UOL descobre que "custo Brasil" é lucro


No modelo City, a Honda tem aqui um lucro "extra" de mais de R$15 mil, quase um terço do valor de venda do veículo

O jornalista Joel Silveira Leite prestou um imenso serviço ao jornalismo hoje, em sua coluna “Mundo em Movimento“, no UOL.

Escreveu o que centenas de jornalistas das editorias de economia não escrevem, às vezes nem por censura, mas pelo hábito de repetir, sem pensar, o que lhe dizem empresários, banqueiros e homens do “mercado”, como se fosse apenas transcrever ou propagandear o que estes falam.

Leite vai a um tema sobre o qual muita gente sabe e quase ninguém escreve.

Que o preço dos automóveis no Brasil é mais alto – e um dos mais altos do mundo – não por uma carga tributária elevada apenas, ou dos encargos trabalhistas – mas porque as margens de lucro das montadoras é muito maior aqui do que em outras partes do planeta.

Isto é, que o nome “custo Brasil” camufla, na verdade, outro: o “Lucro Brasil”.

Ele conta que as montadoras no Brasil têm uma margem de lucro muito maior do que em outros países, citando uma pesquisa feita pelo banco de investimento Morgan Stanley, da Inglaterra, e diz que elas respondem por boa parte do lucro mundial das suas matrizes.

As editorias de economia da grande imprensa, quando decidem usar a reconhecida capacidade de suas dezenas de profissionais, desempenham um papel fundamental na informação da sociedade.

Exatamente o que tinha sido apontado aqui, recentemente, quando afirmamos que os lucros da Fiat aqui no Brasil (e na América Latina) haviam ajudado a empresa a pagar parte da dívida da Chrysler com os governos americano e canadense, pela injeção de dinheiro para que esta não falisse, na crise de 2008.

Joel Leite usa um exemplo de um modelo da Honda que, sem considerar os impostos, dá a montadora um “lucro extra” (extra, porque sua margem de lucro “normal” já está embutida no preço de venda mexicano) de R$ 15.518,00 sobre os R$ 56.210,00 por que é vendido no Brasil, embora a versão vendida no México tenha muito mais equipamentos de segurança e acessórios.
“Será possível que a montadora tenha um lucro adicional de R$ 15,5 mil num carro desses? O que a Honda fala sobre isso? Nada. Consultada, a montadora apenas diz que a empresa “não fala sobre o assunto”. “

Mas o analista Adam Jonas, responsável pela pesquisa do Morgan Stanley fala, e diz que “no geral, a margem de lucro das montadoras no Brasil chega a ser três vezes maior que a de outros países”.

A reportagem de Joel Leite é a primeira de uma série que promete muita informação. Merecidamente, era a manchete de hoje de manhã no UOL.

Você pode conferir aqui.

Tijolaço

Sem competência e probidade... nada feito

Longe de estar superado, o confronto entre o PMDB e Dilma Rousseff caminha para dias piores. Porque a presidente não abre mão de só aceitar indicações para cargos no segundo escalão afinadas com as condições expostas nos primeiros dias de seu governo: competência e probidade, aliás, também necessárias a sugestões de outros partidos da base oficial. Na composição do ministério precisou fechar os olhos a certas imposições não propriamente acordes com seus requisitos, mas agora, em se tratando do segundo escalão, mantém férrea a determinação inicial. Fica até mais  fácil rejeitar nomes que não conseguiu recusar para o ministério, em se tratando, aquelas, de reivindicações apresentadas pelo PMDB inteiro. Agora, são grupos peemedebistas que se empenham nesta ou naquela indicação. Evidência disso é o empenho um tanto esmaecido do vice-presidente Michel Temer.

