Se o mote da campanha eleitoral do ano que vem fosse uma guerra de biografias - como propõe o marqueteiro Luiz Gonzáles e gostariam os tucanos - Dilma tem, e muito, o que mostrar. E vejam, estamos ainda a um ano da eleição e apenas 1/3 do eleitorado sabe que a ministra é a candidata do presidente Lula.
Difícil, muito improvável mesmo, se não impossível, que a campanha eleitoral gire em torno de biografias e não da comparação obrigatória entre os oito anos de governo Lula e os oito de FHC.
É a população, o eleitorado que quer. Nós, petistas e aliados só lhes daremos voz - eles é que vão se lembrar e comparar naturalmente. Não decidimos o tema por acaso, o povo já o havia decidido. E o faz, ainda que silenciosamente, e o fará na urna indevassável.
Claro, os tucanos tem o maior medo disso, pânico de que abordemos as privatarias, a venda do patrimônio nacional na bacia das almas, os apagões e tudo o mais de descalabro que marcaram os oito anos de seu governo.
Promoveram a privataria mas tem medo de assumir porque sabem que o povo foi e é contra. Prova disso foi a campanha eleitoral de 2006: quando o tema foi explorado pelo PT e aliados, o candidato tucano Geraldo Alckmin gaguejava, fugiu dele como o diabo da cruz e arrumou até um contra-argumento que não colou - dizia que eleito não ia privatizar o Banco do Brasil.