Toce - epidemia global

A que ponto chegamos.


Pessoas que considero bem intencionadas, inteligentes adoeceram do TOCE - transtorno obsessivo compulsivo ecológico -.


Tudo que falam, escrevem, pensam tem um ecológico no meio.


Leiam esta postagem " A hora e a vez da ecologia mental ".


Falando sério, dá para ler uma coisa desta e depois discutir com o autor? Acho que é perda de tempo.


Daqui a pouco escreverão sobre:


Ecologia braçal, estomacal, membral, peidal etecetera e tal.

A história de um amor que começou na internet


      Janeiro de 2009, pra  ser mais precisa dia 06, fazem  doze meses que conheci alguém muito especial, que veio trazer mudanças na minha vida.
    Nosso relacionamento teve inicio  numa sala de bate-papo, local onde algumas mulheres e homens, passam, tentando encontrar alguém especial. É na sala que muitos vão em busca dos sonhos e ilusões, para que possam através dela tornar realidade.
    Foi então nesse espaço, que  encontrei aquele homem que tanto esperei a vida toda, e  que aos pouco fui  descobrindo,  dias após dia,o quanto ele me fazia bem, tornando meus dias  mais significativos e cheio de esperança.
Costumo dizer que esse amor foi abençoado, chegou de mansinho, me envolveu em seus carinhos como uma fina teia, rompendo suave e persistente as minhas barreiras, e "quantas barreiras"!!!
Vencendo meus medos e receios tolos, curando as cicatrizes que a vida fez em mim. E acima de tudo, afastando de mim o medo de tentar  ser feliz, ou seja de ter uma segunda chance.
     Juntos percebemos o poder que a internet tem de encurtar distância e construir um relacionamento real, sólido e duradouro, assim como está  sendo o nosso. Moramos em cidades distantes, ele em Iguatu eu Fortaleza (7 hs de viagem).

 De princípio não aconteceu aquele amor carnal, (como acontece sempre no real )mas sim algo que veio de dentro. Tivemos através de cada conversa a certeza de que o visual não importava, pois em nenhum momento nenhum  de um de nós perguntavamos como era o fisico do outro,   mas sim,  o caráter, que foi transmitido  através das nossas conversas 
    Aos poucos nossos encontros foi sendo mais constantes e esse nosso amor foi brotando  e se fortalecendo.  Nós já nos conhecíamos na essência  mesmo antes do nosso primeiro contato ,  até o que cada um gostava ou não.
     Nosso primeiro encontro, ah! como foi emocionante!  Marcamos na rodoviaria, ele viajou  a madrugada toda  para estarmos juntos logo cedo, como foi combinado, estavamos cada um com seus receios temores ( natural), visto que, seria a primeira vez que iriamos estar juntos nos tocando, colocando em prática aquele  desejo que tanto relatavamos na nossas conversas virtuais.
     A sua  atenção e carinho  mesmo à distância, só podia acabar em namoro fime. Com um ano  da primeira "teclada" continuamos juntos e apaixonados mostrando que mesmo às escuras os relacionamentos podem dar certo. 


 Com isso quero dizer-te meu amado que:


Você que me mostra o que é a vida, você é o meu amparo, meu refúgio o meu chão, você me tirou da solidão.
A cada dia
 me sinto mais feliz, pois acredito ter encontrado o amor verdadeiro, aquele que eu sempre quis, acima de tudo me faz  feliz.
Você é único, é o meu amor sincero.
Quero sempre está ao seu lado, sem te atrapalhar
Quero sempre poder te amar.
Faça teu caminho, me inclua nos teus planos
E lembre sempre que amo você. Por isso você  é minha VIDA

 beijos!!!
Parabéns por está comigo nesse ano de caminhada.

