Eduardo Campos - Oposição ou dissidência?

Criticar até não poder mais o governo da presidente Dilma, para marcar uma posição oposicionista, mas poupar o ex-presidente Lula, para não perder os votos de petistas desiludidos com o governo, pode estar dando uma caráter dúbio à candidatura do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, do PSB, mas ele está convencido de que esta é a estratégia mais adequada.

Foi bastante explícito sobre isso numa declaração à revista “Piauí”, quando afirmou que não criticava Lula porque esperava que muitos eleitores do PT o escolhessem como alternativa a Dilma.
Merval Pereira - O Globo



Ontem, em debate promovido por “Folha de S. Paulo”, UOL e rádio Jovem Pan, insistiu em que discutir com Lula era uma armadilha em que o PSDB está caindo: “Você acha que eu vou entrar nessa do PSDB, de ficar debatendo com o Lula?”, indagou. “Nós vamos ficar fazendo debate com quem não é candidato?”.

Por trás dessa tentativa de dar um ar estratégico à sua postura, o que Campos esconde é o objetivo de ser trocado por Dilma como candidato petista à Presidência, situação semelhante à que acontece hoje em São Paulo, onde o candidato petista ao governo, Alexandre Padilha, está sendo “cristianizado” em favor do candidato do PMDB, Paulo Skaf.



A diferença, além de que Dilma está na liderança nas pesquisas, e Padilha não, é que o presidente licenciado da Fiesp não quer se confundir com o PT nem com Dilma, embora evidentemente não renegue eventuais votos de petistas dissidentes.

Já Campos gostaria de ser ligado a Lula para dar efetividade a seu plano de se transformar na terceira via da eleição presidencial, mas, ligando-se indiretamente a Lula, tem perdido o caráter de oposição, papel que deixou para o candidato do PSDB Aécio Neves, para ser quase um dissidente. Opor-se ao PT e a Dilma, mas aspirar a ser um herdeiro presuntivo do lulismo, pode ser uma tarefa excessivamente sutil para o eleitorado.

Plano Diretor Estratégico de São Paulo

Um desenho para São Paulo
por Fernando Haddad - prefeito
O mercado imobiliário, que sempre elegeu o bairro da vez, é chamado a participar de um processo em que a vez é da cidade

São Paulo aprovou o mais ousado e inovador Plano Diretor Estratégico (PDE) de sua história. Pelos próximos 16 anos, conviveremos com diretrizes urbanísticas que reorientam o desenvolvimento da cidade na direção do equilíbrio socioambiental e econômico.

Desde o Renascimento, as cidades ocidentais bem-sucedidas se organizam pelo alargamento da sua dimensão pública. O encontro das pessoas para a produção de mercadorias e serviços, de cultura ou de ciência, essência da vida urbana, depende disso. Na contramão, desde Prestes Maia, a cidade de São Paulo vem sendo privatizada, ou seja, negada enquanto cidade.

A começar por sua superfície. O solo de São Paulo é privado. As ruas pertencem aos carros. As calçadas são adaptadas para que automóveis tenham acesso às garagens. Os térreos dos prédios são vestíbulos desérticos que separam os moradores das ruas ameaçadoras.

A terra nua não dá lugar a parques ou equipamentos públicos, mas é tratada como estoque especulativo de riqueza.



Tudo muda com o PDE. O solo é tornado público. As ruas dão lugar ao transporte público e às bikes por meio de faixas exclusivas e ciclovias. As calçadas terão largura mínima nos novos empreendimentos para atender aos pedestres. Os térreos ganharão vida com a ativação das fachadas e comércio de rua.

O subsolo muda com a inversão de prioridades: em vez de número mínimo de vagas de garagens, o PDE impõe número máximo.

O "sobressolo" ou solo criado é integralmente municipalizado. Os proprietários fundiários terão direito a construir o equivalente a apenas uma vez a área do terreno.

Para atingir o potencial construtivo máximo de duas vezes no miolo dos bairros (que são preservados), ou quatro vezes nos eixos de transporte público (que são adensados), os empreendedores terão de adquirir esse potencial adicional mediante o pagamento de outorga à municipalidade. Com isso, a especulação imobiliária perde sentido, e a cidade se apropria da chamada mais-valia fundiária.

