Oposição não quer apurar


Tucademopiganalhas, Quem te viu, quem te vê, quem te conhece não pode desconhecer que sempre age assim... Para os amigos tudo. Para os inimigos a lei! 


Ex-governador do Distrito Federal, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) vê uma mudança nos rumos das discussões políticas no Congresso. Segundo ele, a oposição, que tanto pregava a apuração de toda e qualquer denúncia contra o governo Lula, agora não quer levar para o Congresso as investigações que envolvem o governador José Roberto Arruda (DEMO).


Cristovam está atrás de assinaturas para a instalação da CPI do Mensalão do Arruda, que pretende investigar um esquema de pagamento de mesada a parlamentares distritais e aliados do governador do Distrito Federal. Conseguiu apoio de apenas sete senadores até agora, muito pouco em relação às 27 assinaturas mínimas necessárias.


O pedetista afirma que o DEMO, o PSDB e o PMDB, partidos envolvidos nas denúncias, dificultam a criação de uma comissão parlamentar de inquérito para aprofundar as investigações da Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. As acusações ameaçam o cargo do governador do DF e de seu vice, Paulo Otávio (DEM).
O líder do DEM, José Agripino (RN), diz que não há motivo para a abertura de uma nova CPI no Congresso. “Os pedidos de impeachment, o processo de expulsão do partido, já estão implícitos nisso tudo. Tudo isso já é objeto de investigação. Não precisamos fazer o que já está sendo feito”, disse Agripino ao Congresso em Foco.

O senador potiguar nega que seu partido esteja em mobilização para impedir a instalação da CPI. “Pra quê? Para impedir uma coisa que já está em curso?”, questionou o senador potiguar, para quem o Senado só deve “fazer investigação daquilo que nos compete”. Ao ser perguntado se apoiava ou rejeitava a criação da CPI, Agripino foi enfático. “Sou a favor da expulsão do Arruda.”



Os vídeos divulgados até agora também respingam na cúpula peemedebista. O presidente da Câmara, Michel Temer (SP), o líder do partido na Casa, Henrique Eduardo Alves (RN), e os deputados Eduardo Cunha (RJ) e Tadeu Filippelli (DF) são citados no inquérito como beneficiários do esquema de mesada a aliados. De acordo com o dialogo, R$ 800 mil mensais eram pagos a esses deputados em troca do apoio ao governador do DF. Os parlamentares negam veementemente qualquer relação com o caso.

O desafio das drogas - Fernando Henrique Cardoso


Um dos temas mais difíceis do mundo contemporâneo é o que fazer com o uso de drogas. Existem algumas comprovações bem estabelecidas sobre a questão. Se é verdade que sempre houve consumo de diferentes tipos de drogas em culturas muito diversas – embora não em todas –, não menos verdade é que ele no geral se deu em âmbito restrito e socialmente regulamentado, principalmente em cerimônias rituais. Não é este o caso contemporâneo: o uso de drogas se disseminou em vários níveis da sociedade, com motivações hedonísticas; no mais das vezes, sem aprovação social, embora, dependendo da droga, haja certa leniência quanto aos usuários.

Sabe-se também que todas as drogas são nocivas à saúde, mesmo as lícitas, como o álcool e o tabaco. E que algumas são mais nocivas do que outras, como a heroína e o crack. A discussão sobre se o consumo de drogas mais fracas induz ao de outras mais fortes é questão médica sobre a qual não há consenso. Para fins de política pública, o importante a reter é que as drogas produzem consequências negativas tanto para o usuário quanto para a sociedade e que reduzir ao máximo o seu consumo deve ser o principal objetivo.

A discussão, portanto, é sobre diferentes estratégias para atingir o mesmo objetivo. Até agora, a estratégia dominante tem sido a chamada “guerra às drogas”. Foi sob a sua égide, sustentada fundamentalmente pelos Estados Unidos, que as Nações Unidas firmaram convênios para generalizar a criminalização do uso e a repressão da produção e do tráfico de drogas.

