nada? FHC pensou um pouco e, como exímio enganador, dissimulado e oportunista, perguntou ao garçom:

- Você quer ver eu fazer uma mágica?

- Sim senhor presidente Fernando Henrique Cardoso.

- Bom pega essas duas colheres e põe no meu bolso. O garçom pegou as colheres e as colocou no bolso de FHC. 

- OK senhor, e agora?

- Agora conta 1, 2, 3 e tire elas do bolso do Serra! Todos aplaudiram - principalmente Civita - e sairam rindo!!!...

Moral da história: 
O sujeito viu a oportunidade, roubou, todo mundo viu roubando  e  ainda é aplaudido e considerado "o bom", "o bacana" e "o benfeitor" para o pig.

Institutos de pesquisas e o museu de pequenas novidades

Começa a semana decisiva para a campanha de candidatos a prefeitos em todo país. E quais as novidades, quais as surpresas que devem acontecer?...

Novidades e surpresas? Nenhuma!

Esta campanha, como todas as campanhas eleitorais que acompanho, com lupa, desde 89 tem o seu "freio de arrumação" no que diz respeito as pesquisas dos institutos Ibope e DataFolha.

Durante esta semana as pesquisas realizadas e divulgadas se encontraram dentro da margem de erro.

Seee acontecer alguma descrepância, garanto que estará dentro da margem de erro - chamo margem de roubo -.

Anotem, e domingo vamos conferir se o museu de pequenas novidades não ganhou mais um acervo este ano.




Sobre a matéria da Revista Istoé acerca da ISP – Internacional de Serviços Públicos:


A matéria publicada pela revista Istoé sobre a Internacional de Serviços Públicos ISP Brasil é carregada de inverdades e insinuações de grande leviandade. A ISP é uma entidade sindical internacional, fundada em 1907 e que representa 20 milhões de trabalhadores do setor público em mais de 150 países. É uma entidade internacional, com presença nos cinco continentes, reconhecida pela ONU e pela OIT pela seriedade com que representa seus milhões de filiados.

No Brasil iniciou suas atividades em 2001, quando sindicatos e confederações sindicais brasileiras começaram a ela se filiar, chegando  um total de 26 entidades, cujas anuidades , em 2011, perfazem um montante de R$ 367.454,00. Muito longe dos 7 milhões de reais anuais descritos na referida “reportagem”. Além disso, a ISP não recebe recursos oriundos da contribuição sindical obrigatória por lei no Brasil. Anualmente, presta contas às suas filiadas, e passa por Auditoria Externa independente  nacional e internacional.

A intervenção junto à OIT se dá através da ISP mundial, que tem o status consultivo  no ECOSOC – Conselho Econômico Mundial da ONU -  conforme informação em página da ONU.

O publicado pela dita revista, é – tão somente - lamentável e mentiroso.Tamanho  despropósito é  evidente má-fé.
Monica Valente
Secretária Sub-Regional da ISP Brasil

Psol: quem for ingênuo que te compre

O ex-petista Edmilson Rodrigues, hoje no Psol pode vir a ser o primeiro prefeito de uma capital pelo partido. E desde já vem se adaptando a realidade. Ele já foi duas vezes prefeito de Bélem pelo PT.

Vejam abaixo três exemplos de como o Psolista mudou:

  • Todos os candidatos psolistas que não tem nenhuma chance de vitória nesta eleição, fazem questão de se ufanarem dizendo que não aceitam doações de empresas na campanha. 
  • * 80% da arrecadação do Edmilson Rodrigues nesta campanha eleitoral veio de empresas.
  • O Psol defende a anulação da dívida pública com os bancos.
  • * Em Belém o psolista nem ventila essa decisão.
  • Psol levanta suspeição por qualquer emenda parlamentar cujo deputado ou senador seja "suspeito".
  • * Edmilson Rodrigues afirma desde já que aceitará de bom grados emendas parlamentares, venha de quem vier.
Como vemos de fato, o Psol age da mesma forma que todos os demais partidos, adota o discurso conviniente para o momento e a platéia.

Edviges e finório, firinrin fororo...