Homosexualismo

[...] Jair Bolsonaro: Homossexual não é Santo

O deputado entregou, na Corregedoria da Câmara, ontem, sua defesa contra as 4 representações que o acusam de comportamento racista e homofóbico.
A polêmica se deu em razão de declarações dadas por Bolsonaro no programa CQC , da TV Bandeirantes no final de março, em reposta a uma pergunta feita pela cantora Preta Gil.
A cantora perguntou como o deputado reagiria se um filho dele namorasse uma negra e ele respondeu que os filhos não corriam esse risco, porque não tinham sido criados em um ambiente de promiscuidade como ela.
Bolsonaro deixou para apresentar a defesa no último dia do prazo regimental da Corregedoria e não entregou cópia do texto à imprensa, alegando que está impedido pelas regras da Casa.
O deputado disse que na defesa reafirmou não ser racista e que entendeu mal a pergunta feita por Preta Gil. E acrescentou que os integrantes do programa poderiam ter ligado para ele, questionando sobre a resposta, porque o programa foi gravado em 13 de fevereiro e só foi ao ar no dia 28 de março.
Na defesa, acrescentou o parlamentar, citou outros casos que considerou similares ao seu, como o fato do ex-ministro José Dirceu, quando era deputado, em 1993, ter assinado um projeto que trazia de volta à escravidão ao país.
Em relação à homofobia, Bolsonaro continua não medindo as palavras: voltou a repetir que não teria orgulho em ter um filho gay e avisou que continuará lutando contra programas do atual governo voltados para a comunidade LGBT, na área de educação.

Gay

[...] Eu sou!

És?...

Então envia fotos tuas para joel.leonidas@gmail.com serão publicadas numa pagina especial do blog.

E convida as colegas e colegas para fazerem o mesmo.

Aguardo.

Literatura

Êxtase

 Ele falou que sempre que via um pôr de sol bonito como aquele sentia que não era para ele. Não sabia explicar. Era como se o pôr de sol fosse para outros e ele estivesse vendo clandestinamente, sem autorização, espiando o que não lhe dizia respeito. Sentia-se, assim, um penetra no espetáculo dos outros.

Ela não entendeu. Você acha que não merece, é isso? Que é bonito demais para você? Que você não tem direito a um pôr de sol dessa magnitude? Que o sol deveria se pôr com mais discrição para pessoas como você, que cada pôr de sol deveria ter uma versão condensada, menos espetacular, para os imerecedores da Terra, é isso?
Não, não, disse ele. Eu mereço. Não é uma questão de humildade. É uma questão de... E deu outro exemplo. Sorvete de doce de leite. Sempre que comia sorvete de doce de leite tinha a mesma sensação de clandestinidade. Aquela doçura, aquele prazer, não podia estar assim disponível para todos como, como... como um pôr de sol!
Era preciso haver uma hierarquia no direito às coisas magníficas, senão nenhuma escala de valores na vida tinha sentido. Se qualquer um podia comer um sorvete de doce de leite quando quisesse, que sensação sobraria para as grandes epifanias, para o êxtase das grandes revelações?
Comer um sorvete de doce de leite nivelava toda a experiencia humana, diante de um Michelangelo ou de uma chuva de estrelas a sensação seria a mesma. Lera em algum lugar que os fabricantes de sorvete de doce de leite tinham hesitado muito antes de lançar o produto no mercado. A preocupação deles era outra: temiam a corrupção irrecuperável da humanidade. Depois de provar sorvete de doce de leite, as pessoas poderiam se ver fragilizadas, indefesas diante da autoindulgência e da lubricidade, ou perdidas pela culpa. Tinham até pensado em vender o sorvete com um aviso, como os cigarros. "Atenção: pode causar dependência e ruína moral."
Ele não defendia uma aristocracia com acesso exclusivo ao bom e ao bonito. Só achava que ver um pôr de sol fantástico comendo sorvete de doce de leite deveria ser, assim, como se você fosse um dos escolhidos do mundo, com o crachá correspondente. Licença para se extasiar.
E então ele deu outro exemplo: você aqui na minha frente, com as cores do pôr do sol refletidas no seu rosto. Uma exclusividade minha, um privilégio dos meus olhos, uma injustiça para todos os homens do planeta que estão olhando outra coisa. E ela falou: "Não exagera, vai."
Nunca a palavra "perda" para descrever uma morte foi tão apropriada
Com a morte do Reali Jr.o jornalismo brasileiro perdeu uma das suas grandes figuras e a perda para seus muitos amigos é indescritivelmente dolorosa.

