da Rede Brasil Atual
Prefeito de São Paulo avaliou que eleição deste ano será marcada por campanhas de difamação, mas está otimista quanto a sua situação no pleito. Ele também considera que o governo estadual é "blindado"
Em entrevista à Rádio Brasil Atual o prefeito e pré-candidato à reeleição na capital paulista, Fernando Haddad (PT), avaliou que houve um movimento da elite nacional para nivelar por baixo o debate político, pondo de lado a discussão sobre propostas e tornando a todos potencialmente suspeitos. "Eu entendo que foi tomada uma decisão política pelo establishment, de suprimir a contradição política no país. Não é derrotar. Porque derrotar é pôr ideias em debate, um dos lados vence. É a supressão da representação política dos debaixo que, pela primeira vez em 500 anos, conseguiram encontrar uma voz", afirmou.
De acordo com o prefeito, o resultado dessa ação, no entanto, não foi vantajoso para partidos, empresas ou para a sociedade e fomentou o crescimento da intolerância no país. "As pessoas já não conseguem discernir. Estão jogando todos na vala comum. E, em vez de fortalecer propostas, você está enfraquecendo a todos, políticos e também empresários. Não tem ninguém ganhando com isso."
Haddad credita parte dessa situação a setores da imprensa, que, conforme avaliou, não têm se preocupado em separar opinião de informação, realizando, na prática, campanhas difamatórias em emissoras de rádio e televisão.