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Pig derrotado mais uma vez

por Adauto Alves

“Enquanto a mídia e a elite paulista continuarem a tratar o PT como o partido que inaugurou a corrupção no Brasil, não levarão vantagem. Bater de frente com o partido e o presidente que implantou os maiores programas sociais da história da república brasileira é a mesma coisa de tentar quebrar pedra com a mão.


São mais de 15 milhões de empregos gerados na era PT no governo Federal, que somados ao Bolsa Família, ao Minha Casa Minha Vida (maior programa de habitação popular do Brasil), ao Pro-Uni, ao programa de cotas nas universidades fazem a diferença na melhoria das condições de vida do povo.


Globo, Veja, FSP, Estadão e Cia não entendem de ciência social, nunca mediram o impacto das mudanças introduzidas no Brasil nos últimos 10 anos.


Eles não entendem a grande inversão social que Lula implantou em benefício dos pobres deste país. Isto nunca fora feito. É por isso, que o efeito mensalão é quase nulo, que mesmo que tenha existido, é um traque perto das privatizações promovidas pelos tucanos, na era FHC.


Não entro no mérito ideológico e sim no modelo e no valor das empresas vendidas a preço de banana, um verdadeiro escândalo nacional.


Registro que todo tipo de corrupção, desde que comprovada, tem que ser punida. O que é inaceitável é a mídia querer fazer crer que o PT é o partido que inventou o mal feito no país, sem reconhecer as suas qualidades.


O PT foi o partido mais votado para prefeito no 1º turno, quando alcançou mais de 17 milhões de votos, ficando o PMDB em segundo.


Enfrentar o PT, exorcizando-o, como faz a mídia e a elite paulista é fortalecê-lo ainda mais, pois as ações de governo de Lula e Dilma têm efeito direto na vida da população, em todas as camadas sociais.


A mídia trata o PT com desprezo, destilando o seu ódio de classe, que cria duas categorias: a que tem simpatia pelo partido e os anti-PT, como ela.


Além dos méritos do partido, que promoveu uma verdadeira revolução social no Brasil, outro fator que faz o sucesso de Lula e do PT é a forma como a mídia os combate.


Ela defendia a queda nos juros, hoje é contra; defendia a desoneração da produção, hoje é contra; pregava a geração de empregos, hoje reclama. Ou seja, se o PT fez, não está no caminho certo.


Por isso, ganhar a eleição em São Paulo será a constatação clara da diminuição da influência da mídia na vida dos brasileiros. A vitória de Haddad no segundo turno será mais um recado do povo a essa gente, essa sim, os mensaleiros que mamam nas tetas do poder público.

Incluo Salvador nesta lista, que deveria derrotar ACM, o Neto – do DEM -, para o Brasil afastar de vez a ameaça de ressurgimento do carlismo, que tantos males causou à Bahia.


A mídia e a elite a paulista não são dignas da confiança dos brasileiros. Portanto, amanhã, vamos complementar a grande derrota deles.”

As expectativas do PT no segundo turno


A poucos dias da realização do segundo turno das eleições municipais nas 50 cidades brasileiras onde o pleito ainda não foi definido, a expectativa é de que o Partido dos Trabalhadores volte a repetir o excelente desempenho do primeiro turno e aumente o número de prefeituras em todo o Brasil. Maior vencedor em 7 de outubro, o PT recebeu 17,3 milhões de votos (4,2 % a mais do que em 2008) e conquistou 624 prefeituras, comprovando que é o único partido que cresce a cada nova eleição.
Baseada em pesquisas públicas e levantamentos internos, análise realizada pela coordenação do partido a uma semana da decisão concluiu que o PT é a legenda com maior número de candidatos com chances de vencer nas 22 cidades em que concorre, já que estão bem posicionados em 15 delas.
Em São Paulo (SP), Santo André (SP) e João Pessoa (PB) os quadros estão praticamente definidos com a liderança de Fernando Haddad, Carlos Grana e Luciano Cartaxo, respectivamente. Nestas cidades e em Mauá (SP), Guarulhos (SP), Niterói (RJ) e Ponta Grossa (PR), os candidatos petistas abriram larga vantagem sobre seus adversários.
Já em Salvador (BA), Campinas (SP), Cuiabá (MT), Montes Claros (MG), Fortaleza (CE), Vitória da Conquista (BA), Rio Branco (AC) e Cascavel (PR), as pesquisas de intenção de voto indicam situação de empate técnico entre os candidatos do PT e seus oponentes.
De acordo com os dados das pesquisas e considerando os resultados do primeiro turno, o PT pode chegar a 28 prefeituras conquistadas dentre as 119 cidades com mais de 150 mil eleitores.
O PSDB, com exceção à capital do Piauí, Teresina, em que o candidato tucano Firmino Filho aparece à frente nas pesquisas, vai mal e tende encolher ainda mais neste segundo turno. Em São Paulo, é quase certa a derrota de José Serra e mesmo no interior paulista, reduto peessedebista, o partido deve acumular reveses.
Depois de perder em São José dos Campos, berço político do governador Geraldo Alckmin, os tucanos deverão enfrentar a derrota em Ribeirão Preto, onde as pesquisas apontam vitória da prefeita, Dárcy Vera (PSD), diante do deputado federal e ex-líder da bancada do PSDB na Câmara Duarte Nogueira, e em Sorocaba, cidade na qual o deputado Antônio Carlos Pannunzio (PSDB) concorre em desvantagem com Renato Amaury (PMDB).
Os bons resultados conquistados pelo PT nas eleições deste ano surpreendem aqueles que (tendo como apoiadora a grande mídia, que realiza cobertura tendenciosa e claramente editorializada do debate político) se empenharam em bombardear os eleitores com campanhas distorcidas e de baixo nível, desfocadas dos problemas das cidades.
Contudo, o desempenho do PT nas urnas não surpreende o partido, que conhece a força de sua militância e acredita no significado que suas administrações bem conduzidas, tanto no plano federal como nos Estados e cidades em que governa, tem para a população, sobretudo a mais carente.
Por maior que seja o bombardeio midiático contra o PT, o cidadão comum não se deixa levar pelas falácias e engodos da oposição e entende o papel fundamental do partido nas mudanças ocorridas no país nos últimos dez anos. As pessoas entendem que hoje se vive melhor, pois há mais emprego, mais crédito, aumentos reais de salários e porque há programas como o PAC, o Pro Infância e o "Minha Casa, Minha Vida".
Os cidadãos sabem que, graças a políticas sociais integradas e, sobretudo, ao esforço concentrado para a redução da miséria empreendido pelo Bolsa Família, hoje, temos um país menos desigual. Não é possível esconder da população a revolução que o ProUni significa para a expansão e o acesso dos mais pobres ao ensino superior, nem tampouco ocultar a ascensão de 37 milhões de brasileiros à classe média.
A população brasileira entende que ainda há muito a melhorar, mas não quer retroceder. E é por isso que depositou nas urnas com a reeleição do presidente Lula, em 2006, a eleição da presidenta, Dilma Rousseff, em 2010, e com a escolha de 624 prefeitos do PT neste ano, a confiança e a certeza de que é possível viver em um país mais justo, com governos que olham para todos.
O povo brasileiro não manda recados e diz ele mesmo que acredita no projeto de desenvolvimento que o PT tem levado a cabo em todo o Brasil e é por isso que, no próximo domingo, quando eleitores de 50 cidades voltarem às urnas, consolidaremos o ótimo desempenho do primeiro turno e a certeza de que continuaremos crescendo e lutando por um país melhor.
 José Dirceu

