Crowdfunding

A ideia nada mais é do que a reinvenção contemporânea da famosa vaquinha, só que desta vez baseada na internet e destinada a bancar projetos culturais independentes.  

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Mais de R$ 120 bi para Minha Casa, Minha Vida
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Na próxima 3ª. feira, dia 14, o lançamento da segunda fase do programa Minha Casa, Minha Vida, vem lastreado em números que chamam a atenção.

Às vésperas de sair do forno, o presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Jorge Hereda estima que contará com entre R$ 120 bi a R$ 140 bi para o financiamento de residências para famílias com renda até dez salários mínimos por mês. Do total, pelo menos R$ 70 bi terão como alvo as famílias que recebem até R$ 1.395,00.

Neste ano, 300 mil moradias, contratadas na primeira fase do programa, serão entregues à população. É o sonho da casa própria se tornando realidade, Enquanto isso, em canteiros de obras em todo o país são esperadas a contratação de mais 2 milhões de moradias na segunda fase. Elas têm o objetivo de reduzir o déficit habitacional justamente entre os mais pobres da sociedade e que vivem em más condições, nas áreas de risco e nas favelas em grandes áreas metropolitanas. 

O Minha Casa Minha Vida é um dos programas mais emblemático do governo federal. Além de garantir a melhoria das condições de vida dos mais pobres e mais expostos a riscos, é, ainda, um estímulo como poucos à economia e ao emprego. Seu maior desafio, no entanto, é chegar aos que ganham entre um e três salários mínimos. Vamos acompanhar e aplaudir as suas conquistas.
Zé Dirceu

por Marcos Coimbra


Governo e Crise

Dilma atravessou a crise causada pelas denúncias contra Antonio Palocci do mesmo modo que seus antecessores passaram pelas suas. No fundo, pouco houve de surpreendente na que ela viveu.
São raros os momentos em que tudo anda bem ou mal para qualquer governo. Os primeiros costumam ocorrer apenas nos meses iniciais, quando está no chamado “período de graça”. Ninguém se queixa, ninguém cobra, todos aplaudem. Sua bancada é dócil e vota disciplinadamente. A imprensa não procura assuntos para alfinetá-lo.
Tudo tende a se deteriorar no fim. Que o diga José Sarney, que passou seu quinto ano isolado no Palácio do Planalto, alvo de uma rejeição quase unânime. Ou Fernando Henrique, com menos de 20% de avaliações positivas ao longo de 2002.
É difícil dizer quanto dura a fase boa. Já tivemos casos em que, ao longo de todo o primeiro ano, prevaleceu uma alta tolerância da opinião pública e do sistema político para com o novo governo. Foi o que aconteceu com Lula em 2003. Era uma experiência tão nova, um presidente tão diferente do padrão, que a lua de mel chegou a dezembro.
Os partidos derrotados estavam atordoados e não tinham traquejo para desempenhar o papel de oposição, depois de tantos anos acostumados ao outro lado da mesa. O PT estava com ele.
Com seu antecessor não havia sido igual. Como ex-ministro da Fazenda, tendo assumido o protagonismo do governo Itamar em seus últimos meses, a posse de FHC não representou descontinuidade e não lhe trouxe crédito para começar a administrar com a condescendência da sociedade.
Desde o início, era encarado com desconfiança por parte relevante da opinião pública: com seis meses no cargo, apenas 30% avaliavam o governo como ótimo ou bom, segundo o Datafolha, em pesquisa de junho de 1995.
(Para não falar de Collor, cujo período de graça durou algumas horas, entre a cerimônia de transmissão do cargo e o discurso em que anunciou o confisco da poupança.)
Talvez Dilma seja uma mistura de modelos. Por um lado, é diferente (no mesmo sentido de Lula), por ser mulher e não ter um perfil convencional, não se encaixando no estereótipo da “política profissional”.
Por outro, no entanto, se propôs, na campanha, a fazer um governo de continuidade, montou sua equipe com uma maioria de caras conhecidas e não fez, nos primeiros meses, nada que representasse ruptura.
Sua lua de mel, portanto, pode ser menor que a de um e maior que a do outro. Em quanto?
Pelo que se lê na imprensa, o caso Palocci terá sido, para ela, o fim dessa etapa. A crer em seu coro quase uníssono, de agora em diante, enfrentará problemas crescentes. Perdeu a iniciativa do jogo político e só lhe resta esperar até que sua popularidade comece a cair.
Será? O golpe na imagem do governo terá sido tão fundo? O caso atingiu uma proporção tão grande da população, de maneira tão severa, que não cicatrizará nunca mais?
Parece improvável. Pelo que conhecemos de nossa sociedade, ministros com problemas são coisas que não afetam o governo inteiro. Mas é razoável supor que alguns admiradores tenham se afastado da presidente.
Especialmente os recentes, os “agradavelmente surpresos” com seu desempenho e que diziam estar encantados com ela, depois de a terem rejeitado a vida inteira. É ruim perdê-los, embora o mais provável é que a abandonassem de qualquer maneira, mais cedo ou mais tarde.
Esse “dilmismo” de verão, que contagiou classes médias e jornais, não tinha cara de ser duradouro. Logo, logo ia acabar.
Ou seja, no cômputo final, o prejuízo da crise terá sido apenas antecipar algo que aconteceria inevitavelmente. Por mais agradável que seja para quem está no poder, a unanimidade costuma ser artificial e é sempre passageira.

