Paulo Nogueira - a CPI da Petrobras é o novo Mensalão

Joaquim Barbosa e companheiros estão de fora desta vez, mas o propósito é exatamente o mesmo: tirar o PT do poder.
Como no Mensalão, a mídia dá um espaço desmedido ao assunto, e mostra vontade zero em esclarecer as coisas.
Ao contrário, o esforço é claramente manipular dados que se ajustem a um quadro em que Dilma e a Petrobras apareçam em situação francamente desfavorável.
Num vídeo, Jabor parecia apoplético. Vomitava números e pedia prisão. Um deputado tucano anda falando em impeachment de Dilma.
Quanto mais as coisas mudam, menos mudam, como se observa ao comparar o Mensalão com a CPI. É o mesmo desespero inescrupuloso da oposição: na falta de votos e de ideias capazes de entusiasmar os eleitores, cede à tentação de um escândalo salvador.
É o caminho mais fácil, mas o menos eficiente, como o Mensalão mostrou.
A voz rouca das ruas, no Mensalão, não acompanhou os magníficos votos dos senhores ministros do STF.
Na verdade, os brasileiros mais simples ficaram com a sensação de que, por trás dos discursos empolados dos juízes, havia uma tentativa de lhes bater a carteira.
Imaginar que com a Petrobras o desfecho possa ser diferente é o triunfo da esperança.
Dilma é uma mulher de sorte. Ela poderia ser atacada pela oposição com base na desconcertante desigualdade que ainda reina no Brasil. Poderiam brandir contra ela a paralisia em relação à regulação da mídia ou a uma reforma tributária que corrija o peso avassalador que pesa sobre os mais pobres pelo foco nos impostos indiretos.
Mas não.
Preferem o circo, a pantomima, o engodo.
Não enganam o povo. Enganam a si mesmos. O povo mudou. Eles continuam iguais. Sorte de Dilma.
Paulo Nogueira
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

Tatuagem em 3D

Butterfly 
Foto: farfalla butterfly tattoo
Wolf
Foto: lupo wolf
Beetle
Tatuagem 3D do artista italiano Lippo (Foto: Reprodução)
Lippo Tatto

Plagiando o The i-piauí Herald

O jornal O Globo enalteceu as qualidades do novo mandatário
Gávea - Após a saída esperada de Sérgio Cabral, o vice Pezão decidiu pedir licença para se candidatar nas próximas eleições, deixando vago o cargo de governador do Rio de Janeiro. Em reunião extraordinária, que se estendeu até 3 horas da manhã, o consórcio que administra o estado chegou a um consenso sobre o novo titular para o cargo: "Joaquim Barbosa tem alma de carioca e é um grande vencedor. Foi talhado para o cargo e saberá motivar a população", anunciou João José Roberto Cavendish Marinho.
"Dizem que isso é um mico, mas temos um excelente elenco e vamos trabalhar bastante. Sempre desrespeitando os adversários, brizolistas e petistas", disse JB, em sua primeira coletiva de imprensa, no Projac. O novo governador anunciou logo a sua tropa de elite: Gilmar Mendes assumirá a secretaria de Educação, Ayres Britto ficará com a pasta de Planejamento e Gestão e Luiz Fux com a Segurança. "Dedicarei meu governo à memória de Fernando Henrique Cardoso", discursou o mandatário.
Sem dar mole pra Kojak, Joaquim Barbosa chamou geral para anunciar suas primeiras medidas. "O Caldeirão do Hulck e a churrascaria Porcão serão tombados como patrimônio da cidade. Vou demolir o projeto do Museu da Imagem e do Som para reconstruir a Boate Help. E, claro, também vou instalar Unidades de Polícia Pacificadora no quengo dos manés que ficam criticando minhas decisões", garantiu.

Aécio Neves censura

Essa foi divulgada
Essa deve ser censurada
é o que pretende Aécio Neves
Quando afirmo que José Serra é uma criança inocente se comparado com Aécio Neves, tem gente que duvida