Viradas e disputa acirrada marcam 2º turno


O segundo turno das eleições em 50 municípios promete mais reviravoltas do que em pleitos anteriores. 

As eleições nas capitais são as mais acirradas dos últimos 20 anos. 

Desde 1992 os primeiros colocados não terminam o primeiro turno com uma votação tão baixa e em nenhum dos últimos seis pleitos nas capitais a média da votação do segundo colocado foi tão alta. 

Se as pesquisas se confirmarem, a taxa de candidatos que lideraram a primeira etapa mas foram ultrapassados na reta final deve superar a média histórica de 12%.

Nas 26 capitais, a média da votação do primeiro colocado neste ano foi de 42,8% dos votos, ante 28,9% do segundo colocado. Em apenas sete houve maioria absoluta já na primeira votação, fato inédito desde 1992.

Por que votar nos candidatos do PT e coligados neste 2º turno

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Estamos às portas do segundo turno nas eleições municipais. É um momento importante em que se confrontam projetos distintos para o presente e o futuro dos brasileiros. 

Em muitas das capitais e cidades o confronto é direto entre os projetos dos demotucanos, que sacrificam o país, a saúde e a educação do povo no altar do ‘mercado’, dos juros elevados que engordam as contas bancárias dos ‘investidores’, e, do outro lado, as políticas de crescimento com distribuição de renda, fim da miséria, combate à pobreza. 

São conquistas que só podem ser obtidas com o fortalecimento do Estado, sem pagar tributo ao “estado mínimo” do demotucanato, que tantos prejuízos causou ao Brasil e ao povo brasileiro. 

Para quem está sem travas nos olhos, é olhar e ver o governo da presidenta Dilma Rousseff, que não baixa a guarda. Continua estimulando a economia (redução do IPI para carros, FGTS para construção) e assumindo seu papel de orientar os investimentos para infraestrutura. 

Estado forte e governo atento para com o presente e o futuro do país e a vida dos brasileiros, como atestam todas as iniciativas voltadas para melhorar a distribuição de renda, a inclusão com o fim da pobreza e da miséria e a questão do planejamento e da articulação das políticas. 

Este é o Brasil do PT e é o país que nós queremos também para os municípios nos quais nossos prefeitos e vereadores – diretamente ou em coligações – estão sendo eleitos.
José Dirceu

Zeca Dirceu: meu pai vai dar a volta por cima

O deputado Zeca Dirceu (PT-PR), filho mais velho do ex-ministro José Dirceu, afirma que o pai vai “dar a volta por cima”, apesar da expectativa de prisão pela condenação por formação de quadrilha e corrupção ativa. Embora tenha provocado baixas na cúpula petista, o deputado avalia que o julgamento do mensalão não será um divisor de águas dentro do partido, e cita que o PT recebeu 17 milhões de votos no primeiro turno das eleições municipais deste ano. Leia a entrevista: Aqui

Eleição 2012: a derrota da tucademopiganalhada


Ainda não se sabe qual será o resultado do segundo turno. Vamos aguardar. Mas uma coisa já se sabe: a derrota, nestas eleições de 2012, fica com as oposições.

Em primeiro lugar, há uma derrota moral. Sem alternativas a propor, desossada do ponto de vista programático, em sua retórica nacional, capitaneada pela mídia conservadora e pelo candidato pessedebista à prefeitura de S. Paulo, tudo o que as oposições apresentaram foi a consigna de “remember Mensalão”.

Requentaram o prato inventado, nunca provado. Inventaram seu “herói alternativo”, o ministro Joaquim Barbosa, também de origem humilde, como Lula, o arqui-inimigo daquela direita. Ele, de bom, de mau ou de nenhum grado, acabou entrando no papel. Sobretudo, ao enfrentar de modo irado seu rival – o dr. Silvana para a mídia esclerosada – o ministro Lewandovski, que, sendo revisor, teimava em revisar.

Enquanto isso, em S. Paulo, o candidato excelso (pelo menos para ele) do conservadorismo promovia o pastor Silas Malafaia e seu obscurantismo a cabo eleitoral. Para o opositor, o candidato petista, meu colega de FFLCH/USP e amigo Fernando Haddad, a resultante não podia ser melhor. Contra ele pesava, por exemplo, o apoio do ex-menino dos olhos da direita brasileira, Paulo Maluf. Pois Serra veio lembrar que quem tem Malafaia no próprio telhado não joga Maluf no dos outros.

