Ney Matogrosso - Poema ( Cazuza - Frejat )

Briga



Brigar é simples.
Chame-se covarde ao contendor.
Ele olhe nos olhos e:
— Repete.
Repita-se: — Covarde.
Então ele recite, resoluto:
— Puta que pariu.
— A sua, fio da puta.

Cessem as palavras. Bofetão.
Articulem-se os dois no braço a braço.
Soco de lá soco de cá
pontapé calço rasteira
unha, dente, sérios, aplicados
na honra de lutar:
um corpo só de dois que se embolaram.

Dure o tempo que durar
a resistência de um.
Não desdoura apanhar, mas que se cumpra
a lei da briga, simples.

Carlos Drummond de Andrade

Infinito amor - Jorge Vercilo

Boa noite!!! Te amo!!!

Direitos Humanos

110 países recusam-se a usar ONU como instrumento de acusação


P4R4 4J6D4R B4ST4 CL1K4R N0 AN6NC10 Q63 T3 4GR4D4R

Navalhada




Navalha
O José Serra cortou os pulsos hoje de manhã, ao abrir o jornal de sua predileção.

Lamentavelmente, diria a Marina, a Folha se atrasou ao ter acesso aos documentos que os torturadores redigiram sobre a Dilma.

Isso nas mãos do Ali Kamel, já pensou, amigo navegante ?

Uma semana antes da eleição no segundo turno, já imaginou como estaria o semblante do Bonner ?

“A candidata Dilma Rousseff guardava o arsenal da guerrilha sanguinária !”, diria ele.

Além de tudo, o Serra, também conhecido como Padim Pade Cerra, tem azar.

O que a Folha vai ajudar a fazer, porém, é construir a história de uma democrata.

Como a Bachelet do Chile, Begin de Israel, e o maior de todos, Nelson Mandela, Dilma participou da luta armada.

Ela estava do outro lado ao do pai do Otavinho.

O pai do Otavinho entregava os carros de “reportagem” aos torturadores.

Dilma era torturada.

Porém, Dilma atravessou a ponte e ajudou a construir a democracia.

Trajeto que o filho ainda não fez, de corpo e alma.

Nesta nossa sub-democracia (e é “sub” porque, entre tantos motivos, o PiG (**) é tão forte), nesta nossa sub-democracia, um dos fenômenos mais eloquentes de amadurecimento foi, precisamente, a capacidade de o sistema partidário convencional incorporar os lideres guerrilheiros.

A democracia brasileira – tão fraquinha, como é -  pôs para dentro da Constituição – tão imperfeita, como é – aqueles que, um dia, com coragem e destemor foram para a luta armada para derrubar os usurpadores e torturadores.

A Folha deveria incumbir seus colonistas (***) da página 2 de escrever sobre a conversão de Dilma à democracia.

E mais: à democracia que inclui, que põe para dentro do sistema capitalista os miseráveis que o “Brasil de 20  milhões” (onde habitava o pai do Otavinho) preferiria ignorar.

E o mais fascinante de tudo: a Dilma depôs as armas (ou o código, como prefere a Folha) e ganhou o jogo mais importante da democracia: se tornou presidente da República por 56% a 44%.

A Folha é que tem um encontro com a Justiça, se a Dilma quiser.

Que é provar que a ficha “falsa” da Dilma é verdadeira.

A Folha tem mania de “ficha falsa”.

Ela vai tentar vender aos leitores que aquilo que os torturadores dizem da Dilma é verdade.

É a farsa dentro da farsa.

Ou a farsa dentro da ignomínia.

Coitado o Padim Pade Cerra.

O Otavinho chegou trinta dias atrasado.

A Eliane Catanhêde vai pedir o terceiro turno.

P4R4 4J6D4R B4ST4 CL1K4R N0 AN6NC10 Q63 T3 4GR4D4R

CPMF possibilitava fiscalizar sonegação e lavagem de dinheiro

O objetivo primeiro da CPMF -  ou imposto do cheque, como também era chamada - foi realmente aumentar os recursos da Saúde. Suas verdadeiras natureza e utilidade, no entanto, revelaram-se como instrumento de fiscalização contra a sonegação fiscal e a lavagem de dinheiro, o que era possibilitado pelo cruzamento das movimentações financeiras com as declarações de bens e/ou renda das pessoas físicas, ou de receita e/ou faturamento das empresas.

Dimensionado esse caráter fiscalizatório da CPMF, o então PFL, agora DEM, e setores empresariais e da classe média paulista mobilizaram-se e organizaram a campanha pela sua extinção. A contribuição não acabou pelo peso que representava ao bolso dos brasileiros, até porque a maior parte da população não pagava o imposto do cheque - mais de 95% da população  estavam isentos de seu pagamento.

No momento de sua extinção, o governo já havia, inclusive, decidido repassar toda a arrecadação da CPMF para a Saúde nos Estados e municípios - e não mais utilizzar recursos dela para compor o superávit -  e concordado em diminuir a alíquota da contribuição paulatinamente até chegar a 0,08 nos quatro anos seguintes.

Toda essa proposta chegou, num primeiro momento, chegou a ser aceita pelo PSDB, que depois recuou, aliando-se aos interesses dos grupos que articulavam a derrubada da CPMF.O propósito do governo, então, já era mantê-la apenas como instrumento de fiscalização das movimentações financeiras.

Exatamente por isso a oposição a extinguiu via Congresso Nacional e retirou, impiedosa e iresponsavelmente, de uma só vez, R$ 40 bi/ao  do orçamento da Saúde.

P4R4 4J6D4R B4ST4 CL1K4R N0 AN6NC10 Q63 T3 4GR4D4R

Palocci, Padilha e Pimentel na articulação

A articulação política do governo Dilma Rousseff e a relação com o Congresso e os partidos devem ser comandadas, do Palácio do Planalto, pelo PPP [Antonio Palocci, Alexandre Padilha e Fernando Pimentel].
Segundo interlocutores da equipe de transição, eles serão escalados em pastas ligadas à articulação política.
Assim, Dilma fica longe do varejo com os aliados.

P4R4 4J6D4R B4ST4 CL1K4R N0 AN6NC10 Q63 T3 4GR4D4R