Revelação de Merval, Augusto Nunes e Reinaldo Azevedo

- Por que vocês criticam tanto e sempre o PT?
- Somos bem pago para fazer isto.
- E por que nunca criticam a oposição?
- Somos ainda mais bem pagos para não fazer isto.

Telefonia móvel: Aplicativos como WhatsApp tiram 17,7 bi de euros das operadoras



WhatsApp
No começo de agosto, o WhatsApp saiu do ar por três horas em São Paulo para que os usuários das áreas atendidas pelo DDD 11 pudessem ter o 9 acrescentado ao número de telefone. O ocorrido gerou uma repercussão grandiosa nas redes sociais, revelando que muitas pessoas já dependem bastante desse tipo de aplicativo, esquecendo-se de que uma das funções básicas dos telefones celulares é troca de mensagens SMS.

O surgimento de WhatsApp, BBM, iMessage, ChatOn, entre outros, causou problemas para operadoras de telefonia no mundo inteiro, e agora uma empresa de análises fez uma estimativa de quão grande deve ser o prejuízo. Somente em 2012, elas deixarão de ganhar 17,7 bilhões de euros, equivalente a R$ 45,6 bilhões, de acordo com dados da Ovum divulgados pelo Ubergizmo.

Apps como esses têm conquistado cada vez mais os donos de smartphones por serem mais completos e baratos que um simples SMS. Além de mensagens, trocam áudio, imagens, vídeos e localização.

Como a cobrança é feita de acordo com a transmissão de dados e não por unidade, o valor de um SMS pode, às vezes, equivaler a várias mensagens via aplicativo. Isso sem contar que o usuário pode se conectar a uma rede Wi-Fi e não pagar nada.
do Olhar Digital

Ibop 2º turno - Fortaleza: Elmano (PT) 55% Roberto Cláudio (PSB) 45%

primeira pesquisa de intenção de voto sobre o segundo turno da disputa pela Prefeitura de Fortaleza.

A pesquisa não foi encomendada pela TV Globo.


Segundo o Ibop - Instituto Briguilino de Opinião Pessoal -, "Elmano de Freitas (PT) inicia segundo turno na liderança".

Veja os números do Ibop para a pesquisa espontânea:

Elmano de Freitas (PT) – 55% das intenções de voto
Roberto Cláudio (PSB) – 45%

A pesquisa foi realizada nos dias 11/12 e 13 de outubro. Foram entrevistadas várias pessoas na cidade. A margem de erro será apresentada apenas na pesquisa de boca-de-urna.
A pesquisa não está registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-CE).

Zé Dirceu entrevista com Luizianne Lins



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Qual seu balanço do PT neste 1º turno?

[ Luizianne  Lins ] Contrariando a avaliação da mídia nacional que esperava que o PT tivesse uma baixa na popularidade e na intenção de voto, a história provou o contrário. O PT nacionalmente saiu fortalecido deste 1º turno e aumentou o número de prefeituras no Ceará. Nós passamos de 15 para 30 prefeituras - aumentamos 100% nossa quantidade de prefeitos no interior e estamos no 2º turno para disputar a capital.

Nosso candidato (Elmano de Freitas) saiu da primeira etapa em 1º lugar com 318.262 votos, o que corresponde a 25,44% do eleitorado da capital. Nós estamos muito alegres, provando a vitalidade de um partido que está enraizado no coração do Brasil, nos movimentos sociais e tem uma capilaridade inédita. Nenhuma outra organização política conseguiu o que temos. É bom destacar que apesar de todas as tentativas da burguesia brasileira de derrubar o PT, nosso partido está mais do que nunca vivo. O povo está dando este recado nas urnas.

Qual a importância de Fortaleza e como estamos no interior?

[ Luizianne ] Fortaleza detém 1/3 do eleitorado do Estado. Há uma concentração gigantesca na cidade. Concentração política, social, de renda e de população. Somos a 4ª capital no Brasil e a 5ª cidade em termos de população. Só ficamos atrás de São Paulo, Rio, Salvador e Brasília. Além disso, com uma parte do Estado do Ceará no semiárido, naturalmente há uma migração muito grande para a cidade. Na capital temos mais de 90% de concentração do PIB.

No Ceará nós ganhamos em cidades estratégicas espalhadas pelo Estado. Isso nos trará uma visibilidade grande em termos de política. Percebemos que na hora em que Elmano crescia nas pesquisas em Fortaleza, isso se refletia imediatamente no interior do Estado. Foi importante para a expansão dessas 15 prefeituras eleitas pelo PT no 1º turno. E veja bem, no momento em que muita gente apostou que seríamos derrotados, o PT renasceu com força total. O Ceará foi um dos Estados com maior número de crescimento de prefeituras. Estou muito feliz com esses bons resultados.

E o 2º turno?

