Mister Bean e a lavagem de apartamento, por Luis Nassif


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De todos os absurdos lógicos da Lava Jato, o campeão inconteste é o caso do apartamento que foi lavado. Segundo a brilhante versão dos bravos procuradores da Lava Jato, endossada pelo juiz Sérgio Moro, o tal triplex foi uma propina paga a Lula, em troca de facilidades em três contratos com a Petrobras (depois, quando não conseguiram provas documentais sobre os tais contratos, trocaram por contrato genéricos).
Toda a lógica da lavagem de dinheiro é a da destruição dos rastros das propinas.
O corruptor paga o corrupto em conta no exterior, preferencialmente em paraíso fiscal em nome de uma offshore – isto é, uma empresa aberta no exterior. A empresa é registrada por um escritório especializado, que fornece seu próprio endereço como endereço da empresa.
Só o dono da empresa e o escritório de advocacia sabem de quem.
A grande característica, comum a todos os processos de lavagem de dinheiro:
  1. Não se pode saber de onde veio o dinheiro. Isto é, a identidade do corruptor.
  2. Não se pode saber para quem foi o dinheiro. Isto é, a identidade do corrupto.
É por isso que, para trazer dinheiro de volta para o Brasil, recorre-se a diversos métodos de lavagem: compra de obras de arte, compra superfaturada de imóveis, compras de sites superfaturados e coisas do gênero (antigamente eram as famosas heranças de tias distantes).
É nisso o que os bravos procuradores se apegam para confessar sua impossibilidade de apresentar provas das corrupções denunciadas. Como explicam, o dinheiro é um bem fungível, ou seja, pode ser substituído por outro da mesma espécie.
De repente, o comandante maior do maior esquema de corrupção do planeta, o mais sofisticado, aquele que envolve centenas de empresas offshore, de paraísos fiscais, é acusado de ter montado a seguinte operação: em vez de pagamento em espécie, através de algum fundo offshore, exige um apartamento mobiliado, para uso próprio.
Cria-se, então, uma história à altura de Mr. Bean.
A OAS (corruptora) dá um apartamento a Lula (o corrompido). E, espertamente, para disfarçar o rastro do dinheiro, não repassa o título de propriedade.
Imagine-se a cena. Lula sai na calçada para ir para a praia com seu engradado de cerveja na cabeça e o transeunte pergunta:
- Você mora aqui?
- Moro.
- É apartamento próprio?
- Não, a OAS me empresta nos fins de semana.
Como já conceituei, é o primeiro caso em que lavagem de dinheiro foi substituída por lavagem de apartamento.
by GGN

Boa tarde

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Que a paz, gratidão, solidariedade e amor faça morada em teu coração
Que todos teus caminhos sejam floridos e que você seja feliz.
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Colunista do dia: Diogo Costa

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Eleição 2018: Perda de tempo #PrevisãoEleiçao2018
É pura perda de tempo ficar gastando munição com John Dólar, com Osmarina Silva ou com o Bozonaro.
John Dólar não manda absolutamente nada dentro do PSDB e não será o candidato presidencial.
Osmarina vai ser candidata para atrapalhar a esquerda, como faz desde 2010, mas não tem chance alguma (nunca teve).
Bozonaro é um coió de mola que nem sabe se será de fato candidato (os tucanos querem oferecer a ele a vaga de senador no Rio).
A disputa real, que envolve povo e PIB, será entre Lula (PT) e Alckmin (PSDB). Péssima notícia para quem não gosta da polarização entre PT e PSDB - mas ela é real e não uma miragem.
A grande esperança dos golpistas é o Picolé de Chuchu contra um Lula cercado e perseguido implacavelmente pelas instituições tucanas do MP, da PF e da "Justiça". E também pela mídia venal (Globo à frente).
Não citei o PSOL e outros partidos porque para chegar a um segundo turno é preciso fazer mais do que 1% de votos válidos.

Recordar é viver

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Dilma também avisou: Não ficará pedra sobre pedra. A quadrilha de Curitiba e os procuradores estaduais e federais continuam protegendo os colegas emplumados, mas até muitos coxinhas já perceberam a cumplicidade. Corja!

Dallagnol é um fora da lei ou está acima dela?

