CPI para o MST. CPI para a Vale


Brizola Neto


Ontem, o Congresso deu número legal para a instalação da CPI que se propõe a investigar supostos repasses de recursos públicos para o Movimento dos Sem-Terra. Você, leitor, já sabe o que há por detrás disso. Não  que os repasses não devam existir e seu uso deva ser fiscalizado, como o de quaisquer outros.  E os  excessos ou eventuais crimes cometidos por sem-terras, da mesma forma que deveriam ter sido punidos os responsáveis pelo massacre de Eldorado de Carajás, onde 19 trabalhadores rurais foram brutalmente assassinados. Morte de seres humanos que, até agora, dez anos depois, estão impunes, sem que se veja nenhum furor midiático contra isso.

Bom, vou procurar cada um dos signatários desta CPI e perguntar: se o senhor quer zelar para que não haja desvio de dinheiro público de suas finalidades, gostaria de ter sua assinatura para investigarmos para onde está indo o dinheiro público colocado à disposição da Vale. Sou capaz de apostar que, se somarmos todos os recursos de que possam acusar o MST de mau uso, nem chega na sola do chinelo dos créditos do BNDES concedidos à empresa, incrivelmente controlada pelo Bradesco, que só tem 9% do seu capital.

Os nossos amigos da imprensa, sempre tão indignados, perderam o interesse na Vale, depois que o sr. Agnelli disse que vai seguir o que o Governo quer. Ninguém questionou a afirmação que ele fez - um escárnio à inteligência das pessoas - de que suas ligações com o Brtadesco eram “meramente afetivas”, depois de sair direto de 20 anos no bancão e ir direto para a presidência da Vale.

Assim é o “todos são iguais perante a lei” no Brasil. O Sr. Agnelli pode mandar meter não um, mas centenas de tratores abrirem rombos imensos no nosso território, em áreas desapropriadas pelo Estado para que possa haver a mineração. Nada demais.  Um provocador infiltrado ou um insensato derruba - e isso é uma atitude que deve ser punida, sim  - alguns pés de laranja em terra pública, adquirida irregularmente por uma empresa (multinacional) de agronegócio e isso é motivo de comoção nacional.

Nós, deputados, juramos uma Constituição que diz que os brasileiros são iguais. Só o que queremos é que uma empresa que explora concessões públicas milionárias, que tem como maiores acionistas entes ligados ao Estado e sujeitos à fiscalização do Tribunal de Contas e que recebe enormes créditos beneficiados do Estado seja investigada como pretendem investigar o MST.



Casa Civil ganha domínio exclusivo

O imbróglio envolvendo a ministra Dilma Rousseff e a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira levou o governo a criar em setembro um domínio exclusivo para a página virtual da Casa Civil. Antes abrigado no Portal da Presidência da República, o site apresentava problemas de lentidão e entraves operacionais. Repaginado, ganhou um layout moderno e dá mais destaque às ações da ministra Dilma Rousseff, pré-candidata favorita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para disputar a sua sucessão em 2010.

A Secretaria de Comunicação Social (Secom) explica que a reformulação do site foi conduzida em razão da polêmica criada em torno da agenda de encontros de Dilma. O antigo domínio, de acordo com a secretaria, não suportava informações com muito tempo de publicação, como registros do dia do suposto encontro que a ministra teria tido, em outubro do ano passado, com a então secretária Lina Vieira. 

"Foi uma medida de precaução para evitar novos problemas", esclarecem os técnicos da secretaria. Eles antecipam que a página da Casa Civil é um piloto do novo Portal da Presidência da República, ainda sem data de lançamento.

A assessoria de imprensa da Secom ressalta que todos os sites de órgãos ligados à Presidência da República passarão por mudanças no layout e nega que a reforma seja mais um esforço do Palácio do Planalto para turbinar a imagem da ministra Dilma Rousseff rumo às eleições de 2010. O novo site da Casa Civil é http://www.casacivil.gov.br/

Encontro


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A tatuagem do empresário


Um empresário muito rico decidiu fazer uma tatuagem.
Chegando na loja do tatuador, pediu que reproduzisse uma nota de 100 reais no seu pinto.
Espantado o rapaz disse:
- Senhor, uma tatuagem no seu pinto vai ser muito dolorido. O senhor não prefere escolher outro local?