Caso antes do recesso parlamentar entre em pauta na Câmara ou no Senado algum projeto de interesse especial do palácio do Planalto, valerá à pena atentar para o comportamento das bancadas do PMDB. Com toda certeza, porém, a temperatura subirá no segundo semestre, se a maioria das nomeações não tiver sido atendida. Esta semana a ministra Ideli Salvatti, da Coordenação Política, fará mais uma tentativa para compor as duas tendências aparentemente inconciliáveis, claro que sustentando as concepções da chefe do governo.
por Carlos Chagas

Marieta Severo pode ser Dilma Rousseff...no cinema


A atriz foi sondada para viver a presidente nas telas, mas, segundo sua assessoria, ela ainda estuda o convite. Roteiro será baseado na biografia de Dilma, que será lançada em agosto
REDAÇÃO ÉPOCA

NA TV Marieta Severo como Nenê, no seriado A Grande Família.
Foto: Estevam Avellar/ TV Globo/Divulgação
Há 11 anos Marieta Severo dá vida à dona de casa Nenê na série da TV A Grande Família, exibida semanalmente pela TV Globo. No programa, ela é uma senhora dedicada aos filhos e ao marido. Mas, se aceitar o papel para qual foi convidada, Marieta pode representar uma mulher com uma história bem mais forte: a presidente Dilma Rousseff.

O roteiro do longo será baseado no livro A Primeira Presidenta, do jornalista e analista político Helder Caldeira. O convite para Marieta teria partido do produtor Antônio de Assis, que comprou os direitos cinematográficos da obra que será lançada no próximo dia 1º de agosto, no Rio de Janeiro.

Ao site de notícias G1, a assessoria de imprensa da atriz disse que Marieta recebeu o convite de forma positiva, mas que ainda vai avaliar sua agenda e os períodos de filmagem do longa. Segundo a mensagem, Marieta ainda não leu o roteiro do filme.

No final de 2009, a vida do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva foi levada às telas pelo cineasta Fábio Barreto. Apesar dos altos índices de popularidade de Lula à época, o filme – batizado de Lula, o filho do Brasil - não empolgou os espectadores e teve uma trajetória discreta nos cinemas. O destaque ficou por conta da atriz Glória Pires no papel de Dona Lindú, mãe de Lula. Em junho deste ano, Glória foi premiada pelo trabalho na categoria de Melhor Atriz no 10º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. 

Pig atortoado

[...] bate cabeça e tenta morder o próprio rabo. Vejam que belo exemplo do que afirmo [abaixo: 

Folha: Dilma volta atrás e abre orçamentos de obras da Copa
Estadão: Dilma manda base aprovar sigilo em todas as licitações

Ridículos!  

O morro pede a palavra

Você não pode deixar de ver esse vídeo abaixo:





No depoimento de um líder comunitario tudo aquilo que a mídia omite
 
Nesse sábado, dia 25, voltei à favela do Jacarezinho, que conheci em 1975, em plena resistência conta a ditadura. Nessa época, os bairros do Jacaré e Maria da Graça, onde fica a comunidade, formavam o principal parque metalúrgico do Rio de Janeiro.

Os grupos mais politizados participavam da Chapa Amarela. Alguns jornais diziam ser aquele o "Moscozinho brasieiro". Só a General Eletric empregava mais de 7 mil operários, boa parte morando ali mesmo, na vizinhança separada por um muro com portão de acesso direto.

A partir de 1982, passei a conviver mais assiduamente com aqueles moradores, primeiro como coordenador das Administrações Regionais da Zona Norte. Depois como Secretário de Desenvolvimento Social da Prefeitura do Rio de Janeiro, cargo que ocupei por duas vezes.

Embora fosse uma das 450 comunidades atendidas pela SMDS, o Jacarezinho sempre me impressionou pela lucidez de algumas lideranças. Mesmo com a decadência do parque metalúrgico, que se tornou obsoleto, essa comunidade sobreviveu como referência, inclusive em nível de escolaridade.

Graças à minha atuação, tanto no Executivo como no Legislativo, o Poder Público se fez presente, principalmente no governo Brizola, que implantou dois CIEPs e várias escolas menores. Coube a mim a instalação de creches e programas voltados para o crescimento dos jovens.

Um convênio com o Banco do Brasil, em 1990, garantiu o recrutamento de 600 adolescentes favelados, 200 dos quais do Jacarezinho. Durante o tempo e que acompanhava de perto, nunca ouvi uma queixa do banco. Muitos desses jovens hoje estão bem encaminhados profissionalmente, alguns fizeram faculdades.

Minha maior obra foi a canalização do rio Jacaré, que acabou com as enchentes lá. Desde a década de 70 o BID havia disponibilizado U$ 1,8 milhão dólares para essa obra, para a qual a Prefeitura entraria com 20% das despesas totais.

