Mais flores para Dilma!

Quadrilha de Curitiba tenta legalizar propina de 10%





Curitiba - Carlos Fernando Lima, procurador que participa da força-tarefa da lava jato no Paraná, pretende "legalizar" um fundo com recursos recuperados na operação sob o controle do togado Sérgio Fernando Moro.

"Estamos levantando os valores e preparando encaminhamento do destino do dinheiro. A ideia é que o juiz determine o destino de 90% dos valores para as vítimas e os outros 10% fiquem depositados na conta até a regulamentação de como essa aplicação dos recursos seria feita."

Os morojás de Curitiba querem institucionalizar a propina em 10%.
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A dupla personalidade única de um traíra

Novo Temer, velho Michel
Em campanha para se efetivar no cargo, o presidente interino adotou uma dupla personalidade. Para o público externo, ele tenta se vender como o novo Temer, um líder austero e comprometido com o ajuste fiscal. Para os políticos, continua a ser o velho Michel, especialista em barganhar cargos e verbas em troca de votos no Congresso.
O novo Temer buscou o apoio de empresários do agronegócio na segunda-feira (4), em São Paulo. Ele prometeu limitar o gasto público, pregou uma era de “muita contenção” e se disse pronto a anunciar “medidas, digamos assim, mais impopulares”.
Faltou explicar o que isso significa, mas a plateia se deu por satisfeita com a manifestação de desprendimento. “As pessoas me perguntam: mas você não teme propor medidas impopulares? Não, meu objetivo não é eleitoral”, recitou o peemedebista.
Nesta terça (5), em Brasília, o interino voltou a atuar como o velho Michel. Abriu o gabinete presidencial para um comitiva de nove senadores e prometeu abrir o cofre para concluir um pacote de obras a serem escolhidas pelos próprios políticos. O objetivo da generosidade é claro: assegurar votos a favor do impeachment.
Fora do mundo da propaganda, o velho Michel está ganhando do novo Temer de goleada. Seu pacote bilionário de bondades já incluiu aumentos para o funcionalismo, alívio nas dívidas dos Estados e uma ampla liberação de emendas parlamentares.
O economista Gil Castelo Branco, crítico da gastança no governo Dilma, aponta uma ação “completamente contraditória” com o discurso de austeridade. “Desde que ele [Temer] assumiu, o que temos, na verdade, é o crescimento de despesas”, disse, ao jornal “El País”.
A dupla personalidade do interino também se manifesta na ocupação da máquina. O novo Temer promete conter indicações políticas e combater o “aparelhamento” da era petista. O velho Michel acaba de descolar uma chefia regional do Incra para o filho do deputado Paulinho da Força.
por Bernardo Mello Franco na Folha de São Paulo

Kátia Abreu defende Dilma!


O homem mais poderoso do Brasil, por Alex Solnik

O homem mais poderoso do país não é o mais rico. Senão, seria Jorge Paulo Lemann. Mas o seu poder depende da sua fortuna. Se falir, seu poder se esgota.
   O homem mais poderoso do país não é o dono da maior rede de TV. Senão, seria João Roberto Marinho. Mas se o sinal for apagado por alguém mais poderoso, seu poder acaba.
   O homem mais poderoso do país não é o que está sentado na cadeira de presidente da República. Senão, seria Michel Temer, mas ele não tem votos nem para ser síndico de prédio.
   O homem mais poderoso do país não é o mais temido. Senão, seria Sérgio Moro. Mas quando acabar a Lava Jato seu poder será nenhum.
   O homem mais poderoso do país não é o mais esperto. Senão, seria Eduardo Cunha. Mas quando seus recursos terminarem ficará sem poder.
O homem mais poderoso do país é aquele que não precisa de um cargo para ser poderoso.
   Não precisa de uma conta bancária para ser poderoso.
   Não precisa de uma rede de TV.
   Não precisa de cúmplices para ser poderoso.
É aquele que tem poder mesmo quando não está no poder.

Senador Ronaldo Caiado vencedor do 1º *Imgnobecil

* Prêmio que o Briguilino acaba de criar depois de saber que o imbecil da duas patas pediu a PGR para investigar Dilma Rousseff por causa da vaquinha que suas amigas criaram para arrecadar dinheiro para presidente pagar despesas de viagens em defesa da democracia. 

O argumento da anta (que as antas de quatro patas me perdoem) é que:

"O crowdfunding não permite saber quem doou".

Ele deve ter cartão de crédito anônimo. Se não tem, acabou de inventar.

Mas, que ninguém se surpreenda se o Janota acatar o pedido, enviar para o STF e o mininistro escolhido por sorteio, seja...tchan,tchan,tchan....Gilmar Mendes.

Corja!

E por falar em Ladrões onde andam os marinhos e ramphastos graúdos? 

A pressa em limitar os gastos do governo

A luta democrática e em defesa dos interesses nacionais acirra-se a olhos vistos e, em paralelo a ela, cai cada vez mais a máscara daqueles que tentaram disfarçar o impeachment sob véus legalistas. 



A situação ficou pior, para os golpistas depois que peritos do Senado comunicaram à Comissão de Impeachment que as operações pelas quais Dilma Rousseff é acusada – as chamadas pedaladas fiscais – foram legais. 

Neste quadro de incertezas destaca-se a pressa com que a equipe econômica do governo usurpador, formado por representantes do grande capital brasileiro e internacional, tenta inscrever seus interesses na Constituição, no esforço de torná-los permanentes.

São setores certamente movidos ante o repúdio a Michel Temer e seu governo ilegítimo, revelado nas ruas e também nas escassas pesquisas de opinião veiculadas pela imprensa – como a do Instituto Ipsos, feita entre 2 e 13 de junho – que mostra a desaprovação crescente do governo impostor. Nesta pesquisa Michel Temer figura com 70% de opiniões contrárias.

É neste quadro de rejeição que o grande representante do mundo financeiro na equipe de Temer, Henrique Meirelles, ocupante do Ministério da Fazenda, se apressa em apresentar e forçar uma mudança fundamental para os interesses da especulação e do grande capital. Meirelles quer criar um teto constitucional para os gastos do governo e criar com isso regras que obriguem a todos os governos, nos próximos 20 anos (isto é, até 2037) a seguirem uma política econômica estritamente neoliberal,mesmo que não concordem e sejam contrários a ela.

A Proposta de Emenda Constitucional apresentada por ele cria uma situação pior do que a gerada pela Lei de Responsabilidade Fiscal (que na verdade é uma lei para dar preferência ao pagamento de juros à especulação).

A PEC que fixa um teto para as despesas do governo corta todos os gastos de natureza social – saúde, educação, segurança, etc. E impede o crescimento de todos os demais investimentos do governo. Tudo isso para garantir apenas o pagamento de juros para a especulação. 

Daí a pressa. Especuladores de todo tipo esperam que, pelo menos, o governo impopular de Michel Temer sirva para mudar a Constituição na qual alegam que os gastos sociais não cabem. E que amarrem todos os demais governos, nos próximos anos, impedindo que a riqueza nacional patrocine o desenvolvimento do país. Não querem isso – querem engordar suas contas bancárias apenas. E o povo, os trabalhadores, os que produzem as riquezas brasileiras, que fiquem com o que sobrar. 

A pressa para aprovar este tipo de proposta revela, mais uma vez, a natureza de classe do golpe – na divisão das riquezas nacionais (as naturais, como o pré-sal, e as produzidas pelo trabalho humano), querem abocanhar uma parcela cada vez maior, e segura, para os muito ricos. A despeito do país e suas necessidades.

Editorial 
Vermelho
A Esquerda bem informada