Decidido o homem insistiu.
Curioso o tatuador perguntou:
- Mas, senhor, por que uma nota de 100 reais, e no pinto?
Percebendo o espanto do rapaz, o homem lhe explicou:
- Meu amigo, eu tenho vários motivos:
Primeiro
Sou um empresário e adoro ver dinheiro crescendo.
Segundo
Minha mulher é economista e adora ver dinheiro entrando e saindo.
Terceiro
Minha amante é exploradora e adora ficar sugando o meu dinheiro.
Quarto
Minha secretária é ciumenta e adora saber que meu dinheiro está bem guardado e só ela usufrui dele.

Otmar Liebert

Curva perigosa

Mauricio Dias
Há uma curva no caminho da pré-candidatura do tucano José Serra. Ela talvez seja um dos maiores fatores da imobilização política do governador paulista em relação à eleição presidencial de 2010, que tem levado seus aliados a certo desespero.

A curva mostra o comportamento longitudinal do eleitor em relação às candidaturas de José Serra e Dilma Rousseff.

“Esse comportamento em relação ao governador Serra apresenta uma base de 35% e, ao longo do tempo, sofreu uma variação positiva até o início de 2009. A partir daí, há uma tendência constante de queda”, aponta Marcus Figueiredo, responsável pelo trabalho.

Em junho de 2008, Serra alcançou 38,2% pela Sensus. Chegou a 42,8% no fim de janeiro de 2009 em sondagem de opinião feita pelo mesmo instituto.

A curva similar, em relação à candidatura da ministra Dilma Rousseff, aponta uma tendência sempre crescente.

Ser (candidato) ou não ser (candidato)? Eis a questão de Serra.

Essa curva era, até então, conhecida por poucos. Ela foi mapeada por Figueiredo, um especialista em pesquisas eleitorais. Professor do Iuperj, da Universidade Candido Mendes, no Rio de Janeiro, foi utilizada por ele uma metodologia, usada nos Estados Unidos, chamada 
Poll of Polls (Pesquisa das Pesquisas).

Figueiredo tomou como base o resultado das pesquisas pré-eleitorais que representam a opinião da sociedade em momentos variados. Figueiredo usou dados das pesquisas do Ibope e dos institutos Sensus e Datafolha, realizadas entre fevereiro de 2008 e setembro de 2009. A representatividade das amostras é compatível e o objeto da pergunta é semelhante (“Se a eleição fosse hoje, em quem o senhor votaria?”).

Segundo ele, a ideia de fazer a “pesquisa das pesquisas” tem, exatamente, o objetivo de pegar as diferenças apontadas entre as pesquisas rotineiras, que, como retratos, mostram o presente. A tendência dilui essas diferenças episódicas captadas pelos porcentuais de uma mesma pesquisa ou, eventualmente, de pesquisas de diferentes institutos feitas quase no mesmo momento.

A tendência no tempo longo livra as candidaturas de circunstâncias episódicas.

Serra teme a derrapagem projetada por essa curva. Certamente, o deputado Rodrigo Maia, presidente nacional do DEM, se preocupa muito com ela. Aliado principal do PSDB, Maia não esconde do eleitor suas angústias e tem forçado uma definição rápida. “A oposição está sem discurso, sem candidato. Estamos no pior dos mundos”, lamentou recentemente.

O gráfico da “pesquisa das pesquisas” aponta uma tendência, mas não assegura que a situação seja imutável. Marcus Figueiredo acredita, no entanto, que, “se o governador José Serra continuar escondido”, a tendência da curva continuará declinante e, em breve, poderá ser ultrapassado pela curva ascendente de Dilma Rousseff. 

