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Oposição sem discurso nem coerência


Marco Aurélio Nogueira
Não poderia ser mais melancólico o final do ano político. Em meio ao foguetório e às confraternizações habituais, oculta-se um quadro sem brilho, pobre, desqualificado, que não promete nenhum bom augúrio.
É um quadro curioso, que intriga precisamente porque não sugere nenhum indício de ameaça à estabilidade política ou de algo que esteja pondo em risco a democracia no País. Se nada ameaça a legalidade política, se tudo parece indicar que continuaremos a viver democraticamente, a assistir ao revezamento regular dos governantes e à eleição sem traumas dos parlamentares, por que persiste este clima de indiferença e pessimismo com relação à política? Será que é porque tudo parece estar bem – ou muito bem, como pensam alguns – que ninguém no País se mostra civicamente comprometido, interessado em participar das decisões nacionais ou mesmo decidido a brigar para eleger os melhores representantes políticos?
Pode-se associar a isso ao menos uma dupla preocupação. Por um lado, se a política não funciona bem, não envolve nem compromete os cidadãos, aumenta o risco de que a cidadania não consiga se manter ativa e organizada, pressionando por seus direitos e vigiando os governos. Como poderá ela manifestar suas aspirações e lutar para garanti-las? Como serão formados os consensos que nortearão as escolhas dos governantes? Por outro lado, a inoperância da política pode significar um obstáculo a mais para os planos futuros da sociedade, tanto quanto para as promessas e os compromissos anunciados pelos governantes. Mesmo o tão aclamado e acalentado desenvolvimento ficará sob risco, e isso para não lembrar das expectativas de reforma social e melhoria da distribuição de renda, operações que são eminentemente políticas e dependem de forma crucial de consensos que somente a política pode produzir.
A sucessão de escândalos, a corrupção convertida em prática cotidiana, o baixo nível dos debates e a ausência dramática de propostas integradas e factíveis para governar o País são a ponta de um iceberg que hoje aprisiona todo o campo político nacional. Não há partido que escape dele. Depois do caso Azeredo, em Minas, foi a vez do caso Arruda, no Distrito Federal, amplificado com os boatos de que novas revelações estariam prestes a atingir políticos de outras unidades da Federação. Ou seja, ligando os fios ao mensalão de 2005, aos vários pequenos casos que a ele se seguiram, à indigência do Congresso e à opacidade programática dos partidos políticos, o resultado é que a sujeira e a mediocridade contaminaram o sistema inteiro.
Dada a variável tempo, o prejuízo acabou localizado: afetou a medula das oposições, tirando delas aquele sussurro “ético” que poderia se converter num dos eixos do discurso com que disputar o pleito de 2010. Ou seja, o que já era ruim ficou péssimo. E as oposições chegaram ao fim do ano em situação de miséria política e programática, sem discurso, sem propostas, até mesmo sem candidatos e lideranças consensuais.
Quando se fala em oposições, fala-se em PSDB, DEM e PPS, partidos de caráter e dimensões distintas, mas que vêm falando linguagem semelhante e afinada.
Como articular coisas tão diferentes? Quem comanda, quem define os conteúdos, qual o papel de cada parceiro dessa operação? A “frente” oposicionista não responde a essas questões. Não é comandada por ninguém, não tem definições programáticas e não fala outro dialeto que não o anti-Lula, com pitadas improdutivas de frustração e udenismo moralista. Define-se como centro-esquerda, mas de esquerda não tem nada, nem sequer uma retórica. É algo que intriga, especialmente quando se lembra que o PPS é herdeiro do PCB e o PSDB se considera expressão da social-democracia, ou seja, são continuadores de tradições repletas de glórias e identidades, goste-se ou não delas. 2010 será um ano novo se esses partidos honrarem suas tradições.
Uma oposição sem discurso e sem coerência não deveria ser vista como objeto de desejo da situação. Pode ser que agrade a alguns setores governistas ou a parte da cúpula que conduzirá a campanha de Dilma Rousseff, pois é, afinal, um obstáculo eleitoral a menos. Mas é uma tragédia para a democracia e para a sociedade, especialmente porque deixa parcelas importantes da população sem um norte e reforça o clima de unanimidade que, ao não corresponder à realidade, funciona como um elixir de apatia e desinteresse. A ausência de uma oposição vigorosa não é boa para os governos em geral e muito menos para aqueles que se seguirão à era Lula, pois os despoja de “consciência crítica” e os deixa sem qualquer tipo de freio ou contraponto factível.
O ano só não terminou perfeito para a situação porque perfeição não existe. Não há como negar que o governo Lula abre 2010 em posição de vantagem, fortalecido pelos escândalos do último bimestre, pela alta popularidade do presidente e pelas previsões de que 2010 trará consigo crescimento econômico e mais benefícios sociais. Isso forma uma conjunção astral terrível para as oposições, roubando delas quase todas as fichas. Em nome do que se baterão os candidatos contrários a Dilma? A ladainha moralista ou gerencial, a denúncia do “assalto petista ao Estado” e as acusações de populismo serão inócuas, sobretudo se não forem apresentadas com um mínimo de razoabilidade e suporte factual.
Do lado governamental há, é claro, os riscos inerentes a uma aliança com o PMDB, a conduta mercurial de parceiros pesados como Ciro Gomes, a ruindade intrínseca das falas triunfalistas e maniqueístas tão usuais, a dificuldade que o PT terá de superar o lulismo, dar cara própria à sua candidata e qualificar seu discurso como força reformadora.
Se o PT e os demais partidos conseguirem sacudir a poeira e ganhar consistência, 2010 estará salvo. Se fracassarem, continuaremos na mesma velha e boa toada de sempre.
Bom ano-novo a todos.
Marco Aurélio Nogueira é professor titular de Teoria Política da Unesp E-mail: m.a.nogueira@globo.com

