Se tudo fosse perfeito...

Se as coisas fossem perfeitas
Não existiria lições de vida
Não haveriam arrependimentos
E nem descobertas...
Se tudo fosse perfeito
Mãos não se uniriam
E sonhos não seriam valorizados.
Se tudo fosse perfeito
Olhares não se completariam
E gestos passavam despercebidos.
Se tudo fosse perfeito
As lágrimas não existiriam
As palavras seriam perfeitas...
Se tudo fosse perfeito
Eu pularia no abismo
Sem medo da morte
Pois asas eu ganharia...
Se tudo fosse perfeito
Eu atravessaria o oceano
Sem medo de ser levada pelas ondas
Sem receios de me perder em suas profundezas.
Se tudo fosse perfeito
Dores não existiriam
E a cura não seria procurada...
Se tudo fosse perfeito
Não haveria a busca pela perfeição...
Não é por acaso
Que nem Deus
É Perfeito.

A desmoralização da mentira

E falando nisso, como ficou mesmo o medo, pavor, o pânico que o presidente Lula estava sentindo de ser vaiado no sambodromo?

O que tem a dizer os jornalistas de ficção e seus patrões?

O Homi foi lá, e cadê as vaias, os videos mostrando isso? É igual ao grampo do STF noticiado pela inVeja, que não tem audio.

Pois é invenção não durou nem até a quarta-feira de cinzas. Lula foi lá e se divertiu a vontade pra desgosto geral dos tucademos e piguistas de plantão.

E agora, o que podemos  dizer das afirmações categóricas dos jorna-listas? No mínimo, que as Excelências mantém relações conflituosas  com a verdade.

"Não sei não, mas certas pessoas não desmoralizam apenas a verdade. Conseguem desmoralizar a mentira".


Lula é um Dalit


Ontem li uma frase que me fez lembrar o sistema de casta indiano. Eis a frase: "O povão gosta de Lula porque o Lula fala o que eles entendem e muitas vezes nós falamos coisas que são de outro mundo para eles", disse o Laguardia.


Leia um pouco sobre as castas indianas (abaixo) e responda, a qual delas o Laguardia pertence?...


Originalmente, as castas eram apenas quatro: os brâmanes (religiosos e nobres), os xatrias (guerreiros), os vaixas (camponeses, artesãos e comerciantes) e os sudras (escravos). 

A margem dessa estrutura social havia os párias, sem casta(categorizados abaixo dos escravos), considerados intocáveis, até pelos escravos(sudras), para não serem "amaldiçoados"; hoje chamados de haridchansharyans ou "dalits". 

Com o passar do tempo, vem acontecendo centenas de subdivisões, que não param de se multiplicar. 

A origem do sistema de castas é incerta.

Sua origem parece proveniente da divisão entre o imigrante ária, de pele clara, e os nativos (dasya), denominados escravos (dasas), que se distinguiam pela pele escura. 

Os árias são descendentes dos povos brancos de famílias indo-européias. 

As primeiras referências históricas sobre a existência de castas se encontram em um livro sagrado dos hindus, chamado Manu, possivelmente escrito entre 600 e 250 aC. 

Define-se casta como grupo social hereditário, no qual a condição do indivíduo passa de pai para filho, endógamo, pois ele só pode casar-se com pessoas do seu próprio grupo.


Pois bem, à noite ouvi na tv uma outra frase que me fez lembrar do presidente Lula que foi mais ou menos assim: " Meu filho você quer vencer fulano como um brâmane, vença-o como um dalit", personagem de Lima Duarte.


De repente, não mais que de repente percebi porque os Laguardias do meu querido, amado País não suportam, não aceitam o Lula como presidente do Brasil. 


É que além dele não ser  um brâmane , venceu como um dalit e continua sendo um dalit.


Aí é demais para essa gentinha pobre de espírito.

Cadeial neles!


A Justiça está aí para enquadrar e meter na cadeia estes caras do movimento sem-terra que querem ter um espaço seu para viver, plantar, comer. Devem amargar anos na prisão. 

Por que não fizeram como grande patriota Daniel Dantas que nunca invadiu terra de ninguém? Apenas meteu a mão em bilhões do governo. 

Este, sim, merece, não apenas ficar solto, como condecorações e homenagens. 

Os que provaram seus crimes, estes sim, são dignos de cana. Muito tempo de prisão.

Sem chances

Alguém disse que o único jeito de José Serra se tornar um candidato competitivo no Nordeste "seria ter como vice Padre Cícero, Luiz Gonzaga ou Frei Damião".

Sem chance, nenhum deles aceitaria o convite.

Se tudo fosse perfeito

Se as coisas fossem perfeitas
Não existiria lições de vida
Não haveriam arrependimentos
E nem descobertas...
Se tudo fosse perfeito
Mãos não se uniriam
E sonhos não seriam valorizados.
Se tudo fosse perfeito
Olhares não se completariam
E gestos passavam despercebidos.
Se tudo fosse perfeito
As lágrimas não existiriam
As palavras seriam perfeitas...
Se tudo fosse perfeito
Eu pularia no abismo
Sem medo da morte
Pois asas eu ganharia...
Se tudo fosse perfeito
Eu atravessaria o oceano
Sem medo de ser levada pelas ondas
Sem receios de me perder em suas profundezas.
Se tudo fosse perfeito
Dores não existiriam
E a cura não seria procurada...
Se tudo fosse perfeito
Não haveria a busca pela perfeição...
Não é por acaso
Que nem Deus
É Perfeito.

Fabiana Thais Oliveira

Cartas

Prezado Senhor

Enviei o email abaixo e não obtive resposta. Ao contrário, vi desaparecer das páginas do seu jornal qualquer referência ao assuntoDITADURA VERSUS DITABRANDA, e nem mesmo o ombusdman se dignou a me dar alguma resposta.