Em segundo lugar, há uma derrota temporal e espacial. Mais uma vez a direita brasileira demonstra seu anacronismo irreversível. No momento, a pensar nas pesquisas (vamos ver, ainda assim, o que sai das urnas no domingo), a sua melhor cartada é o renascimento de um carlismo defasado em Salvador. E, como em S. Paulo, estribado na diferença de classes. Bom, pelo menos isso está mais claro: rico reacionário vota na direita, e quem com isso se identifica também. Pobre, remediado, povo, povão, vota na esquerda. A direita rifou o povão. Este só entra em suas preocupações se for abençoado pelo pastor Malafaia.

Finalmente, em terceiro lugar, há uma derrota política insofismável e intragável para as nossas direitas. Talvez até para alguns setores da esquerda também. Porque a presidenta Dilma sai reforçada da eleição. E o ex-presidente Lula deu um show de bola. Lula sacou, avaliou, compreendeu que o PT, sobretudo em seu setor paulista, precisava de uma renovação. E apostou nisso. E deu certo. Aliás, a renovação deu certo até onde ela não foi planejada, como em Osasco.

Mesmo que não ganhem, Pochmann e Haddad entrarão para a história do partido, de S. Paulo e do Brasil. Dilma já entrou. Agora é a vez deles. Aliás, de Edmilson, em Belém do Pará, PSOL, agora apoiado por Lula e Dilma também. Aos golpes por vezes no fígado de algumas lideranças do PSOL, Lula e Dilma respondem com a generosidade da visão política avançada.

A direita não agüenta. Talvez um dia ela se reerga das próprias cinzas. Então deixará de fazer campanha para derrotar Lula em 2002.

Ou Vargas em 1950 e 1954, ainda quem sabe.


Flávio Aguiar

Iguatu - Aderilo Alcântara é prefeito


Fogos e bombas na cidade de Iguatu, na região Centro-Sul, comemoram no fim da tarde de ontem (23) decisão do ministro Arnaldo Versiani, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que deferiu registro da candidatura de Aderilo Alcântara (PRB) à Prefeitura de Iguatu.
Aderilo Alcântara concorreu sob judicie às eleições municipais e venceu a candidata da oposição Mirian Sobreira (PSB) com uma maioria de mais de 10 mil votos.            
Havia expectativa nesta cidade sobre o julgamento no TSE.
O candidato Aderilo Alcântara teve seu registro de candidatura inicialmente deferido pela justiça eleitoral local, mas depois o juiz por meio de um juízo de retratação voltou atrás e indeferiu. Houve recurso ao  TRE, que manteve o indeferimento. Agora, em decisão monocrática, o TSE acolheu recurso especial e deferiu registro da candidatura de Aderilo Alcântara. Para o TSE, contas de gestão de ex-prefeitos devem ser julgadas pela Câmara de Vereadores. Assim sendo, o Tribunal de Contas do Município (TCM) apresenta apenas parecer técnico que precisa ser submetido à apreciação dos vereadores. No caso de Aderilo, suas contas não foram julgadas pela Câmara Municipal.
 CONFIANÇA
O advogado Fabrício Moreira disse que sempre acreditou e confiou na análise favorável ao candidato Aderilo Alcântara, no TSE. “Desde o início sabíamos que a nossa tese seria vitoriosa”, frisou. “Aderilo tem as mãos limpas”.
Honório Barbosa

O povo não dá a menor bola para o que pensam os “formadores de opinião”


As eleições de 2012 estão sendo uma desagradável surpresa para a maioria dos analistas da “grande imprensa”. Quase tudo que esperavam que fossem, elas teimam em não ser.
Ficaram atordoados com os resultados de 7 de outubro. Devem ficar ainda mais com os que, provavelmente, teremos no segundo turno.  
Prepararam a opinião pública para a vitória de Serra em São Paulo. Quando, em fevereiro, o PSDB paulista implodiu o processo de prévias partidárias, fizeram crer que um lance de gênio acabara de ser jogado. Para sua alegria, Serra aceitara ser candidato.
Quem leu os “grandes jornais” da época deve se recordar do tom quase reverencial com que a candidatura foi saudada. Fernando Haddad, o novo poste fabricado por Lula, iria ver com quantos paus se faz uma canoa. Teria que lidar com o grão-mestre tucano.
Já tinham antecipado dias difíceis para os candidatos petistas com a doença do ex-presidente. Era, no entanto, apenas o desejo de que ele não tivesse condições de participar da campanha.
Quando Lula entrou em campo para melhorar as condições de disputa de seu candidato em São Paulo, ampliando o tempo de televisão de Haddad mesmo que às custas de uma coligação com Paulo Maluf, nossos argutos observadores decretaram que cometera um erro colossal. Que sepultava ali as chances de seu indicado.
Hoje, percebe-se que acertou no cálculo de que o verdadeiro campeão em rejeição na cidade é Serra e não Maluf. 
Mas a grande aposta que não deu certo é a que fizeram a respeito do impacto do julgamento do “mensalão” nas eleições. Imaginaram que seria dinamite puro. Revelou-se um tiro de festim.
As urnas não evidenciaram a esperada derrota petista. E não é isso que aguardamos para domingo.
Ao contrário, as eleições de 2012 estão se mostrando muito positivas para Lula, Dilma e o PT. Foi o partido que mais cresceu entre os maiores no número de prefeituras, de vereadores, na presença em cidades grandes. Confirmando a vitória em São Paulo e nas capitais em que tem candidatos na liderança, está prestes a conseguir seu melhor desempenho em eleições municipais desde a fundação.
O inesperado dessa performance está levando esses comentaristas a interpretações equivocadas. Cujo intuito é diminuir o significado do resultado do PT.
A primeira é que o “grande vitorioso” destas eleições seria o PSB e seu presidente, o governador Eduardo Campos.
Com todo o respeito, é difícil incluir o PSB entre os grandes. Ganhou 435 prefeituras (no primeiro turno), metade das quais em cinco estados do Nordeste, mais de um quarto em Pernambuco e no Piauí. Como partido, permanece regional, acolhendo, no restante do Brasil, algumas lideranças que lá estão como poderiam estar em qualquer outro.
É do PSB o prefeito reeleito de Belo Horizonte. Mas ninguém que conheça a política da cidade atribui a essa filiação qualquer relevância na reeleição de Marcio Lacerda.
Resta a vitória de Geraldo Julio, no Recife, um feito para Eduardo Campos. O caso é que vencer na capital de seu estado está longe de ser um resultado espetacular para um governador competente.
A segunda versão equivocada é que “ninguém ganhou”, pois a alienação eleitoral é que teria sido a marca das eleições deste ano. Que as abstenções, somadas aos brancos e nulos, é que seriam as vedetes.
Não é verdade. Em algumas capitais, de fato houve um aumento expressivo desse agregado em relação a 2008. Como em São Paulo, em que foi de 24% para 31%.
Na média das dez maiores cidades brasileiras, no entanto, a alienação total aumentou pouco no período, indo de 23,5%  para 26%. Na verdade, ela cresceu mais entre 2004 (quando era de 19,5%) e 2008, que de então para cá.
Ou seja: nem PSB, nem alienação, o maior vitorioso está sendo o PT. Se Haddad vencer, uma chave de ouro para Lula. Justo quando decretaram que enfraqueceria. 
Mais uma vez, o que se vê é que  o povo não dá a menor pelota para o que pensam os “formadores de opinião”. 
Marco Coimbra

