Segurança particular

Ideia melhor que esta (abaixo) não há:

Briguilinks do dia passado a limpo

Ciro Gomes - O cimento das alianças políticas não pode ser a partilha de feudos

Confusão, parte I  Não está fácil para as maiorias bem-intencionadas tomarem posição no quadro político. Há uma minoria governista disposta a pôr em perspectiva os graves erros e problemas do governo atual e uma minoria odienta e intolerante que se recusa a raciocinar que, passadas as eleições, o governo, em respeito à maioria, mesmo pequena, é este e tem a responsabilidade de promover o

Programas de proteção social serão aprimorados, garante Miguel Rossetto

O ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, afirmou hoje terça-feira (13) que o governo irá manter a agenda de afirmação de direitos e que os programas de proteção social, a exemplo do Bolsa Família e do Minha Casa, Minha Vida, não serão apenas mantidos, serão também aprimorados. As declarações foram feitas em café da manhã com jornalistas, realizado no Palácio do

Marta tem ou não tem vergonha?

Todos sabem qual a intenção da senadora petista Marta Suplicy quando soltou o verbo sobre o PT e líderes do mesmo, ser expulsa do partido, garantir o mandato e se candidatar por outra legenda à prefeitura de São Paulo. O PT vai cair nessa esparrela?... Duvido! Marta será convidada a sair do partido, se filiar a legenda que bem

A Nigéria não é a França

Essa roubalheira não é notícia no Jornal Nacional

- a partir de agora o pig fará ouvidos de mercador. -  MP investiga Metrô, Sabesp e governo de São Paulo na Lava Jato Patricia Faermann   Jornal GGN - O Metrô, a Sabesp e refinarias da Petrobras em São Paulo começaram, efetivamente, a serem investigadas pelo Ministério Público de São Paulo, a fim de descobrir possíveis pagamentos de propina de Alberto Youssef a agentes públicos do Estado

Humor - the i-piauí Herald

PITANGUEIRAS - Após trocar o Picolé Rochinha por paletas mexicanas, os banhistas diferenciados do Guarujá agora experimentam outra novidade exclusiva: muito além das opções "salgado" e "doce", o tradicional Biscoito Globo agora pode ser degustado nos sabores

Mensagem da Vovó Briguilina

Só envelhece quem deixa de se divertirSó envelhece quem deixa de rir dos problemasSó envelhece quem deixa de se alegrar com brincadeiras infantisSó envelhece quem deixa de agradecer por cada dia que vê o sol nascer.Só envelhece quem deixa de fazer o bem, sem olhar a quem e sem esperar agradecimento.Só envelhece quem deixa de viver para ficar contando minutos, horas e dias que falta para alguma

Hildegard Angel: uma imbecilidade sem limites

Pessoas inteligentes também são capazes de pensar e escrever idiotices fenomenais, as sugestões da  senhora Hildegard Angel para resolver o problema dos arrastões nas praias da zona sul no Rio de Janeiro, será difícil de ser batida. É uma imbecilidade monstruosa. O caos já se instalou no Rio, o poder público precisa coragem para

Petrobras: Batemos em dezembro recordes diário, mensal e anual de produção de petróleo e gás

Nossa produção total de petróleo e gás natural, em dezembro de 2014, no Brasil e no exterior, atingiu a média de 2 milhões 863 mil barris de óleo equivalente por dia, melhor resultado já alcançado na nossa história. Esse volume é 4,4% maior do que o registrado em novembro, que foi de 2 milhões 741 mil boed.Batemos, também, em dezembro, nosso recorde histórico de produção de petróleo e líquido de

Humor

Narciso realizará um ensaio sensual para mostrar a novidade EGO - O ex-BBB Narciso Eustáquio se internou esta manhã na clínica de Ivo Pitanguy para realizar uma cirurgia estética inédita. "Vou implantar um pau de selfie no mamilo direito", anunciou, enquanto se fotografava com um aparelho de Raio-X. Em seguida, em mensagem especial para seu fã-clube, postou no Instagram uma foto exclusiva

