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Exame de próstata

O cego vai no médico fazer exame de próstata; lá chegando pergunta:
- Dr., dói? 
- Só um pouquinho...
- Dr. posso pedir uma coisa?
- Sim, responde o médico.
- Eu posso pegar no seu pau enquanto o sr. faz o exame?
Sim.
- Mas porque você quer segurar o meu pênis?
- É para ter certeza que o Sr. vai colocar o dedo...

Profetas da chuva


Corro a mão na estante, ao acaso, e dou com o livro "Profetas da Chuva", interessantíssimo trabalho organizado por Karla Patrícia Holanda Martins (Editora Tempo d´Imagem). Um dos muitos favores que me fazia o amigo Celso Machado, então na chefia de gabinete do governador Lúcio Alcântara. Uma delícia, o livro. 

Celso, de respeitável e tradicional família política de Quixeramobim, gostava de cobrir-me de mimos, principalmente livros para consultas que atravessam os tempos, como o episódio de Canudos, do massacre de Antônio Vicente Mendes Maciel (1830-1897), o Antônio Conselheiro e de seus seguidores. Devo-lhe grandes títulos. Agia com essa atenção -- em nome de uma amizade da qual muito me orgulho -- tanto aqui quanto em Brasília, onde chefiou o gabinete do senador Lúcio Alcântara com a competência e a dignidade costumeiras.

A obra que agora releio é dos exemplos mais expressivos de quanto pode o talento congênito aliado à perseverança no estudo e no trabalho desses profetas abençoados pelos céus. O que o leitor mais respira no texto, além das fotografias em P&B saídas da lente iluminada de Tiago Santana, é o forte e pungente sentido humano, vazado num estilo harmonioso, em linguagem fluente, desataviada. 

Os profetas são genialmente caracterizados por entrevistas com Antônio Lima, Peroara, Chico Leiteiro, Chico Leite, Francisco Mariano, João Ferreira Lima, Jacaré, Joaquim Muqueca, Luis Bernaldo, homens que, em pacto com a natureza, olham pro céu, pra aroeira, pro chão rachado, ouvem o canto do sabiá (por decreto de FHC, a ave-símbolo do Brasil), da acauã, olham o ninho do joão-de-barro e fazem notáveis conclusões que os cientistas da chuva não encontram explicações em seus laboratórios sofisticados. 

E diz o Antônio Lima: "Quando vai chover, as formigas se assanham, a terra fica quente, parece mudar de lugar; a formiga vai e tira seus filhos, bota noutro canto alto porque, se chover, vai molhar; os passarinhos pegam a cantar nas suas moradias porque se alegram elogiando a Deus que vai mandar o melhor; o sapo que mora naquele buraco seis meses vai também se alegrar porque vai chover".

Diz o Chico Mariano de Quixeramobim: "O mandacaru quando flora na seca é sinal de chuva. Se não florar, aí não temos chuva". E tem mais: o joão-de-barro, se faz sua casa voltada para o nascente, é seca na certa; se faz para o poente, teremos chuva. Os profetas são respeitados. O povo crê que eles têm um dom quase divino.

Karla Patrícia observa no seu prefácio: "Este sopro, que torna livre o movimento das nuvens, atravessa as narrativas produzidas no sertão. Tais narrativas, ao se deslocarem no sentido da impotência, em nome da importante capacidade de se iludir, de produzir ação e continuidade, reeditam um testemunho de esperança, desejo e sonho". Eu mesmo, nas minhas muitas andanças pelo sertão, em tempos de eleições, puxei conversa com um desses profetas, mascando seu fumo. Era tempo de seca. Mas ele me consolou: "Vai chover, doutor, e muito". 

E choveu, a bem de Deus e do velho sertanejo que depois foi colher seu milho e a sua mandioca. Era de ver a sua alegria de criança sadia e de barriga cheia, entre a queda de cúmulos-limbos e os primeiros raios do sol morno de um bom inverno. Os profetas da chuva, por essa condição, não estão livres do drama do caboclo nordestino, castigado pela caatinga e pela seca, desamparado na sua miséria sub-humana, carregando um fatalismo atávico, e assimilando da terra árida e requeimada, uma sequidão de traços físicos e morais que os insulam no seu mutismo e os nivelam quase com os bichos, plantas e coisas. E eu vos digo: os profetas profetizam; os governos mentem e escondem covardemente sua indiferença e seu descaso pelos nordestinos sob os longos tapetes de Brasília.


