Estado retoma território na guerra contra o crime


Estado retoma território na guerra contra o crime
A ofensiva desfechada contra o narcotráfico pelas tropas da polícia militar e civil do Rio de Janeiro, com o apoio de tanques de guerra da Marinha e dos fuzileiros navais, entra hoje (sexta-feira) no seu sexto dia. É uma resposta aos atentados e incêndios em ônibus e carros promovidos pelos bandidos desde domingo. Ontem (25), [...]

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Fome

“Sei que você, caro leitor, não me conhece. Pois permita que me apresente.

Moro onde olho nenhum me alcança, no ermo das entranhas. Sou ferida exposta que não se vê. Sou espaço baldio entre o esôfago e o duodeno.

Trago das origens uma certa vocação para a tragédia. Não deve ser por outra razão que venho do grego: ‘stómachos’.

Às vezes, invejo o coração que, quando sofre, é de amor. Eu, pobre tripa flagelada, jamais tive tempo para sentimentos abstratos. Perdoe-me o pragmatismo estomacal.

Só tenho apreço pelo concreto: o feijão, o arroz, a carne... Meu projeto de vida sempre foi arranjar comida.

Pois bem, os dados do IBGE, cuja exposição o signatário do blogterceirizou a mim, revelam o seguinte:

Nada menos que 65,6 milhões de brasileiros não se alimentam adequadamente. O número é de 2009. Mas conserva-se atual.

Desse total, 11,2 milhões de patrícios enfrentam o que o IBGE apelida de ‘insegurança alimentar grave’. Eu prefiro chamar pelo nome: fome.

Outros 14,3 milhões de brasileiros arrostam, no dizer do IBGE, ‘insegurança alimentar moderada’.

São catalogadas assim as pessoas que admitiram: em algum momento dos três meses que antecederam a pesquisa, faltou-lhes dinheiro para a comida. Fome.

No mais, há 40,1 milhões de cidadãos em situação de ‘insegurança alimentar leve’. Admitem que, ocasionalmente, o dinheiro não chega à mesa.

Conheço a realidade das estatísticas de perto. Às vezes, caro leitor, reduzido à minha condição de tripa, cobiço a cabeça.

Quisera me fosse dado revisitar glórias passadas ou, melhor ainda, idealizar um futuro promissor. Quisera não tivesse que dançar ao ritmo da emergência.

Meu mundo cabe no intervalo entre uma refeição e outra. Meu relógio, caprichoso, só tem tempo para certas horas: a hora do café, a hora do almoço, a hora do jantar...

Sem comida, meu relógio ficou louco. Passou a anunciar a chegada de cada novo segundo aos gritos.

Nunca tive grandes ambições. Não quero dormir com aquela personagem fogosa que a Maitê Proença representa em Passione. Tampouco almejo a Sena acumulada.

Só queria a solidariedade de um grão escorregando faringe abaixo. Ardem-me as paredes, bombardeadas por jatos de suco gástrico.

Noutro dia, ouvi a Dilma dizer na TV que sua prioridade é acabar com a miséria. Não sei se conseguirei esperar.

Já não me queixo. A privação de alimentos me proporcionou um encontro com a paz. Sim, encontrei a paz na melancolia da fome.

Atingi outra esfera da existência. Estou prestes a trocar o inferno da mesa vazia pelo paraíso da inexistência física.

Temente a Deus, sei que Ele não se atreverá a pôr em meu céu um novo lote de promessas. Não, não.

Meu céu há de ser uma cozinha como a dos brasileiros afortunados, tão farta que me propicie uma fome de rico, dessas que a gente resolve abrindo a geladeira".

