do Leitor


Laguardia
 disse...


Nação terrorista é aquela que não cuida de seus cidadãos com respeito.

Nação terrorista é aquela em que nos hospitais públicos o cidadão é deitado no chão por falta de leitos

Nação terrorista é aquela em que a qualidade da educação piora dia a dia

Nação terrorista é aquela que aumenta os salários de seus parlamentares em 60% e o salário mínimo em 5%

Nação terrorista é aquela em que os aposentados não são tratados com respeito, que o benefício da previdência não é suficiente para pagar os medicamentos

Nação terrorista é aquela que cobra de seus cidadãos os juros mais altos do mundo.

Nação terrorista é aquela em que os bebes morrem nos hospitais por falta de UTI pediátrica enquanto o salário dos governantes aumenta em mais de 100%

Nação terrorista é aquela que cobra altos impostos e nãotransfere recursos para a população

Nação terrorista é aquela em que o cidadão é transportado para o trabalho como gado para o abatedouro.

Nação terrorista é aquela em que as estradas não recebem manutenção mínima para garantir a integridade física daqueles que por ela trafegam

Nação terrorista é aquela que permite que seus cidadãos construam suas casas em aterros sanitários que desabam durante as chuvas causando centenas de mortes.

Não há país mais terrorista do que aquele que pratica o terrorismo contra os seus próprios cidadãos.

Este comentário foi feito na postagem Nação terrorista

Sucessão

[...] de Bin Laden

Bin Laden já estava isolado. 

O perigo está em seu provável sucessor, Aymán Al-Zawahiri, ideólogo da Al Qaeda, considerado o homem que radicalizou o finado líder terrorista nos anos 80 e o afastou das linhas menos violentas da “Yihad” do Afeganistão. Ele havia se envolvido no assassinato do Presidente Anuar el Sadat. Preso e torturado pela polícia egípcia, Al-Zawahiri delatou que a cabeça do magnicídio era um oficial do Exército egípcio, Isam Al-Qamari, que qualificou como “uma pessoa nobre no sentido estrito dessa palavra” em suas memórias. Três anos depois, foi posto em liberdade e se transferiu para a Arábia Saudita, antes de ir para o Paquistão e o Sudão. Desses países, comandou a Yihad Islâmica Egípcia, um grupo que realizou violentos ataques contra civis, provocando, com isso, seu virtual desaparecimento. Al-Zawahiri viajou para os EUA para arrecadar fundos para sua Guerra Santa, até que esse grupo se fundiu em 1998 com Al-Qaeda.

Europa

POPULISMO DE DIREITA CRESCE!

El País 

1. Quando um partido populista, eurofóbico e anti-imigrante triunfou nas eleições gerais da Finlândia, semanas atrás, muitos se perguntavam o que tinha acontecido em um dos países símbolo da tolerância e do bem estar. Quando olharam ao redor, perceberam que os finlandeses não estavam sozinhos. Viram que no mapa da Europa proliferavam partidos que no passado foram considerados desvios políticos por seu radicalismo, mas que atualmente cativam boa parte do eleitorado. Em vários países europeus tornaram-se a terceira força mais votada.

2. Na França, as pesquisas preveem para eles um futuro brilhante. Marine Le Pen e Geert Wilders aguçam o temor da chamada Eurábia, a chegada dos muçulmanos. Alguns analistas chamam os extremistas de "partidos de protesto" porque sua missão é colher o desapontamento. Finlândia, Holanda, Noruega, Suécia, Itália, França... A lista dos países com uma ascensão de partidos populistas de direita é longa. E maior ainda é a sombra projetada por estas formações sobre os partidos tradicionais, que cada vez mais adotam algumas das teses extremistas a procura dos votos que sentem terem sido roubados pelos populistas, alertam os especialistas.