Reinaldo Azevedo: Dallagnol virou procurador contra o que diz a lei. E ficou na base da “teoria do fato consumado”

1: Dallagnol colou grau, como bacharel em direito, no dia 6 de fevereiro de 2002;
2: segundo o Artigo 187 da Lei Complementar nº 75/93 (Estatuto do Ministério Público da União), só podiam se inscrever para prestar concurso “bacharéis em Direito há pelo menos dois anos, de comprovada idoneidade moral”. NOTE-SE: a Emenda Constitucional 45, que é de 2004, elevou esse prazo para três anos;
3: Mas vocês sabem como é Dallagnol… Ele é um rapaz apressado. Seu Twitter prova isso. Vive pedindo a prisão de pessoas que nem denunciadas foram. Aproveitou a circunstância de que seu pai era um procurador aposentado do Ministério Público do… Paraná e, ORA VEJAM, CONSTITUIU-O COMO ADVOGADO E ENTROU COM UM RECURSO PARA PRESTAR O CONCURSO EM 2002, MESMO ANO EM QUE COLOU GRAU, AINDA QUE A LEI O IMPEDISSE. Que dois anos que nada! Isso era para os mortais!;
4: e, acreditem!, ele conseguiu, sim, uma liminar na Justiça Federal do Paraná para participar do concurso. Por quê? Não tentem saber! É impossível!;
5: sim, ele foi aprovado no concurso de 2002;
6: em 2003, já começava a exercer as funções de procurador no Tribunal de Contas União, com nomeação publicada no Diário Oficial;
7: a Advocacia Geral da União recorreu contra a flagrante ilegalidade. O que fez o juiz relator do caso, em 2004, no Tribunal Regional Federal da Quarta Região? Empregou a teoria do fato consumado, o que acabou sendo confirmado pela turma;
8: o recurso chegou ao Supremo, e decisão monocrática manteve Dallagnol no MPF; a AGU não recorreu;
9: a “teoria do fato consumado” em matéria de concurso público, sempre repugnou os juízes; em 2014, o STF bateu o martelo: não pode e pronto!;
10: sic transit gloria mundi…Fazer o quê? Fico aqui pensando o que diria Dallagnol se fosse um adversário seu a viver tal circunstância…

Pedro Lalau Parente entrega a Petrobras aos gringos, por Emanuel Cancella

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***O argumento máximo que ouço dos golpistas, da alta cúpula e da base, é de que a Lava Jato é importante porque prende pessoas poderosas. Quer dizer que prender pessoas poderosas sem provas, por convicção ou pelo domínio dos fatos, é justiça?

Assim como a Lava Jato tem apoio da mídia, do MPF e do STF, Hitler também tinha apoio da ampla maioria dos alemães e de grande parte do mundo, tanto que a burguesia francesa fez festa quando os alemães invadiram a França (1). Qualquer semelhança entre os tribunais nazistas e a Lava Jato não é mera semelhança, haja vista que, nos tribunais nazistas, para ser condenado, bastava ser judeu, cigano ou negro. Na Lava Jato, todo petista é suspeito e, para ser condenado e preso, não há necessidade de qualquer prova.

A Lava Jato foi criada a partir da CPI da Petrobrás e fez um trabalho profícuo quando prendeu diretores e gerentes da companhia e confiscou bens, claro que só na gestão do PT, na Petrobrás.

Tudo leva a crer que houve uma orquestração para derrubar a presidente e desmoralizar a Petrobrás, pois eram vazamentos diários com factoides envolvendo a presidenta e diminuindo a Empresa, ficando o caminho livre para os gringos levarem nosso ouro negro.

Tanto que, depois da saída de Dilma do governo, a Lava Jato parou seus trabalhos na Petrobrás. Foi nomeado então, pelo golpista Michel Temer, o tucano Pedro Lalau Parente que entrega a Petrobrás aos gringos, tudo ao arrepio da lei, pois “vende” sem licitação, para quem quer e pelo preço que ele mesmo determina, bens valiosíssimos, tais como:

- Campos de Carcará do pré-sal;
- Petroquímica;
- Usinas de biocombustíveis;
- Fábricas de Fertilizantes;
- O os dutos mais importantes, lucrativos e estratégicos da companhia, como o do sudeste- NTS (3,4,5).

Agora Lalau tem inclusive o aval da Conselho de Administração para vender a BR.

Com essa política de entreguismo de Lalau, só vai restar a área de exploração e produção na Petrobrás, pasmem, Lalau ainda contratou para essa área a petroleira considerada a mais corrupta do mundo, a francesa Total (7). Lalau finge esquecer que, nessa área, a Petrobrás já conquistou pela 3ª vez o “Oscar” da indústria do petróleo.

Enquanto isso, agora a Lava Jato se dedica exclusivamente e tentar prender sem provas, ou pelo ao menos tornar inelegível, o ex-presidente Luís Inácio da Silva.

Tudo na Lava Jato busca o estrelismo, aliás, a operação vai virar até filme, a partir de setembro: Operação Lava Jato – Policia Federal: A lei é para todos. Claro: Menos para os tucanos!