Decorridos 10 anos, a agência da ONU dedicada às drogas se reuniu este ano em Viena para avaliar os resultados obtidos pela política de “guerra às drogas”. Simultaneamente, na Europa e na América Latina, comissões de personalidades independentes fizeram o mesmo, apoiando-se em análises preparadas por especialistas. Eu copresidi com os ex-presidentes da Colômbia e do México, respectivamente César Gaviria e Ernesto Zedillo, a Comissão Latino-Americana. Nossa conclusão foi simples e direta: estamos perdendo a guerra contra as drogas e, a continuarmos com a mesma estratégia, conseguiremos apenas deslocar campos de cultivos e sedes de cartéis de umas a outras regiões, sem redução da violência e da corrupção que a indústria da droga produz. Logo, em lugar de teimar irrefletidamente na mesma estratégia, que não tem conseguido reduzir a lucratividade e consequentemente o poderio da indústria da droga, por que não mudar a abordagem? Por que não concentrar nossos esforços na redução do consumo e na diminuição dos danos causados pelo flagelo pessoal e social das drogas? Isso sem descuidar da repressão, mas dando-lhe foco: combater o crime organizado e a corrupção, ao invés de botar nas cadeias muitos milhares de usuários de drogas.

Em todo o mundo, se observa um afastamento do modelo puramente coercitivo, inclusive em alguns Estados americanos. Em Portugal, onde, desde 2001, vigora um modelo calcado na prevenção, na assistência e na reabilitação, diziam os críticos que o consumo de drogas explodiria. Não foi o que se verificou. Ao contrário, houve redução, em especial entre jovens de 15 a 19 anos. Seria simplista, porém, propor que imitássemos aqui as experiências de outros países, sem maiores considerações.

No Brasil, não há produção de drogas em grande escala, exceto maconha. O que existe é o controle territorial por traficantes abastecidos principalmente do Exterior. Dada a miserabilidade e a falta de emprego nas cidades, formam-se amplas redes de traficantes, distribuidores e consumidores que recrutam seus aderentes com facilidade. O país tornou-se um grande mercado consumidor, alimentado principalmente pelas classes de renda média e alta, e não apenas rota de passagem do tráfico. Enquanto houver demanda e lucratividade em alta, será difícil deter a atração que o tráfico exerce para uma massa de jovens, muitos quase crianças, das camadas pobres da população.

A situação é apavorante. O medo impera nas favelas do Rio. Os chefões do tráfico impõem regras próprias e “sentenciam”, mesmo à morte, quem as desrespeita. A polícia, com as exceções, ou se “ajeita” com o tráfico, ou, quando entra, é para matar. A “bala perdida” pode ter saído da pistola de um bandido ou de um policial. Para a mãe da vítima, muitas vezes inocente, dá no mesmo. E quanto à Justiça, não chega a tomar conhecimento do assassinato. Quando o usuário é preso, seja ou não um distribuidor, passa um bom tempo na cadeia, pois a alegação policial será sempre a de que portava mais droga do que o permitido para consumo individual. Resultado, o usuário será condenado como “avião” e, tanto quanto este, ao sair, estigmatizado e sem oferta de emprego, voltará à rede das drogas.

É diante dessa situação que se impõem mudanças. Primeiro: o reconhecimento de que, se há droga no morro e nos mocós das cidades, o comércio rentável da droga é obtido no asfalto. É o consumo das classes médias e altas que fornece o dinheiro para o crime e a corrupção. Somos todos responsáveis. Segundo, por que não “abrir o jogo”, como fizemos com a aids e o tabaco, não só por intermédio de campanhas públicas pela TV, mas na conversa cotidiana nas famílias, no trabalho e nas escolas? Por que não utilizar as experiências dos que, na cadeia ou fora dela, podem testemunhar as ilusões da euforia das drogas? Não há receitas ou respostas fáceis. Pode-se descriminalizar o consumo, deixando o usuário livre da prisão. As experiências mais bem-sucedidas têm sido as que vêm em nome da paz e não da guerra: é a polícia pacificadora do Rio de Janeiro, não a matadora, que leva esperança às vítimas das redes de droga. Há projetos no governo e no Congresso para evitar a extorsão do usuário e para distinguir gradações de pena entre os bandidos e suas vítimas, mesmo quando “aviões”, desde que sejam réus primários. Vamos discuti-los e alertar o país.



Comentário:
Como sempre o tucano fica em cima do muro.
Minha opinião é que seja legalizado o comércio de drogas - todas -. Assim como é o de bebida e cigarro.  