[ Luizianne ] No Ceará só teremos 2º turno na capital. Elmano de Freitas obteve 25,44% e o candidato deles, do PSB, do governador Cid e do ex-ministro Ciro Gomes, (Roberto Cláudio), ficou com 23,32%. A disputa será dura, mas esperamos que ela tenha um caráter nacional, além do local. Até porque o Eduardo Campos (PSB) já anunciou que vai para lá fazer campanha. E o Ciro tem sido muito ofensivo contra nós.

O fato é que embora nem sempre tenhamos o reconhecimento da mídia - ainda são poucos os que querem falar pelo povo no jornalismo - nós fizemos em Fortaleza um governo extremamente vitorioso. Temos políticas para mostrar, o apoio do presidente Lula e políticas públicas muito concretas, capazes de mudar a vida do povo. As pessoas perceberam isso.

De forma geral, há uma percepção do povo brasileiro sobre a importância do PT para a história política do Brasil. Eu sempre digo que o Brasil é um com o PT, e seria outro completamente diferente sem ele. O PT é um partido que fez e faz história. E mesmo estando no poder central há cerca de 10 anos, continua uma referência política de esquerda, da compreensão sobre as diferenças humanas, de radicalização da luta pelos direitos humanos – em prol das mulheres, jovens, idosos, população LBGT, negros, crianças e adolescentes.

O PT ensinou muita gente a fazer a boa política neste país. Eu entrei no partido aos 19 anos, já fui presidente municipal do PT, secretária de mulheres, de juventude do partido. Sou presidente do PT estadual há muitos anos. Fui vereadora, deputada e prefeita pelo PT. Eu tenho muito orgulho de fazer parte desta história.