A outorga paga compõe um fundo de desenvolvimento urbano. De seus recursos, 30% serão destinados à moradia popular e outros 30% ao transporte público, mediante ampliação da capacidade de suporte.


A área destinada à produção de moradia popular é duplicada, com a demarcação de novas Zonas de Interesse Social (Zeis), e são definidos alinhamentos viários que garantam recuos destinados ao transporte público, ciclovias e calçadas largas.

Como o adensamento é induzido a deixar o miolo dos bairros para os eixos estruturantes, as avenidas radiais ganham nova função. Passam a ser vetores de deslocamento do desenvolvimento no sentido centro-bairro(s). A geração de empregos e oportunidades econômicas assumirão uma distribuição mais linear e centrífuga, rompendo os muros que separam centro e periferia. Avenidas perimetrais como Jacu-Pêssego e Cupecê ganharão importância.

O mercado imobiliário, que sempre elegeu o bairro da vez, com as consequências conhecidas, é chamado a participar de um processo em que a vez é da cidade. A visão de empreendimento privado como enclave dará lugar à produção de vida urbana com equilíbrio econômico e socioambiental.

Por fim e não menos importante: os rios. O PDE se reapropria das margens dos rios e define o conjunto de arcos que dará lugar a uma nova São Paulo: os arcos Tiête, Pinheiros, Jurubatuba e Tamanduateí.

É no Arco do Futuro que ocorrerá a maior transformação de São Paulo. Delineá-la é a próxima tarefa. As diretrizes estão dadas.

Gastronomia

Restaurantes cearenses proporcionam experiências com culinária de outros países
Durante um mês, a Copa do Mundo no Brasil, encerrada no último domingo (13), atraiu turistas de diversos lugares, que trouxeram, além de torcida animada, elementos da terra natal, possibilitando que os brasileiros tivessem um contato mais próximo com a cultura de outros países. Fortaleza, uma das sedes do Mundial, recebeu mexicanos, colombianos, uruguaios, costarriquenhos, holandeses, gregos, marfinenses, alemães e ganeses que tiveram suas seleções disputando na Arena Castelão, além de estrangeiros de outras nacionalidades que vieram para a Terra da Luz a fim de aproveitarem o campeonato e os pontos turísticos do Estado.

Mesmo com o fim do Mundial, os cearenses podem continuar apreciando a cultura de outras nações aqui mesmo, por meio da culinária. Restaurantes com gastronomia internacional oferecem sabores diferenciados e decorações temáticas que conquistam, gradativamente, o público cearense. O Diário do Nordeste Plus selecionou alguns desses espaços que podem proporcionar novas experiências ao paladar.


Cozinha Espanhola

A Casa Gaudí apresenta um menu com pratos que transitam entre a cozinha regional e a espanhola. Com nome e decoração inspirados nas obras do arquiteto catalão Antoni Gaudí, o restaurante tem como carro-chefe a tradicional Paella. O prato leva frango, camarão, lula, mexilhão e cortes bovinos, refogados com verduras frescas, e arroz de consistência cremosa com leves toques de açafrão. Além da Paella, o Cozido Madrilenho, feito com fava, linguiça defumada, paio, chorizo, verduras, grão de bico, batata e ovos cozidos, e a Tosta Espanhola, com jamón espanhol e molho de tomate fresco, também fazem sucesso entre os clientes do restaurante.

