Briguilina

Só uma certeza me sustenta, confio na Presidenta
no twtter de Mirtes Pinto


Brasil 247: Graça cai. Meirelles cotado. Ações disparam




Olhar Digital

A Motorola voltou a apresentar resultados positivos, agora que pertence à Lenovo. Emcomunicado feito nesta terça-feira, 3, a companhia chinesa revelou que sua nova marca de dispositivos móveis vendeu 10 milhões de aparelhos em 2014 - uma alta de 118% que colocou US$ 1,9 bilhão no caixa da Lenovo.
Claro que, como destaca o Engadget, parte desses resultados está relacionada à época em que o Google ainda era dono da Motorola. Mesmo assim, os resultados aumentaram os números da divisão mobile da Lenovo em 78%.
A aquisição também ajudou a posicionar a Lenovo como terceira maior no mercado de smartphones, atrás apenas de Apple e Samsung.
A alta nas vendas da Motorola pode fazer com que a marca se torne lucrativa em breve, segundo a Lenovo. Até porque seus aparelhos ainda não são vendidos na China.


Jânio de Freitas: na frente de combate

no Folha de São Paulo

Nada é mais relevante na política brasileira, desde a noite de domingo, do que os gestos de Gilberto Kassab para concretizar a criação do PL que ele pretende incorporar ao seu PSD, para formar um numeroso partido governista. Logo, nenhum político é hoje mais valioso do que o próprio Kassab, agora portador de um potencial que nem o governo tem, para alterar o panorama político resultante da presidência de Eduardo Cunha na Câmara.

Cartas a Lula

Bernardo Kucinski
Divulgação
Sinopse: Durante o mandato presidencial de Lula, entre os anos de 2003 e 2006, Bernardo Kucinski atuou como assessor especial da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República e reúne nesse livro impressos escritos diariamente guardados em envelopes e entregues ao presidente na primeira hora do dia. As cartas narram de forma exclusiva o processo de criação do Fome Zero, os embates em torno do salário-mínimo e o estouro do escândalo do mensalão.  De forma crítica e direta, os informativos, também usados para pautar as reuniões diárias da cúpula do governo, comentam os principais temas veiculados na mídia e que seriam decisivos na vida do Brasil. Cartas a Lula revela as decisões e posições adotadas pelo presidente, e apresenta uma maneira singular de conhecer a história recente do país.
Abaixo, texto de Bernardo Kucinski sobre seu livro:

Renato Barrocal: vejam só quem aparece no Facebook

na Carta Capital

Qual é a moda do verão em Brasília? Autoridades serem entrevistadas por cidadãos comuns em uma das mais populares redes sociais da web, o Facebook. Desde o início do ano, quatro ministros passaram pela experiência e já há outros com planos de encarar o chamado Face to Face. Até aqui, as conversas abordaram temas delicados, como as novas (e duras) regras de pagamento de seguro-desemprego e abono salarial e o aumento de impostos. Não importa. O governo vê a internet como um palco em que se sai melhor na luta pela conquista da opinião pública e prepara um gasto recorde com propaganda nesse tipo de mídia, uma decisão que ajuda na sobrevivência financeira de sites e blogs.

Os bate-papos virtuais têm ocorrido nos gabinetes dos ministros, com duração de uma a duas horas e uma estrutura simples: um computador e um celular capaz de gravar depoimentos da autoridade sobre a experiência. Como as perguntas chegam aos magotes, o ministro pinça as que responderá conforme sua conveniência. Podem ser assuntos de seu interesse ou que exigem uma posição do governo. Eles ditam as respostas e em geral quem as digita é um assessor. Apesar de a internet ser fértil em baixarias, predomina o tom respeitoso.

O último ministro a enfrentar a sabatina virtual foi Ideli Salvatti, dos Direitos Humanos. Na tarde da segunda-feira 19, ela condenou a pena de morte, ao falar da execução de um brasileiro na Indonésia, e a redução da maioridade penal, tema cercado de “mitos que precisam ser derrubados”. Prometeu tirar do papel mecanismos antitortura. E defendeu criminalizar a homofobia, apesar de o Congresso ser um obstáculo a “legislações referentes ao ódio, à violência e à discriminação”. Para tentar dar charme à “entrevista” e fazê-la correr a web, a equipe de Ideli procurou a apresentadora Xuxa para informá-la a respeito. Deu certo. Porta-voz da lei antipalmada, a ex-global participou da conversa e perguntou o que o governo faria para a lei “pegar”.

Joaquim Levy, da Fazenda, também já encarou internautas e foi uma exceção: digitou as próprias respostas. Deixou claro que a alta de impostos recém-anunciada estava a caminho. Parecia à vontade para uma doutrinação ortodoxa. Convidou os internautas a conversar com amigos e parentes sobre a importância de o governo não gastar mais do que arrecada. O que já acontece, aliás, pois o País só cai no vermelho quando a despesa com (altos) juros da dívida entra na conta. Ao ser questionado sobre ser um “Chicago Boy”, foi bem humorado e disparou: “Ninguém come realmente de graça”.