A hora e a vez da ecologia mental


No dia 2 de fevereiro de 2007 ao ouvir em Paris os resultados acerca do aquecimento global dados a conhecer pelo Painel Intergovernamental das Mudanças Climáticas (IPCC) o então Presidente Jacques Chirac disse:
”Como nunca antes, temos que tomar a palavra revolução ao pé da letra. Se não o fizermos o futuro da Terra e da Humanidade é posto em risco”.
Outras vozes já antes, como a de Gorbachev e de Claude Levy Strauss pouco antes de morrer advertiam: “ou mudamos de valores civilizatórios ou a Terra poderá continuar sem nós”.
Esse é o ponto ocultado nos forums mundiais, especialmente o de Copenhague. Se for reconhecido abertamente, ele implica uma autocondenação do tipo de produção e de consumo com sua cultura mundialmente vigente.
Não basta que o IPCC diga que, em grande parte, o aquecimento agora irreversível é produzido pelos seres humanos.
Essa á uma generalização que esconde os verdadeiros culpados: são aqueles homens e mulheres que formularam, implantaram e globalizaram o modo de produção de bens materiais e os estilos de consumo que implicam depredação da natureza, clamorosa falta de solidariedade entre as atuais e as futuras gerações.
Não adianta gastar tempo e palavras para encontrar soluções técnicas e políticas para a diminuição dos níveis de gases de efeito estufa se mantivermos este tipo de civilização.
É como se uma voz dissesse: “pare de fumar, caso contrário vai morrer”; e outra dissesse o contrario: “continue fumando, pois ajuda a produção que ajuda criar empregos que ajudam garantir os salários que ajudam o consumo que ajuda aumentar o PIB”.
E assim alegremente, como nos tempos do velho Noé, vamos ao encontro de um dilúvio pré-anunciado.
Não somos obtusos a ponto de dizer que não precisamos de política e de técnica. Precisamos muito delas.
Mas é ilusório pensar que nelas está a solução. Elas devem ser incorporadas dentro de um outro paradigma de civilização que não reproduza as perversidades atuais.
Por isso, não basta uma ecologia ambiental que vê o problema no ambiente e na Terra. Terra e ambiente não são o problema.
Nós é que somos o problema, o verdadeiro Satã da Terra quando deveríamos ser seu Anjo da Guarda. Então: importa fazer, consoante Chirac, uma revolução. Mas como fazer uma revolução sem revolucionários?
Estes precisam ser suscitados. E que falta nos faz um Paulo Freire ecológico! Ele sabiamente dizia algo que se aplica ao nosso caso:
”Não é a educação que vai mudar o mundo. A educação vai mudar as pessoas que vão mudar o mundo”.
Precisamos destas pessoas revolucionárias, caso contrario, preparemo-nos para o pior, porque o sistema imperante é totalmente alienado, estupificado, arrogante e cego diante de seus próprios defeitos. Ele é a treva e não a luz do túnel em que nos metemos.
É neste contexto que invocamos uma das quatro tendências da ecologia (ambiental, social, mental, integral): a ecologia mental.
Ela trabalha com aquilo que perpassa a nossa mente e o nosso coração. Qual é a visão de mundo que temos?
Que valores dão rumo à nossa vida? Que espiritualidade cultivamos? Como nos devemos relacionar com os outros e com a natureza?
Que fazemos para conservar a vitalidade e a integridade de nossa Casa Comum, a Mãe Terra?
Não dá em poucas linhas traçar o desenho principal da ecologia mental, coisa que fizemos um inúmeras obras e vídeos.
O primeiro passo é assumir o legado dos astronautas que viram a Terra de fora da Terra e se deram conta de que Terra e Humanidade foram uma entidade única e inseparável e que ela é parcela de um todo cósmico.
O segundo, é saber que somos Terra que sente, pensa e ama, por isso homo (homem e mulher) vem de húmus (terra fecunda).
O terceiro que nossa missão no conjunto dos seres é de sermos os guardiães e os responsáveis pelo destino feliz ou trágico desta Terra, feita nossa Casa Comum.
O quarto é que junto com o capital natural que garante nossa bem estar material, deve vir o capital espiritual que assegura aqueles valores sem os quais não vivemos humanamente, como a boa-vontade, a cooperação, a compaixão, a tolerância, a justa medida, a contenção do desejo, o cuidado essencial e o amor.
Estes são alguns dos eixos que sustentam um novo ensaio civilizatório, amigo da vida, da natureza e da Terra. Ou aprendemos estas coisas pelo convencimento ou pelo padecimento.
Este é o caminho que a história nos ensina.
Leonardo Boff é teólogo