Não somos todos Charlie

de O GloboMuitas das publicações que hoje honram os cartunistas mortos como mártires da liberdade de expressão teriam rejeitado como sendo de mau gostoHoje à tarde (15h em Paris), o presidente François Hollande, a chanceler alemã Angela Merkel e os chefes de governo da Espanha, do Reino Unido e da Itália estarão a postos na Place de la République. Deverão participar da programada marcha

O pau que dá em Maomé também dá em Charlie Hebdo

O advogado da empresa afirmou: "...O espírito do Eu sou Charlie significa também o direito a blasfêmia". Os irmãos que cometeram a chacina talvez dissessem: "...O espírito do Islâmismo também significa o direito a matar quem cometer blasfêmias contra Maomé".

Manchetômetro - sobre a presidente Dilma Roussef

Nesta página encontram-se os gráficos que representam a cobertura agregada dos três jornais impressos estudados (Folha de S. Paulo, O Globo e Estado de S. Paulo) e do Jornal Nacional no que toca a presidente Dilma Rousseff. Primeiro, apresentamos séries temporais semanais que correspondem ao acumulado de textos favoráveis, neutros e contrários a Dilma nas capas dos jornais impressos e também no noticiário televisivo a partir de 27 de outubro, dia seguinte ao segundo turno da eleição presidencial.

A operação Lava Jato recebe atenção especial por meio de um gráfico que mostra as valências atribuídas a Dilma Rousseff nos textos e matérias que tratam do escândalo.

Apresentamos também um estudo dos textos publicados nas páginas de opinião dos jornais impressos. Nele, levamos em conta a valência de editoriais, colunas e artigos de opinião que mencionam Dilma Rousseff.

Os gráficos desta página são atualizados semanalmente.


Valências jornais impressos


No gráfico abaixo temos o número de textos favoráveis, neutros e contrários em relação a Dilma Rousseff ao longo do tempo, dividido em semanas, tomando como início da série 27 de Outubro de 2014, dia seguinte ao segundo turno da eleição presidencial.

Valências: Jornal Nacional
No gráfico abaixo temos o número de matérias favoráveis, neutras e contrárias em relação a Dilma Rousseff exibidas no Jornal Nacional ao longo do tempo, dividido em semanas, tomando como início da série 27 de Outubro de 2014, dia seguinte ao segundo turno da eleição presidencial.

Dilma e a Operação Lava Jato: Jornais impressos


No gráfico abaixo apresentamos o número de textos sobre a operação Lava Jato que mencionaram Dilma Rousseff, presentes nas capas dos jornais impressos, classificados de acordo com a valência atribuída à presidenta ao longo do tempo, dividido em semanas, tomando como início da série 27 de Outubro de 2014, dia seguinte ao segundo turno da eleição presidencial.


Dilma e Operação Lava Jato: Jornal Nacional


No gráfico abaixo apresentamos o número de matérias sobre a operação Lava Jato que mencionaram Dilma Rousseff, presentes nas capas dos jornais impressos, classificados de acordo com a valência atribuída à presidenta ao longo do tempo, dividido em semanas, tomando como início da série 27 de Outubro de 2014, dia seguinte ao segundo turno da eleição presidencial.



Páginas de opinião


Os gráficos abaixo tomam como base os textos publicados nas duas páginas de opinião constantes em cada um dos jornais impressos. Essas páginas têm uma estrutura muito similar nos três periódicos. São compostas de editoriais, artigos de opinião e colunas e expressam a posição do jornal e as opiniões que sua editoria considera mais relevantes.

No jornal O Estado de S. Paulo, A2 e A3 são as páginas de opinião. A primeira, denominada Espaço Aberto, contém dois artigos de opinião cujos autores variam. Já a segunda, denominada Notas e Informações, contém 3 editoriais. A sessão intitulada Fórum dos Leitores, que ocupa o rodapé de ambas as páginas, não é analisada.

