Morre Millôr Fernandes

Aos 88 anos de idade morre o escritor, dramaturgo, jornalista, desenhista, tradutor, humorista, chargista e cidadão Millôr Fernandes. Abaixo alguma frases do artista:
  • A verdadeira amizade é aquela que nos permite falar, ao amigo, de todos os seus defeitos e de todas nossas qualidades.
  • Como são admiráveis as pessoas que nós não conhecemos bem.
  • As pessoas que falam muito, mentem sempre, porque acabam esgotando seu estoque de verdades.
  • Viver é desenhar sem borracha.
  • Democracia é quando eu mando em você, ditadura é quando você manda em mim. 
  • Esnobar é: Exigir café fervendo e deixar esfriar.
  • Não devemos resisitir às tentações: elas podem não voltar.
  • Chato...Indivíduo que tem mais interesse em nós do que nós temos nele.
  • Esta é a verdade: a vida começa quando a gente compreende que ela não dura muito.
  • O dinheiro não dá felicidade. Mas paga tudo o que ela gasta.

de Clarice Lispector

Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... 

Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. 

A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro...

O cobertor da honestidade


O Brasil lembra bem do semblante sério do senador Demóstenes quando subia na tribuna do plenário do Senado Federal para demonstrar a sua indignação com as mazelas dos homens públicos. "Que homem inteligente, sério, honesto, capaz, que honra com dignidade os votos dos seus eleitores", certamente diziam os brasileiros ao ouvi-lo falar com tanta firmeza. 

Hoje, com tristeza, o Brasil assiste o senador no mesmo palco implorando a seus pares  um voto de confiança depois que a Polícia Federal descobriu suas ligações perigosas com Carlinhos Cachoeira, bicheiro de Goiás, encarcerado em presídio de segurança máxima. 

Que pena!, lamentam esses incrédulos brasileiros que acompanhavam as aulas de moral e cívica de Demóstenes pela televisão do Senado sem jamais imaginar que por trás daquele arauto da honestidade, daquele brado e retumbante homem público, daquela palmatória do mundo, se escondia essa figura miúda de dupla personalidade que desmente, ele próprio, tudo que apregoava desse moralismo. Confessa, para decepção dos brasileiros, que recebeu uma cozinha importada do bicheiro igualzinha a que o Obama tem na Casa Branca. Diz, sem muita convicção, que o trabalho do contraventor era legal até os bingos fecharem. Tenta transparecer que a amizade íntima com o bicheiro é uma coisa simples e rotineira, mesmo quando flagrado com um telefone habilitado em Miami para conversas reservadas com o criminoso. Não consegue ser convincente nas explicações dos R$ 3 mil que recebeu do bicheiro para pagar uma corrida de táxi aéreo. E para agravar ainda mais a situação, a PF também descobriu que o senador era uma espécie de empregado de luxo do bicheiro, a quem dava informações privilegiadas dos três poderes.

Demóstenes, que até então era respeitado por seus pares, ainda os constrangeu quando subiu à tribuna para se explicar, atraindo dos senadores apoio e solidariedade para um discurso fraco e inconsistente em que não conseguia esclarecer suas relações íntimas com o bicheiro. Ora, se essas denúncias recaíssem sobre a cabeça de notórios parlamentares envolvidos com a corrupção e mesmo na daqueles procurados no mundo pela Interpol, os brasileiros até que não ficariam tão chocados nem sobressaltados. Mas elas desabaram no senador que teria "comprado" a honestidade e dela se apossado como quem quisesse guardá-la em um imenso cobertor para ocultar atos indecentes. Com esse episódio do nobre senador, que assustou a todos os brasileiros, prevalece no Congresso Nacional os ensinamentos bíblicos dos mais antigos: 
"Aquele que não tiver pecado, atire a primeira pedra".

por Jorge Oliveira

Telefonia móvel

A TIM é proibida de vender novas linhas enquanto não melhorar o serviço

Foto
FotoJUIZ LIMA NETO
A TIM está proibida pela Justiça de comercializar - em todo Estado de Alagoas - novas linhas (chips), realizar promoções, aceitar novas assinaturas ou habilitar novas linhas (ou códigos de acesso), diretamente ou através de terceiros. Está também proibida de proceder à implementação de portabilidades de códigos de acesso de outras operadoras. É o terceiro Estado nordestino a adotar decisão tão drástica contra a empresa. Antes, a TIM foi proibida de vender novas assinaturas em Pernambuco e no Ceará. A TIM somente poderá retomar a comercialização dos seus produtos (linhas de telefonia celular), em Alagoas, quando puder entregar o que vende: serviços de qualidade para a atual clientela. A decisão é juiz Manoel Cavalcante Lima Neto, da 18ª Vara da Fazenda Pública Estadual, ao coonceder nesta terça-feira (27) liminar ao Procon, OAB e Ministério Público Estadual contra a TIM Nordeste Celular. Segundo a decisão, a operadora terá de suspender a “comercialização de para a TIM, persistindo tal proibição enquanto a ré não comprovar em juízo que instalou e estão em perfeito funcionamento os equipamentos necessários e suficientes para atender às demandas dos consumidores que ela possui atualmente em todo o Estado de Alagoas, inclusive quanto à demanda reprimida em função da má prestação do serviço”. O juiz manda ainda que a TIM “encaminhe determinação para que os locais que comercializem seus chips não mais o façam durante o período de determinação judicial”. O magistrado deu prazo de 30 dias para a a TIM “apresente um Projeto de Ampliação da Rede, aprovado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), e fixou uma multa de R$ 10 mil por dia em caso de descumprimento da ordem de suspender as vendas.