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por Josias de Souza 

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Natal é tempo de solidariedade

Assim, os empresários e quem mais quiser colaborar com a campanha anual Amigos em Ação - que arrecada alimentos, distribuídos no Natal, as entidades que tratam de idosos e crianças carentes - têm até o dia 4 de dezembro, para fazer sua doação. Nesse dia, como todo ano acontece, haverá o almoço de encerramento da campanha, no Hotel Gran Marquise, quando se realizará o leilão das 74 obras de arte de 42 artistas plásticos e fotógrafos que doaram seus trabalhos em benefício da feliz iniciativa.

No ano passado, arrecadaram-se 24, 5 toneladas de alimentos não perecíveis. 

A expectativa dos organizadores é arrecadar 28 toneladas neste
 ano. 

As doações estão sendo recebidas na Alessandro Belchior Imóveis, na Avenida Senador Virgílio Távora, 150. 

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Phitirus Pubis

Um chato de galocha
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Festival Choro Jazz Jericoacoara

Traz em sua segunda edição Yamandú Costa, Hermeto Pascoal, Dorival Caymi, Joyce Moreno, Trio Curupira, Giuliano Eston, Moderna Tradição, Banda Mantiqueira, Manassés e muito mais artistas.


A abertura será nesta terça [30].

Você não pode aperder...
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Os investimentos no Brasil devem triplicar em dez anos

Os investimentos no Brasil (formação bruta de capital fixo) deverão triplicar nos próximos dez anos. A projeção do Itaú BBA é que esses recursos, que chegaram a R$ 526 bilhões no ano passado, baterão em R$ 1,787 trilhão em 2020.
O estudo foi apresentado pelo presidente do banco, Candido Bracher, durante evento organizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na última quarta-feira.
Boa parte dos novos investimentos deverá ocorrer como resultado de projetos relacionados ao pré-sal e aos eventos esportivos internacionais que acontecerão no Brasil nos próximos anos – a Copa do Mundo, em 2014, e a Olimpíada, em 2016.
Se os números se confirmarem, a participação dos investimentos no Produto Interno Bruto passarão dos atuais 18% para 22% até 2020.
Segundo Bracher, as projeções foram feitas com base no atual cenário econômico brasileiro e internacional. E mesmo que as principais economias da Europa e os Estados Unidos se recuperem das avarias antes do esperado, avalia o banqueiro, as estimativas não devem apresentar muita variação.
“O cenário interno é favorável depois de 16 anos de política econômica consistente e dos atuais sinais de continuidade”, afirma Bracher. Ele pondera que existe “uma abundância de recursos financeiros, o que parece nos assegurar que os financiamentos continuarão a crescer”.
“Ainda que a economia americana e a europeia se recuperem mais depressa, que as taxas de juros subam e os recursos não cheguem no mesmo ritmo, esse cenário traria um ganho. O Brasil exportaria mais e sobraria mais poupança interna”, analisa. Além disso, diz Bracher, o crescimento da economia interna levaria as empresas a reinvestirem seus lucros no País.
Estimativa. Para 2010 o Itaú BBA projeta investimentos da ordem dos R$ 661 bilhões. Para o ano que vem calcula-se que o montante chegue a R$ 781 bilhões. Também devem ajudar no aumento da formação bruta de capital fixo a própria expansão da economia brasileira, o crescimento do mercado imobiliário e a busca global por novos consumidores, aponta o estudo.
Apesar do cenário otimista, Bracher alerta para a necessidade de clareza jurídica nos grandes contratos que estão por vir à reboque dos projetos do pré-sal, por exemplo.”Como boa parte dos projetos são financiados pelo governo ou tem relação com a Petrobrás, o que os investidores esperam é a maior transparência jurídica possível. Quanto mais forte forem juridicamente os contratos, melhores as condições de financiamento. Isso sempre pode melhor no País”, observa o presidente do Itaú BBA.
Para o Itaú BBA, até o fim de 2011 os juros reais deverão continuar em trajetória de alta. Mas em 2020, projeta o banco, a taxa real deve chegar a 3,62%.

Paula Pacheco – O Estado de S.Paulo


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