ISTO É UMA VERGONHA

Está no You Tube, com mais de 1.200.000 exibições, o vídeo no qual o apresentador Boris Casoy e a Band humilham os garis brasileiros.
Isso a 78 horas apenas, após sua postagem na rede.
A impressionante contagem de acessos mostra o tamanho da revolta popular contra o preconceito e o virulento ódio e desrespeito da Band a tão importante categoria de trabalhadores.
Para quem não acompanhou o caso, tudo começou no Jornal da Band do dia 31 de dezembro, edição apresentada por Boris Casoy.
A cada intervalo, alguém desejava votos de Feliz 2010.
Naquele, coube a dois garis fazer tais votos.
Assista aqui.

Por um vazamento de áudio, captou-se a voz do Boris na qual ele debocha e, da maneira mais inescrupulosa, desrespeitosa e desumana se refere pejorativamente ao garis, chamando-os de “m. de dois lixeiros. Do alto de suas vassouras, desejando felicidades”.
No dia seguinte, na maior cara de pau e sem demonstrar qualquer expressão de verdade e arrependimento, Boris pede desculpas aos garis. Os garis não aceitam. O Brasil também não.
Boris, sem nem um pudor e desprovido de qualquer resquício de grandeza moral e espiritual, verbaliza: “O mais baixo na escala do trabalho”.
Uma vergonha!
Um horror!!!
Certamente, Boris e a Band não gostam de gari.
Porque a sublime e importantíssima função desse trabalhador é retirar a sujeira, promover a limpeza.
Em contrapartida, a Band é adepta do jogo sujo, é na sujeira que ela habita porque a Band é membro do PIG.
E o PIG tem horror às camadas minoritárias e populares da sociedade, aos pobres e empobrecidos, aos menos escolarizados (que ele adora denominá-los analfabetos), entre estes estão os garis e o um cara chamado Luis Inácio LULA da Silva – que, coincidentemente, manifesta irrestrito apoio aos mais pobres como os garis.
Após tentar formalizar protesto contra as atitudes de Boris e da Band e não conseguir, O
Conversa Afiada do Paulo Henrique Amorim publicou a seguinte carta do Sindicato dos Garis e Varredores de São Paulo:
Carta aberta à população (do Sindicato dos Garis e Varredores)
Garis de São Paulo são humilhados duas vezes.
Não bastasse a frase desrespeitosa: “Que m …: dois lixeiros desejando felicidades do alto da suas vassouras. O mais baixo na escala do trabalho”, captada pelo áudio aberto no encerramento de uma saudação de Feliz 2010 de garis e varredores, no dia 31 de Dezembro de 2009, na TV Bandeirantes, hoje (4/01/10), ao tentar entregar uma carta à Boris Casoy e à TV Bandeirantes, os diretores do Siemaco foram mais uma vez humilhados.
Uma jornalista que se apresentou como Albertina e se disse chefe de redação não quis, sequer, assinar o protocolo de recebimento. Não autorizou, inclusive, que os diretores do Siemaco, o Sindicato dos Garis e Varredores, entrassem nas dependências da TV Bandeirantes.
Atitude que confirma que a desculpa de Boris Casoy não passou de uma formalidade e que prevalece o preconceito e o tratamento desrespeitoso com a categoria, com os seus representantes legais e com os trabalhadores e trabalhadoras da limpeza urbana de São Paulo.
Por isso, publicamos esta “Carta aberta à população”, em busca de atitudes menos preconceituosas e para insistir na adoção de hábitos democráticos. Pois, os garis e varredores de São Paulo queriam provar para a TV Bandeirantes e para Boris Casoy que não aceitam a classificação desrespeitosa: “O mais baixo na escala do trabalho”.
O preconceito e a afronta aos mínimos hábitos democráticos se confirmam pelas atitudes da TV Bandeirantes em não receber nossa carta de protesto e pelo tratamento desrespeitoso da jornalista Albertina, subordinada a Boris Casoy.
Eis a íntegra da carta que tentamos entregar ao apresentador Boris Casoy e que fomos obrigados a protocolar na TV Bandeirantes, que também não nos recebeu:
“São Paulo, 4 de Janeiro de 2010De: Sindicato dos Garis de São PauloPara: TV Bandeirantes e Boris CasoyFazemos questão de registrar, formalmente, nossa indignação com a frase do apresentador Boris Casoy, da TV Bandeirantes, no dia 31 de dezembro de 2009, quando afirmou: “Que merda: dois lixeiros desejando felicidades do alto da suas vassouras. O mais baixo na escala do trabalho”.
Não aceitamos as desculpas do apresentador, que foram meramente formais ao ser pego ao manifestar o que pensa e que, infelizmente, reforça o preconceito de vários setores da sociedade contra os trabalhadores garis e varredores, responsáveis pela limpeza da nossa Capital.
O esforço que os trabalhadores e trabalhadoras fazem, apesar de enfrentarem atitudes preconceituosas como a expressa por Boris Casoy, muito nos orgulha pois sabemos que somos parte integrante da preservação da saúde pública de nossa querida São Paulo.
Moacyr Pereira, presidente do Siemaco-SP, Sindicato dos Garis e Varredores de São Paulo.”