O PIG CAI, DESPENCA

Se algo além do desemprego está em queda no Brasil, esse algo é o PIG.
O amigo navegante deve estar lembrado do meu post publicado neste espaço, quinta feira.
Ele terminava com a frase que inicia esta insignificante crônica.

E caso achasse conveniente, qualquer acréscimo a ser feito, poderia soar como desnecessário, mediante a flagrante constatação da verdade evidenciada por incontestáveis dados técnicos medidos pelo IVC – Instituto Verificador de Circulação.
Segundo o IVC, o Jornal “A Folha de São Paulo” – o da “ditabranda”, que disse que a ditadura imposta pelo Golpe de Estado de 64 foi “branda” e que transportava os torturadores do sistema militar nos seus veículos de reportagem – a queda nas suas tiragens diárias caiu 42% nos últimos quatro anos. De aproximadamente 600 mil, passou para algo em torno de 250 mil exemplares.





De dezembro de 2008 até março de 2009, a “Folha” teve uma queda de 10% da sua venda de jornal impresso.
Se comparar os índices de dezembro do ano passado até setembro deste ano, a tiragem da Folha despenca em mais de 15%.
Isso é que é cair vertiginosamente. Uma queda espetacular e proporcional a sua “pequenesa”.



Quem mandou dar vazão à ditadura, partidarizá a notícia e manipular a informação?
Quem mandou a Folha mentir, tripudiar e trocar a notícia pelos editoriais com viés político oposicionista?
A Folha deveria saber que não é fácil fazer oposição a um Presidente, que, mais do que ser nordestino e metalúrgico, é um dos maiores chefes de estado da atualidade no mundo e tem “somente” 82% de aprovação nacional.



A Folha pecou e peca tanto a ponto de cair em alarmante e indisfarçável descrédito popular. Ninguém que não seja do tipo débil e sabujo dos que cerceiam as liberdades e agridem a dignidade humana no seus mais elementares valores, não só a leem, como concordam com suas posturas vergonhosas de imprensa de esgoto.
Há pessoas que se sentirão ofendidas com esse ingênuo e despretencioso texto.
Elas estão inseridas no grupo dos “cegos” que tem a genialidade de ainda lerem a Folha e a burrice de comprá-la.

Por falar em genialidade, me veio à baila, a do Presidente Lula ao ser entrevistado justamente por quem tenta decapitá-lo todos os dias – a Folha.
A Folha escalou o seu repórter especial, o Kennedy Alencar para “ferrar” Lula.
A Folha armou uma emboscada para o Presidente e findou ela (Folha) cainda na própria armadilha.
Um excepcional jornalista genialmente disse que a Folha foi tosquear lã e saiu tosqueada.

Provou do próprio veneno. O tiro da Folha saiu pela culatra.
Lula foi eloquente. Incisivo, brilhante, sagaz, inteligente. Genial!
Lula desprezou e ignorou José Serra, editorista da Folha, a quem a Folha devota proteção e cumplicidade. Não se contradisse. Não se comprometeu nem caiu nas ciladas do repórter e, para o desespero de seus patrões, disse que “o papel da imprensa não é fiscalizar, é informar”.

Pode comemorar, amigo leitor. A Folha não está desabando sozinha, não.
Ela traz consigo, atrelada a sua calda, como um cometa que passa e logo sumirá na lina do horizonte, o Estadão e o Globo.
O Estadão também é outro desastre.
Um fenômeno em retração de vendas de jornal.
O Globo também tende a desaparecer.
É tudo uma questão de dias... de tempo.

De um novo tempo tangido pelos ventos da blogosfera.
A blogosfera só faz subir, sua credibilidade aumenta tão fenomenalmente que nem os eleitores do Lula que a cada dia se convencem que votarão na misnistra Dilma para presidente.
Algo em torno de 62% dos brasileiros farão isso.
Um número um pouco maior do que o dos leitores que deixarão de ler a Folha e o PIG juntos até outubro de 2010.
Salve a queda vertical do PIG.
Salve o Brasil!