Vaticana: e Padre seria bom marido?

por Claudio Bernaducci

A questão do celibato eclesiástico é antiga e controvertida. Tema de debate entre teólogos, bem como fofoca de gente comum. Entre o Vaticano clerical e a Itália, sua anfitriã e femininamente “corruptora”, o fenômeno dos padres com amante, por evidentes razões, teve sempre uma intensidade especial. A escabrosa “ligação” foi tratada em livros e até no cinema, como quando o diretor Dino Risi, em 1971, dirigiu Marcello Mastroianni e Sofia Loren, deliciosos nos papéis do padre de carreira e sua aspirante a esposa (La Moglie del Prete, A Mulher do Padre).

Até agora a problemática do celibato dos sacerdotes católicos foi enfrentada sobretudo do ponto de vista masculino, mas o pontificado de Francisco, com sua abertura para o diálogo, está criando espaços que são ocupados por iniciativas de signo diferente.

“Querido Papa Francisco, somos um grupo de mulheres de todas as partes da Itália (e não só) que lhe escreve para quebrar o muro de silêncio e indiferença com que nos deparamos todos os dias. Cada uma de nós está vivendo, viveu ou gostaria de viver uma relação amorosa com um padre por quem está apaixonada.” Assim começa a carta assinada (com apenas o nome e a inicial do sobrenome, cidade de origem e número de telefone) por 26 mulheres que afirmam viver relações sentimentais com sacerdotes. As signatárias se definem como uma “pequena amostra”, mas afirmam falar em nome de tantas outras que “vivem no silêncio”. A missiva, publicada tempos atrás pelo site Vatican Insider, espalhou-se em poucas horas pela imprensa internacional, suscitando vivíssimo interesse. Não teve confirmação oficial nem foi desmentida, mas algumas fontes indicam que foi divulgada por ambientes muito próximos ao papa – sinal de atenção às corajosas mulheres que apelaram a Bergoglio para pedir-lhe, em última instância, a revisão do celibato.

Vale lembrar que o celibato obrigatório não é um dogma, mas uma lei da Igreja, estabelecida em meados do século XVI pelo Concílio de Trento. O papa que o convocou foi Paulo III (foto abaixo), aliás, Alessandro Farnese, pai de quatro filhos. Além das contradições terrenas de muitos papas do passado, é fato que durante o primeiro milênio da Igreja Católica o celibato não era obrigatório e, como o próprio cardeal Bergoglio escreveu, “até 1100, havia quem o escolhesse e quem não”.

A recente carta das 26 mulheres não é novidade absoluta: foi precedida por iniciativa similar de dez “concubinas” que escreveram a Bento XVI em 2010. Essas manifestações revelam a existência de uma rede internacional de pessoas que dialogam sobre a questão, compartilham as próprias experiências e coordenam suas ações, como na associação Vocatio (Vocação) ou no site Il Dialogo. Aspecto ainda mais importante, essas cartas demonstram que o universo feminino sai do silêncio e reivindica sua dignidade.

Partindo dessa tomada de consciência, novas testemunhas têm vindo à tona, como é o caso recente de uma das 26, que, entrevistada pela agência católica Adista, pretende manter o anonimato, mas oferece uma interpretação derradeira da carta escrita em termos mais diplomáticos com suas colegas: “Os tempos estão maduros para enfrentar finalmente a questão escabrosa do celibato obrigatório. E se nós, mulheres, não tivermos a coragem de tentar, não haverá mudança. Acreditamos que Francisco, apresentando-se como o papa da escuta e da misericórdia, não pode fingir que esse problema não existe. No íntimo do seu coração, ele deve saber que é possível ser sacerdote mesmo sendo casado”.

Dados oficiais do Vaticano indicam em 46 mil o número de renúncias ao estado clerical por parte de padres, durante os anos 1970-1995, mas a avaliação de vários estudiosos e da entrevistada anônima é bem diferente: “O fenômeno é muito mais extenso do que se possa perceber do lado de fora. Só o contato com outras mulheres na mesma condição, quebrando as barreiras da clandestinidade, pode revelar a amplitude e a profundeza dessa realidade, com todos os seus limites e fragilidades”.