Como evitar o ressecamento da pele e a caspa durante o inverno


No inverno, não é só o clima que muda: o aspecto da pele também. Ela costuma ficar mais seca, menos hidratada e, muitas vezes, com jeito de envelhecida. Por isso, é importante manter a umidade e a oleosidade naturais dela.
Mas cuidado, pois óleo em excesso, principalmente no couro cabeludo, pode causar problemas. É o que ocorre com a caspa, que é provocada por fatores genéticos, sebo e um fungo chamado Malassezia globosa.
Para falar sobre como cuidar do corpo e do cabelo nesta época do ano, o Bem Estar desta terça-feira (7) recebeu a dermatologista Denise Steiner e a cabeleireira Cris Dios. As especialistas mostraram que o "kit proteção" mais indicado inclui creme hidratante, óleo, protetor solar e manteiga de cacau.
Pele ressecada (Foto: Arte/G1)
Quem usa muita roupa escura acaba percebendo mais rápido que tem caspa. Ou sendo percebido. Esses pontos esbranquiçados caem do couro cabeludo e vão parar nos ombros. Em um salão de cabeleireiro, de cada dez clientes, dois aparecem com o problema. E, muitas vezes, essa é uma saia-justa: como avisar a pessoa?
Outros mitos sobre a caspa
Escova progressiva não desencadeia caspa, e o problema, se não tratado, não se transforma em dermatite seborreica, uma doença que vem acompanhada de coloração avermelhada, sintomas mais intensos e proliferação em outras regiões do corpo.

A caspa também não é responsável pela calvície, que está associada à predisposição genética. No entanto, a inflamação constante do couro cabeludo, como a causada pela caspa, coopera para o agravamento da queda dos cabelos.
Tinturas costumam ressecar o couro, diminuindo a produção de sebo. Por um lado, isso melhora o quadro em indivíduos predispostos. Por outro, a química pode irritar o local, levando à descamação, vermelhidão e irritação. Mas essa situação não pode ser confundida com caspa.
Na hora de pentear, o ideal é começar a pentear pelas pontas e não levar o pente até raiz, para não espalhar o condicionador.
Capacete e boné, isoladamente, não provocam caspa, mas aumentam a oleosidade, a pressão e o abafamento, piorando o caso.
Limão e vinagre não acabam com o problema e podem prejudicá-lo ainda mais. Outros mitos estão neste teste elaborado com a consultoria da doutora Denise. Veja como estão os seus conhecimentos sobre o assunto!