Lula: A Dilma era um poste. O Elmano é um poste. Então, de poste em poste, nós vamos iluminar o Brasil inteiro.”


A sua excelência o Povo: São Paulo não é quintal do PSDB


A iminência de uma derrota histórica  na cidade que consideravam sua reserva de mercado tem levado alguns observadores a fazer um trabalho vergonhoso em defesa da candidatura de José Serra à prefeitura de São Paulo.

Em vez de defender  José Serra, o que seria natural na reta final da eleição, eles procuram levantar o fantasma da ameaça de um avanço da hegemonia do PT no país inteiro. Enquanto acreditavam que seu candidato era favorito,  diziam que a polarização política era ótima, que o conflito ideológico ajudava a formar a consciência do eleitor. Mas agora, diante de pesquisas eleitorais constrangedoras, querem mudar o jogo de qualquer maneira.

É um comportamento arriscado e pode ser contraproducente. Do ponto de vista democrático, o PT só chegou ao poder de Estado, em qualquer instância,  pelo voto direto. Bem ou mal, é o único dos grandes partidos brasileiros  – já existentes na época — que pode exibir essa condição.

Claro que  você pode discutir a recusa em votar em Tancredo Neves, em 1984. Pode dizer que foi radicalismo, esquerdismo, sei lá. Mas é possível reconhecer que naquele momento da transição os petistas defenderam  um princípio de respeito à vontade popular que vários adversários – por uma esperteza que em vários casos pouco tinha a ver com patriotismo desinteressado –  logo iriam trocar por um cargo no ministério.

Essa postura conservadora contra Haddad retoma  os velhos fantasmas do perigo vermelho, tão primitivos como tantas mitologias de quem saiu colonizado pelos anos de Guerra Fria. Reflete um medo aristocrático de quem imaginava que tinha transformado São Paulo em seu quintal eleitoral e agora se vê sem respostas para as grandes parcelas da população.

Depois de criticar o PT pelos Céus de Marta Suplicy, a campanha tucana fala em Céus do Serra. Depois de criticar o bilhete único, o PSDB aderiu a ele. Criticou Haddad pelo bilhete único mensal, mas agora lançou sua própria versão do mesmo bilhete. Depois de passar a campanha pedindo que a população  tivesse pena de Gilberto Kassab, nossos analistas descobrem que o continuismo não está com nada e, para não perder embalo, dizem que é uma tendência para 2014 e já ameaçam Dilma.

Levantar o fantasma de um perigo difuso e ameaçador é um dos  mais conhecidos truques da comunicação moderna. Revela desprezo pelo conhecimento e pela  inteligência do eleitor, procurando convencer a população com argumentos inconscientes, de natureza emocional.

A postura pode ser resumida assim: quando não dá mais para falar em bolo nem em brioches, como fez Maria Antonieta diante da plebe rude, vamos para lágrimas e o sentimentalismo.

O pensamento aristocrático  e conservador do século XIX, quando a aristocracia descobriu que o voto popular poderia produzir resultados desagradáveis e inesperados, foi construído assim.  Pensadores como Gustave Le Bon afirmavam, literalmente, que a multidão  “ou não conseguia raciocinar, ou só conseguia racionar de forma errada.”

O truque principal, nesse comportamento, era  evitar referências claras e diretas. Por motivos fáceis de explicar, nunca se diz: perigo de quê? Por quê?

Grita-se: “eu tenho medo,” como fez Regina Duarte, em 2002.  Mas pelo menos ela tinha sido a namoradinha do Brasil…

Como bem lembrou Fernando Rodrigues,  a partir de 1994 o PSDB tornou-se  um partido rico e poderoso.

Deixou essa condição, pela vontade livre e direta do eleitorado. Em nenhum momento o PSDB deixou de ter colunistas e articulistas de pena amiga para descrever suas virtudes perante à população, com uma generosidade jamais exibida em relação a nenhum outro adversário.

A dificuldade é que, em sua passagem pelo poder federal os tucanos não deixaram nenhuma recordação duradoura  na defesa dos mais pobres e dos assalariados em geral. Foi por isso que perderam três eleições consecutivas, sem jamais exibir concorrentes competitivos.

Em 2002, quando o governo de FHC chegou ao fim, sua popularidade era negativa. A inflação passara   dos dois dígitos, o desemprego havia disparado, a economia estava num abismo financeiro e é claro que, já então, culpava-se o perigo vermelho por isso.

Quanto aos métodos de governo, não sejamos ingênuos nem desmemoriados. Se  você não quer usar a palavra aparelhamento, poderia falar, então, em engaiolamento tucano.

É um sistema realmente eficiente, já que, em quatro anos, promoveu:
  • mudanças nas regras eleitorais estabelecidas pela Constituição;
  • um esquema conhecido como mensalão, matriz dos demais;
  • um procurador geral da República dos tempos de FHC era conhecido como “engavetador”geral da República;

Embora goste de lembrar que o PT votou contra o Plano Real assinado por Itamar Franco, o PSDB prefere esquecer que, ao retornar ao governo de Minas Gerais, o ex-presidente rompeu com FHC e chegou a mobilizar a PM  para impedir que Brasília privatizasse a usina de Furnas.