3. O populismo de direita apresenta diversas formas na Europa. Há, no entanto, denominadores comuns entre os que se destacam o eurocepticismo e a xenofobia, que vem a ser rejeitar os imigrantes muçulmanos. É comum também a presença em suas fileiras de um novo tipo de líderes, que têm pouco a ver com seus antecessores da mesma linha. Os novos políticos populistas são mais jovens - a maioria com cerca de quarenta anos - mais modernos e mais bonitos. Eles são carismáticos e tendem a ser grandes oradores. Conseguem distanciar-se do passado sombrio de seus partidos observando sua linguagem, com a qual são capazes de transmitir ideias xenófobas sem utilizar a linguagem rude e racista do passado. Eles finalmente conseguiram fazer ideias aceitáveis e digeríveis que até recentemente tinham pouco espaço no debate político.

4. Souberam capitalizar o cansaço dos eleitores com os partidos tradicionais, que perderam a capacidade de se conectar com o público. São chamados por alguns analistas de “partidos de protesto", porque sua missão principal é colher a decepção dos outros. E se arriscam com as polêmicas que os partidos tradicionais preferem evitar. Porque os eleitores querem ouvir falar sobre aquilo que os preocupa, e a imigração parece ser um desses temas.

5. À primeira vista poderia parecer que a crise econômica e financeira, que tem semeado o medo diante de um futuro sombrio, poderia jogar a favor dos extremos. Não é, no entanto, um fator determinante, dizem os especialistas. Basta olhar em que países o ressurgimento populista é mais forte. Holanda, Finlândia, Noruega e Alemanha, onde os discursos anti-imigração são mais bem-sucedidos do que nunca, foram apenas golpeados pela crise financeira, que destruiu outras economias europeias. Por isso, dizem os analistas, o verdadeiro problema virá no dia em que eles ganharem força nos países mais afetados pela crise, como Espanha, Grécia, Portugal, ou Reino unido. Se nestes países as taxas de desemprego seguirem tão elevadas como agora, e no futuro não houver melhorias econômicas, o terreno estará fértil para que os extremistas – tanto de esquerda como de direita – floresçam.

Pax americana

A ação militar americana que levou à morte de Osama Bin Laden reafirma: tentar entender as relações dos Estados Unidos com o Islã pelas lentes da simplificação pode levar a soluções óbvias, e erradas, para problemas complexos.


É antiga a expressão, e aqui cai bastante bem.

O terrorista mais procurado do mundo era hóspede de uma casa instalada num importante complexo bélico paquistanês. Pertinho dali, a principal academia militar do país.

Tipo morar em Resende, nas redondezas de Agulhas Negras.

É bem razoável supor que alguém graúdo sabia da presença de Bin Laden ali. O Paquistão tem bomba atômica, tem um poderosíssimo aparelho militar e de inteligência. Não é governado por amadores.

E é igualmente razoável supor que Bin Laden recebia proteção do entorno. De gente bem relacionada, ou bem posicionada.

As relações — ou infiltrações — da Al-Qaeda no establishment do Paquistão têm sido objeto de preocupação dos americanos. O megapesadelo é o Paquistão nuclear cair sob o domínio da Al-Qaeda.

Os paquistaneses e os hoje alqaedianos combateram juntos, com apoio dos americanos, a ocupação soviética no Afeganistão. Os laços são antigos e quase naturais.

O fim da Guerra Fria rearranjou o jogo. E houve o 11 de setembro. E o Paquistão se equilibra no arame: é um importante aliado de Washington na guerra ao terror, mas também um foco de terrorismo potencial.

E não só potencial. O serviço secreto paquistanês é suspeito (uso “suspeito” para ser sutil) de ser uma organização terrorista. Que o digam os indianos.

A operação para liquidar Bin Laden olho no olho tem grande valor em si, mas deve também ser tomada como demonstração da vontade de guerrear da potência imperial. Sem o que potência nenhuma sobrevive.

É o que se passa na Líbia, mas com franceses e britânicos no papel de cabeças do império.

Trata-se da peculiar doutrina Obama de distribuir protagonismo imperial. Cada um no seu quintal.