Com certeza não esperava que o senhor fizesse agora alguma sugestão do que os algozes da DITADURA (repito, DITADURA - para que não haja dúvidas) deveriam fazer de acordo com seu refinado gosto, ou conforme os critérios do seu infográfico que mede a intensidade de ditaduras. Para ajudar VS, visto que a foto do cadáver de meu pai não lhe pareceu suficiente para sua opinião abalizada, envio agora a de outros dois militantes políticos, igualmente assassinados por sua DITABRANDA, que nós, democratas, continuamos a chamar de DITADURA mesmo.

As três fotos são: meu pai, o mecânico Joaquim Alencar de Seixas, o arquiteto Antônio Benetazzo e o operário químico Virgílio Gomes da Silva.

Observe as fotos anexas e reflita. Apenas isso.

Em seguida, mostre aos seus pares de redação: Clóvis Rossi, Eliane Cantanhede, Kennedy Alencar, Nelson de Sá, Mônica Bergamo e Gilberto Dimenstein, entre outros. Pergunte-lhes o que têm a dizer a respeito do assunto. Depois, peça-lhes que enviem suas opiniões para o meu endereço eletrônico (...) Certamente, eles devem ter algo a acrescentar a este debate. O Fernando Barros e Silva já se manifestou. Mas foi obrigado a concordar com sua tese de retaliação e grosserias contra os professores Fábio Konder Comparato e Maria Victória de Mesquita Benevides. Provavelmente com medo de perder o emprego.Senhor, sua democracia é bem curiosa. Frente à condenação pública, suspende e proíbe o debate. Não permite que o ombusdman exerça seu papel - e este se acomoda, enquanto o senhor corta as cartas ao Painel do Leitor, tal qual a dona Solange Hernandes fazia nos áureos tempos do seu pai e do seu jornal cedido ao pessoal da OBAN-DOI/CODI. Ou seja, o senhor cuida de seus funcionários como seu pai cuidava de suas galinhas.

Como o senhor há de supor, vou enviar este email para o maior número possível de amigos. Mandarei, inclusive, para a Doutora Beatriz Kushnir, que conhece bem esse assunto.

Espero que, desta vez, o senhor tenha a dignidade de autorizar aos seus subordinados, a publicação da minha carta.

Democraticamente,

Ivan Akselrud de Seixas

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INSULTOS AOS DEMOCRATAS

Senhor editor

Vejo na página editorial da Folha loas ao bom comportamento dos ditadores brasileiros, que teriam sido até brandos com os inimigos. Vocês chegam até a cunhar o neologismo DITABRANDA para designar aquele período que todos os democratas definem como DITADURA. Hoje vi a redação insultar o professor Fábio Comparato e a Professora Maria Vitória Benevides de CÍNICOS E MENTIROSOS.

A DITABRANDA de vocês me prendeu junto com meu pai, quando eu tinha 16 anos. Nos torturaram juntos e o assassinaram no dia seguinte a noite. Naquela mesma manhã, uma nota oficial foi publicada dando conta de sua morte ao resistir à prisão, quando ele ainda estava vivo. Minha casa foi saqueada, minha mãe e irmãs foram presas e ficaram 1 ano e meio presas, sem acusação sequer. Uma dessas irmãs sofreu uma violência sexual por parte dos agentes da DITABRANDA de vocês. Eu fiquei preso por longos 6 anos.

Diante disso, convém perguntar: O que mais vocês gostariam que fizessem conosco?Para sua informação, envio foto de como ficou meu pai após a DITABRANDA  tê-lo interrogado brandamente, nas palavras de vocês da redação da Folha.Saudações democráticas.

Ivan Akselrud de Seixas

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Caro Carlos Eduardo

Há um tempo atrás te escrevi para protestar contra a postura e as mentiras da Folha contra as indenizações aos ex-presos políticos e, uma segunda vez, contra o comportamento preconceituoso contra a Senadora Marina Silva.

Volto a te escrever, mas não é para protestar. Vejo na página editorial da Folha loas ao bom comportamento dos ditadores brasileiros, que foram até brandos com os inimigos. Cunham até o neologismo DITABRANDA para designar aquele período que todos os democratas definem como ditadura. Hoje vi a redação insultar o professor Comparato e a Professora Maria Vitória Benevides de CÍNICOS E MENTIROSOS.

Te escrevo para te lembrar que eu te disse que a foha tomava o perigoso rumo de defe3sa dos torturadores e de ataques às suas vitimas e você me dizia o contrário.

Vou escrever uma carta à redação, mas te coloco antes disso a mesma pergunta que farei a eles. Tenho a certeza que não publicarão o que escreverei, mas mesmo assim cumpro meu dever democrático. A pergunta é a seguinte:
A DITABRANDA de vocês me prendeu junto com meu pai, quando eu tinha 16 anos. Nos torturaram juntos e o assassinaram no dia seguinte a noite. Naquela mesma manhã, uma nota oficial foi publicada dando conta de sua morte ao resistir à prisão, quando ele ainda estava vivo. Minha casa foi saqueada, minha mãe e irmãs foram presas e ficaram 1 ano e meio presas, sem acusação sequer. Eu fiquei preso por longos 6 anos.
O que mais vocês gostariam que fizessem conosco?

Para sua informação, envio foto de como ficou meu pai após a DITABRANDA tê-lo interrogado brandamente, nas palavras da redação da Folha. Aliás, a mesma Folha que emprestava carros para nos capturar e entregar para as sessões de interrogatórios como sofremos eu e meu ´pai. Ninguém me contou, eu vi carro da Folha na porta da OBAN-DOI/CODI.

Saudações democráticas.

Ivan Seixas