Foi para tentar derrotar Itamar, político muito popular no Estado, que o PSDB inventou o mensalão de Marcos Valério,  colocando de pé um esquema que arrecadou mais de R$ 200 milhões para as agências ligadas ao esquema. Nem assim o esquema funcionou e, como acontece nas democracias, venceu o candidato que era melhor de voto.

Mesmo derrotado – a democracia tem disso, né, gente? – o PSDB  empurrou a dívida do esquema com a barriga, com ajuda de verbas liberadas – olha a  coincidência ! – pelo mesmo cofre do Visanet. Quando Aécio recuperou o governo de Minas, Valério voltou a ser premiado com novos recursos, informa Lucas Figueiredo, no livro O Operador. Conforme demonstrou a CPI dos Correios, dirigida por aliados do PSDB, havia farta distribuição de recursos públicos na campanha tucana.

Num lance de peculiar ousadia, foram retirados R$ 27 milhões da própria Secretaria da Fazenda do Estado.

A verdade é que o mensalão mineiro foi feito com tanta competência – ou seria melhor empregar o termo periculosidade?  – que jamais foi descoberto. Até surgiram denúncias, mas elas nunca foram investigadas.

Chegou-se ao mensalão mineiro por causa do braço petista de Marcos Valério. Se não fosse por ele, nem saberíamos que teria existido.

Isso é que engaiolamento, vamos concordar. Funciona mesmo depois que o PSDB deixou o poder.  Enquanto o Supremo condena o mensalão petista com argumentos deduzidos e não demonstrados, os tucanos seguem no pão de queijo. Ninguém sabe, sequer, quantos serão julgados. Nem quando.

Agora vamos reconhecer: Fernando Haddad assumiu a liderança folgada nas pesquisas como um bom candidato deve fazer. Veio do zero, literalmente, e ganhou eleitores na medida em que tornou-se conhecido.

O apoio de Lula não é importante, apenas, porque lhe garante um bom patamar de votos. Essa é uma visão eleitoreira da política. Esse apoio mostra que é um candidato com origem e história e isso é importante. Dá uma referência ao eleitor.

Num país onde os sábios da década passada adoravam resmungar com frases feitas sobre a falta de partidos “legítimos”, com “história”, com “programa,”etc, é difícil negar que o PT fez sua parte. Você pode até achar uma coisa detestável. Pode dizer que o PT é um partido anacrônico, que “traiu o discurso ético” e só faz mal ao país. Mas  tem de admitir que não é Haddad, como Dilma já mostrou em 2010, quem tem problemas com a própria história.

E isso, na construção de uma democracia, é um bom começo. Falta, agora, a outra parte. Caso as urnas confirmem o que dizem as pesquisas de intenção de voto, a vitória de Haddad só irá demonstrar  a dificuldade da oposição em mostrar que poderia fazer um governo melhor.

O debate político é este. O resto é propaganda.
http://colunas.revistaepoca.globo.com/paulomoreiraleite/2012/10/23/pavor-aristocratico-na-reta-final/

Íntegra do discurso da presidente Dilma no ato de apoio a Marcio Pochman em Campinas