O demo [in]Veja


O Brasil é um País rico. Um País com ampla expressão cultural e imensa natureza. Nós temos as danças folclóricas em todo o País, e o Nordeste tem as famosas festas juninas com suas quadrilhas. No campo da natureza podemos nos vangloriar do Salto de Sete Quedas.
Mas não fica somente nisto não. Para não nos esquercemos destas nossas qualidades, este mês começamos a descubrir nossas maiores Cachoeiras e as mais organizadas quadrilhas.
Depois dizem que o Demo mora no inferno… é não.. é não… o Demo mora aqui mesmo. E  é como dizem: “O maior truque do Diabo foi dizer ao homem que ele não existia”.
Em Luiz Nassif Online você pode lê sobre: Veja, Demóstenes e o caso Francisco Escócio. AQUI.

por Flávio Furtado de Farias

Os desafios de Serra e Haddad na eleição


Ex-governador, prefeito e duas vezes candidato a presidente da República, esperava-se de José Serra melhor desempenho na prévia dos tucanos, realizada no domingo para escolher o candidato do partido a prefeito de São Paulo – Serra teve 52,1% dos 6.229 votantes, contra 31,2% do secretário estadual de Energia, José Aníbal, e 16,7% do deputado federal Ricardo Trípoli. Quando disputou com Luiz Inácio Lula da Silva a prévia do PT para a eleição de 2002, o senador Eduardo Suplicy teve 15,6% dos votos. Era um opositor solitário contra o líder inconteste do partido.
Os 52,1% não têm a menor importância no quadro de uma disputa que só agora começa a ser delineada. Mas deve servir de advertência para José Serra, mesmo sabendo-se da precariedade desse tipo de consulta, sujeita, de última hora, a filiações dirigidas de militantes. Importante, para o tucano – e também para o candidato do PT -, é o apoio de quem realmente tem voto.
Para Serra, no momento, é o apoio das bancadas federal, estadual e municipal, além, é evidente, do governador Geraldo Alckmin. O mesmo serve para Fernando Haddad, o candidato escolhido pelo ex-presidente Lula num projeto de renovação do PT. Neste quesito, Serra leva a desvantagem de ter a cúpula nacional do PSDB, inclinada a apoiar a candidatura de Aécio Neves na próxima eleição presidencial. Haddad tem um grande handicap: o apoio de Lula e sua imensa popularidade, mas a desvantagem de um partido que teve de engolir sua indicação por Lula e que anda indócil com sua imobilidade nas pesquisas.
Divisão ameaça planos do PSDB e do PT em São Paulo
Os últimos movimentos partidários indicam que Haddad pode até mesmo ficar isolado, ele que precisa de tempo maior de televisão para se tornar mais conhecido. Mas isso se deve provavelmente a um erro de cálculo de Lula, que mostrou suas cartas antes do tempo, passando para os partidos aliados a mensagem de que a eleição de Haddad é importante para o PT, mas é muito mais ainda para ele, uma espécie de questão de honra. Subiu na hora o preço de todos os candidatos a aliado.
O PT se repete: quando Dilma patinava nas pesquisas, no início de 2010, poucos eram os dirigentes partidários a fazer uma sincera profissão de fé na escolha do comandante. Haddad, ao contrário de Dilma, é considerado um professor bom no debate, pessoa de estilo suave, simpática e com serviços prestados ao país, como ministro da Educação e Cultura de Lula e Dilma.
As recentes mudanças feitas pela presidente Dilma Rousseff no Congresso também serviram para aumentar o desconforto dos petistas da cidade de São Paulo. A indicação do novo líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (SP), é um exemplo. Os deputados sempre procuraram manter alguns critérios nas indicações para a partilha de cargos e funções. Nos últimos anos, o líder do governo sempre vinha da liderança da bancada. Isso aconteceu com Arlindo Chinaglia (SP), Henrique Fontana (RS) e Cândido Vaccarezza. Agora, o ex-líder da bancada Paulo Teixeira (SP) foi ignorado em favor de Chinaglia, embora fosse o nome preferido da coordenadora política do governo, Ideli Salvatti, para a desempenho da função.
A disputa em São Paulo contribuiu para o desequilíbrio na representação das correntes. Para desistir de disputar a prévia para a indicação do partido a prefeito de São Paulo, Jilmar Tatto ganhou a liderança da bancada: José Guimarães (CE), o candidato do campo majoritário, aceitou acordo para ser o próximo líder. A senadora Marta Suplicy (SP) rendeu-se à força de Lula, mas ficou na vice-presidência do Senado, rompendo um acordo pelo qual o senador José Pimentel ocuparia o cargo, findo o primeiro ano de exercício do PT. E ao deputado Carlos Zarattini, outro dos pré-candidatos, coube a função de relator do projeto dos royalties na Câmara, um posto de projeção. Teixeira foi sacrificado, mas não é o único da turma que cobra mais efetividade do candidato.
Do lado tucano, as dificuldades aparentes do candidato petista parecem ter uma leitura mais realista. O próprio José Serra, em conversa com interlocutores, tem afirmado que seria um grande um erro subestimar a candidatura do ex-ministro da Educação. Na percepção do tucano, o PT tem os 30% tradicionais que costuma alcançar na cidade de São Paulo e um candidato bem mais difícil de enfrentar do que foi Aloizio Mercadante nas eleições de 2006 para governador, quando o petista teve cerca de 35% dos votos. O tucano costuma ressaltar uma virtude em Fernando Haddad: a capacidade de aprender.
Resta saber quais as lições o próprio Serra tirou de suas últimas campanhas, especialmente a última delas, em que perdeu a Presidência da República para Dilma, numa disputa em que largou na frente como franco favorito.
Os problemas do tucano com a direção nacional do PSDB certamente são bem maiores que os de Haddad com o comando do PT. Nos bastidores do PSDB, o grupo hoje engajado na candidatura presidencial do senador Aécio Neves (MG) não demonstra muito entusiasmo com a eventual vitória de Serra na eleição de São Paulo.
O grupo opera, por exemplo, para evitar a coligação do DEM (que é ligado ao governador do Estado, Geraldo Alckmin). O Democratas, para apoiar Serra, exige reciprocidade em Sergipe, Salvador e Recife. Em Sergipe, o candidato João Alves (ameaçado de impugnação pela Justiça Eleitoral) tem o apoio de Serra, que o considera um dos candidatos a governador de maior fidelidade a sua candidatura presidencial em 2010. O tucano paulista também avalia que ACM Neto (DEM) é o candidato da oposição com maior possibilidade de vitória em Salvador.
Em Recife, quem parece pouco disposto a apoiar a candidatura de Mendonça Filho é o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, por questões puramente regionais. Mas as contas estão indo parar na caixa postal de José Serra. O sucesso da prévia paulista deveria ser um alento para o PSDB e não mais um instrumento para a divisão do partido. A pancadaria na base aliada do governo, amplamente majoritária, mostra a falta que faz uma oposição de verdade.