No jornal Folha de S. Paulo, também as páginas A2 e A3 são destinadas a textos de opinião. Na A2 há dois editoriais e quatro colunas assinadas por articulistas fixos. Na A3, a sessão intitulada Tendências/Debates apresenta dois artigos de opinião de pessoas não ligadas ao jornal. As charges, publicadas na página A2, e a sessão Painel do Leitor, publicada na página A3, não são analisadas.

Em O Globo, a sessão Opinião ocupa a antepenúltima e a penúltima páginas do primeiro caderno. A antepenúltima página tem no topo um ou dois editoriais, dentro de um box que leva o título Opinião. Esporadicamente o jornal dedica o segundo texto dessa seção a uma opinião contrária à do próprio jornal. O espaço abaixo do box e de toda a penúltima página é tomado por artigos de opinião de articulistas fixos do jornal (Elio Gaspari, Zuenir Ventura, Roberto DaMatta, etc) e de convidados eventuais.

Editoriais

No gráfico abaixo, temos o número de editoriais favoráveis, neutros e contrários a Dilma Rousseff nas páginas de opinião dos jornais impressos a partir de 27 de Outubro de 2014.


Artigos de opinião


No gráfico abaixo, temos o número de artigos favoráveis, neutros e contrários em relação a Dilma Rousseff nas páginas de opinião dos jornais impressos a partir de 27 de Outubro de 2014.
Colunas

No gráfico abaixo, temos o número de colunas favoráveis, neutras e contrárias a Dilma Rousseff nas páginas de opinião dos jornais impressos a partir de 27 de Outubro de 2014.

Mensagem da Vovó Briguilina

O nosso melhor é invísivel aos olhos, somente com o coração é que conseguimos enxergar. Portanto, importante não é o que vemos, mas sim o que enxergamos.


Angel, reconhecer o erro é sinal de grandeza

Hildegard Angel retira "pisada na bola" praiana. Menos mal, mas segregação ao sol não vem de ontem, não...