Segundo o chef Javier Fernandéz, proprietário da Casa Gaudí, hoje, o cearense tem a cabeça mais aberta para aceitar novos sabores, especialmente, a nova geração, que costuma viajar mais e ter contato com culturas diversas. “A tendência cultural de Fortaleza ficou atrás da cultura de farofa e baião de dois. O Ceará não é só isso”, avalia Javier, que se divide entre a administração da Casa Gaudí e a do restaurante Velasquez 41, localizado na cidade de Vigo, na Espanha.
Serviço:
Endereço: Rua Pereira Valente, 1569 - Varjota
Telefone: (85) 2181.6605
Horário de funcionamento: Terça a Quinta: 11h - 00h; Sexta e sábado: 11h - 01h; Domingo: 11h - 18h


Cozinha Árabe

O ambiente atrai logo ao olhar para a fachada. Internamente, a beleza do espaço permanece, sendo um ambiente ideal para casais e grupos de amigos que desejam experimentar a diversificada culinária árabe em um local aconchegante. O restaurante Zahlé-Mezze Libanesa, iniciado na cozinha da descendente de libaneses Silvana Moreira e, posteriormente, ampliado devido à boa recepção dos clientes cearenses, é aberto no horário de almoço todos os dias e, às sextas e sábados, conta com a Noite Árabe, que contempla buffet árabe e contemporâneo, apresentações de dança do ventre e decoração estilizada.

“A culinária árabe no Ceará é muito, muito bem aceita. Todos os pratos são ‘carros-chefe’, o pessoal gosta de tudo”, enfatiza Silvana.

Diariamente, os clientes podem ter experiências com os mais variados pratos, como kibe frito ou cru; carneiro; arroz marroquino; e charutinho de repolho. Para a sobremesa, doces como barazi, mamuly de tâmara ou de damasco e baklava estão à espera.
Cozinha Árabe

O ambiente atrai logo ao olhar para a fachada. Internamente, a beleza do espaço permanece, sendo um ambiente ideal para casais e grupos de amigos que desejam experimentar a diversificada culinária árabe em um local aconchegante. O restaurante Zahlé-Mezze Libanesa, iniciado na cozinha da descendente de libaneses Silvana Moreira e, posteriormente, ampliado devido à boa recepção dos clientes cearenses, é aberto no horário de almoço todos os dias e, às sextas e sábados, conta com a Noite Árabe, que contempla buffet árabe e contemporâneo, apresentações de dança do ventre e decoração estilizada.

“A culinária árabe no Ceará é muito, muito bem aceita. Todos os pratos são ‘carros-chefe’, o pessoal gosta de tudo”, enfatiza Silvana.

Diariamente, os clientes podem ter experiências com os mais variados pratos, como kibe frito ou cru; carneiro; arroz marroquino; e charutinho de repolho. Para a sobremesa, doces como barazi, mamuly de tâmara ou de damasco e baklava estão à espera.



Serviço:

Zahlé-Mezze Libanesa
Endereço: Avenida Santos Dumont, 2353 - Aldeota
Telefone: (85) 3224-1204/ 3086-8029
Horário de funcionamento: Todos os dias, de 11h30 às 15h; Noite Árabe às sextas-feiras e sábados, a partir das 19h
Página: facebook.com/pages/Restaurante-Zahlé-Mezze-Libanesa
do Diário do Nordeste

Ceará - Eleição 2014

Camilo Santana (PT) quer requalificar Ronda do Quarteirão, candidato a governador do Estado, afirmou ontem em visita que fez ao Sistema Verdes Mares, que uma das medidas a serem tomadas na questão da Segurança Pública cearense (pasta que enfrenta grandes críticas com o aumento dos índices de violência no Estado) é a requalificação do programa Ronda do Quarteirão, implantado pelo Governo Cid Gomes, como uma das soluções para o problema da violência.

"A partir daquele motim que aconteceu em Fortaleza (greve da Polícia Militar em janeiro de 2012), o Ronda do Quarteirão perdeu um pouco o seu papel original, de estar mais presente nos bairros. É preciso resgatar esse programa", defendeu. "Precisamos também resgatar a hierarquia e a disciplina da Polícia, inclusive na questão salarial".

Ele propõe ainda a ampliação do efetivo da Polícia Militar e da Polícia Civil, além da integração de políticas públicas de outros setores do Governo. "Problema de violência não se resolve só com polícia", diz.

Santana ressaltou que uma das diretrizes de seu projeto é resolver o problema de infraestrutura do Estado, oportunidade em que destacou a importância da continuidade dos projetos de transposição de águas do Rio São Francisco e o do Cinturão das Águas. "São projetos estruturantes que vai resolver definitivamente o problema da Seca aqui no Ceará", afirmou.

A Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), a Refinaria Premium II e a Transnordestina também foram lembradas pelo candidato como fundamentais para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) cearense. "A população cearense representa 4,5% da população do Brasil, mas apenas 2,2% do PIB do Brasil. A refinaria e a siderúrgica, só com esses dois empreendimentos, vamos dobrar o PIB do Ceará e consequentemente gerar oportunidade para o cearense", prometeu.

Camilo afirma pretender universalizar as escolas profissionalizantes em tempo integral, de forma que estejam presentes em todos os municípios, e defender a interiorização das universidades federais.

Impostos

Já o candidato ao Senado, Mauro Filho (PROS), reforçou a defesa para reduzir os impostos caso seja eleito. "O Ceará mostrou ao Brasil que é possível reduzir imposto e simultaneamente não reduzir receita, mas aumentar. Fizemos isso aqui com a tarifa do óleo diesel do transporte urbano, com o IPVA (de motocicletas até 200 cilindradas), com os alimentos, medicamentos, construção civil. Foram 186 produtos ou segmentos (com impostos reduzidos)", afirmou.

O parlamentar defendeu que, para maior aceleração da economia do Estado, é preciso atrair investimentos. "Eu defendo que todo investimento em máquinas, equipamentos e tecnologia, tanto da microempresa, como da média e da grande, pague zero (de imposto) no Brasil. Dá mais competitividade à economia brasileira, o Brasil vai poder exportar e ao expandir investimento, gera emprego. É injeção na veia", afirmou

Outro compromisso que o candidato assumiu foi o de trazer investimentos federais para garantir a universalização das escolas profissionalizantes nos municípios cearenses, além de trabalhar para que mais verbas do Sistema Único de Saúde (SUS) sejam destinadas ao Estado. Ele destacou ainda a importância de lutar contra a movimentação de políticos do Sul e do Sudeste para a derrubada de incentivos dos governos estaduais para as indústrias no Nordeste e de fortalecer a política de fechamento de fronteiras para evitar a entrada de drogas no País.






Para aprender melhor

As dicas de Lewis Carroll

Há não muito tempo, comecei a ter uma preocupação maior com relação a como uso meu dia. Notei que se repetia frequentemente a sensação de chegar à noite e perceber que minhas horas foram passando, preenchidas por uma série de notificações de celular, janelas de bate-papo, e-mails e, claro, minhas obrigações com o trabalho. Assim, quando parava na cama, minha cabeça só se ocupava com preocupações a respeito de tudo o que fiz, mas principalmente, de tudo o que deixei de fazer.
Antes de seguir, é importante frisar: não me considero uma máquina de trabalho. Quando falo da impressão de deixar de fazer muita coisa, me refiro mais àquilo que considero fatores essenciais pra minha felicidade, como praticar exercícios, comer bem, meditar, ver um filme sem ter de checar o Whatsapp ou  desenhar, escrever por prazer, aprender uma coisa nova.
Meu sofrimento era sempre o de ter sido arrastado o dia inteiro, de um lado pro outro, sem ter parado pra me dedicar de verdade a nenhuma das coisas que fiz. Dia após dia.
Essa constatação me motivou a realizar algumas mudanças que têm se mostrado bem importantes. A principal, acho, é a de tentar, ao máximo possível, fazer tudo com foco, evitando distrações e interrupções. Nesse período, passei a ler e pesquisar sobre formas de melhor aproveitar esse pouco tempo que possuo e acabei chegando a um texto que vi lá no Brain Pickings, traduzi e agora compartilho.
Charles Lutwidge Dodgson foi um proeminente matemático, estudioso da lógica. Porém, é bem mais conhecido pelo livro que escreveu, inspirado por uma garotinha com quem tinha uma amizade (bastante controversa na época, mais ainda pros dias de hoje), sob o pseudônimo Lewis Carroll, chamado “Alice no País das Maravilhas“.
Esse trecho, de sua autoria, faz parte do volume publicado em 1973, “A Random Walk In Science“.  O livro é a reunião de vários pensamentos que ele tinha a respeito de seu estudo da Lógica Simbólica e oferece um precioso olhar sobre como se dedicar à leitura e ao aprendizado de uma forma que a gente está lentamente deixando de fazer.