  1. Se isto fosse feito diminuiria demais a corrupção policial.
  2. Acabaria de vez com a hipocrisia que impera neste assunto.
  3. A sociedade teria muito mais responsabilidade para combater este mal, o uso de drogas - todas sem exceção -.
  4. E o combate começaria com mais vigor por parte da familia e tendo como parceiro a educação familiar e formal. 
Participe do debate, dê a sua opinião.

Legislação tem de mudar

Falando sobre os atuais casos de corrupção no DF Ciro Gomes afirma que a legislação deve ser mudada e o Brasil tem de ser realmente "passado a limpo".

“Não há nenhuma previsão na lei brasileira em matéria de suborno, corrupção, roubo. O que há no país é uma Justiça vesga, de certa forma, que olha muito o lado do corrompido e não olha a atitude do corruptor”, declarou.

Categorico, Ciro Gomes disse que se sente constrangido com os escândalos e que a situação é muito “amarga”. Ressalta que o Ministério Público está atuando e tudo está vindo a público.

Entretanto, observa que existe um espaço de modernização, melhoria e avanço na Legislação principalmente naquelas que regulam a relação dinheiro e política. “ Aí que começa todo o desequilibro, obrigando a maioria dos homens decentes da política a conviver na fronteira do ilegal do ilícito por conta da Legislação antiga que regula essa relação”.

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Oposição tentará sair "das cordas"


Passada uma semana do início do escândalo envolvendo o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), a oposição tenta se articular para sair das cordas. A estratégia passa por quatro pontos: movimentar-se para uma expulsão rápida do governador - o que evitaria o prolongamento do “sangramento” dele -, intensificar agenda de viagens dos pré-candidatos para discutir plano de governo, aumentar a pressão pela chapa unindo os governadores tucanos José Serra (SP) e Aécio Neves (MG), e começar a trabalhar palanques em locais problemáticos, como DF, RS e RJ. 


A oposição quer circunscrever a crise de Arruda ao Distrito Federal e entrar em 2010 com “agendas positivas”. Para isso, o PSDB retomará encontros estaduais para debater programa de governo. Aécio e Serra devem estar juntos nas agendas. Aécio disse ontem que a semana “não foi um bom momento” para a oposição, mas que a crise “não terá reflexo direto nas eleições de 2010”.

A relação DEM e PSDB ficou estremecida durante a semana. A insatisfação de uma ala tucana, ligada a Serra, com a condução do caso do mensalão do DEM gerou inclusive a tentativa de enfraquecer o presidente da sigla, Rodrigo Maia (DEM-RJ), amigo de Arruda. 
Escrito por Magno Martins

Você acredita?...

  1. Anfitrião: Já vai? Ainda é cedo!. 
  2. Aniversariante: Sua presença é mais importante do que o presente. 
  3. Advogado: Esse processo é rápido. 
  4. Ambulante: Volta aqui que a gente troca. 
  5. Corretor de imóveis: Em seis dias instalarão luz, água e telefone. 
  6. Vendedor de carros: Vou colocar a taxa de juros real. 
  7. Dentista: Não vai doer nada.
  8. Sapateiro: Depois alarga o pé. 
  9. Desiludida: Não quero mais saber de homem em minha vida. 
  10. Devedor: Amanhã, sem falta. 
  11. Orador: apenas duas palavras. 
  12. Namorado: Você foi a única mulher que eu realmente amei. 
  13. Noivo: Casaremos o mais breve possível. 
  14. Recém-casado: Até que a morte nos separe. 
  15. Fachada de prédio: "Aproveite. Últimas unidades". 
  16. Chamada de programa de rádio ou TV: Você não pode perder. 
  17. Empresário: Nesse bolso aqui, jamais entrou dinheiro roubado.

Telhados de vidro


... não é besta de jogar pedra no do vizinho. Daí a "moderação", daí as atitudes corretas, compreensíveis, do "vamos esperar o veredito da justiça", em vez de dizer "Tá na hora de acabar com essa p*%#&*+@$#!!! " e de encarar o que deve ser feito. Ditadura não resolve, conchavos "democráticos" também não. Quem sabe está na hora daquela reforma da Constituição, que passa a conter um único artigo: "Todo brasileiro deve ter vergonha na cara. Revoguem-se as disposições em contrário!"