por Fernando Brito - Tijolaço

A colunista social Hildegard Angel andou, com toda razão, levando uma chuva de críticas por ter sugerido mudar o itinerário dos ônibus e, se necessário, até cobrar ingresso nas praias do Rio para evitar que“hordas e hordas de jovens assaltantes e arruaceiros” invadam a orla.
Menos mal que “cansada de levar pedrada”, ela retirou o texto de seu blog.
Melhor faria se tivesse se retratado do que ela própria chamou, ao escrever, de medidas  ” antipáticas e discriminatórias”.
Mas é assim mesmo, todo mundo está sujeito a dizer besteiras num momento de irritação.
O problema, e não é só dela, é que algumas pessoas se acham com mais direito que os demais a algo que não pertence a ninguém: a praia.
E que, se pertencesse, nestes dias de calor de Saara no Rio de Janeiro, justificaria uma revolução.
Esta é uma história que vem de longe e que vivi de perto.
Até 1984, só uma linha de ônibus passava pelo Túnel Rebouças. uma obra caríssima projetada e iniciada por Carlos Lacerda e terminada por Negrão de Lima, em 1967.
Era o raríssimo 473, Penha-Jardim de Alá(embora seu ponto final fosse no final do Leblon).
Havia outros ônibus ligando a Zona Norte à Zona Sul, mas pelo Flamengo e alguns pelo Túnel Santa Bárbara, entre eles o 456, ou quatro-cinco- méier, porque era do subúrbio do Méier que ele partia e era assim que eu e outros adolescentes o chamávamos, inclusive alguns que se aventuravam a carregar dentro dele uma prancha de surfe, com a qual andavam até perto do Pier de Ipanema.
Pois o Brizola, inconformado que o túnel, construído com o dinheiro de todos, só servisse, quase, aos que tinham carro (e carro era quatro ou cinco vezes mais raro que hoje, naquele tempo), mandou a Companhia de Transportes Coletivos do Estado criar três linhas: a 460, 461 e 462, saindo da estação de trem de São Cristóvão e chegando a Ipanema, Copacabana e Leblon.
Um trajeto, se tanto,  de meia hora, metade do que levava por outras vias.
Foi o que bastou para, insuflada pelo Jornal do Brasil – O Globo ainda era um jornal algo chulé – começasse uma campanha de ataques ao povão que chegava, calorento, esbaforido e alegra à praia.
Joaquim Ferreira dos Santos traduziu este sentimento em uma antológica crônica, no mesmo jornal – que maravilha era o velho “Caderno B” – da qual mostro as primeiras linhas e o espírito,recomendando que seja lida aqui:
“Ipanema, essa senhora cada vez mais gorda e poluída, reclama de novas estrias e dentes cariados em seu corpanzil: agora é culpa dos ônibus Padron, a linha 461 que, há um mês, está trazendo suburbanos para seu “paraíso”, numa viagem de apenas 20 minutos, via Rebouças. É o que dizem seus moradores, inconformados. Ouçam só:
- Que gente feia, hein?! (Ronald Mocdes, artista plástico, morador da Garcia D`Ávila, bem em frente ao ponto do ônibus).
- No outro dia eu saí da loja com um vestido comprido, alinhado, e você precisava ver o que aconteceu. Me chamavam de urubu, um horror. (Débora Palmério Fraga, gerente da Gregorio Faganello).
- É chocante dizer, mas eles estão desacostumados com os costumes do bairro. Nem vou mais à praia aqui. É farofeiro para tudo quanto é lado, olhando a gente de um modo estranho. Ficam passando aquele bronzeador. A sensação é de que eles estão invadindo o nosso espaço. (Maria Luiza Nunes dos Santos, ex-freqüentadora da praia da Garcia D`Ávila e que agora só vai ao Pepino).”
Não foi o pior do JB, legítimo porta-voz da Zona Sul carioca e sua biodiversidade.
Meses depois, o jornal se superaria, com um editorial em que dizia estar Brizola asfaltando os acessos dos morros do Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, para que os assaltantes tivessem mais facilidade em subir de volta à favela depois de, digamos, fazerem seus “ganhos”.
É curioso que o túnel da discórdia, que proibia e depois proporcionou, para horror da elite, o acesso dos pobres e pretos “feios” à praia chama-se Rebouças, em homenagem aos irmãos André e Antônio Rebouças, negros baianos que se tornaram engenheiros pelo único caminho que permitia ascensão dos pobres durante o século XIX e boa parte do XX, o Exército Brasileiro.
Um dia, talvez, as pessoas da elite brasileira entendam que a única maneira de “acabar com os pobres” não é lhes por grades, mas fazerem ascender, educarem-se e serem diferentes do que eram seus próprios bisavós ou trisavós: brutos, grosseiros, toscos e brancos.
E que alguém criado nesta sociedade não fique chocado, como eu fiquei, com a feiúra e a miséria das crianças de uma favela (que eles chamam “vila”) gaúcha em que passei, de jipe, nos arredores de Uruguaiana, com Brizola em 1989, perseguido por uma “horda” andrajosa de guris que chapinhavam na lama.
Todos eles louros e de cabelinhos claros, uma cena incompreensível para um carioca que achava que a pobreza era negra ou mulata.
Viva a diversidade humana! Viva a tolerância!



