Jejuar é fácil

Dallagnol e teus comparsas, que tal jejuar dos roubos que "legais" que recebem, canalha?
Jejuam dos privilégios. Canalhas!
Canalhas!
 
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Caravana do Bolsonaro

Frases de alguns cartazes:

  • Orgulho hétero
  • Lugar de mulher é na cozinha
  • Ter filho gay é falta de porrada
  • Meus filhos são educados, não namoram com negras

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Das coisas que não aprendi nos livros e das coisas que a vida me ensinou

Aprendi, e o espelho não mente, que o tempo realmente passa, envelhece mesmo que não se queira e que o mais importante é o que se carrega por dentro. Inevitavelmente, se estivermos vivos, envelhecer é fato, entristecer é opção!
Aprendi, sentindo, que amor exige atenção, um olhar detalhado, afago na alma. Que as palavras, no amor, perdem o sentido. Os gestos, as atitudes são os alimentos deste sentimento que traduz o sentido de viver.
Aprendi, nos dias mais comuns, que mesmo quando tudo está revirado ao avesso é preciso acender a luz do otimismo e das pequenas esperanças, pois sempre existe outro dia diferente do hoje. É melhor, se puder acreditar assim.
Aprendi, com algumas dores, que apesar de tudo, muitos não me aceitarão como sou. Ou por falta de um olhar mais minucioso e carinhoso, ou por não aceitar que somos todos diferentes e únicos, mas que podemos nos respeitar.
Aprendi, com a solidão dos meus momentos internos, que deixamos muitos pelo caminho. Alguns por que escolheram assim, outros que eu mesma deixei. E ainda os que ficaram sem perceber, de mansinho. Mas, cada um deixa uma história, uma saudade, um sorriso na lembrança ou um desejo de algum outro abraço futuro.
Aprendi, com as dificuldades, que por mais que a vida tenha a capacidade de exigir, ainda assim, é preciso acreditar no que se quer, ter desejos reais para concretizar, sonhos, independentes do tamanho, para enfeitar as tristezas que por ventura surgir...E, no final de tudo, aprendi que amor gera amor, que a vida precisa de levezas, que é melhor para o amanhã esquecer o ontem, deixando mágoas e sentimentos gastos pelo uso em algum lugar escondido no passado.
Aprendi que não importa como todos ou muitos irão me ver e sim como os poucos que me amam, verdadeiramente, irão me acolher. É preciso plantar para colher. Para ser melhor. E mais feliz!

(Cidinha Araujo)

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Psiquiatria em alta, por Diogo Costa


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No Brasil atual quereria eu ser um psiquiatra. O mercado para os transtornos mentais, obsessivos e compulsivos, está na crista da onda.
Ou não está enfermo e necessitando de ajuda médica quem faz da sua vida a obsessão odiosa pela prisão e ou eliminação física de outrem?
É normal sentir ódio quando ele é oriundo de um estado de violenta emoção - tipo quando alguém agride e fere um ente querido, etc.
Mas o ódio como forma de vida cotidiana é uma patologia psiquiátrica. O fascismo é o campeão de insuflar ódios e ressentimentos.
Só assim, com base nestes sentimentos mais primitivos, consegue vicejar.

Parafraseando César

A mulher de Moro não basta ser tucana, tem de parecer tucana.
Enquanto isso o amigo Zucolloto negocia delações por trás da empanada, com a proteção escancarada do ministério público e de Sérgio Moro e os desembraguinhos do tfr4 

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O Tinder é perigoso, por Tom T. Cardoso


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- Quem são esses aí na sua camiseta?
- Jonn Travolta e Samuel L. Jackson.
- O que eles fazem?
- São os protagonistas de Pulp Fiction, pô.
- Nunca vi. É uma série?
- Não, um filme do Tarantino, que já virou clássico.
- Quem é esse cara?
- Esse quem?
- O Tarantino.
- É um cineasta.
- Sou ligadona em filmes.
- Tô vendo. O que você tem visto?
- Vários, mas filme pra mim tem que entreter.
- Qual foi o último que você viu?
- Foi com aquele que era gordo e ficou magro. Ôooooo...
- Leandro Hassum...
- Isso! Ele é top, cago de rir nos filmes dele.
- Caga?
- Sim, ele é muito engraçado.
- Então, não sei se você vai gostar desse filme de hoje...
- Já achei estranho esse cinema fora do shopping. Tem combo?
- Vamos ver. Então, é o novo filme do Spike Lee.
- Ele é irmão desse cara aí?
- Que cara aí?
- O da sua camiseta, Samuel Le...
- Não, não, nada a ver.
- Gato, podemos ver outro filme, por favor...
- Por que?
- Filme de chinês me dá dor de cabeça. Eles falam muito rápido.
- Mas...
- E da próxima vez compra dublado. Fica a dica.
Tinder é mesmo perigoso. Fica a dica.
Tom T. Cardoso
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Que Supremo cumpra a Constituição, por Antônio Carlos de Almeida Castro, Kakay