A se recusar receber a correspondência do Sindicato dos Garis, a Band os efende duas vezes, na avaliação do jornalista Paulo Henrique Amorim.
Paulo Henrique encaminho ao Ministro das Comunicações, Hélio Costa, o e-mail do internauta Rogério.
Acho importante republicá-lo para que se expanda cada vez mais a rede dos que não aceitam mais o tratamento antipopular e o desserviço prestado pelos concessionários de Tv ao País sempre voltados para os interesses das elites.
Eis o e-mail:
Caro PHA!
Olha só o que eu acabei de receber por e mail!Acho uma idéia genial!Abrir processos na ANATEL contra a BAND e o BORIS é uma forma de denunciar o conteúdo da TV e ao mesmo tempo, o sequestro da Agência Reguladora pelos concessionários!
Não era bom publicar?
AbraçoRogério
O vídeo de Boris Casoy ofendendo os garis e os trabalhadores em geral é uma PROVA CONCRETA DO CONTEUDO ANTI-POPULAR QuE OS CONCESSIONÁRIOS DE TV PROPAGAM NO AR.
Até o momento da emissão deste e mail, O VIDEO JÁ TEVE 897.000 acessos em pouco mais de setenta e duas horas!É MUITA GENTE INDIGNADA!E ISSO PRECISA SE TRANSFORMAR EM AÇÃO CONCRETA, DEIXANDO DE SER MERA INDIGNAÇÃO!
Se você acessar aqui nesse link poderá acompanhar a contagem, que a essa altura já deve estar bem mais alta.
1) Quer ajudar a denunciar o conteúdo anti-popular dos atuais concessionários dos serviços públicos de televisão, que ferem a lei das comunicações!
Como? Enviando esse e-mail a todos que V. puder!
2) Quer ajudar a exigir uma investigação do governo federal sobre a atuação desses concessionários, que impõe às nossas crianças, jovens e à população em geral, um modo de pensar racista, preconceituoso, contra os mais pobres e contra tudo que for nacional e popular?
Como?
Entre agora na pagina de denúncias da ANATEL clicando no link abaixo e formule sua queixa contra a TV BAND e Boris Casoy, exigindo uma investigação rigorosa não só do caso dos garis, mas de uma possível orientação anti-popular, preconceituosa, exclusora e partidarizada da linha editorial da programação.
https://sistemas.anatel.gov.br/sis/LoginInternet.asp?codSistema=649&Pagina=http%3A%2F%2Ffocus%2Eanatel%2Egov%2Ebr%2Ffocus%2Ffaleconosco%2Fatendimento%2Easp%3F
Não esqueça de fazer uma cópia da denuncia e arquivá-la consigo.
E mande uma cópia da denuncia em formato Word ao amigo de quem V. recebeu esse e mail, para podermos fazer um acompanhamento paralelo da atuação da ANATEL, que como se sabe é uma agência reguladora com muitos compromissos com os concessionários e com um histórico de nenhuma punição contra as TVs, que na verdade quase mandam na Agência.
Vamos transformar isso em Vários Milhões de Processos contra a BAND e BORIS na ANATEL.
A ANATEL é uma instituição mantida com dinheiro PUBLICO, deve fiscalizar esse tipo de atitude e não encobri-la e fingir que não é com ela!
Mãos à Obra!Façamos algo realmente prático e concreto contra a MAFIA DAS TVS DO BRASIL, QUE DOMINAM OS CORAÇÕES E MENTES DE NOSSO POVO HÁ TANTAS DÉCADAS!
Não se omita!
Se a ANATEL não fizer nada, pediremos a demissão da Diretoria por prevaricação!
Ajude! É só assim que fortaleceremos as instituições democráticas!
MOVIMENTO BRASILEIRO PELA VERDADEIRA LIBERDADE DE EXPRESSÃO.

