Quem é mais radical?

A História como piada: a telenovela da regulação da mídia deve ganhar lances sensacionais (ou patéticos, depende de quem a observa) quando se examinar com a devida atenção um projeto de lei preparado em segredo há 12 anos pelo homem forte do governo de Fernando Henrique Cardoso, seu amigo e confidente, o então ministro das Comunicações Sergio Motta.
Segredo? Em termos: na edição nº 76, de 5/10/1999, este Observatório da Imprensa comentou a quinta versão da Lei de Comunicação Eletrônica de Massa, produzida por Motta, e também a sexta versão do documento, chancelada por um de seus sucessores no ministério, Pimenta da Veiga. O material fundamentou-se em um vasto arsenal de análises e contestações encabeçado por um estudo pormenorizado de Guilherme Canela de Souza Godoi e contribuições de estudiosos ímpares como o falecido Daniel Herz, o professor Murilo Cesar Ramos, o pesquisador Gustavo Gindre e o senador Pedro Simon. Veja os links abaixo:



** A versão Pimenta da Veiga – G.C.S.G.
** O sonho possível – G.G.
Sergio Motta não conseguiu terminar o seu revolucionário projeto, morreu em 1998, foi sucedido por Luiz Carlos Mendonça de Barros e, em seguida, pelo deputado federal e ex-líder do governo, Pimenta da Veiga, autor de uma nova e desastrosa versão destinada à cesta do lixo. À época, corria que fora redigida pelos consultores da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert).
Sem comoção
A mídia acostumou-se a classificar como radical o jornalista Franklin Martins, atual ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. Todas as suas iniciativas são imediatamente carimbadas como atentados à liberdade de imprensa e logo rejeitadas.
Nossa mídia tem memória curta ou simplesmente ignora quem foi o Serjão, Sergio Motta, um trator que nada fazia pela metade. A Lei de Comunicação Eletrônica de Massa concebida por ele não era radical, era revolucionária: criava uma agência reguladora, impedia a propriedade cruzada de mídia eletrônica, interferia no vicioso sistema de concessões de radiodifusão, cuidava do conteúdo da programação, criava mecanismos para proteger os assinantes da TV paga, forçava o funcionamento do Conselho de Comunicação Social e facilitava a sobrevivência da TV Pública facultando-lhe o direito de veicular publicidade comercial.
Evidentemente não previu o extraordinário crescimento da internet nem contou com o atual estágio de desenvolvimento da telefonia móvel. Convergência de conteúdos era uma noção desconhecida. O projeto era holístico, como se dizia à época, integral. Ambicioso, audacioso e, sobretudo, estatizante. Tão estatizante que o petista e democrata Daniel Herz chegou a reclamar do excesso de prerrogativas oferecidas ao Executivo.
Esta incursão na história recente carrega evidentemente algumas doses de ironia. O projeto foi recebido com absoluta naturalidade, não causou alvoroço nem comoção, não foi bombardeado pela mídia. Ao contrário, algumas matérias da Folha de S.Pauloforam até simpáticas à iniciativa do governo porque àquela altura – antes da assinatura do Tratado de Tordesilhas entre os grupos Folha e Globo – o jornal dos Frias freqüentemente se atritava com a Vênus Platinada dos Marinho. O que era extremamente salutar em matéria de oxigenação (ver, neste OI, "A chocante parceria Globo-Folha" e "Pacto Globo-folha e o pacto do silêncio")
Viés conservador
Gozação à parte, é imperioso reverter o clima fanático que está comprometendo a discussão sobre regulação da mídia. Esta inclemência e intransigência numa questão que afeta diretamente o bem-estar da população é simplesmente inadmissível. O rancor que se irradia deste debate é extremamente tóxico, e se não for atalhado pode se espalhar.
Este confronto precisa ser urgentemente despolitizado porque coloca no mesmo lado um governo taxado de neoliberal e outro, indevidamente classificado como autoritário.
A sociedade brasileira é conservadora, mas também está cansada de ser abusada pelos mercados. É, às vezes, indisciplinada, mas quer sentir-se segura e por isso gosta de regulamentos, precisa deles. Seus valores são geralmente pequeno-burgueses, mundanos, mas também é sedenta de cultura e seriedade.
Alberto Dines

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Twitter - Seguidores de promoção

Internautas descobrem no Twitter um canal de prêmios prático e polêmico. Mas será que seguir um "rato" de promoção é agradável? Ou ninguém aguenta?


