As PMEs - pequenas e médias empresas - que tem até 4 funcionários registrados na CLT, foram responsáveis por 85,9 dos empregos gerados no país. E sua participação na geração empregos cresceu em relação a janeiro de 2011, de acordo com um levantamento realizado pelo Sebrae.

Em 2011, elas foram responsáveis por 69% do total de contratações. Este ano, somente em janeiro, as micro e pequenas empresas contrataram 102.111 pessoas com carteira assinada. Esses números são uma demonstração prática dos efeitos da política econômica de nossos governos, que expandiu o emprego e a renda; fez crescer o mercado interno; ampliou o acesso ao crédito. 

A política econômica é a base para o crescimento das PMEs. Junte-se a isso o Simples e depois o Super Simples; o Estatuto da Micro e Pequena Empresa, as compras governamentais e todo apoio às PMEs por meio do Sebrae. Trata-se de uma conquista da sociedade brasileira, agora consolidada com a legislação do empreendedorismo, que permite a formalização do trabalho autônomo com uma alíquota de 5% para a Previdência e 1 real de ICMS ao mês. 

A lei do microempreendedor individual deu acesso ao crédito e a um CNPJ a 11 milhões de trabalhadores informais. É isso. Com bons instrumentos de governo, os brasileiros desmontam o mito segundo o qual este não é um país de empreendedores.. 

Imagens históricas


Omayra Sanchez foi vítima do vulcão Nevado del Ruiz durante a erupção que arrasou o povoado de Armero, na Colômbia em 1985. Omayra ficou 3 dias jogada sobre o lodo, água e restos de sua casa e presa aos corpos dos próprios pais. 

Quando os paramédicos de parcos recursos tentaram ajudá-la, comprovaram que era impossível, já que para tirá-la precisavam amputar-lhe as pernas, e a falta de um especialista para tal cirurgia resultaria na morte da menina. 

Omayra mostrou-se forte até o último momento de sua vida, segundo os paramédicos e jornalistas que a rodeavam. Durante os três dias, manteve-se pensando somente em voltar ao colégio e a seus exames e a convivência com seus amigos. 

O fotógrafo Frank Fournier, fez uma foto de Omayra que deu a volta ao mundo e originou uma controvérsia a respeito da indiferença do Governo Colombiano com respeito às vítimas de catástrofes. 

A fotografia foi publicada meses após o falecimento da garota. Muitos vem nesta imagem de 1985 o começo do que hoje chamamos Globalização, pois sua agonia foi vivenciada em tempo real pelas câmeras de televisão de todo o mundo.

Demos, PPS, PP, PTB e PSDB tomam banho de Cachoeira

Segundo investigação, Cachoeira teve encontro com governador e é amigo de senador

FERNANDO MELLO
RUBENS VALENTE
MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA

As investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal que levaram à prisão, nesta semana, do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, revelam que ele encaminhava pedidos e tinha contatos com os principais políticos de Goiás.

Entre esses políticos estão o governador Marconi Perillo (PSDB) e o senador Demóstenes Torres (DEM). Cachoeira foi o pivô do caso Waldomiro Diniz, primeiro escândalo do governo Lula, em 2004.

O empresário pediu duas audiências com o governador em 2011 na sede do governo e uma foi atendida. Ele dizia falar em nome de empresários do setor químico.

Em relação a Demóstenes, investigadores disseram que ele é um dos principais contatos de Cachoeira na política. Amigos, costumam jantar juntos. Em alguns encontros Perillo estava presente.

.Além disso, foram detectados contatos frequentes do empresário com o tucano Wladimir Garcez, ex-presidente da Câmara de Goiânia (GO) e um dos presos pela PF.

Garcez, aliado de Perillo há mais de 20 anos, é apontado como a "ponte" entre Cachoeira e a Agência Goiânia de Transportes e Obras, autarquia do governo goiano responsável por obras públicas.

As informações surgiram na Operação Monte Carlo, que desarticulou quadrilha que explorava máquinas de caça-níquel em quatro Estados e no Distrito Federal.

Elas indicam que Cachoeira era amigo e tinha negócios informais com Cláudio Abreu, diretor da Delta Construção.

Para os investigadores, Cachoeira facilitava a obtenção de contratos da empresa no governo de Goiás. A Delta informou que "não foi e nem é objeto da investigação" e disse que adotará medidas para "tomar conhecimento do inteiro teor do inquérito".

Outros políticos citados na investigação são os deputados federais Carlos Alberto Lereia (PSDB), Jovair Arantes, líder do PTB na Câmara, Stepan Nercessian (PPS) e Sandes Junior (PP). A Folha não conseguiu localizá-los.