A frase do dia

Yanque é antes de tudo um covarde. Yanque corajoso, só nas telas de cinema.
Joel Neto

por Luis Fernando Verissimo

O ubíquo Mr. Summers

Ubíquo. Adj. Que está em toda parte.” Exemplo: Lawrence Summers. Mr. Summers conseguiu até ser personagem de dois dos filmes que concorreram ao Oscar, este ano. Num, “Rede social”, ele aparecia como presidente da Universidade de Harvard, interpretado por um ator. Ou era ele mesmo? Não duvido. No outro, “Trabalho interno”, ele era um membro da gangue responsável pela desregulamentação do sistema financeiro e pelos favores a Wall Street que deram nos escândalos dos derivativos e das hipotecas podres, e na crise das finanças internacionais. Neste, era certamente ele mesmo. Acho que não há outro caso na história dos Oscars de uma coincidência parecida de vilões.

No filme “Rede social”, se me lembro bem, Summers dá alguns conselhos cínicos aos estudantes que se queixam da apropriação de suas ideias por outros alunos, dizendo que o roubo de ideias é apenas uma prova do espírito empreen$cultivado em Harvard. No documentário “Trabalho interno” ele é um dos principais exemplos da culpa de economistas e conselheiros econômicos na meleca toda.
Quando era secretário do Tesouro do governo Clinton, Summers escreveu um memorando que ficou famoso, recomendando que indústrias poluidoras fossem transferidas para países subdesenvolvidos, onde os trabalhadores eram pobres e portanto o custo social seria menor. Citava a África como uma área sub-habitada e, na opinião dele, subpoluída. Summers depois disse que o memorando era uma brincadeira. Também alegou ter sido mal entendido quando num discurso, já como presidente da Harvard, atribuiu a falta de nomes femininos de destaque nas pesquisas científicas a uma inferioridade mental da mulher. Foi uma das razões para correrem com ele da universidade.
Apesar dos maus conselhos e das gafes, Summers não perdeu seu prestígio. E, depois de ser um símbolo da política econômica comprometida com os vigaristas de Wall Street, tornou-se um símbolo, mais triste, de desilusão com o Barack Obama, que durante a campanha tinha prometido acabar com a farra dos bancos desregulados e a submissão dos políticos aos interesses dos “gatos gordos” do sistema financeiro, e quando tomou posse convidou para liderar a sua equipe econômica — Larry Summers!
Summers não está mais com o Obama. Mas depois da decepção inicial o Baraca não recuperou as esperanças despertadas com sua retórica eleitoral e hoje é atacado pela esquerda, como um enganador, tanto quanto pela direita, que o chama de demônio socialista e coisa pior. As esperanças da esquerda — que incluíam a retirada imediata do Iraque e do Afeganistão, além de um plano de saúde social revolucionário e ferro em Wall Street — eram irrealistas. Obama é apenas humano. Mas o convite ao ubíquo Mr. Summers, depois de tudo que se sabia dele, foi um pouco demais. 

por Marcos Coimbra

Encruzilhada tucana

Ao longo dos próximos dois meses, o PSDB terá uma excelente oportunidade para se repensar. Cumprindo o que estabelece a legislação que regula a vida dos partidos, está realizando suas convenções zonais e municipais, de domingo passado até hoje. As estaduais serão em 17 de abril e a nacional em 29 de maio. Nos três níveis, o partido se reavaliará.

É um bom momento para que isso aconteça. Depois da derrota na eleição presidencial, ainda atordoado pelos maus resultados nas disputas para o Senado e a Câmara, o PSDB precisa encontrar logo seu rumo. De janeiro para cá, dentro de quatro paredes, os tucanos conversaram muito, mas não emitiram sinais claros para a sociedade sobre o que pretendem.
Suas lideranças, quando vêm a público, enfatizam que o partido precisa encontrar um discurso, que não pode ficar sem um diagnóstico da situação atual do país e sem propostas. Que deve definir que tipo de oposição fará ao governo, para não restar a reboque dele.
Falta fazer. As eleições acabaram há seis meses, o ano político já tem três, a legislatura começou no dia 1º de fevereiro. Passou a hora de repetir que o PSDB está sem discurso. É preciso formulá-lo. 
Leia a íntegra do artigo Aqui

Me dá meu Chip Pedro

Manda meu Chip Pedro