E os corruptores?...


 Cairá  no vazio a lembrança de que a existência de corruptos implica necessariamente na existência de corruptores. 


Até agora encontram-se em cone de sombra as empresas de informática prestadoras de serviços ao governo do Distrito Federal. 


O máximo ouvido seus responsáveis é que foram   achacados pela quadrilha do governador, que foram obrigados a dar dinheiro para poder sobreviver. Na verdade não é nada disso. Se colaboraram com recursos de origem escusa foi por pretenderem favores ilegais e ilegítimos. 


Ah assim como as empresas de informática, o que dizer de tantas outras incrustadas na máquina administrativa da capital federal?  As que se dedicam aos transportes públicos, à construção civil, ao saneamento, à saúde, educação e tantas outras? Valeria a Polícia Federal e o Ministério Público  prosseguirem nas investigações a respeito dos corruptores. A lama capaz de escorrer deles será igual ou maior...
Carlos Chagas

FHC o renegado

O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, disse que a política econômica adotada por FHC não será exemplo a ser lembrado durante a campanha do PSDB à Presidência, em 2010. Defensor do nome de José Serra, ele disse que o tucano é mais esquerda que Lula


Hébely Rebouças
hebely@opovo.com.br



Roberto Freire: ``o candidato da esquerda sempre foi Serra``(Foto: GEÓRGIA SANTIAGO)


O presidente nacional do PPS e um dos principais opositores do governo Lula, Roberto Freire, disse no programa Coletiva da TV O POVO que foi ao ar ontem, que a campanha do PSDB à Presidência da República deverá renegar o modelo econômico adotado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).



FHC governou o Brasil entre 1995 e 2002 com base em uma linha neoliberal, marcada por privatizações e redução da interferência do Estado na economia.



Já prevendo comparações que podem vir à tona nas próximas eleições, entre a chamada ``Era FHC`` e a gestão de Lula, Freire defendeu que ``a política econômica de Fernando Henrique não é a do PSDB. Não vamos associar isso ao programa de José Serra, por favor!``, insistiu, em referência à pré-candidatura do governador de São Paulo ao Palácio do Planalto.



Sem esconder sua preferência por Serra & ele sequer citou o nome do governador de Minas Gerais e outra opção tucana para a disputa, Aécio Neves &, Freire avaliou que é em Lula que se deve colar a imagem de ``monetarista``.



O presidente do PPS acusou o petista de ter dado continuidade ao modelo que faz ``banqueiro rir à toa``, classificando como ``inadmissível que o Brasil tenha uma das maiores taxas de juros do mundo`` & hoje, a taxa de referência é cotada em 8,75%.