A ópera-bufa da crise militar


Gilson Caroni Filho
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A reação dos comandantes do Exército, general Enzo Martins Peri, e da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, ameaçando pedir demissão caso o presidente da República não revogue alguns trechos do Plano Nacional de Direitos Humanos 3- que cria a Comissão de Verdade para apurar torturas e desaparecimentos durante o regime militar, revela a triste face de um estamento que ainda não se deu conta que a reconstituição da guerra dos porões é um desafio que não mais comporta tutelas.

O inferno foi aqui, faz parte do domínio da história. É necessário revolvê-la, vasculhá-la pela ótica dos carcereiros, para que a sociedade reencontre sua memória para a desejável consolidação da democracia profunda. É preciso dar um basta aos que, se dizendo ameaçados de revanche, a ela se antecipam vislumbrando nos defensores dos Direitos Humanos uma motivação “terrorista". Sintomático é que essa é a mesma linguagem que os jornais reproduzem docilmente desde os anos mais duros da ditadura.

As palavras do ministro da Justiça, Tarso Genro, em entrevista ao Jornal do Brasil (edição de 3/01/2009) não deixam margem para qualquer dúvida:

"Não se trata de uma prestação de contas das Forças Armadas. Os torturadores são indivíduos que montaram aparatos paralelos e a grande maioria deles era civil. É bom lembrar também para quem os defende que a primeira pessoa que desmontou um aparelho paralelo foi o general Ernesto Geisel ao extinguir a Operação Bandeirantes. Se o chefe de um regime autoritário teve a coragem de fazer, como é que os civis da democracia não têm coragem de prosseguir esse trabalho?"

A tarefa requer apenas vontade política para se resolver um dos vértices da questão da anistia. Por mais ampla e recíproca que ela tenha sido, como afirmam seus defensores, isso não elimina o direito das famílias de saber o que aconteceu com seus desaparecidos- e encaminhar os processos no sentido de identificar os autores dos crimes contra presos políticos, remetendo-os á Justiça. Caberá ao Supremo Tribunal Federal (STF) decidir se pune os responsáveis ou aplica o entendimento inicial da Lei, arquivando os casos - seja por considerar a anistia recíproca em seu sentido mais amplo, seja por classificar tortura e assassinatos cometidos no período como “crime político conexo".

Salvaguardar as Forças Armadas não é acobertar os crimes de uma camarilha fascista que nelas se alojou para saciar suas patologias e as do empresariado que a financiava. Pelo contrário, a forma mais radical de fortalecê-las é reforçar seu papel de guardiãs do Estado Democrático de Direito.

Os comandos militares não podem esquecer os princípios mais elementares de legalidade- ou iludir-se com velhos castelos de sofismas- porque não se suprime por decreto uma consciência histórica construída em tantas crises constitucionais, uma a uma duramente superadas. Do contrário a ordem institucional brasileira forjada pela ditadura não será plenamente substituída, mas readaptada com a conivência inclusive de quem se proclama democrata convicto.

Disso tudo deveria saber, entre outros, o ministro Nelson Jobim, antes de encenar sua última ópera-bufa no governo. Mais uma vez aqui se impõem as lições da história. A crise é o momento de emergência do novo. O que a ele se opõe é da ordem da teratologia política.


Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Jornal do Brasil

(texto publicado originalmente na Carta Maior )

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