Em suas palavras finais, cai qualquer sentido de culpa e se define a reivindicação: “Quando um padre ama realmente e é amado por uma mulher, os dois vivem um amor concreto. Experimentam toda a beleza de uma relação, feita de afetividade e sexualidade. Só o pavor de uma mudança autêntica pode empurrar setores da Igreja para uma atitude conservadora. Diante de nosso sofrimento, a Igreja deve recolocar seus filhos no centro da atenção. Nesse sentido, esperamos uma resposta clara do papa Francisco”.

Sem medo de se expor, Stefania Salomone, uma das dez signatárias da carta de 2010 e colaboradora do site Il Dialogo, declara com particular firmeza: “Com base em minha experiência, uma porcentagem muito alta do clero teve ou tem relações amorosas com homens e mulheres. Ou, pelo menos, atravessou o momento da paixão, que foi sufocada ou sublimada, como se costuma dizer. Trata-se de mais de um terço dos sacerdotes, estimativa oficiosa que circula em ambientes vaticanos”.

Mulheres cansadas de hipocrisia e vida dupla reclamam respeito e direitos. Merecem respostas da Igreja (e não somente).



A previsibilidade dos institutos de pesquisa do pig

O próximo passo dos institutos a serviço do Pig/Gafe - Globo, Abril, Folha, Estadão -, será:

Primeiro:

  • Tirar mais uns dois a quatro pontos de intenção de votos da Dilma.
  • Deixar Marina no mesmo patamar
  • Mostrar crescimento de Aécio

Com isso uma hora vai divulgar pesquisa que passe a impressão de empate técnico entre os três candidatos.




Segundo:

  • A quinze dias das eleições começaram a ajustar os números das pesquisas sob encomenda à realidade.
  • Nessa hora a verdade prevalecerá e Dilma vencerá com folga.

Anotem e depois me cobrem.


Tracking Ibop 30/08

Dilma Roussef (PT) 50%
Marina Silva (PSB) 35%
Aécio Neves (Psdb) 12%
Nanicos 03%

O Ibop - Instituto Briguilino de Opinião Pessoal - divulga os resultados das suas pesquisas como faz o TSE - Tribunal Superior Eleitoral -, apenas o votos válidos.


Comercial de Dilma - Mais especialidades (30/08/2014)

Qual dos programas criados por Lula e Dilma a oposição vai extinguir?

- Água Doce - Bolsa Verde - Bolsa Família - Brasil Sorridente - Brasil Carinhoso - Brasil Conectado - Caminho da Escola - Caminho do Campo - Ciência Sem Fronteiras - Educa Mais Vida - Fies - Minha Casa Melhor - Minha Casa Minha Vida - Pac - Prouni - Pronatec - Rede Cegonha - Saúde Sem Preço - Vale Cultura Se perguntar aos candidatos da oposição, eles dirão que não extinguirão nenhum, muito pelo contrário, vão ampliar todos eles. Você acredita?... Nem eu! Por isso, que voto e peço votos para Dilma Roussef.

Lumia 930 é um Windows Phone que une desempenho e elegância

Será difícil desvincular os Lumias da marca Nokia, mas aos poucos a Microsoft começa a tomar conta da linha, por mais que a traseira dos aparelhos ainda diga “Nokia”. É o caso do Lumia 930, o primeiro top de linha lançado depois da conclusão da fusão das duas gigantes e que forma um excelente Windows Phone, o melhor já lançado com uma tela em um tamanho que permita que o aparelho não seja classificado como “phablet”.

O aparelho chegou recentemente ao mercado brasileiro surpreendendo. Isso porque, como qualquer top de linha ele é caro, R$ 1,9 mil. No entanto, comparado com aparelhos como o Galaxy S5, o LG G3, Xperia Z2 e iPhone 5s, ele é o modelo mais barato da categoria, o que chama a atenção. E ele não deve em nada a outros smartphones de sua faixa de preço e até mesmo para outros mais caros.

Construção
O aparelho é sólido, melhor palavra para definir 930. A Nokia tem investido em celulares formados por um corpo único há alguns anos entre seus tops de linha, mas nenhum deles é tão elegante quando o seu novo modelo, com laterais metálicas, mas traseira em plástico (policarbonato), bastante agradável ao toque. Ele ganhou um aspecto meio “iPhone”, porém, bem retinho nos cantos, contra os tradicionais cantos arredondados da Apple.

