Casamento de matuto

Marco Antônio Leite 

Lá na roça, um menino e uma menina foram criados juntos, desde que eram bem miudin...

O tempo foi passano, passano, eles foi creceno, creceno.

Aí se casaro.

No dia do casório, sacumé, povo da roça não viaja na lua de mér, já vai direto pra casinha de pau a pique.

Chegano lá na casinha, o Zé, muito tímido, vira para Maria e fala:

- Ó Maria, nois vai tirano a rôpa, mais ocê num mi óia, nem ieu ti óio, vamu ficar dis costa.

Maria responde:

- Tá bão Zé. Intaum eu num ti óio e ocê num mi óia, cumbinado.

Nisso Maria abre a malinha de papelão novinha que ganhou do pai, tira a camisola que ganhou da mãe.

Maria tira a roupa. Ao vestir a camisola notou que a mãe tinha lavado, ponhou no sór pra módi quará e ficá bem branquinha..

Tava um capricho só a camisola.

Só que a véia pra mode branquiá a camisola, lavô dimais qui incurtô a dita prá mais di parmo e usou goma demais prá passar a camisola, deixando muito engomada.

Maria então diz:

- Meu Deusducéu, cuma é qui eu vô drumi com um trem duro e piquininim desse?

Aí o Zé fala:

- Ah Maria! Assim num vale! Ocê mi oiô, né?.......... 

Retrospectiva de Antonio Bandeira em Paris

Ceará é destaque na Agrishow

Uma das atrações da Agrishow - maior feira brasileira do agronegócio, que se realiza nesta semana na rica cidade paulista de Ribeirão Preto - são duas vacas leiteiras da raça Jersey, sobre cujo pescoço o seu proprietário colocou uma placa com os seguintes dizeres: "Vou para o Ceará". 


O dono das vacas é o criador José Junqueira, líder de um grupo de pecuaristas de São Paulo, que, há seis meses, prospectam possibilidades de negócios no interior cearense. 


Ontem, na Agrishow, o diretor de Agronegócios da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), Fernando Pessoa, e seu gerente da Cadeia Produtiva do Leite, Sérgio Baima, conversaram com Junqueira e seus amigos, que confirmaram o interesse de investir aqui na produção leiteira. Para isso, o grupo já visitou vários municípios e conheceu as terras disponíveis nos perímetros de irrigação administrados pelo Dnocs. 


Os paulistas cumprem o mesmo roteiro seguido por um grupo de pecuaristas do Paraná, que igualmente pretendem desenvolver no Ceará a pecuária de alto padrão, com o uso de novas tecnologias, incluindo o pastejo irrigado. 


O grupo de Ribeirão Preto interessado em vir para o Ceará é assessorado pela Via Verde, grande e respeitada empresa de consultoria do agronegócio. Fernando Pessoa e Sérgio Baima estavam ontem entusiasmados: "São boas as chances de Junqueira e seus sócios investirem no Ceará", disseram.

Pepsi investe na reciclagem

O novo lançamento da PepsiCo no mercado brasileiro não é mais uma variedade das batatinhas Ruffles ou um subproduto da famosa aveia Quaker, mas uma iniciativa na esteira das políticas de sustentabilidade. Com base em uma tecnologia que permite a reutilização das embalagens de salgadinhos, a empresa está lançando uma campanha que pretende envolver também o consumidor no processo de reciclagem.

O presidente da divisão de alimentos da PepsiCo para a América do Sul, Olivier Weber, explica que separar os materiais de compõem o saquinho - filmes plásticos e uma folha de alumínio, usada para manter o produto crocante - era praticamente impossível. Mas a indústria de embalagens conseguiu substituir a folha por um spray de alumínio. Para enfrentar outro desafio, a coleta dos saquinhos depois de abertos pelos consumidores, veio para o Brasil, a convite da PepsiCo, a americana Terracycle, que organiza o trabalho dos catadores e sua remuneração.

Ocêis qui sabem ingrêis, podem mi dizê u qui ta iscritu aqui?

Disputa entre fornecedores baixa custos da usina de Belo Monte

Japoneses, chineses, russos, franceses, alemães e até argentinos travam uma disputa pelo contrato de fornecimento dos equipamentos da usina de Belo Monte, estimado em cerca de R$ 6 bilhões. Dez dias após o leilão, a corrida dos fornecedores mundiais de turbinas hidrelétricas já fez baixar os custos da usina. Isso porque os asiáticos não querem perder essa oportunidade de entrar no mercado brasileiro, antes restrita aos europeus reunidos no consórcio da Alstom. A empresa tinha a preferência do consórcio derrotado no leilão da usina.

O presidente da Toshiba T&D do Brasil, Luís Carlos Borba, diz que apresentou uma proposta ao consórcio Norte Energia para o dia do leilão e depois fez nova oferta, com condições melhores. A empresa produz alguns equipamentos no país, como transformadores, mas o objetivo é fornecer as turbinas que fabrica no Japão e estrear no mercado brasileiro. Para isso conta com o JBIC, bando de fomento japonês, que está oferecendo 130% em crédito com prazo de 18 anos e juros de cerca de 4,12% ao ano. "Esse é custo padrão para o risco Brasil, mas poderá ser reduzido para Belo Monte", disse Borba. Os 130% de crédito significam que o banco financia 100% dos equipamentos a serem importados do Japão e ainda 30% dos que seriam produzidos pela Toshiba no Brasil.

Elite subdesenvolvida, colonizada


Agência France Press: