Delegada que prendeu engenheiro por receptação de joia roubada sofreu pressões do alto escalão do governo paulista para liberar o arrecadador tucano

Paulo Preto o protegido
Nos últimos dias, integrantes do PSDB voltaram a fazer contorcionismos verbais na tentativa de reduzir a importância do engenheiro e ex-diretor do Dersa Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, personagem revelado em agosto por ISTOÉ que tem trazido constrangimento para a campanha do candidato tucano à Presidência, José Serra. Até agora, era sabido que Paulo Preto, além de ex-diretor da estatal responsável pelas principais obras viárias de São Paulo, virou alvo de acusações de líderes do PSDB porque teria dado sumiço em R$ 4 milhões arrecadados de forma desconhecida para a campanha tucana. Sentindo-se abandonado, depois que o candidato do PSDB ao Planalto negou conhecê-lo, Paulo Preto fez ameaças públicas e passou a ser defendido por Serra. Todo esse enredo já seria suficiente para mostrar a influência do engenheiro, cuja força a campanha do PSDB insiste em tentar diminuir. Mas os bastidores da prisão de Paulo Preto, há quatro meses, por receptação de joia roubada, são ainda mais reveladores do peso do ex-diretor do Dersa nas hostes tucanas.
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IRREGULAR
TCE condena Paulo Preto e o diretor-presidente do Dersa
por contrato sem licitação em obra do rodoanel

O engenheiro foi preso em flagrante no dia 12 de junho, na loja de artigos de luxo Gucci, dentro do Shopping Iguatemi, no momento em que negociava ilegalmente um bracelete de brilhantes avaliado em R$ 20 mil. Detido pela polícia, Paulo Preto foi encaminhado ao 15° DP, localizado no Itaim Bibi, bairro nobre de São Paulo. Por coincidência, estava na delegacia naquele momento, registrando uma ocorrência, o deputado Celso Russomano (PP-SP). Ali ele presenciou uma cena pouco usual. A delegada titular do distrito, Nilze Baptista Scapulattielo, conforme Russomano contou a ISTOÉ, foi pressionada por autoridades da Polícia Civil e do governo de São Paulo para livrar o engenheiro da prisão. “Ela recebeu ligação do Aloysio (Nunes Ferreira, ex-chefe da Casa Civil), do delegado-geral, do delegado do Decap (Departamento de Polícia Judiciária da Capital), isso tudo na minha frente, para aliviar o Paulo Preto. A pressão era para não prendê-lo em flagrante delito”, disse Russomano.
Ou seja, dois meses depois de ter sido demitido da Dersa, o ex-diretor ainda era tratado com privilégios por membros da cúpula do governo paulista. Para defendê-lo, foram capazes até de agir ao arrepio da lei, que deveria valer de maneira igualitária para todos. Mas as pressões não foram suficientes para tirar do prumo a delegada, que cumpriu suas obrigações profissionais. Nilze Baptista é conhecida no meio policial pela competência e pulso forte. Além de prender Paulo Preto, enquadrou o engenheiro como receptador de joia roubada. No boletim de ocorrência, Nilze Baptista disse que, durante a detenção, foram encontrados R$ 2.742 na calça e R$ 8.500 no bolso da jaqueta bege de Paulo Vieira de Souza. Escapou-lhe, porém, um pequeno detalhe que joga um ingrediente ainda mais peculiar no episódio. “Quando Paulo Preto foi flagrado pela polícia, também havia dinheiro nas meias”, revela Russomano. Durante a ação policial, os agentes ainda apreenderam com Paulo Preto um veículo esportivo de luxo BMW Z4 2009/2010, avaliado em R$ 250 mil. Horas depois, o veículo foi liberado. Já o engenheiro passou dois dias no xadrez.
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DINHEIRO
Policiais encontram mais de R$ 11 mil
nas roupas do engenheiro

