Ricardo Noblat sofre de anorexia política ou é semvergonhice mesmo?

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Tem golpe em marcha na Venezuela, por Ricardo Noblat

Ameaçado por um câncer de pélvis, entregue aos cuidados de médicos cubanos e russos em um hospital de Havana, Hugo Chávez, presidente da Venezuela reeleito pela terceira vez no ano passado, deverá reassumir o cargo na próxima quinta-feira, dia 10. É o que manda a Constituição do seu país.
Se não o fizer, a vaga dele caberá ao presidente do Congresso. Que num prazo de 30 dias convocará nova eleição para a escolha em definitivo do sucessor de Chávez.
Na madrugada da última sexta-feira, em cadeia nacional de rádio e de televisão, Nicolás Maduro, vice de Chávez, anunciou que não será bem assim.
Digo eu: Chávez carece das mínimas condições para assumir o cargo em sessão da Assembleia Nacional (Congresso) ou do Supremo Tribunal de Justiça como determina a lei. São aparelhos que ainda o mantém vivo.
A hipótese de sua recuperação é remota. Só cogitam dela os que acreditam em milagres.

José Dirceu: Ataque à política econômica do governo Dilma é atestado de falta de alternativas da oposição


A oposição não muda, não se encontra, nem cai na real. Suas criticas às medidas fiscais e monetárias do governo Dilma Rousseff, a seu ativismo anticíclico e a defesa comercial do Brasil são um atestado da absoluta falta de alternativas da oposição.

Nos jornalões hoje continua a oposição continua a campanha intensificada na virada do ano, mas a vida desmente nossos adversários. É só ver na mídia que o presidente da França, François Hollande vai usar 2 bilhões de euros do orçamento para combater o desemprego e que os bancos centrais (BCs) afrouxam as regras para os bancos...Como vemos sem Estado e sem apoio dos BCs não há salvação. Mas O Globo, jornal dos Marinhos, por exemplo, ouve a oposição e até estimula convocação do ministro da Fazenda para explicar a politica fiscal do governo Dilma Rousseff. Decididamente não aprendem...

Salta à vista, portanto, o ridículo dos porta-vozes da oposição, especialmente do tucanato defendendo, de novo, o Estado mínimo e criticando o governo pelo que chamam de estatismo, de intervenção na economia. O ridículo fica mais atroz, ainda, porque nos Estados Unidos e na Europa o Estado, os governos, os bancos centrais, o FMI e a União Europeia intervém na economia despejando trilhões de dólares e euros para salvar bancos e empresas, eliminando direitos e conquistas sociais e jogando seus países e povos na recessão e no desemprego.

PHA: o pig que empacar a Dilma e parar o Brasil

“Orçamento paralelo do Governo Federal”… é a manchete do Estadão.

“Maquiagem de R$ 200 bi garantiu meta do Governo”

“Contabilidade criativa”

É o “estelionato fiscal”.

É o que se lê no Globo, o 12º voto do STF, e na Urubóloga, a mais notável pensadora neolibelês (**) que o Brasil foi capaz de produzir.

É porque a Dilma conseguiu cumprir a meta do superávit fiscal e, portanto, vai gastar, gastar.

Até o Ataulfo Merval de Paiva (***), no recesso do Supremo, permitiu-se tratar do assunto com as platitudes de sempre e denunciou uma “manipulação.

Na primeira página desta segunda-feira, o Globo agora anuncia que o Grande Líder da Oposição, o Diasmóstenes, aquele dos R$ 16 milhões subitamente revelados, vai convocar o Ministro Mantega para dar explicações.

O presidente do PPS, Roberto Freire, comunista que aderiu à Carta de Vinhos do Fernando Henrique, diz que o Governo fez um “puxadinho” nas contas.

O Ministro Mantega poderia condicionar a ida ao Senado se, com ele, fosse também o Gustavo Franco, para explicar em que pé andavam as reservas cambiais do Brasil quando o Brasil quebrou e foi ao FMI pela terceira vez.

Uma questão de simetria.