Boa tarde meu povo de Campinas, boa tarde minhas queridas companheiras aqui de Campinas meus queridos companheiros. Eu estou muito feliz de estar aqui. Quero dizer para vocês que eu passei aqui em Campinas, uma época muito boa da minha vida. Eu estudei aqui duas vezes. Estudei em 1978 e depois no final de 90. E eu quero dizer para vocês que eu sei que é muito importante este dia de hoje, que eu estou aqui com meu querido presidente Lula, meu querido Marcio Pochmann, futuro prefeito de Campinas.
Eu quero dizer para vocês que estou feliz de estar aqui com este time de companheiros, com a nossa querida primeira-dama,  Deise (Pochmann) e com esta mulher que será vice-prefeita, Adriana (Flosi).
Eu cumprimento a cada um de vocês. Eu sei a importância que Campinas tem no Brasil. Aqui em Campinas, nós temos aquela parte do Brasil que é a mais desenvolvida, aquela parte do Brasil que produz ciência, que produz conhecimento. Mas temos também a parte sofrida do Brasil. Por isso Campinas sempre vai ser uma cidade muito especial. O Brasil precisa de Campinas para o seu desenvolvimento. Cada um de nós no Brasil quer para sua cidade, para seu Estado, características desta cidade, com as suas universidades e seu povo trabalhador, sei povo empreendedor.
Eu vim aqui hoje e começo a minha história do ponto em que o Lula parou. Eu quero dizer para vocês que eu tive a honra de servir como ministra do presidente Lula. E lá eu aprendi muito, eu aprendi como ministra do Planejamento a honrar toda militância polícia ao longo da minha vida. Porque lá eu aprendi que governar não é construir pontes só. Governar não é só construir. Governar é governar para aqueles que mais precisam. E é olhar, sobretudo, para as pessoas. Eu como ministra do presidente Lula conheci lá no nosso governo uma pessoa que teve experiências junto comigo, que foi o Marcio Pochmann.
O Marcio Pochmann ajudou o presidente Lula a elaborar o Bolsa Família. O olhar do Marcio Pochmann era aquele que sabia que não bastava a economia crescer, ela tinha de gerar emprego, garantir que as famílias deste país tivessem acesso a moradia como o Minha Casa Minha Vida. Tivessem, aqueles que não tinham sequer uma renda digna, tivesse acesso ao Bolsa Família.
Com Marcio Pochmann, nós, eu, ele e outros companheiros aqui presentes, os meus ministros, o ministro Mercadante, o ministro Padilha, a ministra Tereza, a ministra Izabella, aprendemos que governar é governar dando prioridade para o povo brasileiro. Olhando os interesses desse povo. Por isso dizem para você, como diziam de mim, que eu não tinha experiência. Que eu era uma pessoa que não era capaz de governar. O que eles queriam apontar é que nós somos os representantes de uma nova forma de fazer política. Política decente, política que leva em conta os interesses de vocês.
E o Marcio Pochmann é uma pessoa que, eu asseguro a vocês, representa aqui o novo. Mas o novo não significa inexperiência. Ele representa aqui dez anos de governo, oito do presidente Lula e dois meus. Nos quais nós aprendemos a fazer deste país, um país que seja um país desenvolvido, onde as pessoas tenham oportunidades, oportunidades de estudar. Foi o que o presidente Lula começou com o ProUni, fazendo com que as portas das universidades privadas fossem abertas a milhares de estudantes. Foi o que nós fizemos e continuamos a fazer, garantindo que cada brasileiro, que cada brasileira, possa ter a sua faculdade.
Eu vi ao longo destes anos várias coisas emocionantes, mas eu lembro de uma em especial. Uma menina que tinha acabado de se formar em medicina dizendo o seguinte. Agora, a filha da faxineira vai ser doutora. E é isso, é esta oportunidade que eu e o Marcio Pochmann aprendemos.
Por isso aqui em Campinas eu quero dizer que eu olho para Marcio Pochmann e vejo um grande parceiro. Mas é um grande parceiro para várias coisas. Primeiro, para levar à frente, os nossos programas sociais, ampliar o acesso à casa do Minha Casa Minha Vida. Garantir que as pessoas e as famílias tenham onde morar. Garantir que a pessoa possa ter um espaço para criar a sua família, para ter acesso a sua afetividade dentro daquele lar. Também, aqui em Campinas nós temos de fazer frente ao desafio deste país que vai ser, sem sombra de dúvida, uma das maiores economias do mundo. Já está sendo, desde o governo do presidente Lula e agora no meu governo.
Aqui nós vamos construir o Trem de Alta Velocidade (TAV), que vai mudar a cara de Campinas. O Aeroporto de Viracopos, que será, sem sombra de dúvidas, o maior aeroporto do Brasil. Aqui ficará o grande aeroporto deste país, ligado com o Trem de Alta Velocidade. Por isso que nós estamos  também construindo BRTs aqui, para dar uma estrutura decente para o transporte urbano.  Por isso, nós estamos investindo em saneamento, no esgoto. Que como o presidente Lula dizia, ninguém gosta de investir no esgoto porque não aparece. Mas nós gostamos. Nós gostamos porque nós  vemos por trás do investimento no esgoto, a criança que não tem mais diarreia, a criança que não morre porque não foi contaminada pela água de esgotamento que não existiu. Por isso que aqui em Campinas, nós olhamos para esta cidade e o que nós vemos é aquele Brasil que também tem que buscar na ciência a forma principal da gente chegar neste século e transformar este século no nosso século. O século do Brasil da ciência, da tecnologia e da inovação.
Aqui em Campinas vai ser muito importante este programa que nós estamos fazendo , Ciência sem Fronteiras, e aí eu quero falar porque que nisso tudo o Marcio Pochmann é o meu parceiro. É o meu time aqui em Campinas. Porque o Marcio Pochmann tem todas as condições, de experiência política, de capacidade administrativa, e, sobretudo, de dedicação ao povo deste país. E desta cidade. Para transformar e ajudar a transformar Campinas e o Brasil, em um país mais desenvolvido, em uma cidade melhor para se viver. Eu tenho certeza que o Marcio Pochmann será um dos melhores prefeitos deste país. Por isso, para uma cidade como Campinas, o Marcio Pochmann não apenas está à altura de Campinas, mas ele tem todas as condições para fazer com que nós juntos este governo que o Marcio Pochmann é capaz de fazer. Que o Governo Federal possa de fato utilizar Campinas como uma grande plataforma do desenvolvimento econômico, da igualdade de oportunidades, e da distribuição de renda.
Ele que foi uma pessoa que foi sempre preocupada com a questão do emprego, que olhou para o Brasil e percebeu que o Brasil que não dava oportunidade era um Brasil injusto. E dedicou a sua vida. E dedicou os seus conhecimentos a construir políticas que levassem este país em direção ao desenvolvimento, em direção à distribuição de renda.
Hoje nós somos  um país, que temos capacidade de enfrentar a pior crise do capitalismo dos últimos 50 anos. E nós somos porque o presidente Lula construiu o alicerce. E legou esta herança bendida que foi poder enfrentar todas as crises internacionais. Porque antes, eles espirravam lá fora e nós pegávamos pneumonia aqui dentro. Antes, a gente ficava submisso ao Fundo Monetário Internacional.
Agora, o Marcio Pochmann e eu temos a tarefa fantástica de construir um novo Brasil. E aí nós temos de reconhecer a visão política deste líder latino-americano e internacional, que é o nosso querido Lula, este líder que percebe o que há de melhor nas pessoas, uma pessoa que dá oportunidade
Aqui nós temos esta liderança jovem que é o Marcio Pochmann. E eu tenho certeza e cada um de vocês pode ter a mesma certeza, nós precisamos de gente como o Marcio. Sem vícios, sem aqueles tiques da política tradicional e velha, clientelista, da distribuição de pequenos benefícios e presentes.
Um líder como Marcio Pochmann que é capaz de construir um programa de governo que coloca a questão do transporte no centro de suas preocupações, com o Bilhete Único Sem Limites, que vê no CEU (Centro Educacional Unificado) uma oportunidade para população de Campinas. Porque a gente tem de lembrar disso, nenhum país se tornou desenvolvido sem educação de qualidade em tempo integral
Um líder que pode transformar esta cidade a ajudar o Governo Federal a criar aqui a infraestrutura que esta cidade merece. Eu finalizo dizendo para vocês, nós somos de um governo e de uma proposta política que não persegue ninguém e não discrimina ninguém, que respeita todas as posições políticas, ideológicas e religiosas. Mas, isso não significa que eu não tenha time. E meu time está aqui, meu time está aqui com Marcio Pochmann, o meu time está aqui com Lula. O meu time está aqui com todos estes jogadores, com Rui Falcão, com Edinho, com todo este pessoal que está aqui no palanque. É o time que pode levar e está levando este país a ser um país vitorioso. Para que a gente faça um gol aqui em Campinas, vamos votar, vamos votar domingo no Marcio Pochmann!