A Lava Jato engana a sociedade dizendo que combate a corrupção, na verdade está fazendo política contra os representantes do povo. O PT é só a bola da vez, se outro partido de esquerda estivesse bem nas pesquisas a Lava Jato também o atacaria e inventaria crimes.

Nesse uso da justiça para fazer política para os donos do capital, a Lava Jato fez campanha para o senador tucano, Aécio Neves, e não foi só o blog dos delegados da Lava Jato que chamou Lula e Dilma de “anta” (8).

Veio também da Lava Jato, nas vésperas da eleição, a notícia vazada com a farsa de que Lula e Dilma sabiam da corrupção na Petrobrás, logo virando matéria de capa da Veja e chamada principal do Jornal Nacional da Globo, mesmo já sendo proibida pelo TSE. O próprio advogado do pseudo-delator desmentiu tudo, mas só depois da eleição. Dilma ganhou a eleição mesmo assim, entretanto a Lava Jato e Globo continuaram em campanha, então para derrubá-la (9,10).

É bom lembrar que, na Petrobrás, funcionário de carreira além de fazer concurso público, tem investigação social e ficha suja lá não entra. Pedro Lalau Parente não é funcionário de carreira, talvez por isso, mesmo sendo réu por venda criminosa de ativos, desde a época de FHC, tenha sido indicado (6).

Lalau, assumiu o posto máximo na empresa indicado por um golpista Michel Temer e, sem nenhum constrangimento, e com o conluio da Lava Jato, cuja principal função seria investigar a Petrobrás, continua a fazer a festa dos gringos e a derrocada do Brasil.

Assim como o tribunal nazista de Nuremberg, a Lava Jato irá para o lixo da história; porém; até serem desmascarados, os nazistas fizeram milhões de vítimas. Quantas vítimas ainda irá fazer a Lava Jato? ***