A agonia do neoliberalismo


Vale, por um dia, começar além da  política nacional,  arriscando  um mergulho lá fora. O que continua a  acontecer  na França, onde montes de carros, escolas, hospitais e residências comuns estão sendo queimados e saqueados?    Qual a razão de multidões de jovens irem para as ruas, enfrentando a polícia e depredando tudo o que encontram pela frente?  Tornando quase  impossível a vida do cidadão comum, não apenas em Paris, mas em muitas cidades francesas,  onde instaurou-se o caos. Por que?
                                          
É preciso  notar que o protesto vem das massas, começando pelas  massas excluídas,  de negros, árabes, turcos e demais  minorias que buscaram na Europa  a saída para a fome, a miséria e  a doença onde viviam,  mas frustraram-se,  cada vez mais segregados, humilhados e abandonados. Exatamente como em seus países de origem.
                                          
Não dá  mais para dizer que essa monumental  revolta é outra solerte manobra do comunismo ateu e malvado. O comunismo acabou. Saiu pelo ralo.  A causa do que vai ocorrendo repousa precisamente no extremo   oposto: trata-se do resultado do neoliberalismo. Da consequência de um pérfido  modelo econômico e político que privilegia as elites e os ricos, países e pessoas, relegando  os demais ao desespero e à barbárie. Porque sempre que se registra uma crise econômica nas nações neoliberais, a receita é a mesma, seja na França ou na Grécia, em Portugal ou na Espanha: medidas de contenção anunciadas para reduzir salários, cortar gastos públicos,  demitir nas repartições e nas fábricas, aumentar impostos e taxas. 

Inscrições para o Sisu começam hoje

Estudantes que prestaram o Enem - Exame Nacional do Ensino médio - podem se inscrever para o Sisu - Sistema de Seleção Unificada - a partir de hoje segunda-feira (7) até a próxima sexta (11). 

Serão oferecidas 129.279 vagas em 3.751 cursos de 101 instituições públicas de ensino superior. 

Podem concorrer às vagas todos os alunos que fizeram o Enem e não tiraram zero na redação. 

As inscrições são gratuitas e feitas exclusivamente pela internet, no portal do Sisu.  

O resultado da primeira chamada será divulgado no dia 14 de janeiro e da segunda chamada no dia 28 de janeiro.

O problema não é ser traído, mas viver apavorado com essa ideia


Nelson Rodrigues, o Nietzsche brasileiro, escreveu que certos homens nascem para ser traídos. Pesaria sobre esses infelizes genéticos uma pátina de fatalidade que os faria caminhar - feito um Édipo, feito um Hamlet, feito um idiota - em direção à única tragédia percebida como tal por estas bandas, o chifre. 
Nelson era um homem dos anos 30, mas, neste assunto, acho que o imaginário brasileiro não mudou substancialmente. Para homens ou para mulheres. A traição ainda é vista como uma tragédia pessoal insuperável. A fraqueza masculina é a sua principal explicação, acompanhada, naturalmente, pelo pérfido caráter feminino. A violência, ou pelo menos a mais terrível vergonha, é percebida como a única resposta imaginável. 
Tudo isso no plano moral, quase filosófico. Na vida real, as pessoas traem e são traídas cotidianamente, sem que isso cause enorme confusão. Os envolvidos sofrem as consequências íntimas e sociais dos seus atos, que às vezes são graves, mas, na maior parte das vezes, o drama privado não acaba em acerto de conta público. Embora às vezes termine, tragicamente. 

Leonídio Paulo Ferreira: os ricos não pagam a crise


Célebre por viver numa mansão de 27 andares com fama de ser a casa mais cara do mundo, o indiano Mukesh Ambani é o único dos 20 maiores magnatas mundiais que viu a fortuna em 2012 crescer abaixo do ritmo da economia do seu país. É que o ano que passou foi mesmo muito bom para os mais ricos. Fantástico ao ponto de nos primeiros 40 da lista elaborada pela Bloomberg só a australiana Gina Rinehart ter visto a riqueza minguar (-1,2%), espécie de mini castigo à mulher que herdou tudo mas manda trabalhar e parar de beber os que invejam os seus 14 mil milhões de euros.
Carlos Slim continua a ser o homem mais rico do planeta, com uma fortuna avaliada em 57 mil milhões de euros, mais 10,2% do que há um ano. No mesmo tempo, a economia do seu México terá crescido 4%. Quanto a Bill Gates, por enquanto o vice-rei dos magnatas, festejou um acréscimo de riqueza de 5,3%, bem mais do dobro do que Barack Obama conseguiu para a América.
O mais incrível desempenho vem de Amancio Ortega, terceiro homem mais abastado do mundo, que viu os seus milhares de milhões aumentarem 16,8% ao longo de 2012. Não esquecer que o dono da Zara vem de uma Espanha que enfrenta a recessão.
Claro que vivemos num mundo globalizado e que o dinheiro que os ricos ganham é conseguido muitas vezes fora de portas. O caso de Ortega é exemplar: é na Ásia que os negócios correm melhor ao filho de um ferroviário que começou por costurar na sala. Mas a economia mundial só cresceu 3,2% no ano passado e pelo menos os dez principais magnatas fizeram bastante melhor.