Em breve, Paulo Preto também poderá ter de se explicar por suas estripulias na esfera administrativa. Ao rejeitar as acusações sobre a suposta atividade de arrecadador informal do PSDB, o engenheiro estufa o peito para falar de suas qualidades de administrador probo e eficiente. Mas diversas ações abertas pelo Ministério Público de São Paulo desde 2008, para investigar problemas em contratos do Dersa, sugerem um quadro bem diferente do que pinta o ex-diretor. Há, por exemplo, sete investigações em curso sobre irregularidades e superfaturamento no pagamento das indenizações de desapropriação de imóveis para obras, como o trecho sul do rodoanel. Os promotores também apuram eventual prejuízo ao erário na execução do contrato firmado com o consórcio responsável pela mesma obra, tanto na “metodologia empregada para a construção de pontes” como no “emprego de material diverso do ajustado”. O trecho sul do rodoanel custou aos cofres públicos R$ 5 bilhões.
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Muitas dessas apurações partiram de processos julgados irregulares pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP), que no início de setembro condenou um contrato de R$ 1,4 milhão, firmado sem licitação pelo Dersa com o chamado Instituto Internacional de Ecologia e Gerenciamento Ambiental (IIEGA). O termo de parceria foi assinado em junho de 2007 por Paulo Vieira de Souza, então responsável pela engenharia, e o diretor-presidente do Dersa, Thomaz de Aquino Nogueira – que foi multado em R$ 16 mil. Para os conselheiros do TCE-SP, o Dersa não conseguiu justificar a escolha da contratada “em detrimento de outras instituições ou empresas habilitadas a prestar os serviços” e a “ausência de elementos utilizados para a avaliação da economicidade”. Curiosamente, o instituto de ecologia foi criado pelo cientista José Galizia Tundisi, que presidiu o CNPq durante o primeiro mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Na gestão de Tundisi, o Tribunal de Contas da União (TCU) apontou várias irregularidades e chegou a multá-lo por conta do aumento ilegal de 160% no valor de um contrato milionário firmado com a IBM.
Apesar das evidências envolvendo Paulo Preto, o PSDB e José Serra continuam a tratar o tema como um assunto de pouca importância. Embora tenha nomeado uma das filhas do ex-diretor do Dersa, Tatiana Arana Souza Cremonini, para cargo de confiança, no mês em que assumiu o governo de São Paulo, Serra disse que não teve responsabilidade pela contratação quando foi questionado sobre o indício de “nepotismo” em entrevista ao “Jornal Nacional” na terça-feira 19. Tatiana trabalha no cerimonial do Palácio dos Bandeirantes, com salário de R$ 4.595 e, segundo fontes ouvidas por ISTOÉ, era vista com frequência ao lado do então governador. Hoje, Tatiana está de férias. “Essa menina foi contratada – eu não a conhecia, não foi diretamente por mim – para trabalhar no cerimonial que faz recepções, que cuida de solenidades e tudo mais. Sempre trabalhou corretamente. Inclusive eu só vim a saber que era filha de um diretor de uma empresa muito tempo depois”, afirmou o tucano. Durante sua gestão à frente da Prefeitura de São Paulo, Serra contratou a mesma filha de Paulo Preto para um cargo de confiança na SPTuris.
As últimas revelações levaram os líderes do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo a pedir a abertura de uma CPI para apurar o caso. Em Brasília, os petistas, com o apoio de parlamentares do PDT, agiram em outra frente. Na terça-feira 19, protocolaram na Procuradoria-Geral da República representações pedindo a investigação de denúncias. A representação do PT é assinada pelos deputados Cândido Vaccarezza (SP), líder do governo na Câmara, e por Fernando Ferro (PE), líder do PT. “Ele (Paulo Preto) é réu confesso. Depois das informações sobre o sumiço do dinheiro arrecadado para a campanha, ele deu entrevista dizendo que ninguém deu mais condições de as empresas apoiarem a campanha. Além disso, há sinais claros de enriquecimento ilícito, por isso pedimos a investigação dos fatos e das confissões feitas por Paulo Vieira. É dinheiro público, há evidência de corrupção”, afirmou Vaccarezza.
Colaborou: Alan Rodrigues

“Ele tinha dinheiro na meia”

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“Ela recebeu ligação do Aloysio, do delegado-geral e do delegado do Decap”


ISTOÉ – O sr. testemunhou a prisão do Paulo Preto?
Celso Russomano – Foi uma coincidência. Eu tinha ido ao 15° Distrito para resolver um outro problema envolvendo um segurança particular de um condomínio, que estava determinando quem podia e não podia estacionar em um espaço público. Quando eu cheguei à delegacia, a delegada titular do distrito me contou o que estava acontecendo. Ela me disse que o Paulo Preto estava lá e vi que ela estava sofrendo uma pressão grande.

ISTOÉ – Pressão de quem?
Russomano – Ela recebeu ligação do Aloysio (Nunes Ferreira), recebeu ligação do delegado-geral, do delegado do Decap, isso tudo na minha frente, para aliviar o Paulo Preto. A pressão era para não prendê-lo em flagrante delito. E aí eu até a aconselhei, dizendo para ela agir da forma correta. Disse até que ela não poderia prevaricar, senão seria crime. Ainda perguntei para ela: “Como a senhora vai explicar para o segurança e o gerente da loja que estão aqui?”

ISTOÉ – E o que ela disse?
Russomano – Ela disse, na frente do batalhão de advogados que estava lá, que realmente não poderia fazer nada errado e que se o Paulo Preto tinha sido encontrado com joia roubada ele era mesmo receptador. Ela então me relatou que quando o Paulo Preto foi preso e conduzido para o distrito havia sido encontrado dinheiro nas meias, na calça e na jaqueta. Ou seja, em todo lugar da roupa dele tinha dinheiro.

ISTOÉ – O que aconteceu depois?
Russomano – Depois dessa história várias pessoas me procuraram dizendo “É, você estava na delegacia, tal, esse cara é um cara que você precisava conhecer…” Respondi que não precisava conhecer, não. Conhecer por quê? Aí me disseram que hoje ele tem muita força.

Sérgio Pardellas e Claudio Dantas Sequeira – ISTOÉ


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Economia cresce

Foram criados 147 mil empregos, entre agosto e setembro, segundo levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o que demonstra que o País experimenta intenso ritmo de crescimento na economia. A taxa de desemprego caiu de 6,7%, em agosto, para 6,2%, em setembro, e é isso que tem gerado um clima favorável à candidata do governo e do PT, Dilma Rousseff, contribuindo para o aumento da popularidade do presidente Lula, que está em 81%, de acordo com a última pesquisa divulgada pelo Datafolha.
Nacional - Tarc�sio Holanda - Di�rio do Nordeste

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Fiscogate - Briga de tucanos

Leia na íntegra o depoimento do jornalista Amaury Ribeiro Junior, prestado no dia 15/10.

No depoimento, o jornalista detalha seu envolvimento no caso e outras coisitas mais que a grande imprensa esconde sempre.

No depoimento, o jornalista detalha seu envolvimento no caso.

* Clique aqui para ler o depoimento de Amaury Ribeiro Jr.

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Lula e Dilma voltam a repudiar acusão de Serra

Em comício à noite passada na cidade mineira de Uberlândia, o presidente Lula e a candidata do PT, Dilma Rousseff, voltaram a reagir à acusação do candidato do PSDB, José Serra, que atribuiu à campanha petista a agressão que sofreu quarta-feira na periferia do Rio de Janeiro.

“É uma vergonha a farsa que tentaram jogar na cabeça do povo. O cidadão recebe um telefonema e, meia hora depois, ele descobre a bolinha. O telefonema deu dor de cabeça nele. Aí ele diz que foi agressão da turma da Dilma. Não. Esta é a turma da Dilma, a turma da paz”, disse Lula, apontando para a multidão em frente ao palanque.

Ele lembrou que, embora perdesse três eleições presidenciais, não fez maracutaia para responsabilizar os adversários pela derrota.

“Se querem disputar a eleição, tenham a grandeza que eu tive em 1989, 1994 e 1998, quando perdi três eleições e não fiz maracutaia para acusar nenhum adversário”.

Dilma tratou do assunto ainda antes do comício. Foi numa entrevista que concedeu em Belo Horizonte, após encontro com prefeitos, quando os jornalistas lhe perguntaram sobre o comportamento adotado por José Serra após o incidente do Rio.

“Você sabe o peso de uma balão de água jogado do 12º andar? Que afunda um pouco o teto de um carro? É bastante pesado. Eu fui alvo disso ontem. E não saí por aí acusando a campanha dele”, afirmou.

Bras�lia Confidencial

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Pesquisas - acomodações

Ajeitam-se os institutos de pesquisa, agora que falta uma semana para a eleição. Eles vinham favorecendo a hipótese de um empate técnico entre Dilma Rousseff e José Serra, refletindo a vontade e os interesses da maioria dos veículos de comunicação, seus parceiros. Sem a menor dúvida os jornalões e as principais redes televisivas trabalhavam e ainda trabalham em favor do candidato tucano, certamente por receio da incógnita que pode representar a companheira. Sem que os números tivessem influenciado as tendências, no entanto, os institutos caíram em si quando verificaram a vantagem permanente de Dilma sobre o adversário. Insistir num equilíbrio inexistente seria prejudicial à própria sobrevivência, no caso das empresas pesquisadoras.

Sendo assim, desde o início da semana que Ibope, Datafolha, Vox Populi e Sensus vem prevendo a vitória de Dilma por margem de dez a doze pontos sobre José Serra. Pode até ser que esses resultados não se concretizem, mas, por via das dúvidas, alinham-se todos. Resta aguardar a única e verdadeira pesquisa, a própria eleição...
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Preparem-se: estamos a caminho de uma reedição de 1989 contra o PT?

Publico aqui, por concordar e julgar muito procedente, comentário que na verdade é um alerta feito hoje pelo meu amigo, jornalista Breno Altman em seu Facebook:

"Preparem-se para outra reedição de 1989. Dois dos seqüestradores de Washington Olivetto fugiram da cadeia há alguns dias. São acusados de pertencerem a organizações armadas do Chile e da Colômbia. Será que, às vésperas das eleições, acabarão localizados pela polícia paulista vestindo camisetas do PT? Com ou sem exclusividade para o Jornal Nacional? Olho vivo e faro fino. A guerra suja de Serra não tem limites."

Pois é, nesta reta final para o 2º turno da eleição presidencial daqui a pouco mais de uma semana, todo cuidado é pouco. Remember 1989: naquele ano, os responsáveis pelo sequestro do empresário Abílio Diniz foram vinculados ao PT exatamente no dia (17 de dezembro) da realização do 2º turno entre Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Collor de Mello.

Foram presos, vestidos com camisetas do PT e assim exibidos para fotos e filmagens de toda a mídia pela polícia paulista, então sob o comando do hoje neo-tucano governador Orestes Quércia. Agora, depois da farsa montada pelo candidato da oposição, José Serra (PSDB-DEM-PPS) forjando no Rio a agressão que não sofreu - ele foi atingido por uma bolinha de papel - tudo é possível

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O valor de ser educador !

Mensagem - FotoSer transmissor de verdades,
De inverdades...
Ser cultivador de amor,
De amizades.
Ser convicto de acertos,
De erros.
Ser construtor de seres,
De vidas.
Ser edificador.
Movido por impulsos, por razão, por emoção.
De sentimentos profundos,
Que carrega no peito o orgulho de educar.
Que armazena o conhecer,
Que guarda no coração, o pesar
De valores essenciais
Para a felicidade dos “seus”.
Ser conquistador de almas.
Ser lutador,
Que enfrenta agruras,
Mas prossegue, vai adiante realizando sonhos,
Buscando se auto-realizar,
Atingir sua plenitude humana.
Possuidor de potencialidades.
Da fraqueza, sempre surge a força
Fazendo-o guerreiro.
Ser de incalculável sabedoria,
Pois “o valor da sabedoria é melhor que o de rubis”.
É...
Esse é o valor de ser educador.

encaminhada por Orlando 
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