Artigo semanal de *Cristovam Buarque

Concertos das cidades
O Brasil tem graves problemas, nenhum tão difícil de resolver quanto consertar nossas grandes cidades: insegurança, inundações, vidas perdidas na lentidão ou nos acidentes de trânsito, soterramentos, assassinatos, assaltos e sequestros, pobreza, drogas e condomínios cercados.
Durante algumas décadas, por ações ou omissões, tudo foi feito para induzir uma migração rápida, do campo para a cidade, como símbolo de progresso; não seguramos os habitantes no campo, porque não distribuímos terra aos lavradores, nem fizemos escolas e serviços médicos para suas famílias; e criamos um forte atrativo para as cidades por causa da industrialização e da construção civil.
Fizemos urbanização apressada, asfaltamos ruas e construímos casas onde não deveríamos, desorganizamos o espaço urbano, degradamos os serviços públicos e entregamos a cidade aos automóveis. Doenças e deformações de nossas cidades permitem chamá-las de monstrópoles, em vez de metrópoles.
Ao percebermos o desastre, passamos a buscar soluções na engenharia dos viadutos, das estradas, dos estacionamentos, roubando espaço e patrimônio. Ainda não percebemos que o problema é menos de engenharia para corrigir o desastre em cada cidade, do que de política para reorientar o projeto de desenvolvimento nacional. Menos do que o conserto de cada cidade é preciso um concerto nacional para reorganizar a distribuição demográfica no território nacional.


Não percebemos que qualquer solução para melhorar as cidades grandes passará pela melhoria das condições oferecidas nas cidades pequenas e médias. E que a solução vai exigir uma “desmigração voluntária” da população dessas cidades grandes para cidades de porte médio ou pequeno.
No governo do Distrito Federal, entre 1995 e 1998, houve uma pequena, mas bem-sucedida experiência de “desmigração voluntária”, com pagamento de salário por seis meses para incentivar o retorno de moradores às cidades de onde tinham imigrado.
O custo de pagar um salário por algum tempo a uma família “desmigrada” era menor do que o custo da assistência social que ela necessitava; a reintegração na sua origem trazia mais conforto, do que a exclusão em que estava na cidade sem condições para realizar a inclusão plena. Lamentavelmente, a “desmigração” exigia investimentos sociais nas cidades para onde as famílias voltavam e isso dependia do governo federal, no plano nacional.
Este ano de eleições presidenciais seria um momento oportuno para que algum candidato, ou todos eles, se manifeste sobre o grave problema das nossas cidades, indo além da engenharia e da demagogia, assumindo que as cidades grandes não têm mais conserto e que é melhor e mais barato investir para que as pessoas possam viver bem nas cidades pequenas e médias do que manter o custo social e econômico nas monstrópoles.
Para sair de monstrópoles para metrópoles não bastam consertos locais de engenharia, é preciso um concerto nacional na política.

*Cristovam Buarque - Senador filiado ao PDT- DF e tucanos enrustido

Ser homofóbico é, cada vez mais, seguir no caminho mais rápido para o desprezo social

A homofobia é um medo real ...mas, exatamente do quê?

Em um ambiente de aceitação crescente, nós condenamos sentimentos homofóbicos, em especial nos homens, por que achamos que eles vêm de dentro do indivíduo e são, portanto, sua total responsabilidade. Um homem que diz coisas odiosas sobre gays é “retrógrado”. Ele está protegendo seu status social ou, talvez, seja secretamente gay. Ele precisa crescer ou sair do armário.
De qualquer jeito, a existência contínua da homofobia — à parte dos óbvios problemas — levanta questões sobre sua natureza básica: será que teorias psicológicas como aquelas acima realmente explicam por que a homossexualidade, especificamente, evoca tal medo, do tipo que motiva fala e ação violenta?
A única forma de responder a essas questões é parar de pensar na homofobia como uma escolha pessoal e entendê-la como o inevitável e deliberado resultado da cultura na qual os homens americanos são criados.
Claramente, homens na América têm crescido aprendendo a ter medo da homossexualidade. Mas não apenas pelas razões que nós tipicamente pensamos — não apenas por causa de religião, insegurança sobre sua própria sexualidade ou uma aversão visceral aos pênis de outros homens. A verdade é que eles estão com medo porque a heterossexualidade é muito frágil.

Os bons não silenciam

Aqueles a quem muitos os chamam de bons, não passam de maus travestidos de bons. Se permanecem em silêncio é porque são coniventes, cúmplices dos maus que assumem serem maus. Esses maus enrustido, travestidos de bons são piores que os outros maus assumidos. Parecem estar em silêncio, mas não estão. Eles estão gritando como os outros, nos bastidores de todos os poderes:

Financeiro, midiático, executivo, legislativo e judiciário - o mais corrupto de todos -

Eles tem a sua mercê uma leva de fracos que lhes obedece. Fazem o que eles mandam. Tudo no silêncio.

Já os bons de fato vão para as ruas e gritam sem medo da morte. E não raro são mortos. Os bons de fato são muitos poucos. Uma ínfima parcela da sociedade. 

por Osvald Wendel