Como aprender, por Lewis Carroll

NPG P7(26),Lewis Carroll (Charles Lutwidge Dodgson),by Lewis Carroll (Charles Lutwidge Dodgson)
“O aprendiz que quer explorar a questão completamente, quer este pequeno livro forneça os materiais para uma recreação mental mais interessante ou não, é aconselhado a adotar as seguintes regras:
1. Começar pelo começo e não permitir-se contentar com uma mera curiosidade vazia ao olhar rapidamente o livro, aqui e ali. Fazer isso provavelmente o levaria a deixar o livro de lado, com a desculpa “isso é muito difícil pra mim!”, e portanto, perdendo a chance de adicionar um item gigantesco ao seu estoque de deleites mentais.




Essa regra (de não olhar rapidamente) é bastante desejável em outros tipos de livros – como novelas, por exemplo, onde você pode estragar muito do prazer que teria com a história, olhando rapidamente no decorrer da obra, de forma que algo que o autor queria que fosse uma surpresa venha como um acidente de percurso.
Algumas pessoas, eu sei, têm uma prática de olhar o Vol. III primeiro, apenas para ver como a história termina: e talvez seja assim só pra ter certeza que tudo termine bem – que os amantes terminem juntos, que ele seja inocente do assassinato, que o primo perverso seja completamente impedido de concretizar seus planos e tenha a punição que merece e que o tio rico na Índia (Pergunta: Por que na Índia? Resposta: Porque, de alguma forma, tios nunca ficam ricos em outro lugar) morre no momento certo – antes de se dar ao trabalho de ler o Vol. I.
Isso, eu digo, só é permissível com uma novela onde o Vol. III tem um significado mesmo para aqueles que não leram as partes anteriores da história. Mas, com um livro científico, é praticamente insanidade: você vai achar as partes finais desesperadoramente ininteligíveis, se você chegar lá sem seguir o curso regular.
2. Não comece nenhum novo capítulo ou seção sem certificar-se de que entendeu completamente o que leu até aquele ponto, e que você trabalhou, corretamente, nada menos que todos os exemplos que foram sugeridos. Uma vez que você está consciente de ter conquistado absolutamente todas as terras pelas quais passou, e que não está deixando nenhuma dificuldade atrás de você que mais tarde certamente vai aparecer, seu progresso triunfal vai ser fácil e prazeroso. De outra forma, você vai perceber o seu estado de confusão ficar pior à medida que procede, até que desista em extremo desgosto.
3. Quando você chegar a qualquer passagem que não entendeu, leia de novo: se você ainda não entender, leia de novo: se você falhar, mesmo depois de três leituras, talvez seu cérebro esteja ficando cansado. Nesse caso, coloque o livro de lado e dedique-se a alguma outra ocupação, e em outro dia, quando você retomar descansado, provavelmente vai achar aquilo bastante fácil.
4. Se possível, encontre algum amigo genial, que queira ler o livro junto com você e queira falar sobre as dificuldades. Conversar é um excelente suavizador de dificuldades. Quando eu chego com algo – em lógica ou em qualquer outro assunto complicado – que me complique completamente, eu considero falar sobre isso, em voz alta, mesmo se estiver só. Uma pessoa pode explicar as coisas tão claramente para si própria! E, além disso, você sabe, uma pessoa consegue ser bastante paciente consigo própria: ninguém fica irritado com a sua própria estupidez!
Se, querido leitor, você vai observar com fé essas regras, e dar ao meu pequeno livro um julgamento realmente justo, eu prometo, com a maior confiança, que você vai achar Lógica Simbólica uma das mais, senão a mais, fascinante recreação mental.