Se você leu nosso review sobre o Xperia Z2 vai lembrar que apesar de elogiarmos o aparelho, criticamos um pouco sua ergonomia, principalmente com seus cantos retos que chegam a ser pontudos e incomodam. O Lumia 930 não tem pontas tão agudas assim, e o fato de ser um pouco mais “gordinho” também gera mais conforto na hora de segurar o celular. O material da traseira também ajuda no conforto.

Durante nossos testes, um pequeno detalhe chamou muito a atenção no aparelho. O Lumia 930 não depende da famigerada “chavinha” para abrir o espaço para o chip SIM, como já virou normal nos aparelhos de corpo único. É muito fácil abrir e fechar, e a plaquinha não fica se soltando no dia-a-dia, conforme testamos.

Infelizmente, porém, ele pode ser considerado um pouco mais pesado do que o padrão para aparelhos da sua categoria, mas não é algo que chegue a fazer diferença na experiência de uso, embora a diferença seja significativa. Outro ponto fraco é a ausência de um slot para cartão microSD, ligeiramente compensada por um armazenamento interno um pouco maior que o normal: 32 GB.

Tela
O 930, assim como seu irmão maior, o Lumia 1520, possui uma tela com resolução Full HD (1920x1080). A diferença é que a tela do 930 é muito menor, de 5 polegadas, gerando uma taxa muito superior de pixels por polegada. O resultado disso na experiência de uso é muito bom, com os blocos dinâmicos parecendo mais definidos do que nunca.

O destaque fica para o brilho, que causa uma sensação interessante ao ver todas as cores da tela inicial do Windows Phone ao mesmo tempo. O brilho é tão forte que é capaz de garantir boa visibilidade até em situações de extrema luminosidade como um dia muito ensolarado, o que é algo a se considerar.

Câmera

A Nokia/Microsoft não erra quando o assunto são câmeras, pelo menos nos seus tops de linha. Na verdade, nos últimos anos, a empresa tem especializado em lançar aparelhos que são uma câmera antes de serem um celular, como o Lumia 1020. Outros modelos, como o 1520, ainda precisavam de um pequeno volume extra traseiro para comportar a tecnologia.

Neste sentido, o 930 pegou o melhor dos dois mundos, seguindo a tradição de câmeras com a tecnologia PureView, da Nokia, mas sem o volume traseiro, indicando que a tecnologia usada pela empresa está amadurecendo. Em recursos, porém, nada que seja novo ou destacável em relação ao Lumia 1530, por exemplo. Também não há o zoom incrível existente no 1020, com seus 41 megapixels.

Desempenho
O aparelho também vem com configurações compatíveis com os principais e mais potentes concorrentes do mercado, com o Snapdragon 800 com quatro núcleos trabalhando em 2,2 GHz, 2 GB de memória RAM, mais do que suficiente para rodar com tranquilidade o Windows Phone e basicamente todos os aplicativos disponíveis na loja da Microsoft.

Vale observar que, até pouco tempo, a empresa tinha um controle muito rígido dos aparelhos que rodavam seu sistema operacional, resultando em pouca variação de hardware com no máximo 1 GB de RAM e um processador Snapdragon S4 dual-core já bastante defasado. Assim, a maioria dos apps disponíveis para WP foi otimizada para rodar em especificações muito inferiores, então você não deverá sofrer nenhum engasgo com o aparelho.

No entanto, foram observados alguns problemas incômodos neste sentido. Durante uma sessão leve de uso, basicamente usando apenas internet por Wi-Fi, o aparelho começou a esquentar inexplicavelmente, muito mais do que seria natural em uma situação do tipo. Talvez o corpo metálico tenha ajudado a propagar o calor, mas não existe realmente uma explicação plausível. Fica o aviso: o Lumia 930 esquenta.

Em relação a bateria, as notícias não são excelentes. O aparelho, infelizmente, não deu a mesma resposta positiva que outros modelos da linha Lumia, principalmente por concentrar muito poder de processamento em pouco espaço, que, como sabemos, significa também uma bateria menor. Com bastante uso, provavelmente ele deve chegar ao final do dia necessitando urgentemente de uma recarga, mas pelo menos durante o dia ele não deixar o usuário na mão, ao menos.