Carlos Gabas, da Previdência Social, e Manoel Dias, do Trabalho, passaram pela sabatina com a missão de explicar e tirar dúvidas sobre as indigestas mudanças no pagamento de benefícios como seguro-desemprego, abono salarial e pensão por mortes, com as quais o governo espera economizar 18 bilhões de reais. A ida dos dois para a trincheira foi estimulada pelo Planalto, ao considerar que o abacaxi requer ser descascado com extremos cuidados para ser digerido no Congresso.

Nelson Barbosa, do Planejamento, e Alexandre Tombini, do Banco Central, demonstraram interesse em participar do Face to Face e podem ser os protagonistas dos próximos capítulos. Um deles inclusive enviou um assessor para acompanhar a conversa de Levy.

A crescente opção do governo pelo uso da internet como meio de comunicação tem duas explicações. A primeira é a propagação da rede mundial no País, com números e aplicações capazes de chamar a atenção internacional. A quantidade de pessoas a navegar na web diariamente no Brasil subiu de 26% em 2013 para 37% no ano passado, segundo uma pesquisa do Ibope encomendada pelo Palácio do Planalto. Em 2014, os navegantes gastaram, em média, cinco horas por dia na rede, 30 minutos mais do que o público da tevê, principal veículo do País, passou grudado à telinha. A vantagem anterior era de apenas dez minutos.

Arena dos Face to Face ministeriais, o Facebook é apontado como fonte de informação por 83% dos internautas brasileiros, um índice que impressionou a direção da empresa, por quase não ter paralelo em outros países. Rede social do momento, o WhatsApp é fonte para 58%. Foi explorado de forma tão intensa e pioneira na recente eleição presidencial, que estrategistas políticos norte-americanos já procuraram envolvidos na campanha brasileira para se informar a respeito, de olho na sucessão do presidente Barack Obama em 2016.




Além da disseminação, a internet caiu nas graças do governo por ser um terreno com mais espaço para as autoridades expressarem suas ideias e políticas, sem a seletividade imposta pela limitação e pela linha editorial das mídias tradicionais. Não é de se estranhar, portanto, que o Planalto prepare um gasto inédito de propaganda na internet este ano, um investimento com o qual ajuda a sustentar sites e blogs. A intenção é aplicar 18% da verba publicitária dos ministérios, 20% a mais do que em 2014. Algo como 135 milhões de reais, de um total estimado em 750 milhões.

A ampliação da fatia da internet na publicidade federal não ameaçará a liderança da televisão. As emissoras levaram cerca de 60% dos recursos no ano passado e devem ficar com o mesmo quinhão agora. Apesar de a audiência estar em declínio, o recente levantamento do Ibope apurou ter subido de 65% para 73% o número de brasileiros que, em 2014, declararam ver tevê diariamente, talvez por causa da eleição presidencial. E é essa pesquisa que orienta a distribuição das verbas. Conclusão: rádios, jornais e revistas vão perder dinheiro em 2015.

Paulo Nogueira: Já era mesmo tempo de acabar a aliança PT-PMDB

Durou o que tinha que durar a melancólica aliança entre PT e PMDB na Câmara dos Deputados.
Ela começou a ruir quando Dilma se incomodou com o monumental preço a pagar por ela: não mexer no âmbito da Câmara em nada que ameaçasse velhos e irremovíveis privilégios.
E, por extensão, praticar o que existe de mais arcaico e deletério na política: o clientelismo que é a alma, o corpo, o tudo e o nada do PMDB.
Foi uma parceria que não elevou o PMDB e rebaixou o PT.
Cansada do custo de ter o PMDB ao lado, Dilma agiu a partir de determinado momento como alguém que não suporta mais um casamento mas não sabe exatamente como rompê-lo. Foi deixando claro o enfado, o desprezo pelo laço que a prendia — e ao país — a tanto atraso.
Eduardo Cunha aglutinou então, no PMDB, o batalhão dos descontentes e desprezados. O desfecho se deu ontem.
Não estava escrito, mas desde o princípio estava entendido que o apoio do PMDB a Dilma não seria mantido caso a pauta do governo abrangesse itens essenciais à sobrevida dos peemedebistas, como o financiamento privado das campanhas e a regulação da mídia.
O PMDB não sobrevive sem os milhões de reais que vão dar nele para defender uma agenda conservadora. E a regulação acabaria com o coronelismo eletrônico da elite do partido.
A situação, agora, é curiosa.
As Jornadas de Junho mostraram que o país já não suporta o tipo de política representado pelo PMDB.
E a eleição de Eduardo Cunha é a negação do desejo de renovação demonstrado nas manifestações.
Isso leva a uma conclusão: o futuro da agenda política nacional vai ser decidido nas ruas.
Para que o conservadorismo do PMDB não faça o relógio andar para trás, os movimentos sociais vão ter que se mexer.
A militância petista, nestes anos todos de Lula e Dilma, ficou em casa, temerosa de atrapalhá-los.
Agora, os militantes vão ter que tirar o traseiro do sofá – e não apenas para defender causas progressistas.
Trata-se, também, de proteger a democracia e impedir que prosperem ambições golpistas expressas numa palavra sinistra: impeachment.
Foi fácil derrubar Collor porque ele não tinha sustentação nenhuma nem nos partidos e nem na sociedade.
Seria muito mais complicado tentar o mesmo com Dilma – mas isso tem que ficar evidente para quem porventura pretenda enterrar 54 milhões de votos.
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