A rede social Twitter vem se mostrado um canal de sorteios de fácil acesso e oferece grande variedade de prêmios aos membros que retwittam mensagens ou usam a criatividade em concursos promovidos por perfis promocionais.

Mas tanta facilidade e praticidade para participar das promoções podem interferir no relacionamento dos usuários do Twitter. Perfis que participam excessivamente de promoções acabam "floodando" a timeline de seus followers. Em vocabulário não-virtual, isso quer dizer que eles enviam várias mensagens promocionais para seus seguidores, situação que não agrada muitos tuiteiros.

Premiados e prevenidos

No mundo das promoções em 140 caracteres, há quem arrisque a sorte e também os que se esforçam para bolar mensagens criativas e faturar muitos prêmios.

Welton Luís, que já foi sorteado nove vezes pelo Twitter, acha mais prático participar dos sorteios que exigem sorte, mas participa de todos os que acha viável para ele. Já Juscelino Filho pensa diferente, apesar de "só" ter ganhado quatro prêmios, ele prefere os concursos culturais, pois alega que esse formato, por exigir mais, oferece os melhores prêmios.

Welton e Juscelino se previnem para não prejudicarem sua imagem na rede participando de tantas promoções. "É bom que atualize com outros assuntos entre essas participações pra não ´floodar´ a timeline alheia e, consequentemente, levar alguns unfollows", aconselha Welton.

A estratégia de Juscelino é o horário escolhido para participar. "Costumo responder as enquetes de madrugada por dois motivos: como não tem muita gente online, evito incomodar as pessoas e ainda diminuo a concorrência", diz.

Falando em concorrência, a situação se complica quando o assunto é dar dicas para quem quiser faturar prêmios no Twitter. Mas não tem segredo, Welton e Juscelino compartilham da mesma recomendação: tentar insistentemente e participar de quantas promoções puder. Também é importante ser cauteloso para não perder followers pela participação em promoções.

Forcinha
O aplicativo hootsuite (http://hootsuite.com) pode aumentar a eficiência dos que almejam ser sorteados no twitter. Com ele, pode-se acoplar vários perfis e enviar uma mesma mensagem de cada um ao mesmo tempo. Além disso, é possível agendar o horário dos tweets, o que evita encher a timeline de tweets promocionais, irritando seus followers.
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A Vida sem Internet!


Scriptease
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Ninguém aguenta mais explicações das autoridades sobre a segurança pública

Não nesta linha das justificativas dadas no Rio de Janeiro frente à ofensiva do crime organizado. Lá, desde a semana passada, os criminosos estão em aberto confronto com o poder constituído.

Promovem inúmeros arrastões, incendeiam carros, deflagram tiroteios nas principais vias de ligação da cidade - Linhas Amarela e Vermelha - e metralham postos policiais. Mas, do lado das autoridades, nenhuma assume a real dimensão da tragédia. Ninguém diz que as grandes facções que controlam o crime no Estado -  entre as quais o Comando Vermelho - estão, claro, por trás disso tudo.

Todos se lembram da perplexidade e pânico do governo tucano de São Paulo quando o Primeiro Comando da Capital (PCC) impôs-se, pasmem, no maior e mais poderoso Estado do país. O PCC implantou o terror em território paulista com atentados e atos de violência e execuções de autoridades durante semanas - a última destas ofensivas, há pouco, já no 2º semestre deste ano. Continua>>>

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Blogueiros sujos entrevistarão o presidente Lula

Está confirmada para amanhã [quarta-feira, 24], às 9 horas, a sonhada entrevista que o presidente Lula concederá a um grupo de blogueiros de diversas partes do país. 