Eleição 2012: última semana

por Marcos Coimbra

Termina no próximo domingo a eleição municipal de 2012. Em 50 cidades, os eleitores voltam às urnas para votar em um dos candidatos a prefeito que disputam o segundo turno.
Entre essas, na maior cidade brasileira e outras 16 capitais estaduais.
Foram as eleições mais conturbadas desde a redemocratização. Por decisão sem fundamento técnico, o Supremo Tribunal Federal (STF) resolveu fazer o julgamento do “mensalão” exatamente no meio do período eleitoral.
O ápice dessa “coincidência” ocorre ao longo desta semana, que os ministros consideram adequada para terminá-lo.  
Para não atrapalhar a viagem ao exterior do Relator - certamente de importância fundamental para o País -, vão deliberar a respeito das penas aos condenados nas vésperas da eleição. Em tempo de preparar as manchetes dos últimos dias.
E ainda há quem se preocupe em silenciar os carros de som nessa hora, para que não perturbem os eleitores enquanto refletem sobre sua decisão final!
Parece que o Judiciário não se incomoda que o julgamento interfira na eleição. Como disse o Procurador-Geral da República em inacreditável pronunciamento, acha até “salutar”.
Os principais veículos da indústria de comunicação dedicaram ao julgamento uma cobertura privilegiada. Na televisão, no rádio, na internet, nos jornais e revistas, foi, seguramente, maior que aquela que a eleição recebeu.
Só os muito ingênuos acreditariam que a grande imprensa foi movida por objetivos morais, que estava genuinamente preocupada com as questões éticas suscitadas pelo “mensalão”. Basta conhecê-la minimamente, saber quem são seus proprietários, articulistas e comentaristas, para não ter essa ilusão.
E lembrar seu comportamento no passado, quando fatos tão graves quanto os de agora - ou mais - aconteceram sob seu olhar complacente.
Como mostra nossa história moderna - desde o ciclo Vargas aos dias de hoje, passando pelo golpe militar de 1964 e a ditadura -, a grande imprensa brasileira escolhe lado e não hesita em defendê-lo. Tem amigos e adversários.
A uns agrada, aos outros ataca.  
No julgamento do “mensalão”, a discussão ética sempre foi, para ela, secundária. O  que interessava era seu potencial de utilização política.
Seria engraçado imaginar uma situação inversa, na qual os denunciados não fossem “lulopetistas” e sim representantes dos partidos que hoje estão na oposição. Se o STF fizesse como faz agora, não mereceria o coro de elogios que ouve, não seria tratado como bastião da moralidade.
Seus ministros, ao invés de receber tratamento de heróis, estariam sendo achincalhados.
Especialmente os indicados por Lula e Dilma. Pobres deles! Cada voto que emitissem contra um oposicionista seria suspeito (o que ajuda a entender porque, no caso concreto, exatamente esses se sintam no dever de ser punitivos ao máximo).    
Nunca foi tão apropriada a teoria de que a eleição municipal é a ante-sala da presidencial. Não para a maioria do eleitorado, que não pensa assim. Mas para a oposição - nos partidos políticos, na mídia, no Judiciário, na sociedade.
Fizeram tudo que podiam para transformar as eleições em uma derrota para Lula e o PT. Imaginaram que os dois sairiam delas menores, derrotados nos principais embates. E que, assim, chegariam à eleição que interessa, a presidencial de 2014, enfraquecidos.
Não foi isso que ocorreu nos confrontos que terminaram no dia 7 de outubro. Pelo contrário. Se as pesquisas de agora forem confirmadas, não é isso que ocorrerá no próximo domingo.
Goste-se ou não do ex-presidente e de seu partido, é um fato. E contra fatos, não há argumentos. 

A vitória do PT



Postagem dedicada em especial ao amigo Laguardia
Fernando Haddad protagonizou uma das mais espetaculares recuperações numa campanha para prefeito de São Paulo e deve dar ao PT, dizem as pesquisas, o comando da maior cidade do país.


A eleição paulistana é um passo relevante no projeto de hegemonia política do PT. Nenhum partido cresce de maneira orgânica e consistente como o PT a cada disputa municipal. A sigla sempre se sai melhor.


PMDB, PSDB, DEM (o antigo PFL) e outros já tiveram dias de glória, mas acumulam também vários revezes. O PT, não. Só cresce.


Embora já tenha vencido em São Paulo duas vezes (em 1988, com Luiza Erundina, e em 2000, com Marta Suplicy), agora com Fernando Haddad é uma espécie de PT 3.0 que pode chegar ao poder.


Não há outro partido da safra pós-ditadura militar que tenha conseguido fazer essa transição de gerações. O poderio sólido e real que o PT constrói encontra rival de verdade apenas na velha Aliança Renovadora Nacional (Arena), a agremiação criada pelos generais para comandar o Brasil -com a enorme diferença de hoje o país viver em plena democracia.


Alguns dirão que o PMDB mandou muito no final dos anos 80. Mais ou menos. Tratava-se de um aglomerado de políticos filiados a uma mesma sigla. Não havia orientação central.


O PSDB ganhou em 1994 o Planalto e os governos de São Paulo, Rio e Minas Gerais. Muito poder. Só que os tucanos nunca tiveram um “centralismo democrático” (sic) “à la PT”.


No dia 28 de outubro, há indícios de que o PT novamente sairá das urnas como o grande vencedor nas cidades com mais de 200 mil eleitores, podendo levar pela terceira vez a joia da coroa, São Paulo.


Ao votar dessa forma, o eleitor protagoniza duas atitudes -e não faço aqui juízo de valor, só constato. Elege seu prefeito e entrega à sigla de Lula um grande voto de confiança para fazer do PT cada vez mais um partido hegemônico no país.

Fernando Rodrigues

Previsão Briguilina - segundo turno

Avaliando as campanhas do segundo turno nas 22 cidades que o PT disputa com candidatos de vários partidos, prevejo que o PT vencerá em 14 delas. 

Fortaleza e Salvador estarão entre as candidaturas vitoriosas do partido.