Racismo

[...] ‘Venda’ de alunos negros em simulação de leilão de escravos causa polêmica nos EUA
 Pintura representando Abraham Lincoln após a vitória na Guerra Civil e a libertação de escravos nos EUA
Aula visava ilustrar papel da escravidão na Guerra Civil dos EUA
 'Uma professora em Norfolk, Virgínia (EUA), causou polêmica ao simular um “leilão de escravos” em uma escola americana, numa aula comemorativa aos 150 anos da Guerra Civil americana.
Segundo o Washington Post, a professora Jessica Boyle, que dá aulas para uma sala da 4ª série da escola Sewells Point, separou os alunos brancos dos negros e mestiços – estes últimos foram, então, “vendidos” para seus coleguinhas brancos.

A iniciativa despertou críticas dos pais dos alunos e forçou a escola a pedir desculpas, alegando que Boyle estava bem intencionada, mas agiu de forma “inapropriada”.
“A aula (sobre a Guerra Civil) poderia ter sido pensada com mais cuidado, para não ofender os estudantes ou colocá-los em uma situação desconfortável”, disse em comunicado a diretora da escola, Mary B. Wrushen.
Em entrevistas a uma TV local, alguns pais de alunos e moradores de Norfolk reclamaram do teor “ofensivo” da aula e de os alunos “vendidos” terem sido tratados como “animais”.
Uma mãe, no entanto, defendeu Boyle, por acreditar que a professora só estava tentando “demonstrar” o papel desempenhado pela escravidão como um estopim da Guerra Civil. “Acho que ela não estava tentando ferir (os sentimentos) de ninguém”, disse Tara Woodruff.
A professora, que trabalha na escola há seis anos, não comentou o caso.
A Guerra Civil (1861-1865) foi o confronto mais sangrento ocorrido em território americano, deixando centenas de milhares de mortos. A vitória dos Estados do norte sobre os do sul resultou na abolição da escravidão nos EUA.
Um caso parecido já havia acirrado os ânimos no Estado de Ohio, no mês passado, quando, segundo uma TV local, uma professora do ensino fundamental dividiu sua sala de aula entre escravos e senhores.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/04/110413_aula_escravidao_polemica_pai.shtml

FHC

[...] Para quem se pretende líder político ou referência de país, FHC tem dois problemas básicos: não gosta nem de povo nem do país.
Não se trata de mera afirmação retórica.
Uma das características marcantes dos grandes Estadistas é a de identificar o interesse nacional no seu discurso, passar essa impressão ao grande público, seja defendendo teses neoliberais ou bandeiras sociais.
Em relação a povo e Nação FHC é de uma insensibilidade que não vi em nenhum outro governante brasileiro. Acompanhei seu início, a volta do exílio, a ansiedade em ser aceito pela elite econômica paulista. Não perdeu esse vezo nem depois de se transformar no porta-voz exclusivo do empresariado mais superficial.
Os militares não demonstravam nenhuma sensibilidade social, mas defendiam bandeiras de país. A muitos populistas faltavam projetos de país, mas empunhavam bandeiras sociais.

é a geleira, o frígido para temas nacionais e sociais. E é um tolo ao levantar discussões públicas dessa maneira, nas quais prevalece apenas o sentimento de tomada de poder: o que devemos fazer com o povo para reconquistar o poder. Caraca! Esse tipo de elucubração se faz a portas fechadas, em locais reservados, onde pode prevalecer o discurso da realpolitik, as estratégias de tomadas de poder, os acertos com grupos influentes.

