Briga
Brigar é simples.
Chame-se covarde ao contendor.
Ele olhe nos olhos e:
— Repete.
Repita-se: — Covarde.
Então ele recite, resoluto:
— Puta que pariu.
— A sua, fio da puta.
Cessem as palavras. Bofetão.
Articulem-se os dois no braço a braço.
Soco de lá soco de cá
pontapé calço rasteira
unha, dente, sérios, aplicados
na honra de lutar:
um corpo só de dois que se embolaram.
Dure o tempo que durar
a resistência de um.
Não desdoura apanhar, mas que se cumpra
a lei da briga, simples.
Carlos Drummond de Andrade
Direitos Humanos
110 países recusam-se a usar ONU como instrumento de acusação
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Navalhada
O José Serra cortou os pulsos hoje de manhã, ao abrir o jornal de sua predileção.
Lamentavelmente, diria a Marina, a Folha se atrasou ao ter acesso aos documentos que os torturadores redigiram sobre a Dilma.
Isso nas mãos do Ali Kamel, já pensou, amigo navegante ?
Uma semana antes da eleição no segundo turno, já imaginou como estaria o semblante do Bonner ?
“A candidata Dilma Rousseff guardava o arsenal da guerrilha sanguinária !”, diria ele.
Além de tudo, o Serra, também conhecido como Padim Pade Cerra, tem azar.
O que a Folha vai ajudar a fazer, porém, é construir a história de uma democrata.
Como a Bachelet do Chile, Begin de Israel, e o maior de todos, Nelson Mandela, Dilma participou da luta armada.
Ela estava do outro lado ao do pai do Otavinho.
O pai do Otavinho entregava os carros de “reportagem” aos torturadores.
Dilma era torturada.
Porém, Dilma atravessou a ponte e ajudou a construir a democracia.
Trajeto que o filho ainda não fez, de corpo e alma.
Nesta nossa sub-democracia (e é “sub” porque, entre tantos motivos, o PiG (**) é tão forte), nesta nossa sub-democracia, um dos fenômenos mais eloquentes de amadurecimento foi, precisamente, a capacidade de o sistema partidário convencional incorporar os lideres guerrilheiros.
A democracia brasileira – tão fraquinha, como é - pôs para dentro da Constituição – tão imperfeita, como é – aqueles que, um dia, com coragem e destemor foram para a luta armada para derrubar os usurpadores e torturadores.
A Folha deveria incumbir seus colonistas (***) da página 2 de escrever sobre a conversão de Dilma à democracia.
E mais: à democracia que inclui, que põe para dentro do sistema capitalista os miseráveis que o “Brasil de 20 milhões” (onde habitava o pai do Otavinho) preferiria ignorar.
E o mais fascinante de tudo: a Dilma depôs as armas (ou o código, como prefere a Folha) e ganhou o jogo mais importante da democracia: se tornou presidente da República por 56% a 44%.
A Folha é que tem um encontro com a Justiça, se a Dilma quiser.
Que é provar que a ficha “falsa” da Dilma é verdadeira.
A Folha tem mania de “ficha falsa”.
Ela vai tentar vender aos leitores que aquilo que os torturadores dizem da Dilma é verdade.
É a farsa dentro da farsa.
Ou a farsa dentro da ignomínia.
Coitado o Padim Pade Cerra.
O Otavinho chegou trinta dias atrasado.
A Eliane Catanhêde vai pedir o terceiro turno.
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CPMF possibilitava fiscalizar sonegação e lavagem de dinheiro
O objetivo primeiro da CPMF - ou imposto do cheque, como também era chamada - foi realmente aumentar os recursos da Saúde. Suas verdadeiras natureza e utilidade, no entanto, revelaram-se como instrumento de fiscalização contra a sonegação fiscal e a lavagem de dinheiro, o que era possibilitado pelo cruzamento das movimentações financeiras com as declarações de bens e/ou renda das pessoas físicas, ou de receita e/ou faturamento das empresas.
Dimensionado esse caráter fiscalizatório da CPMF, o então PFL, agora DEM, e setores empresariais e da classe média paulista mobilizaram-se e organizaram a campanha pela sua extinção. A contribuição não acabou pelo peso que representava ao bolso dos brasileiros, até porque a maior parte da população não pagava o imposto do cheque - mais de 95% da população estavam isentos de seu pagamento.
No momento de sua extinção, o governo já havia, inclusive, decidido repassar toda a arrecadação da CPMF para a Saúde nos Estados e municípios - e não mais utilizzar recursos dela para compor o superávit - e concordado em diminuir a alíquota da contribuição paulatinamente até chegar a 0,08 nos quatro anos seguintes.
Toda essa proposta chegou, num primeiro momento, chegou a ser aceita pelo PSDB, que depois recuou, aliando-se aos interesses dos grupos que articulavam a derrubada da CPMF.O propósito do governo, então, já era mantê-la apenas como instrumento de fiscalização das movimentações financeiras.
Exatamente por isso a oposição a extinguiu via Congresso Nacional e retirou, impiedosa e iresponsavelmente, de uma só vez, R$ 40 bi/ao do orçamento da Saúde.
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Palocci, Padilha e Pimentel na articulação
A articulação política do governo Dilma Rousseff e a relação com o Congresso e os partidos devem ser comandadas, do Palácio do Planalto, pelo PPP [Antonio Palocci, Alexandre Padilha e Fernando Pimentel].
Segundo interlocutores da equipe de transição, eles serão escalados em pastas ligadas à articulação política.
Assim, Dilma fica longe do varejo com os aliados.
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