Ciro Gomes - O cimento das alianças políticas não pode ser a partilha de feudos

Confusão, parte I 



Não está fácil para as maiorias bem-intencionadas tomarem posição no quadro político. Há uma minoria governista disposta a pôr em perspectiva os graves erros e problemas do governo atual e uma minoria odienta e intolerante que se recusa a raciocinar que, passadas as eleições, o governo, em respeito à maioria, mesmo pequena, é este e tem a responsabilidade de promover o progresso do País.
Esse quadro resume nossa grande confusão contemporânea. Criticar o que está muito ruim e errado no País e na condução do governo é um sentimento justo e democrático. É muito desmantelo, muito equívoco, muito erro e uma resultante clara: o Brasil não está bem. Nossa economia está mal e não existe uma meta que nos una ou no mínimo nos divida ao redor de uma polêmica fecunda e produtiva.
A depender das elites, a parte respeitável ou a parte reacionária e escravista, nossas instituições centrais estão todas sob crítica radical. A depender do povo, a tragédia não é tão clara em suas origens, mas saúde, educação  etc. poderiam estar muito melhores. Para falar moderadamente. E as notícias infames e hiperpropagandeadas da roubalheira acrescentam uma pimenta passional ao quadro.
Tento organizar, em minha cabeça, a confusão, para não me deixar manipular pelos governistas alienados e muito menos pela reação brasileira de quem tenho definitivo nojo.
Comecemos pela ladroeira, para podermos raciocinar sobre o que de fato interessa.  Sem remover essa bagunça malcheirosa do debate central, nossa inteligência coletiva continuará a se dissipar no ódio ou no encolhimento moral da militância progressista brasileira. Esquerda corrupta ou conivente... É uma contradição em termos.
O desvio de conduta no serviço público, e especialmente na política, parece ser desagradável inerência da falibilidade humana. “O poder corrompe” é uma premissa do devaneio iluminista de Montesquieu quando imaginou um sistema de “poder controlando poder”, na busca de um sistema de freios e contrapesos que idealmente prevenisse a corrupção e outras tantas formas de abuso do poder político. Helmut Kohl, o grande estadista alemão do pós-Guerra, condutor da reunificação do país, enrolou-se em corrupção. Richard Nixon, assessorado por Henry Kissinger, visionariamente acertou as bases da até hoje mais importante relação internacional norte-americana fora da Europa Ocidental, a China. E saiu da Casa Branca para não enfrentar o impeachment ou terminar na cadeia. O PSOE, responsável na Espanha pela delicada obra da redemocratização, sistematizado no histórico Pacto de Moncloa, nunca mais foi o mesmo depois dos rolos nos quais se meteu Felipe González.
Não pretendo, nem de longe, autorizar ou compreender o caso brasileiro em relação a esses exemplos. Eduardo Cunha, Renan Calheiros, Eunício Oliveira, Cândido Vacarezza, Antonio Palocci, Eliseu Padilha e sua banda são coisa infinitamente diferente. Michel Temer... O assalto sistemático aos cofres da Petrobras e de outras tantas burras públicas é algo bem vulgar.
Mas os interessados no Brasil precisam entender o que acontece de fato e não se deixar manipular pela mídia de São Paulo e Rio de Janeiro. Com contradições e precariedades ainda, nossas instituições funcionam. A Constituição de 1988 atribuiu ao Ministério Público relevantes e modernas tarefas e ferramentas. Parte importante do centro do poder contemporâneo foi parar na cadeia recentemente. Fizemos o primeiro impeachment da história constitucional democrática ocidental.
Isso dito, vamos mergulhar um pouco mais na compreensão da parte da confusão dominante neste momento nacional. Lula, a partir do seu segundo governo, sob clara influência do pragmatismo de José Dirceu e assustado com a escalada golpista a partir do escândalo novelizado pela grande mídia no assim chamado “mensalão”, resolveu conciliar com a “banda podre” da política brasileira, concentrada, salvemos as exceções, no PMDB. A partir daí, parte do PT sentiu-se autorizada às práticas “patrimonialistas”, como Fernando Henrique Cardoso preferia chamar a ladroeira em seu governo.
Há aqui uma confusão clara. Numa hiperfederação como a nossa, em um quadro de superfragmentação partidária, pode-se compreender a necessidade de alianças contraditórias se houver uma agenda para transitar no Congresso (infelizmente não há), mas não se pode aceitar que o cimento seja a partilha sistemática de feudos de onde cada qual tira poder fisiológico e, pior, fortuna podre.
Aqui falha Dilma Rousseff. É por aí que a reação a desestabiliza e tenta desmoralizá-la. Poderia ser diferente, embora haja algum risco. Por não ser diferente, o governo não terá sossego.