Mesmo com esses recursos, os governos não sabiam como ou não tinham vontade política, já que o projeto implicava na remoção de centenas de casas da beira do rio. Refiz o projeto, reduzindo de 40 para 15 metros do centro do rio a faixa atingida e negociei com a Riourbe a construção do Conjunto de 900 casas-embriões que denominei Nelson Mandela, nas proximidades. Depois, ao lado, fiz o Conjunto Samora Machel, que chamam hoje de "Mandela-2".

Para enfrentar o problema da falta d`água, já como vereador, fiz emenda para o projeto Favela-Bairro construir no alto d morro um reservatório de 1 milhão de litros.

E fiz muitas outras coisas que seria enfadonho relacionar.

A partir de 2009, quando , já sem mandato, meu corpo não respondia aos desafios de longas caminhadas no morro – sou obeso, como todos sabem – recolhi-me quase exclusivamente ao computador, oferecendo minhas opiniões pela internet.

Achava que já havia dado minha contribuição as causas em que acreditava.

Contudo, dezenas de pessoas têm reclamado da minha ausência nas grandes lutas. Eu mesmo sinto que estar na batalha me dar vida e prazer.

Com uma população estimada de 80 milhões de habitantes, a segunda maior favela do Rio de Janeiro tem cerca de 60 ruas e becos, mais de 800 estabelecimentos comerciais. Tinha estado no dia 11 na localidade chamada Esperança, no meio do morro. Nessa visita do dia 25, entrei pela Av. Dom Helder Câmara e fui até a Praça da Concórdia, onde a Prefeitura construiu na administração passada o que seria o irradiador de uma CÉLULA URBANA. Nessa, contou com dinheiro de uma fundação alemã.

Convidei o professor Marcos Vilaça, dirigente do PSB, e subsecretário de Ciência e Tecnologia da Prefeitura. Foi muito bom levá-lo para que ele visse com seus próprios olhos o estado de abandono em que se encontra hoje a comunidade. Estado e Prefeitura parecem que a punem por ter sido ela um dos mais fortes redutos do brizolismo. E concentraram todas as suas ações na implantação de UPP, com a qual o tráfico vai para a clandestinidade, mas continua e ainda diversifica suas ações criminosas.

Fomos recebidos por alguns líderes locais: Rumba Gabriel, "Jamaica" e "Betinho", todos com um histórico de contribuição às conquistas daquela época.

Formado em Teologia e Comunicação Social , e estudando atualmente Direito, Rumba Gabriel é quem está tentando dar vida ao prédio, cujo único serviço hoje é uma lan house mantida pelo jovem Fábio, um profissional da área de informática.

No fina l, fizemos uma reunião. A exposição de Rumba Gabriel foi incisiva. Gravei parte dela e produzi um filme para o You Tube.

O que escrevi aqui é apenas uma introdução a essa "reportagem" que chamei de O MORRO PEDE A PALAVRA.

Sinceramente, se você quiser entender melhor a realidade das comunidades populares, sugiro que veja o filme de 12 minutos no You Tube.

Veja e reflita comigo.
Eu já decidi voltar ao convívio daquele povo trabalhador, infelizmente tratado desonestamente pelos políticos, que só aparecem lá nos períodos de eleições e derramam muita grana para amealhar os votos de eleitores vulneráveis.Sei das minhas limitações físicas, mas vou para o sacrifício enquanto puder. Se você quiser, terei muito prazer ter su a companhia no trabalho que voltarei a fazer.
Pedro Porfírio
 

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Receita do Dia


Imagem Receita do dia
Ingredientes

95 gr de Cream Cheese 
4 colheres (sopa) de maionese 
1/2 xícara (chá) de leite 
15 gr de caldo de galinha 
2 colheres (sopa) de endro 
2 colheres (sopa) de azeite de oliva 
1/2 cebola picada
1 dente de alho picado 
500 gr de champignon em conserva fatiado 
12 folhas de alface lisa

Modo de preparo
Liquidifique os ingredientes do molho e reserve. Esquente em uma frigideira o óleo e salteie a cebola, o alho e os champignons. Acomode as alfaces em uma saladeira e derrame os champignons e depois o molho.

Dica
Adicione cubos de frango aos champignons para que se torne um prato principal.



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