Perillo admite que Cachoeira pediu audiências, mas que a relação entre eles é quase inexistente. "Estive com ele duas vezes em eventos festivos, nada que possa caracterizar relação próxima."

Demóstenes disse ter "amizade" com Cachoeira, "o amigo que ia na casa de todo mundo", mas que ele dizia que "não mexia mais com jogo". A defesa de Cachoeira já pediu sua libertação.

Blog do Charles Bakalarczyk: Franquistas julgam juiz Garzón?

Blog do Charles Bakalarczyk: Franquistas julgam juiz Garzón?: Inversão de valores: franquistas julgam juiz Garzón! Foi possível acompanhar no mês passado (fev2012) as notícias veiculadas na m...

Frase do dia

Quando percebo que alguém está mentindo, finjo que não sei e fico prestando atenção até onde ela é capaz de chegar.

Cada qual segure seus radicais


por Carlos Chagas
No olho do furacão da tentativa de abertura promovida pelo então presidente Ernesto Geisel, com agentes do próprio governo jogando bombas e queimando bancas de jornais e livrarias, enquanto a oposição denunciava torturas, o chefe do Gabinete Civil, Golbery do Couto, chamou o secretário-geral  do MDB, Thales Ramalho, fazendo um apelo: “vocês seguram os seus radicais e nós seguramos os nossos”.
                                              
Deu certo, apesar dos obstáculos e dificuldades que se projetaram no governo seguinte, do general João Figueiredo.
                                              
Por que se lembra o episódio? Porque a hora seria de aplicação da mesma receita, na tertúlia verificada entre militares e o governo em torno da  Comissão da Verdade.  Fora disso a temperatura subirá. Depois do manifesto dos presidentes dos três clubes militares contra duas ministras do governo e  de sua retirada do site por determinação de Dilma Rousseff, em seguida ao aparecimento de um novo manifesto assinado por 96 oficiais, entre eles 13 generais, protestando e até agredindo as ministras e a própria presidente, surge novo capítulo explosivo: a entrevista do general (da reserva) Rocha Paiva ao Globo de ontem. Se ainda não foi, o militar está para ser punido por insubordinação, já que sugere a convocação da própria Dilma para explicar sua participação como integrante da VAR-Palmares no atentado a um quartel de São Paulo, quando foi assassinado o sentinela Mário Kosel .
                                              
Daí para diante, se não houver o refluxo dos radicais, virá o imponderável. Não se imagine o confronto restrito aos militares da reserva. O mesmo sentimento é partilhado pelo pessoal da ativa, preservado da publicidade  por conta dos regulamentos castrenses. Como estarão analisando a situação os comandantes das três forças, ainda que obrigados a advertir seus próprios camaradas? Suportarão até que ponto esse instável equilíbrio, mesmo até agora engolindo sapos em posição de sentido.
                                              
Algumas premissas devem ser lembradas. Houve tortura, barbaridades foram praticadas pelos agentes da lei, durante a ditadura militar? Sem dúvida, assim como do outro  lado registraram-se assassinatos, seqüestros, assaltos e justiçamentos.
                                              
Só havia uma solução para o conflito: a anistia, afinal aprovada pelo Congresso, significando imenso sacrifício para as duas partes em choque, mas única em condições de promover a volta à democracia. Esquecer, ninguém esquece o passado, mas faz-se de conta,  em prol do futuro. 
                                              
Justa, mas perigosa, foi a criação da Comissão da Verdade, agora, pelo Legislativo. Sua finalidade é a identificação dos envolvidos nos montes de crimes perpetrados à sombra do poder público nos anos de chumbo. Do outro lado também, porque qualquer denunciado fundamentará sua defesa  citando exemplos da ação adversária. 
                                              
Agora, rever a Lei da Anistia e abrir processos de punição aos culpados de décadas atrás  equivalerá a um suicídio nacional. Nessa hora é que os radicais de lá  e de cá devem ser contidos. Desde o general que sugere a convocação da presidente Dilma à Comissão da Verdade para explicar o atentado promovido pela  organização clandestina a que pertencia, até o promotor  da Justiça Militar, Octávio Bravo, que defende a suspensão da Anistia e a condenação  dos implicados na tortura e no desaparecimento dos corpos de Rubem Paiva, Mário Alves, Stuart Angel Jones, Carlos Alberto Soares de Freitas e quantos mais?
                                                       
Continuando as coisas como vão, ninguém deve duvidar até da possibilidade de a situação passar da retórica a ações de outro tipo. Por tudo, vale o conselho antigo: cada lado que segure os seus radicais...

Charge do dia

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Política e Religião
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