Mas, se por um lado, Freire teceu duras críticas a FHC, por outro, era só elogios à postura administrativa de Serra. O ex-senador chegou a dizer que o tucano é ``mais esquerdista`` que o próprio Lula e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), o nome prefeito pelo Palácio do Planalto.



``Eu disse em 2002 e hoje repetiria com ainda mais força: o candidato apoiado pelas esquerdas era Lula. Mas o candidato da esquerda sempre foi Serra`` & a quem ele classificou como ``desenvolvimentista`` e ``dissidente`` político.



Serra foi ministro do Planejamento e Orçamento do Governo FHC e ficou dois anos (1995 e 1996) à frente de uma das pastas diretamente ligadas à gestão econômica do Governo.

AS BESTAS DO PPS

Sou dos que acham que tempo é coisa que não se pode perder. Porque o tempo é como o vento que passa. Ele não volta nunca mais.
Sou dos que gostam de fazer a hora.
Quando posso.
E às vezes eu não posso.


E espero que as coisas aconteçam.
Todavia, na noite do dia 25 de setembro de 2009, eu tinha todos os controles à mão: o controle do tempo e o controle remoto do meu aparelho de Tv .



Eu tinha o poder naquele instante de tempo de fazer o que eu bem quisesse e entendesse.
E não é que eu não fiz nada!
Eu não movi um dedo se quer, e acabei vendo o que não queria ter visto.
Eu perdi tempo. O meu tempo.
Eu vii o programa do PPS.
Eu vi o Jungmann!!!
Eu vi o Coruja!!!
Eu vi o Roberto Freire!!!

Acreditem! Eu vi tudo isso sem trocar de canal.
O programa fazia parte da propaganda eleitoral do horário gratuito mas eu mesmo paguei para ver aquela troglodice.
Teria sido mais fácil se eu tivesse desligado a televisão.



Mas não desliguei, e isso me custou alguns aborrecimentos, mas também uma sensação de riso.
Antes eu tinha medo da cara do Roberto Freire, do ódio que se esvai daqueles olhos esbugalhados.



Agora, eu tenho medo da sua hipocrisia e leviandade.
A leviandade de Roberto Freire é descomunalmente perversa, rasteira e irresponsável. Que nem a do PSDB/PFL-PIG.

Freire projeta uma mentira tão gratuitamente quanto o seu colega, Raul Jungmann.
Ali eu vi duas bestas. As bestas apocalípticas do PPS. Elas tem o ferrão venenoso na lígua. Mas sempre estão provando do próprio veneno.
O PPS falou, mentiu e atacou tanto o Governo Lula que é provável que a Globo faça do seu programa um quadro para o Fantástico. Mas isso não será necessário. A Globo divulga diariamente a agenda de mentiras da direita.



O programa do PPS parecia a convenção do PSDB para lançar a candidatura do Zé Gengiva à presidência.
Zé Gengiva teve mais espaço no programa do PPS do que os quadros do PPS. Tavez seja por que faltam quadros ao PPS. Aí sobra espaço para os quadrados, figuras muito pouco inteligentes, embora se diga engenheiro e encomista e que PHA diz não ser nem uma coisa nem outra.



Sou dos que sabem – quando podem – fazer a hora.
Da próxima vez não vou esperar acontecer:



Vou desligar a TV, vou ler um livro...
Vou escrever uma crônica.

Apagão tucademo

O Tribunal de Contas da União - TCU _ quantificou em 45,2 bilhões os prejuízos que o apagão elétrico do desgoverno FHC - tucademo - causou ao Brasil.

A cifra consta de relatório aprovado pelo tribunal em sessão realizada ontem.


Redigiu o texto o ministro Walton Alencar Rodrigues.

É a primeira vez que as perdas do apagão, ocorrido entre 2001 e 2002, é quantificada.

De acordo com as conclusões do tribunal, o prejuízo infelicitou o bolso do brasileiro –direta ou indiretamente.

O grosso do dano (60%) –R$ 27,12 bilhões— veio na forma de aumentos cobrados nas contas de luz de empresas e pessoas físicas. Continua>>>