por Raymundo Costa - repórter especial de política - raymundo.costa@valor.com.br

Espaço da Palavra !


Contra a Bebida no Trânsito/ Lição de Cidadania

Meus parabéns a equipe de comunicação da Band! Sensacional a campanha para endurecer a Lei Seca visando aumentar a pena a quem dirija embriagado e, obrigatório a submissão ao teste do bafômetro. Ora, se absurdamente, dirigir embriagado é considerado apenas infração administrativa, e não crime, não me venham com essa de o motorista ter o direito constitucional de se recusar a soprar o bafômetro, por ter o direito não produzir provas contra si, porque qualquer concurseiro profissional de tanto estudar direito, constitucional e administrativo, sabe que no âmbito do direito administrativo há a supremacia do interesse público e no constitucional, sabe que os direitos e garantias fundamentais não são absolutos. Além do mais, como prega a sabedoria popular, "quem não deve, não teme". E, sinceramente, já tava mais que na hora, num país aonde os acidentes de trânsito são a segunda maior causa de morte, atrás apenas dos homicídios, de se tomar uma providência para punir os irresponsáveis que insistem em aliar direção com bebida alcoólica, amparados pela certeza da impunidade. Quem segue as regras e age com responsabilidade no trânsito não pode ficar a mercê dos irresponsáveis egoístas que agem como a pensar que o mundo gira em torno de seus umbigos...

Principalmente, parabéns a iniciativa da campanha: "Não foi Acidente" contra a bebida no trânsito, por se tratar de uma exemplar lição de cidadania. Para participar basta acessar o site www.band.com.br e assinar a petição que visa transformar o ato de dirigir embriagado, crime. É preciso, nome e o título de eleitor, afinal, atingindo-se as exigências constitucionais, mediante projeto de iniciativa popular, irá ser encaminhado ao Congresso para virar projeto de lei. Colaborem, por um trânsito mais responsável e civilizado.
Para mais informações clique aqui.