[...]
Recreação intelectual é uma coisa que todos precisamos para a nossa saúde mental; e você vai conseguir muita diversão saudável, sem dúvidas, de jogos… mas, depois de tudo, quando se tornar campeão em qualquer desses jogos, você não terá nada real para mostrar como resultado.
Você se divertiu com o jogo e a vitória, sem dúvida, na hora: mas não tem um resultado que possa acumular e tirar um benefício real. E, enquanto isso, você esteve deixando inexplorada uma perfeita mina de riqueza.
Uma vez que domina o maquinário da Lógica Simbólica, você tem uma ocupação mental sempre à mão, de interesse contagioso, e uma que vai ser útil em qualquer assunto que você tome. Isso vai dar clareza de pensamento – a habilidade de ver através de um desafio – o hábito de organizar suas ideias em uma forma acessível – e, mais valioso que tudo, o poder de detectar falácias e de destruir argumentos ilógicos, que você vai continuamente encontrar em livros, jornais, discursos e mesmo em sermões, que tão facilmente enganam aqueles que nunca tentaram aprimorar essa fascinante arte. Tente. Isso é tudo que eu peço!”
* * *
Esse período, de mudança de chave tem se mostrado bem frutífero e sinto estar melhorando não só minha performance, como o prazer que tenho obtido ao me engajar nas mais diferentes coisas. Ver um filme, ouvir um álbum, ler um livro, assistir a uma palestra. Todas essas são coisas que deveríamos fazer por padrão com as notificações desligadas, mas não é o que acontece na prática. A cultura de relaxar, focar e se dedicar ao que se propõe a fazer está diminuindo, de forma que hoje, é necessário termos lembretes como os que existem no cinema ou textos como esse.
Claro, sigo falhando e me deixando levar por eventuais notificações do Facebook ou do celular. Ninguém aqui está pregando que sejamos ascetas, sempre seguindo estritamente essa dieta de aprofundamento intelectual. No entanto, quando quisermos, é legal termos a capacidade de fazê-lo sem que isso se torne um esforço à parte.
Por isso, pergunto, como vocês estão levando a rotina? Têm alguma preocupação com a forma como consomem leituras, filmes, músicas, etc?
Luciano Ribeiro


Editor do PapodeHomem, ex-designer de produtos, ex-vocalista da banda Tranze. Tem um amor não correspondido pela ilustração, fotografia e música. Volta e meia grava músicas pelo Na Casa de Ana. Está no Twitter,Facebook e Google+.



Outros artigos escritos por 

Paulo Moreira Leite - Pode?




Retrato com retoques

Depois de culpar Lula-Dilma por todos anunciados fiascos da Copa, oposição diz que brasileiros anônimos garantiram o sucesso. Pode?
É bom reconhecer que há poucas coisas perfeitas na vida. Uma delas é abraçar as crias depois de uma longa ausência. Outra, é almoçar na casa da mãe. Ou desfrutar da companhia de amigos verdadeiros.
Após estas considerações, cabe analisar os números finais da Copa do Mundo. Leia a opinião de 2209 visitantes estrangeiros ouvidos pelo DataFolha:
  • 92% dos visitantes elogiaram o conforto e a segurança
  • 76% aprovaram o transporte até os estádios
  • 95% disseram que a recepção foi boa ou ótima.
  • 83% elogiaram a organização

Mesmo lembrando que a Copa não foi um evento sem problemas, há outras notícias boas.
Alvo de muitos fantasmas usados para atemorizar visitantes, o Rio de Janeiro recebeu 900 000 turistas contra 90 000 previstos. Eles deixaram 4 bilhões de reais na cidade, contra 1 bi de previsão.
Obrigados a encontrar um discurso para enfrentar uma situação inesperada, nossos profetas do pessimismo completaram um ano de atividade ininterrupta, desde os protestos de junho de 2013, com sorrisos amarelos.
Passada a fase da autocrítica, é preciso explicar o que aconteceu, o por quê. Na falta de explicação melhor, a moda agora é dizer que o sucesso da Copa se deve aos “brasileiros.” Assim, no genérico. Os 200 milhões de brasileiros garantiram a Copa das Copas porque são simpáticos e acolhedores. Descobrimos essas virtudes anteontem? 
Vamos combinar: a finalidade desse discurso é fingir que não havia oposição a Copa, movimento que se expressou num esforço permanente para impedir os jogos e criar um ambiente de desordem, sufoco e desmoralização Apelos ao boicote eram ouvidos nos melhores jantares, nas melhores famílias. Inclusive em inglês com legendas.
A Copa ocorreu contra a vontade dessas pessoas. Foi fruto do esforço da grande maioria da população, que não só queria assistir aos jogos e participar de um evento que marca a cultura de nossa época. Estava decidida, acima de tudo, a defender imagem de seu país.