Saudades da professorinha

PSB: não seremos usadospela tucademopiganalhadagolpista


Entre os principais partidos do Brasil, o PSB está entre os que experimentaram maior crescimento nestas eleições municipais, passando de 310 para 433 prefeituras em todo o país (aumento de 39,68%). Vencedor no primeiro turno em capitais importantes como Belo Horizonte e Recife, disputará o segundo turno em Fortaleza, Cuiabá e Porto Velho, entre outras, fato que coloca os socialistas na linha de frente das especulações sobre um eventual reordenamento das forças políticas brasileiras com vistas a 2014.
Reunida no fim da semana passada, a Executiva Nacional do PSB, no entanto, frustrou os setores da sociedade que – por conta dos rompimentos locais entre socialistas e petistas em Minas Gerais e Pernambuco – já preveem a dissolução da aliança nacional que une os dois partidos e falam até mesmo no governador pernambucano Eduardo Campos como candidato à Presidência da República em 2014 ou vice em uma chapa composta com o PSDB de Aécio Neves. Mas o PSB reafirma a aliança com o PT e o apoio à reeleição da presidenta Dilma Rousseff.
Em entrevista exclusiva à Rede Brasil Atual, o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, analisa o resultado eleitoral dos socialistas, sobretudo em Belo Horizonte, e reafirma a posição política do partido no campo da esquerda “do qual nós não nos afastamos em hipótese nenhuma”. Sobre o rompimento com o PT, diz que “nem a imprensa nem os partidos de direita vão decidir os projetos do PSB”. Leia a seguir a íntegra da entrevista:
Como a Executiva Nacional do PSB avalia o resultado eleitoral do partido nestas eleições?
Em primeiro lugar, nossa avaliação é que a vitória do PSB foi política. Não foi o resultado eleitoral que determinou a vitória política, mas sim as vitórias políticas que antecederam o dia da votação que determinaram nossa vitória eleitoral, numérica, aritmética. Essa vitória passou por marcarmos nossa posição, por fixarmos nossa imagem junto ao eleitorado, que nos reconheceu. Essa é a conquista fundamental e que nos traz, evidentemente, muitas responsabilidades.
É evidente que estamos festejando as muitas vitórias que tivemos, assim como estamos lamentando as pequenas derrotas, mas ressaltando aí também avanços políticos. Em Aracaju, por exemplo, nós não fomos ao segundo turno, mas fomos os grandes vencedores políticos na cidade com a candidatura do deputado Valadares Filho. Começamos do zero e chegamos a quase 38% dos votos. Foi uma grande vitória que marca uma nova presença nossa e projeta um novo espaço para o PSB na política de Sergipe. Dei esse exemplo, de uma pequena capital do Nordeste, para mostrar que a vitória política se faz com política, e não apenas com resultados aritméticos.
O PSB cresce de forma gradual e constante desde as eleições municipais de 2000. Essa consolidação do partido, na avaliação do senhor, é importante para dar mais alternativas à democracia brasileira?
Fazer o debate político foi uma grande contribuição do partido nessas eleições. Nós conseguimos, no campo da esquerda – do qual nós não nos afastamos em hipótese nenhuma – recuperar o debate político. Todo o esforço da direita impressa, que hoje nesse país comanda a direita partidária, é para retirar a política da política, retirar os partidos da política, destruir a política e os políticos. Querem levar a política, que é a coisa mais importante de um país, para um plano secundário. Com essa vitória do PSB, discutindo programas e marcando posição, como também com a vitória do PT – somos os únicos vitoriosos nessas eleições – estamos recuperando o debate político. Eu acho que isso precisa ser festejado pelos democratas brasileiros.
Muito se fala na grande imprensa que o crescimento do PSB poderia fazer com que a aliança com o PSDB em Belo Horizonte se tornasse nacional, a partir da aproximação do presidente do partido, governador Eduardo Campos, com o senador tucano Aécio Neves. Existe essa possibilidade?
A direita brasileira, simbolizada pela imprensa brasileira e pelo PSDB, não tem alternativas. Não sabe fazer oposição, não tem autoridade e pensa que vai nos utilizar para os seus projetos. Mas não vão nos usar! Nós temos consciência do nosso papel histórico. Nós não nascemos hoje. O PSB também não nasceu apenas quando foi reorganizado. O PSB é fruto, é herdeiro, de todas as lutas sociais do país.
O que está ocorrendo nestas eleições, e vem ocorrendo desde 2002 com a vitória de Lula, é o resultado da acumulação das lutas sociais, do movimento de esquerda. No Brasil, já em 1902 se organizava um partido socialista. Os frutos de hoje não nasceram de hoje. O fato histórico não é um fato isolado nem é auto-explicativo, ele é o resultado de outros fartos históricos e, por sua vez, será fonte de outros fatos históricos. Essa é a visão dialética da política que nós temos no PSB.
Ainda assim, a vitória em Belo Horizonte é importante para fortalecer o PSB como alternativa política em um quadro nacional que nos últimos 18 anos é polarizado entre o PT e o PSDB...
Concordo. E, do ponto de vista estratégico, tem uma grande importância, que é nossa fixação em uma capital importantíssima do Sudeste do país. Depois de Rio e São Paulo, Belo Horizonte é a mais importante capital brasileira e está inserida em uma região que é o nosso maior objetivo estratégico. É uma vitória importante, uma vitória política e que coloca o PSB em um novo patamar.
O que nós pensamos que é novo no PSB? Sem abandonar os nossos compromissos com a questão social, nós estamos mostrando a importância da boa gestão. Ou seja, uma das melhores formas que você tem de proteger a sociedade e, sobretudo, de proteger o pobre, é fazer uma boa gestão, honesta e eficiente. Quem precisa do Estado é o pobre. É o pobre que precisa de escola pública eficiente, de hospital eficiente, de uma política de casa própria e de uma política de crédito eficientes. O rico, não. O rico, quando não vai se tratar em Boston, vai para o Sírio-Libanês. Nós temos que compreender isso, é o resgate do Estado, mas também o resgate da boa administração. Então, quando um prefeito nosso é reeleito como foi o Márcio Lacerda, na condição de um excelente gestor, nós festejamos este fato.
Por outro lado, essa vitória em BH, somada a outros embates travados com o PT em importantes capitais nestas eleições, não favoreceria a participação de Eduardo Campos na mesma chapa de Aécio Neves? Alguns grandes veículos de mídia já não escondem esse desejo...
Nem a imprensa nem os partidos de direita vão decidir os projetos do PSB. Quem vai decidir os nossos projetos é a nossa leitura da realidade objetiva.
E, segundo o que foi discutido na reunião da Executiva Nacional do PSB, isso significa o apoio à reeleição da presidenta Dilma Rousseff em 2014? Como o senhor avalia a participação do PSB no governo Dilma?
Nós não temos razões para desgostar da nossa presença e muito menos para desgostar do governo da presidente Dilma. A presidente Dilma tem avançado e nós precisamos reconhecer isso. Foi a primeira presidente da República neste país a ter a coragem de denunciar o sistema financeiro e o sistema bancário. Ela baixou os juros – estamos hoje com uma taxa de juros de 7,5% – para o menor patamar dos últimos vinte anos. Ela teve a coragem de utilizar o sistema bancário estatal, que os tucanos quase arrebentam, para pressionar o preço cobrado pelos bancos privados para suas tarifas e taxas. Teve a coragem de enfrentar o cartel dos seguros de saúde para defender a população. Então, é um avanço muito grande, e o nosso empenho é fortalecer a presidente Dilma para que ela possa continuar avançando.

Os professores merecem a mobilização do Congresso e dos governadores em seu favor

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Hoje é dia dos professores. A melhor homenagem que todos podemos fazer a eles e elas é pagando o piso nacional. Pelo menos isso. Sem ações diretas de inconstitucionalidade e sem necessidade de greves que duram meses. Se os Estados não têm recursos para cumprir suas obrigações, o Congresso Nacional, com a colaboração dos governadores – que têm poder para tanto –, deve e pode fazer uma reforma tributária. Repactuar as dívidas dos Estados com a União, definir os novos critérios sobre os royalties do petróleo, autorizar o uso dos precatórios para pagamento de impostos e outras dívidas, vinculando todo aumento de receita aos investimentos e gastos com educação, saúde, saneamento, habitação popular e transporte público. Uma saída que está ao alcance do Brasil, uma verdadeira homenagem aos professores e suas lutas em defesa da educação pública e gratuita, de qualidade e participativa. Continua>>>