Programas de proteção social serão aprimorados, garante Miguel Rossetto

O ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, afirmou hoje terça-feira (13) que o governo irá manter a agenda de afirmação de direitos e que os programas de proteção social, a exemplo do Bolsa Família e do Minha Casa, Minha Vida, não serão apenas mantidos, serão também aprimorados. As declarações foram feitas em café da manhã com jornalistas, realizado no Palácio do Planalto.




"A sociedade brasileira irá encontrar no governo espaços reais de participação e voz ativa”, assegurou Miguel Rossetto. Foto: Renan Carvalhais - Gabinete Digital/PR
“A sociedade brasileira irá encontrar no governo espaços reais de participação e voz ativa”, assegurou Miguel Rossetto. Foto: Renan Carvalhais – Gabinete Digital/PR

“Mesmo com ajustes, que são normais no início de governo, ajustes fiscais necessários, correções, todos os programas estão mantidos, todos os grandes programas de proteção social, de avanço de direitos estão mantidos em 2015 – o Bolsa Família, o Minha Casa, Minha Vida, todos os programas serão mantidos e obviamente qualificados pelo aprendizado”, disse o ministro.

Miguel Rossetto ainda destacou que as mudanças na concessão de benefícios trabalhistas e previdenciários serão apresentados às centrais sindicais em reunião ainda em janeiro. Além dele, participarão também do encontro, a ser realizado em São Paulo, os ministros da Previdência Social, Carlos Gabas, do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, e do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa.

Sobre reforma política, Miguel Rossetto disse que as discussões serão retomadas ainda no primeiro trimestre. Segundo ele, o entendimento do governo é que essa é uma agenda definitiva para a sociedade brasileira. Nesse contexto, apresentou também que será aberto um diálogo sobre a elaboração do Plano Plurianual (PPA), para orientação das políticas públicas.

“A presidenta Dilma Rousseff já manifestou, todas as suas três falas desde que assumiu, seu compromisso de responder essa expectativa. O governo tomará iniciativas para estimular a retomada desse debate. (…) Estamos preparando, como exemplo, com o ministro Nelson do Planejamento, vamos apresentar um projeto aberto de debate sobre o PPA, que é um instrumento muito importante de atualização do País. Nós vamos fortalecer o nosso PPA, um grande instrumento de planejamento. Deverá ser apresentado em agosto no Congresso Nacional”, falou.

Respondendo a perguntas dos jornalisatas, o ministro frisou que apenas durante o governo Dilma foram destinados à reforma agrária 3 milhões de hectares. “Estamos falando de um estado do Alagoas. É uma dimensão importante.” Reiterou que as políticas do governo têm sido bem sucedidas em aumentar a produção de alimentos no País e em ampliar a renda dos que produzem. “A renda dos agricultores aumentou em 52%, temos conseguido fazer com que a agricultura dinamize as nossas regiões, temos qualificado a capacidade de produção dos acampamentos, dos agricultores familiares. Todos aqueles que produzem com qualidade fazem parte de um projeto nacional.”

O ministro assinalou, sobre seu mandato, que será pautado pela construção de uma agenda permanente de diálogo com a sociedade civil. De acordo com ele, com esse subsídio, serão construídas todas as agendas de mudança e reforma do governo da presidenta Dilma.

“É minha responsabilidade tomar iniciativa e estimular, incentivar o amplo e permanente e verdadeiro processo de discussão política com a sociedade civil. É melhor quando nós construímos e atualizamos nossas políticas públicas a partir de um diálogo com a sociedade. Isso significa que nós reconhecemos uma enorme vitalidade política, vigor, inteligência da sociedade brasileira que irá encontrar no governo espaços reais de participação e voz ativa”, afirmou.