Conclusão
Na hora de falar sobre um smartphone da Nokia, vale sempre lembrar que ele vem com o Windows Phone que, infelizmente, ainda não é para todos os públicos. Embora o sistema em si seja estável, fácil de usar e seguro, o ecossistema ainda peca pela falta de opções, principalmente na disponibilidade de aplicativos.

É sempre necessário fazer esta ressalva. A Microsoft tem diminuído o atraso neste sentido em relação a iOS e Android, mas ainda há um caminho longo pela frente. Nem tanto pela quantidade de apps, mas pela qualidade. Um exemplo básico é o aplicativo do Facebook, que está muitíssimo atrasado em relação às plataformas rivais; há inúmeros outros exemplos, como o Instagram, ainda em beta, e o Twitter, também com inúmeros recursos a menos, para citar apenas os serviços mais populares.

Por isso, o WP não é para quem gosta de curtir todos os aplicativos da moda e os lançamentos da última semana. Quem não se importa com isso e só quer curtir um sistema operacional de qualidade, como é o produto da Microsoft, não deve se importar com a situação.

O Lumia 930 é a escolha ideal para quem quer o melhor desempenho em um Windows Phone mas não curte um aparelho muito grande. Ele conta com todas as especificações excelentes do 1520, mas em um formato bem menor, muito mais palatável pela maioria do público. No entanto, há quem não se importe ou até prefira os aparelhos grandes. Neste caso, é melhor ficar com o 1520 que, no entanto, é mais caro.

Nos nossos testes, o aparelho se saiu bem em quase todos os quesitos, com apenas alguns problemas de aquecimento e consumo de bateria acima do esperado, mas no geral, o Lumia 930 é um excelente aparelho que merece sua atenção.

Comente no Fórum. Participe da Comunidade Olhar Digital!


Marina, você não merece a confiança do povo brasileiro!

por Jean Wyllys, no Facebook.

Em “nota de esclarecimento”, Marina Silva desmente seu próprio programa de governo e afirma que não apoia o casamento civil igualitário, mas uma lei segregacionista de “união civil”. Vocês já imaginaram um candidato presidencial dizendo que é contra o direito dos negros ao casamento civil, mas apoiaria uma “lei de união de negros”? A nova política da Marina é tão velha que lembra os argumentos dos racistas americanos de meados do século XX. Contudo, o pior é que ela brincou com as esperanças de milhões de pessoas! E isso é cruel, Marina!
Bastaram quatro tuites do pastor Malafaia para que, em apenas 24 horas, a candidata se esquecesse dos compromissos de ontem, anunciados em um ato público transmitido por televisão, e desmentisse seu próprio programa de governo, impresso em cores e divulgado pelas redes. Marina também retirou do programa o compromisso com a aprovação da lei João Nery, a elaboração de materiais didáticos sobre diversidade sexual, a criminalização da homofobia e da transfobia e outras propostas. Só deixou frases bonitas, mas deletou todas as propostas realmente importantes. E ela ainda nem se elegeu! O que esperar então dela se eleita presidenta quando a bancada fundamentalista, a bancada ruralista e outros grupos de pressão começarem a condicionar o apoio a seu governo? Tem políticos que renunciam a seus compromissos de campanha e descumprem suas promessas depois de eleitos. Marina já fez isso mais de um mês antes do primeiro turno. Que medo!
Como todos sabem, minha candidata presidencial é Luciana Genro. Ela SEMPRE defendeu todos os direitos da comunidade LGBT e foi a primeira candidata na história do Brasil que teve a coragem de pautar esses temas no debate presidencial da Band. Contudo, ontem, quando consultado pela imprensa, apesar da minha desconfiança com relação à Marina, elogiei o programa apresentado pelo PSB (apenas no que dizia respeito aos direitos da população LGBT, já que discordo profundamente de muitas outras propostas neoliberais e regressivas nele contidas). Fiz isso porque acho que os posicionamentos corretos devem ser reconhecidos, mesmo que provenham de um/a adversário/a.
É com essa autoridade, de quem agiu de boa fé, que agora digo: Marina, você não merece a confiança do povo brasileiro! Você mentiu a todos nós e brincou com a esperança de milhões de pessoas.