Foram os adversários da Copa que transformaram o Mundial numa luta política – e perderam.

Como predadores sem escrúpulo, que mudam de pele conforme a paisagem, em determinadas situações a Copa era combatida com argumentos à direita. Em outros lugares, à esquerda. O importante é que não ocorresse. Se ocorresse, teria de ser um fiasco.
Não duvide: para boa parte dessas pessoas, o desempenho fraco da Seleção nos gramados serviu de consolo – e não de tristeza. Elas não suportariam uma boa atuação. Temiam uma classificação melhor – a tal ponto que não perdiam uma oportunidade para dizer que os juízes beneficiavam o Brasil, esquecendo das inúmeras vezes em que nosso time foi prejudicado.
Se Aécio Neves não tivesse deixado tantas demonstrações escritas de seu apoio a Felipe Scolari, o esforço para transformar Dilma Rousseff em assistente técnica da derrota teria sido ainda mais descarado.
Uma copa elogiada, por baixo, por mais de 80% dos visitantes estrangeiros, não é um carnaval que caí do céu, nem um reveillon na avenida Paulista. Envolve uma ação articulada em 12 cidades e dezenas de obras de infraestrutura que, sabe-se hoje, estavam muito mais avançadas do que se anunciou – mais uma vez, para tentar afastar a população da Copa, criar desanimo e desconfiança.
O elogio aos “brasileiros,” neste genérico, também é uma tentativa bisonha de encobrir o papel do Estado brasileiro neste sucesso. Governantes e prefeitos que assumiram suas responsabilidades, muitos deles filiados a oposição, foram sacrificados na hora do reconhecimento. 
E aí está a imagem retocada da imagem que fica para a história.
Depois de culpar antecipadamente Lula-Dilma por um fiasco que anunciavam como inevitável, tenta-se fingir que eles não deram a menor contribuição para os aplausos da platéia. Pode?

Os dez modelos de smartphone mais vendidos no mundo

O iPhone 5S foi o smartphone mais vendido do mundo durante o mês de maio. 

O aparelho da Apple desbancou seu principal rival, o Galaxy S5 da Samsung. O relatório da Counterpoint, uma empresa de Hong Kong especializada em realizar pesquisas de mercado, revelou, no entanto, que a Samsung é quem possui mais aparelhos entre os 10 mais vendidos no mundo.

Essa pesquisa incluiu dados de 35 países e refere-se aos aparelhos que realmente chegaram ao consumidor final, e não aos que apenas foram enviados para as lojas.

Por oferecer diversos modelos, a Samsung sagrou-se a maior vendedora de smartphones e colocou, depois do Galaxy S5 na segunda colocação (bem atrás do iPhone 5S, diga-se de passagem), o Galaxy S4 em terceiro lugar. O Galaxy Note 3 veio na quarta colocação, o Galaxy S4 Mini no oitavo posto e o Galaxy Grand 2 como o décimo mais vendido.

Três aparelhos da Apple apareceram na lista. Além do IPhone 5S, que ocupa a liderança, a empresa da maçã colocou o iPhone 5C na quinta posição e o iPhone 4S no sexto lugar.

Além da Samsung e da Apple, a única marca que também integrou o Top 10 da Counterpoint foi a Xiaomi, que com seus modelos Mi3 e Hongmi Redrice alcançou o sétimo e nono lugares, respectivamente.

Já na lista dos 20 mais vendidos, é possível encontrar modelos como o Moto G, da Motorola, o Xperia Z1, da Sony (que quase alcançou o décimo posto), e o LG G2.
Top 10 celulares mais vendidos