E é divertido lembrar como a França guerreou na época contra a ideia bushiana de invadir o Iraque.

A teoria da disposição para o combate ajuda a explicar por que, afinal, o Iraque de Sadam Hussein acabou invadido e ocupado.
A aventura do Kweit não iria ficar por isso mesmo.

Potências imperiais podem quase tudo. Só não podem perder. Pois, quando perdem, seus governos caem. Ou acontece coisa pior.

Watergate foi Watergate, mas sem o Vietnã talvez o desfecho de Richard Nixon na Casa Branca fosse outro.

Depois de Nixon, houve Gerald Ford, nomeado pelos republicanos, e Jimmy Carter, eleito. Um democrata que perdeu o Irã e o Afeganistão. Quando tentou a reeleição foi mandado de volta para a Georgia plantar amendoim.

Por causa dessa regrinha, a eliminação cirúrgica de Osama Bin Laden vem a calhar para Barack Obama, mas também para os Estados Unidos diante da onda de revoltas e revoluções árabes.

Desde o começo, Obama preferiu não confrontar as rebeliões, mesmo quando voltadas contra aliados dele. É a política do estamos com vocês na luta pelas liberdades. Não somos aliados incondicionais de ditadores.

Desde que, naturalmente, os movimentos não se choquem com os objetivos estratégicos de Washington.

O mundo árabe é bem mais complexo do que a América Latina, mas a receita que se busca é a mesma. Transformações sociais e políticas, sim, desde que no contexto da pax americana.

Não por outro motivo Obama fez questão de nos apontar como exemplo para o mundo quando esteve aqui neste ano.
Alon Feuerwerker

A nação terrorista

Vivissíma

por Carlos Chagas


O PERIGO DAS SOLUÇÕES MEDIEVAIS

A temperatura no planeta vai subir, se a razão estiver com Raul Solnado, aquele humorista português que logo depois da Revolução dos Cravos vaticinou a inevitabilidade de se  aguardar a conta do florista. Mais do que necessidade, era obrigação que os Estados Unidos caçassem Osama Bin Ladem de forma implacável, responsável  por um dos  mais aviltantes massacres da História. O problema é que os americanos não fizeram como os israelenses, que capturaram Adolf Eichmann, levaram-no a julgamento e, depois, à condenação capital. Preferiram repetir o episódio Che Guevara, que assassinaram depois de preso. Ajudaram a criar um mito que permanece até hoje.


Em vez de levar Osama para ser julgado em Nova York, optaram pela solução aparentemente mais simples: um tiro na cabeça, com o acréscimo de terem dado fim ao cadáver, jogado no mar. Assim, imaginaram seus estrategistas evitar a materialização de um suposto mártir para boa parte do mundo muçulmano, afastando peregrinações ao local da prisão, do julgamento ou à sepultura, na hipótese de uma inevitável resistência armada.

Enganam-se não apenas na interpretação do Direito, inscrito na sua  própria Constituição, mas também na previsão das reações. Acabam de criar outro mito, desta vez envolvido por imenso potencial de violência e de vingança a que se dedicarão milhões de seguidores do Corão. Não deixam dúvidas as  próprias instruções de Washington a cidadãos americanos que se encontram fora do país: devem ficar todos nos hotéis e residências,  sem sair às ruas. Mas por quanto tempo? A previsão é de explosões sem conta não só no Oriente Médio, mas em todos os continentes. Até de atentados em pleno território dos Estados Unidos.

Numa palavra, precipitaram-se, optando pela solução medieval do assassinato. Ainda mais porque acompanhada de manifestações de euforia da multidão, em suas principais cidades, festejando nas telinhas a execução, mais do que a prisão. Como estarão reagindo  adeptos, simpatizantes ou meros espectadores do lado de Osama Bin Ladem? Tomara que não sobrevenham novos capítulos de carnificina, mas garantir, ninguém garante.

Terrorista

[...] número 1 mata um para atingir outros

Enio