Além do titular do Cloaca News, fazem parte da comitiva Altamiro Borges [Blog do Miro], Altino Machado [Blog do Altino], Conceição Lemes [Viomundo], Eduardo Guimarães [Cidadania], Leandro Fortes [Brasilia, Eu Vi], Pierre Lucena [Acerto de Contas], Renato Rovai [Blog do Rovai], Rodrigo Vianna [Escrevinhador] e Túlio Vianna [Blog do Túlio Vianna].

A coletiva terá transmissão ao vivo pelo Blog do Planalto e pelos participantes do encontro. 

Pela primeira vez na história deste país, o público também poderá ter vez enviando perguntas pelo chat.

Dentro de instantes, embarcaremos no AeroCloaca rumo a capital federal, mas você, se desejar, pode deixar Aqui a pergunta que gostaria de fazer para O Cara.

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Combate implacável ao crime organizado

E ao desorganizado também...

Falta a data, mas é certo que Dilma Rousseff, antes de tomar posse, reunirá os governadores eleitos ou reeleitos  visando estabelecer nova estratégia para a segurança pública. 

O governo federal e os estados deverão agir em conjunto para enfrentar a violência crescente em todo o país. 

Torna-se urgente uma espécie de mutirão,  incluindo o Poder Judiciário, o Ministério Público, as Forças Armadas e as prefeituras das capitais e principais cidades.  

Ao contrário de José Serra,  a presidente eleita não cogita criar um ministério específico para a segurança pública, mas fará do combate ao crime organizado um de seus maiores objetivos. 

O tráfico de drogas e o contrabando, em especial de armas, serão combatidos de forma implacável, tem comentado a presidente eleita. 

O poder público deve uma resposta ao cidadão comum, cada vez mais ameaçado pela bandidagem.
por Carlos Chagas
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Meirelles já se despede do BC


SponholzO presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou nesta segunda-feira que a conversa que terá com a presidente eleita, Dilma Rousseff, para decidir se deixa ou cargo ou se continua, será anunciada na "hora certa". A reunião com Dilma, marcada para esta semana, deve descartar de vez a permanência de Meirelles à frente do BC. Em discurso nesta segunda-feira à noite na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), depois receber o prêmio Responsabilidade Pública 2010, concedido pela Sinaprocim, entidade que reúne as empresas fabricantes de produtos de cimento, Meirelles fez elogios à atuação do BC e à atual situação econômica do país que "saiu da crise mais forte que entrou". Mas, em tom de despedida, disse que está concluindo o trabalho do BC de zelar pela estabilidade macroeconômica, juntamente com o presidente Luiz Inácio Lula da SIlva.
Muitos me perguntam o que espero do futuro, da vida pública? Eu tenho respondido que espero terminar, de fato, este mandato, juntamente como presidente Lula, concluindo este tipo de trabalho de responsabilidade do Banco Central, que é zelar pela estabilidade macroeconômica do país
- Muitos me perguntam o que espero do futuro, da vida pública? Eu tenho respondido que espero terminar, de fato, este mandato, juntamente como presidente Lula, concluindo este tipo de trabalho de responsabilidade do Banco Central, que é zelar pela estabilidade macroeconômica do país e, portanto, provendo as condições básicas para o crescimento sustentável. É um momento de grande gratificação para quem participou desse processo. Tenho grande satisfação de ter participado disso - disse Meirelles.
Na saída do evento, ainda no elevador da sede da Fiesp, questionado se o discurso teria sido uma despedida, Meirelles disse que não, que era "um momento de celebração". Os termos celebração e gratificação, aliás, foram usados várias vezes durante o discurso segunda-feira à noite, depois que fontes de Brasília davam como certa sua substituição no cargo de presidente do BC.
- Gratificação para a construção civil e para aqueles que fornecem insumos para a construção civil (caso da platéia de empresários presente à sua palestra) e gratificação para quem participou intensamente deste processo (de crescimento econômico). É um momento de fato de celebração da economia brasileira - elogiou, lembrando que o setor de insumos para a construção civil cresceu, em média, 3,8% ao ano desde 2003.