No discurso público o que vale é a retórica do interesse público – mesmo que ele próprio não acredite nisso. O que vale é o lema que conquiste públicos amplos, o discurso da salvação nacional, da construção do futuro, as palavras de ordem que são facilmente assimiladas pelos discursos do governador, do prefeito, do vereador, homogeneizando a fala e ajudando a construir na prática o caminho político.
Mas FHC é pretensioso demais, vaidoso demais para entender essas nuances do discurso público, no qual o simples é o sofisticado, superficial demais para prever o futuro e prolixo demais para sintetizar as bandeiras.
Prefere assimilar ideias de terceiros, revesti-las com um linguajar sociológico oco e ocupar páginas de jornais que se desacostumaram com discussões mais aprofundadas. Jornais, aliás, que ajudaram a consolidar essa visão insuportavelmente elitista que matou todas as bandeiras sociais do velho PSDB. 
Não é à toa que os políticos do PSDB que estão com a mão na massa reagiram com ceticismo total às suas tertúlias sociológicas.

Poema escatológico

Ode a WC de compostagem

E depois, na pousada verde, há
era, a magia de câmara em vão
uma coisa, fora vem outra, onde o que nós
fazer é transformado em adubo,
o funil de um tanque do esmalte, onde os líquidos
são separados dos sólidos, onde as enzimas
e vinagre, em verde-floresta
interior, fazer o seu não remunerado
trabalho, eo que pode ser usado novamente
afunda para onde ele pode ser colhido,
quase inodoro. Nós não pensamos
nossa merda cheira bem, mas nós não pensamos
a terra deve ser transformado em uma grande fossa 
para acomodar o desejo de parte da nossa
vísceras o mais rápido possível.
Nesta cabine de secagem, merda acontece,
e, em seguida, ao longo do tempo, ele altera sua natureza,
suas pequenas toxinas ocupado morrer,
Acontece para as culturas arvenses de resíduos de resíduos
não, não quero resíduos não. Como em
um banco de sangue, mas mais suja,
soilier, o eflúvio da prole
da mistura terra: fertilizante
New Hampshire, Quênia, Nova Iorque, Boston
Yankees merda, merda Red Sox,
em harmonia excrementos;
vegan merda, merda kosher,
slow food, rápido, vegetariana,
fruititarian, mesmo os tristes
tufos de merda anoréxica,
calvinista e merda, merda e Cabala,
Halliburton merda empregado,
Ortodoxa merda, merda puritana,
merda lésbicas, virgem ninfeta
poeta merda pinto. Mares e rios
amor a compostagem WC, lagos e
fluxos de brilho os seus louvores, e os pequenos
criaturas da lagoa e riacho
atentos para o verde-escuro da máquina
como um trono de porcelana, embora a sua royal flush
está dentro dele. Vem sentar-se nele, venha ser
sua rainha ou do rei.

Comércio

[...] Os caminhos distintos de Brasil e China

A viagem de Dilma Rousseff à China é um bom momento para se analisar o resultado de erros e acertos históricos.


Em 1994, China e Brasil eram as bolas da vez nas grandes transformações mundiais. Ambos países continentais, com grande população – a da China imensamente maior -, prontas para construir um mercado de consumo de massa, em um momento de mudanças estruturais no modo de produção global. Os avanços da telemática e da logística tinham produzido uma revolução no modo de produção das multinacionais, acabando com o modelo histórico de cadeia de fornecedores próximos ao fabricante final.


Havia uma realocação de unidades industriais em alguns continentes, recorrendo a fornecedores globais.


Na nova geografia econômica, Brasil e China se apresentavam como candidatos naturais a países-sede das unidades montadoras finais. Principalmente depois que, com a estabilidade econômica trazida pelo Real, um exército de novos consumidores entrou no mercado.


Ao Brasil estava reservado o atendimento dos mercados latino-americano e africano. Além de se constituir em base exportadora para os países do norte.