Tupperware abre loja virtual


No ano em que completa 35 anos de operações no Brasil, a Tupperware decidiu facilitar a venda de seus produtos para aqueles consumidores que não fazem ideia de onde encontrar um revendedor ou que não estão dispostos a participar de reuniões domiciliares de demonstração. Sem qualquer campanha de divulgação, a empresa lançou há dois meses no Brasil sua loja virtual e oferece em sua página na internet cerca de 50% do catálogo.
“A gente começou com o e-commerce de forma bem discreta, a gente está aprendendo a conhecer esse novo universo. Mais do que ter um novo canal de vendas, queremos ser uma marca mais acessível”, afirma a chilena Paola Kiwi, presidente da Tupperware Brasil.
Para a subsidiária brasileira, as vendas on-line têm potencial para atingir até 5% do faturamento da empresa no país, que no ano passado registrou um crescimento de 40% nas vendas, enquanto globalmente a alta foi de 7%, totalizando um faturamento mundial de US$ 2,3 bilhões.
Para 2011, a empresa prevê manter o mesmo patamar de crescimento no Brasil. A executiva destaca, entretanto, que não há uma meta para o ano no e-commerce e que a prioridade da companhia continua sendo a venda direta por meio de revendedores.
A loja virtual, que tem as classes A e B como principal alvo, oferece cerca de 50 produtos, dos tradicionais potes e tigelas plásticas a garrafas, lancheiras e utensílios de preparação. Os preços chegam a ser de 25% a 50% mais caros que os oferecidos pelos revendedores.
“Como nosso canal principal é a nossa força de vendas, todas as ofertas e descontos são oferecidos através das revendedoras”, explica Paola Kiwi. “A internet é para aproximar mais esse consumidor que ainda não sabe onde nos encontrar”. Continua>>>

O pano ainda não caiu

Estava tudo acertado, claro que nos bastidores, para Antonio Palocci dispor de uma saída honrosa. Seria, por mais incrível que pareça, que o Procurador Geral da República decidisse abrir no Supremo Tribunal Federal uma investigação a respeito do enriquecimento súbito do chefe da Casa Civil. Seria a oportunidade para Palocci pedir o seu afastamento, enquanto durasse a investigação, quer dizer, até a eternidade, e afastar-se do governo e da crise. O problema é que o Procurador não encontrou argumentação jurídica para incriminar Palocci. Assim, o ministro ficou sem a saída honrosa que seria o seu afastamento em respeito à Justiça. Mas a pressão contra ele já estava insustentável, vindo dos partidos da base do governo, da opinião pública e da opinião publicada.

Pelo jeito, até a presidente Dilma havia chegado a essa conclusão, apesar da opinião contrária do ex-presidente Lula, que sustentava a permanência de Palocci.

Assim, o próprio chefe da Casa Civil decidiu poupar-se e poupar o governo Dilma. Apresentou carta de demissão. O nome da senadora Gleise Hofmman, do PT do Paraná, foi anunciado para ocupar a Casa Civil, numa surpresa sem par. O que teria levado a presidente da República a deixar o país inteiro sem pai nem mãe? Marcar posição e dizer que quem manda é ela? Demonstrar uma nova fase do governo, mais centralizada em suas opções e decisões e sem ligar para as pressões partidárias por nomeações?

A verdade é que ninguém conhece e perfil político da senadora. Pertence ao PT e foi a primeira das companheiras a propor a defenestração de Palocci? Teria sido por isso sua designação?

