Eu não votei no senador Ali Kamel


Maravilhosa a polêmica que envolve o Senado brasileiro.
O elenco é portentoso. Artur Virgílio, Pedro Simon, José Sarney, Renan Calheiros, Fernando Collor de Melo...
Vivemos uma época em que os políticos se transformaram em despachantes de luxo. Vide a CPI feita sob encomenda para atender aos interesses do banqueiro Daniel Dantas.
Quem influencia mais a política agrícola/agrária do Brasil: a Marina Silva ou a Monsanto? Quem faz as leis do setor de comunicação: a Globo ou o Mercadante?
Se assim é, se o sistema político brasileiro não dá conta de ser verdadeiramente democrático e de atender às demandas de todos os setores da população, enquanto na calada da noite atende a todos os grandes interesses dos conglomerados econômicos, que pelo menos não nos neguem o circo.
Sim, o pão talvez viesse se o Senado fosse extinto e fosse convocada uma Assembléia Nacional Constituinte para valer.
Mas a coragem nunca fez parte do cardápio político brasileiro. Quando a esquerda ascende ao poder rapidamente espera que esqueçam o que ela prometeu, do mesmo jeitinho que o ex-presidente FHC pediu que esquecessem o que ele escreveu. FHC, aliás, que andou nos advertindo contra "aventureiros", da esquerda ou da direita, que poderiam empalmar o poder no rastro do "escândalo" do Senado.
Vai esperar sentado.
O Senado brasileiro não é hoje nem melhor, nem pior do que antes. É um corpo extremamente conservador da política brasileira. Por mim poderia, sim, ser extinto.
Mas, se não é, que sirva de circo.
Aviso logo que, nesse caso específico, torço para os bandidos.
Impagável ver Collor, Renan e Simon se pegando no plenário. Não há ingênuos naquele lugar, como voces bem sabem. É a antecipação da campanha eleitoral. A turma do Serra tentando enfraquecer a turma da Dilma. As duas turmas se merecem.
E eu torço para os bandidos dos dois lados. Sim, porque nesse enredo novelesco-televisivo -- hoje um dos senadores da oposição disse dramaticamente aos jornalistas viver "num calvário" -- os mocinhos são aqueles que a campanha de José Serra encarregou de "estimular" a massa: Ali Kamel, Otavinho e os editores de Veja, aqueles que plantaram uma serpente no Congresso.
São os assessores, por assim dizer, "imagéticos" da "crise do Senado".
São os encarregados de mobilizar a opinião pública com o objetivo de derrubar Sarney.
Além de interditar os debates necessários, que a sociedade brasileira precisa fazer -- sobre o pré-sal, por exemplo --, os "assessores" querem pautar a opinião pública, o Congresso e o Planalto sem terem obtido um voto sequer para isso.
É por isso que fico com Sarney, Agripino Maia, Renan Calheiros e tudo o mais que o Senado nos reserva.
Eu não votei no Ali Kamel.

Portosol

Meus amigos, por favor, ficar levantando suspeitas a respeito de Instituições idôneas somente pelo motivo das mesmas acabarem sendo citadas por elementos do calão do senhor Calheiros é, no mínimo, uma heresia.

Em primeiro lugar, o senhor Tiago FOI presidente da Instituição, e em segundo, exercia o cargo sem remuneração. Isto mesmo, como voluntário.

Todos os atos da presidência e do conselho de administração estão discriminados em ata e ao dispor de quaisquer que tenham vontade de tomar conhecimento.

Sintam-se convidados a conhecer, e se acharem conveniente, a participar das ações que a mesma desenvolve, pois são de grande valia para a sociedade, em especial para a camada mais pobre da população.

Me coloco à disposição pelo email:
wagner@portosol.com para dirimir qualquer dúvida que os amigos tenham.

Um abraço.

Com diz o ditado: O pau que dá em xico dá em Francisco.

O neto de Sarney foi apontado pela tucademopiganalhada como criminoso por trabalhar com crédito consiguinado.

Milhares de pessoas trabalham com crédito consiguinado nenhuma foi acusada de cometer este crime.

Na verdade o rapaz cometeu o crime de ser neto do Sarney na hora errada para ele e na hora certa para a corja.


Os pensadores falam

Zé Brasil é um personagem fictício do site “Os Pensadores Falam” que usa frases históricas dos grandes pensadores da humanidade, celebridades, escritores e jornalistas para mandar seus recados. As frases utilizadas muitas vezes nada têm a ver com a real situação do momento em que se tornaram famosas, mas é apenas uma forma bem humorada de utilizá-las.

Por que frases ditas há mais de 2400 anos por Confúcio, Aristóteles, Platão e outros grandes pensadores continuam valendo nos dias de atuais e ainda permanecerão por muito tempo? Simplesmente porque desde que o ser humano se tornou pensante, tem dúvidas sobre a vida, sofre com angústias, medos, mentiras e desilusões. E todas essas aflições, em última análise, vêm de sua eterna busca pela felicidade, desejo de posse, segurança, auto-afirmação e necessidade de conhecimento.

Nessa busca, para alguns, vale tudo! Mentir, disfarçar, dissimular, ignorar, conquistar o poder, prejudicar pessoas e o pior… achar todas essas atitudes perfeitamente normais!