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"Arre, estou farto de semideuses! Onde é que há gente no mundo? " (Fernando Pessoa)
Quando em 18.05.2016 nós ajuizamos a Ação Direta de Constitucionalidade nº 43 junto ao Supremo Tribunal, não existia sequer a ação penal contra o ex-presidente Lula.
O que nos moveu foi uma decisão da Corte no julgamento do habeas corpus nº 126.292, onde se ousou afastar o princípio constitucional da presunção de inocência. Em um dia infeliz, o Tribunal, agindo como se tivesse poderes constituintes, afastou uma cláusula pétrea da Carta Magna. Tenho dito que o Supremo pode muito, mas não pode tudo. Nenhum poder pode tudo, pois não existe poder absoluto.
Como cidadão me vi indignado. A garantia da presunção de inocência pressupõe que a pessoa só possa ser recolhida a prisão para cumprir pena após o trânsito em julgado de sentença condenatória. A liberdade é o bem maior a ser resguardado pela Carta Constitucional. Lembro-me sempre de Cervantes, na voz de D. Quixote: " A liberdade, Sancho, é um dos dons mais preciosos, que aos homens deram os céus: não se lhe podem igualar os tesouros que há na terra, nem os que o mar encobre; pela liberdade, da mesma forma que pela honra, se deve arriscar a vida".
Como advogado criminal tenho no meu sangue o DNA da liberdade. E foi em nome de milhares e milhares de pessoas, sem rosto e sem voz, que batemos às portas do Judiciário. Embora fôssemos criticados por parte da mídia opressiva que, injustamente, afirmava que a ADC 43 visava garantir o direito de condenados na Lava Jato, na realidade essa ação visa garantir o direito da clientela tradicional do direito penal: o negro, o pobre, as mulheres, os desassistidos.
Tanto que, logo após a ADC 43, o Conselho Federal da Ordem também ajuizou a ADC 44, no mesmo sentido. A única diferença é que na ADC da OAB a tese é uma tese pura, que visa preservar a garantia constitucional da presunção de inocência e pleiteia que o cidadão só possa ser recolhido à prisão após o trânsito em julgado da sentença condenatória. E por um motivo simples: porquê assim diz a Constituição. Simples assim.
Na ADC 43, além do pedido principal, idêntico ao da OAB fizemos um pedido alternativo.

Como o Recurso Extraordinário no Supremo exige a repercussão geral, poder-se-ia argumentar que o recorrente não teria o direito subjetivo de ver sua liberdade analisada pelo Supremo. No entanto, sem sombra de dúvidas, continuaria o cidadão com o direito de recorrer em liberdade até o Superior Tribunal de Justiça em Recurso Especial. Embora tenhamos a mais firme convicção de que o que diz a Constituição é que a prisão só pode se dar após o trânsito em julgado, criamos uma opção para o Supremo de garantir a liberdade até esgotar a via do STJ.

Para comprovar que a tese defendida não busca proteger clientes privados, felizmente tivemos o ingresso, como amicus curiae, de vários Institutos sérios e com credibilidade e, principalmente, das defensorias públicas. A presença das defensorias, com a análise estatística que desnuda a conta de padeiro, representada por números inexatos, feita por alguns ministros deixa-nos à vontade para dizer que estamos do lado da sociedade.
Em um país com a terceira maior população carcerária do mundo e com as condições sub-humanas e miseráveis dos presídios brasileiros, sustentar a possibilidade de prisão após o segundo grau é atentar contra a dignidade da pessoa. É cruel. É indigno. Como afirmou nosso decano o Ministro Celso de Mello, bastaria que um cidadão obtivesse a absolvição depois de ter cumprido parte da pena injusta e antecipadamente para fazer valer o princípio da presunção de inocência.
Em 5 de outubro de 2016 o Plenário do Supremo julgou a liminar nas ADC's. Em um juízo precário, não definitivo e sem efeito vinculante, próprio dos julgamentos das liminares, por 6x5 a Corte decidiu pela possibilidade de prisão após o segundo grau. Desde então a defesa clama pelo julgamento do mérito. O processo está pronto para ser levado em mesa ao Plenário desde 05.12.2017, muito antes da condenação do ex-presidente Lula pelo TRF. Ou seja, dizer que o julgamento das ADC's tem o objetivo de favorecer o ex-presidente é apequenar uma discussão tão séria e prejudicar o direito de milhares de cidadãos brasileiros. É falta de lealdade intelectual, assim como é falso atrelar este julgamento a operação Lava Jato. Está em jogo a discussão sobre um princípio constitucional.
Eu imaginava que a esta altura da vida eu estaria ocupando a Tribuna do Supremo para defender o abolicionismo, o fim da pena privativa de liberdade, salvo para casos excepcionais. Mas tenho que assumir a tribuna para defender a presunção de inocência. Quando estudante eu discursava falando que o cumprimento irrestrito da Constituição era uma postura reacionária. Hoje, cumprir a Constituição passou a ser revolucionário. Esta é nossa maior luta: cumprir a Constituição. Deveria ser simples assim.
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Pitaco da Vovó Briguilina: a que ponto chegou a esculhambação no judiciário brasileiro, a gente ter de pedir para o Supremo Tribunal Federal - guardião da Constituição -, cumpri-la. Enquanto isso um moleque do ministério público, Deltan power point Dallagnol, faz jejum e ora para que Lula seja preso. Canalha!
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