A sociedade que condecora Moro é movida a ódio, mentiras e aparências

Armando Coelho Neto: Numa democracia e em tempos normais, quem apoiaria Sérgio Moro?
“As ordens sem objetivo prático são fontes naturais de insubordinação e indisciplina”. Com essas palavras, um instrutor da Academia Nacional de Polícia (centro de formação dos Policiais Federais do Brasil), preparava o espírito dos incautos alunos para o que vinha depois, Leia-se o que viria na sequencia “tinham objetivo prático” e, portanto, suas máximas eram fontes naturais de subordinação e disciplina. Instaurada a fonte das verdades sacramentadas, os pressupostos que regeriam as coisas estavam “sergiomoriamente” explicados. O que daquele mestre advinha tinha o selo doutoral, a “chancela do bem” de que fala a mestra Marilena Chaui.
Desde que entrei na PF nunca fiz o gênero bonzinho, cordato e a fala daquele instrutor não surtiu em mim o efeito esperado. Assim, quando via as velhinhas que se arrastavam de Santa Rita do Passa Quatro/SP para deporem sobre fraudes previdenciárias e não ter o dinheiro da passagem para voltar para casa, desconfiava haver algo errado naquilo. Como assim? Então não vamos investigar e a previdência vai continuar sendo roubada? Essa era a pergunta mais comum nesses e em outros casos que redundavam em prejuízo público. Como explicar não estar defendendo a corrupção, que cada um deve responder pelos seus atos, que a lei precisa ser cumprida... Mas só daquela forma?
É difícil intimar para a realidade novos procuradores, juízes e delegados -  cabelinho na moda, frequentadores de academia ou templos evangélicos e que repassam vídeos da Ferrari dourada do filho do Lula. Sobretudo quando ao saírem dessa fantasia, mergulham de forma seca sobre leis, sem saber sequer quem as criou. Engolfados na presunção do saber se permitem a delírios conjecturais sobre quem sabia ou deveria saber de ações criminosas. Seguindo o precário raciocínio, o leitor pode presumir que os oficiantes da Farsa Jato sabiam da macabra operacionalidade dos poderes da República, simplesmente porque têm acesso a informações fiscais, bancárias, telemáticas, nacionais, internacionais e tem a faculdade plena de bisbilhotar a vida de qualquer um. Cúmplices?
Voltemos à Passa Quatro. Eis que anos à frente, um dia um delegado federal juntou todos os inquéritos, pegou uma viatura e se deslocou até Santa Rita e outras tantas cidades em situação igual. Tomou o depoimento de todas as velhinhas - que aliás, o recebiam com cafezinho e bolo de fubá. Em pouco tempo, o delegado chegou ao fio da meada, separou as velhinhas expertas das de boa fé, identificou reais vítimas, os crime famélicos etc etc e encontrou o caminho da fraude, cuja raiz era gente lá “de cima”. Dali pra frente, obviamente, nada mais poderia fazer e qualquer semelhança com o Caso Banespa – o doleiro e o juiz eram os mesmos e a emissora de maior audiência também. Travou no político.
Só que em Passa Quatro, o Partido dos Trabalhadores era embrionário, Lula não ameaçava ninguém, não tinha Fórum de São Paulo e os podres arquivos da ditadura estavam muito bem guardados dentro da Polícia Federal.  Bom lembrar que naqueles tempos, Sérgio Moro era um adolescente e desfrutava, sem saber, os prazeres da sociedade que “condena” e dela recebe condecorações...
Moro tem um quê daquele militar lá de cima e vai mais além, na medida em que por vaidade ou encantamento, tenta encarnar também a tal pós-verdade,que segundo a Universidade de Oxford, é um substantivo “que se relaciona ou denota circunstâncias nas quais fatos objetivos têm menos influência em moldar a opinião pública do que apelos à emoção e a crenças pessoais” (Colei do Google). É o que chamamos aqui, semana passada  de “ensimesmado no eu e suas circunstâncias”, nelas incluídas suas próprias contradições. Moro quer falar bonito quando fala de liberdade de imprensa, e que teria cumprido o seu papel, como o delegado que interrogava as velinhas de Passa Quatro e as abandonava a pé. Chegou ao viés político e, preso a ele, vive refém da narrativa que Farsa Jato plantou na mídia.
Lula está condenado pela tal pós-verdade e isso pode explicar a cara de paisagem de uma procuradora da República, durante um confronto com o jornalista Reinaldo Azevedo, no programa Roda Viva (TV Cultura). Ela disse que a sentença do Paladino de Ponta Grossa/PR era justa, imparcial, técnica..  Só faltou dizer salvadora da Pátria. E foi aí que o tal Azevedo disse que a sentença é frágil, marcada por “piruetas intelectuais inaceitáveis”. A primeira, diz ele: falta prova material de que o tríplex seja do Lula. A prova existente é a de que o dono do tríplex é outro e essa prova não foi desqualificada por Moro. Ele apenas ignorou. De quebra, Azevedo dá uma liçãozinha primária à procuradora: “no direito penal não existe redistribuição do ônus da prova” (ministro Celso de Mello).
A lamborada seguinte foi de tingir a raiz do cabelo da procuradora loira artificial. Azevedo disse que Dalagnol parece um adolescente espinhento, pedindo no Facebook a condenação desse ou daquele político, o que é incompatível com um homem de Estado. Destacou a sanha ditatorial messiânica dos oficiantes da Farsa Jato (savonarolas?), apontando inclusive as medidas fascistas sugeridas por Dallagnol na proposta de lei contra a corrupção. A reação da procuradora muito lembrou as entrevistas concedidas pelas chiques e bem informadas manifestantes da Av. Paulista durante os protestos pelo golpe. Ela reagiu como as tais medidas fossem algo democrático.
***
Há quem diga que o tal Azevedo pegou pesado, mas não. Ele foi apenas objetivo, ao trazer aquela servidora pública de que a doutrina é clara: diante da presunção de inocência não há cargas probatórias impostas ao acusado. A prova dos autos é que o tríplex é de outrem, mas na impossibilidade de negar o óbvio, Moro trata o assunto como ocultação “ainda que singela” de produto do crime. Mas, não indica um ato concreto de Lula no suposto esquema, do qual de forma indefinida e inespecífica teria sido beneficiado com promessa futura presumida, não revelada, genérica não declinada “porque é assim que acontece”. Quando se explica, limpa sujeira com lixo, pois foge da dos autos e da terra.
Acostumada com o oba-oba da Farsa Jato, a procuradora não gostou do que ouviu e defendeu o carrasco do Lula, que acabou de cassar a aposentadoria dele. Eis que me recordo que esse texto veio a propósito dos apoiadores do tribunal de exceção de Curitiba. É nesse ponto que se encontram o velho instrutor da PF, os dois delegados das velhinhas de Passa Quatro, o Moro pós-verdade e a procuradora da cara de paisagem.
Conheço juízes, desembargadores, entre outros respeitáveis operadores do Direito que não concordam com Moro. Todos constatam o viés político das decisões e o peso da mídia sobre os tribunais. A corrupção por ser inerente e parceira da sociedade que condecora Sérgio Moro vai continuar, pois ela é movida a ódio, ganância, mentira e aparências... ***