Este Blog não contém apenas uma coletânea de frases, mas uma tentativa de aplicá-las de uma forma diferente, às vezes bem humorada e com uma certa dose de sarcasmo. Os “recados” são dirigidos para personalidades, grupos econômicos, empresariais e sociais.

Você poderá fazer busca pelo nome do pensador, tema ou por quem recebeu o “recado” do Zé Brasil. Para isto, basta digitar o nome ou a palavra na caixa de pesquisa do canto superior direito do cabeçalho da página.

Dê a sua opinião sobre este Blog, faça comentários sobre as frases e sugira recados no Mural. Os textos enviados estarão sujeitos à aprovação do administrador.

Veja também "As imagens Falam" que tem uma coletânia bem-humorada de fotos com textos elaborados pelo site.

Manifestantes de aluguel

A NCST (Nova Central Sindical), que diz representar 12 milhões de trabalhadores, desenvolveu um inusitado método de organização de manifestações.

Para encher a Esplanada dos Ministérios, recorre a “manifestantes” de aluguel. Recruta-os na periferia de Brasília. Remunera-os a R$ 40 por cabeça.

Deve-se a revelação aos repórteres Rodrigo Haidar e Filipe Coutinho.

Descobriram que, por R$ 80 mil, pode-se arrastar 2 mil pessoas até a porta do Congresso (leia).

Os protestos remunerados da Nova Central Sindical são organizados em parceria com uma de suas filiadas, a Contratuh (Confederação Nacional dos Trabalhadores).

Em contatos com a Contratuh, Haidar e Coutinho expressaram o desejo de organizar uma manifestação sob o lema “Fora Sarney”.

Ocultando dos interlocutores a condição de jornalista, a dupla logrou desvendar os segredos da indústria de agenciamento de protestos.

Desembolsando-se a quantia exigida, consegue-se alugar em Brasília pessoas dispostas a defender ou atacar a tudo e a qualquer um.

Escrito por Josias de Souza

Feras e domadores


Este caso Sarney, senado, PMDB, oposição, Pedro Simon, Renan e Collor me lembrou uma lição que aprendi desde criança.

Uma vez conversando com um domador de leões de um pequeno circo que estava em minha cidade, eu quis saber como ele conseguia fazer o animal lhe obedecer, respeitar. E ele disse-me:

  • Jamais pressione o animal de tal forma que ele sinta-se acuado, e não enxergue uma saída lateral senão ele te ataca.

Pois é, foi este erro que a oposição e a mídia cometerem com José Sarney e o PMDB. Acuou as feras e aí vimos que aconteceu com domador Pedro Simon. Foi violentamente atacado pelas feras.

Agora as feras - Sarney, PMDB, base aliada e governo - e os domadores - oposição e pig - vão lamber as feridas e se estudarem com muito mais cuidado.

Quem será o vencedor?...

Approach


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Recomeço

Caminhava sobre a areia quente. No seu entorno, a paisagem erma, grotesca na sua aridez inerte.

Sabia o que acontecera, mas não conseguia entender como ainda estava ali, vivo...ele e mais meia dúzia de pessoas. Era difícil entender o porquê...será que tinha sido escolhido? Mas para quê? Para refazer tudo aquilo que os de sua raça tinham destruído? Não se sentia capaz disso. Para ser o bode expiatório que pagaria por tudo o que eles fizeram? Talvez! E com isso ele até concordava... afinal, fizera parte daquilo tudo; calara para não se expor, fingira não ver, esquecera sem pudor o que acontecia... e a desculpa pra isso? Sempre a mesma: era apenas uma pessoa, não iria conseguir nada mesmo! E então, calara a sua voz até esquecer que ela existia; fechara seus olhos até que estes só vissem as imagens que lhe agradavam!

Mas, se tivesse burlado a própria omissão teria, pelo menos, a certeza de que havia feito algo, havia manifestado sua opinião, registrado o que pensava...

Mas do mesmo modo como ele se isolara em uma ilha de comodismo egóico, tantos outros fizeram o mesmo...e então, os jardins começaram a ser invadidos, as flores arrancadas, as árvores ceifadas e as vidas escravizadas pelos medos .. sonhos comprados a custo de ilusões materiais, metas deturpadas pela ganância e o poder desmedido massacrando tudo e todos. E todos caminharam juntos, cegos e acomodados, para o abismo em que sucumbiram!

Era impossível para ele acreditar que só ele tinha visto os sinais – primeiro a inconsciência absurda com relação ao habitat; depois a confusão e finalmente a perda dos valores morais, éticos, das estruturas emocionais... e o apogeu do ¨fim que justifica os meios¨ e o ¨levar vantagem em tudo¨...

Como fora omisso!

E o pior era saber que poderia ter, pelo menos, tentado fazer a diferença; e embora percebendo todo o desenrolar, assistira calado, sentado em banco confortável ao ocaso de uma raça.

E ainda assim sobrevivera a isso: ao caos social, a deterioração do ar respirável, ao extermínio das condições de vida no planeta em prol de valores superficiais de busca de poder.

E agora? Poderia recomeçar... sim, haviam poucos sobreviventes, mas mesmo assim, poderiam recomeçar – e, como ele estava em melhores condições físicas e emocionais, poderia se tornar o líder deles, e ascender ao ... PODER!!!

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