Ibop Salvador: ACM Neto e Pelegrino...empatados

ACM Neto (DEM) e Nelson Pelegrino (PT) estão rigorosamente empatados no segundo turno da disputa pela prefeitura de Salvador, mostra pesquisa *Ibop divulgada hoje, sexta-feira 20.
De acordo com o levantamento realizado nos dias 17/18 e 19, que não foi encomendado, o candidato do DEM (ACM Neto) e o candidato do PT (Nelson Pelegrino) tem 50% de intenção de votos cada um.
O *Ibop só divulga a margem de erro da pesquisa de boca-de-urna no dia da eleição, 28 de Outubro.
* Instituto Briguilino de Opinião Pessoa

Debate na Band em SP: o resumo


No primeiro debate do segundo turno da disputa pela prefeitura de São Paulo, o candidato tucano José Serra (PSDB) tentou colar sua imagem aos pobres e mencionou diversas vezes José Dirceu, condenado no julgamento do “mensalão” no Supremo Tribunal Federal. Fernando Haddad (PT), por sua vez, reclamou da “baixaria” usada pela campanha tucana e criticou a gestão de Gilberto Kassab (PSD), aliado tucano, na prefeitura. O encontro aconteceu na rede Bandeirantes nesta sexta-feira 19.
Em sua primeira pergunta, Serra tentou mostrar que já fez obras para os mais necessitados, repetindo discurso que tem usado desde o começo do segundo turno. O candidato tem seus piores desempenhos nas regiões mais pobres da cidade e tem focado nesse eleitorado.
Serra citou alguns projetos e obras que diz ser autor, como os medicamentos genéricos e o hospital da Cidade Tiradentes. Depois de citar cada uma das obras, perguntava a Haddad: “Foi uma medida para pobre ou para rico?”
Haddad respondeu dizendo: “depende de como você leva a frente os programas”. O petista criticou a gestão de Kassab na saúde, onde ele não cumpriu sua meta de construir três hospitais após ser eleito em 2008. Após a resposta de Serra, que disse não ter sido candidato à prefeito em 2008, insistiu na ligação entre os dois.
“Você tem essa mania de descartar seus apoiadores. Em 2002 (quando Serra foi candidato à presidência) escondeu o Fernando Henrique Cardoso dizendo que não tinha nada a ver com aquilo. Agora você está fazendo isso com o Kassab.”
“Baixarias” e “obsessão com José Dirceu”
Haddad usou sua primeira pergunta para criticar a campanha que Serra vem fazendo no segundo turno. “Nós devemos à população de São Paulo um esforço genuíno para discutir propostas pela cidade, deixar as insinuações de lado. Será que não devemos isso a população, campanha de alto nível na reta final?”.
Na primeira oportunidade, Serra não respondeu a pergunta. Diante da insistência de Haddad, falou que o PT era especialista em baixarias. “O PT na televisão fica falando que a gente trabalha para rico. Eu mostrei aqui e o candidato não soube responder, que todas as coisas que eu fiz na minha vida foram para as pessoas mais necessidades. Isso é o estilo José Dirceu”.
O antigo líder petista foi citado 6 vezes por Serra em diferentes momentos do debate. A última delas foi quando o tucano lembrou de uma ação, protocolada pelo PT, que tramita no Supremo Tribunal contra as organizações sociais na saúde.
“Você tem uma obsessão com o Zé Dirceu, talvez pela amizade que você manteve com ele durante décadas. (…) Deveria aceitar minha propostas de fazer um protocolo pelo bom nível da campanha”, rebateu Haddad.
“Obsessão com Kassab”
Haddad criticou a gestão de Kassab em diversos momentos. Entre outras coisas, reclamou da falta de construção de creches, da taxa de inspeção veicular e da meta de construir 63 quilômetros de ônibus na cidade, não cumprida pelo atual prefeito.
Após Haddad citar a lentidão na construção das linhas de metrô pelo governo do estado e a falta de cooperação da prefeitura, Serra defendeu seu aliado. “Eu acho que o PT tem algum problema com o metrô. A Marta (Suplicy), quando foi prefeita, não colocou um real. Kassab colocou um milhão. (…) Você tem obsessão com Kassab. E você aqui só fala de Kassab, só sabe falar do Kassab”, disse Serra.
Mais tarde, Haddad justificou sua insistência em falar do prefeito. “Pode parecer um argumento difícil de compreender, mas ele é o prefeito da cidade. Você quer que eu fale de quem?”
Perguntado ao final do bloco, Kassab disse que achava “normal” que o seu nome fosse tão usado, já que a disputa é pela prefeitura.
Piero Locatelli

Serra já era

Jornal Nacional não divulga pesquisa que a própria Globo contratou


As Organizações Globo - à frente a Rede Globo, que nunca é demais lembrar, é uma concessão de serviço público - contrataram a pesquisa IBOPE que saiu ontem, sobre o 2º turno em São Paulo, mas relegaram os resultados apenas ao seu noticiário local, o SPTV da noite. Não disseram uma palavra a respeito em seu mais importante telejornal, o Jornal Nacional.

É porque a pesquisa dá 49% das intenções de voto para o candidato Fernando Haddad, do PT e partidos aliados contra 33% atribuídas ao concorrente tucano José Serra? É porque, se considerados apenas os votos válidos (excluídos brancos, nulos e indecisos) Haddad chega a 60% e José Serra fica com 40%? É porque José caiu quatro pontos percentuais em relação ao IBOPE anterior e Haddad continua subindo na preferência do eleitorado?

Ao não noticiar a pesquisa IBOPE ontem, a despeito da importância política e econômica dessa eleição de São Paulo e de sua dimensão nacional, o JN dá provas de que está, na prática, fazendo campanha para o Serra. A ponto de não noticiar pesquisa que a própria Rede Globo contratou. Continua>>>

Tucanos, cobras e ratos...


O ninho tucano está mais pra ninho de cobras (aliás, ambos são roubadores de ovos alheios).
Quem foi mesmo que deu aval para o Serra ser candidato? E agora que o navio afunda aparece em público criticando ?
Nem tucanos, nem serpentes, são ratos mesmo.