Há mais dúvidas do que certezas nessa novela ainda inconclusa, mas a verdade é que Dilma deu um susto no país, na sua base parlamentar, no PMDB, no PT e no próprio Lula. O pano não caiu. A assistência é que foi para o intervalo tomar café...
por Carlos Chagas

FHC olha para trás, sempre

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) mais uma vez volta à cena (Novos desafios, O Estado de S. Paulo, 05/06) para fazer comentários e dar conselhos ao governo brasileiro.
Curiosamente o ex-presidente faz seus comentários como se jamais tivesse tido poder de mando no nosso país para aplicar todas as lições que agora quer dar aos atuais governantes. Na verdade, começa seu artigo reconhecendo que o Brasil ingressou no clube dos países que tomam decisões, mas faz esta constatação como se isto fosse um evento da natureza e não o resultado da aplicação de um projeto político que ele e seu partido combatem.
Na realidade o texto do ex-presidente serve para que ele novamente se insurja contra esse projeto, para dizer que a estratégia correta para o Brasil não seria o “projeto nacional”, pregando um nebuloso “consenso” da sociedade, sem dizer de que forma esse suposto “consenso” poderia ser construído e como se os demais países não tivessem projetos nacionais.
Na verdade o que o ex-presidente deseja é que o governo abdique de seu papel de governar e conduzir a nação, deixando o espaço aberto para que atuem as “forças sociais”, sem nenhuma mediação. É puro neoliberalismo e sabemos onde isso vai dar.
FHC também critica a política de alianças internacionais do Brasil, dizendo que não podemos nos limitar a este ou aquele parceiro. Ora, o Brasil nunca realizou alianças comerciais e políticas tão amplas no cenário mundial, o que, sabidamente, nos deixou em melhores condições de enfrentar a crise financeira internacional.
O que incomoda o ex-presidente do PSDB é que nosso país deixou de se limitar a um papel subalterno, no qual se deixava levar pelas diretrizes de algumas poucas potências e no qual ministros eram constrangidos a tirar seus sapatos e passar por vistorias em aeroportos dos Estados Unidos. Hoje o Brasil é protagonista no nosso próprio continente, na África, na Ásia, nos diálogos internacionais e na construção de uma relação mais equilibrada entre as economias mais desenvolvidas e os países em desenvolvimento.
Diz FHC em determinado trecho de seu artigo que “É imperativo inovar, não abrir mão da indústria e oferecer serviços em quantidade e qualidade em saúde, educação, transportes, finanças etc.”. Entretanto, no seu longo período de governo ele praticou o oposto, desnacionalizando nossa indústria, abrindo mão da nossa soberania e precarizando de forma drástica os serviços públicos essenciais.
Na sequência, Fernando Henrique Cardoso passa a criticar a democracia brasileira, dizendo que as decisões fundamentais são tomadas de forma autoritária, buscando outra vez uma descabida comparação entre os governos Lula e Dilma e a ditadura militar. O argumento, evidentemente, não procede. Poucas vezes no nosso país houve tanta liberdade.
O governo, os movimentos sociais e todas as forças que buscam o desenvolvimento nacional com justiça social são cotidianamente submetidos a verdadeiro massacre pela grande mídia e até mesmo por setores do poder judiciário. Mas a vida prossegue e a democracia está preservada, com todas as decisões fundamentais sendo debatidas e aprovadas pelo Congresso Nacional.
Finalmente o ex-presidente chega ao ponto fulcral de seu artigo, que é a tentativa de calar o ex-presidente Lula e, ainda, tentar opor a presidente Dilma a seu antecessor. Trata-se de uma vã tentativa, porque o governo Dilma é um governo de continuidade e está assentado sobre as bases implementadas em oito anos de construção do projeto nacional brasileiro.
FHC quer calar Lula quando ele próprio não se calou um momento sequer desde que deixou a Presidência da República. E geralmente utilizou o grande espaço que detém na mídia para buscar sempre atrasar o ritmo de desenvolvimento do nosso país. Se seus conselhos fossem seguidos, o Brasil certamente não ingressaria no “seleto clube dos países que tomam decisões” e permaneceria como “papel carbono” dos interesses das grandes potências,  função a que foi relegado durante décadas por governos descomprometidos com o nosso projeto nacional.
Maria Izabel Azevedo Noronha