por Lustosa da Costa

Sonho imperialista

O americano queria fazer guerra ao Irã que sempre governou, através do xá da Pérsia e que humilhou a grande potência no governo Jimmy Carter, o que os ianques nunca perdoaram. Depois do meio fracasso no Iraque, cuja população quase destruíram para fazer bons negócios, e não apenas na área do petróleo, e do receio de serem expulsos do Afeganistão, não se atrevem às antigas ousadias do imperialismo.

Sonham os americanos que os novos governos, nascidos com a revolta da população contra os antigos que o apoiam e obedeciam cegamente a Washington, mantenham a tradição de obediência e submissão. Não parece fácil. Ou será que eles vão querer uma nova guerra que incendiaria o mundo e não lhes garante vitória?

Conversa com a Presidente

Luiz Cezar, 44 anos, porteiro de Salvador (BA)
- Como será sua política de empregos para pessoas que têm mais de 40 anos? Hoje em dia elas não conseguem se encaixar no mercado de trabalho devido à idade alta.
Presidenta Dilma
- Luiz, de uns tempos para cá esta situação vem mudando bastante. Veja você que em 2003, segundo o IBGE, os empregados com mais de 40 anos representavam 39,9% do total de pessoas ocupadas e, em 2010, esse índice chegou a 44,4%. Isto significa que as empresas estão aos poucos descobrindo o valor da vivência, da experiência. Para facilitar mais a colocação, os que ainda estão à margem do mercado de trabalho devem procurar o Sistema Nacional de Emprego (Sine), que encaminha aos cursos do Plano Nacional de Qualificação, implementados pelo Ministério do Trabalho. As chances aumentam muito, porque os cursos levam em conta as necessidades do mercado local. Outra opção é procurar as escolas técnicas. No seu estado, a Bahia, havia 9 escolas técnicas até 2002 e, no governo passado, nós criamos mais 12. Destaco também que a geração recorde de postos de trabalho, nos últimos oito anos, está beneficiando todas as faixas etárias. Em janeiro, a taxa de desemprego medido pelo IBGE ficou em 6,1%, que é o menor índice para este mês desde o início da série histórica do IBGE.

Gabriela F. Feldkircher, 18 anos, estudante universitária do Rio de Janeiro (RJ)
- Quais as medidas práticas que a senhora pretende adotar para melhorar o ensino básico nos próximos meses?

Presidenta Dilma - Para melhorar a educação, não basta planejar medidas para o curto prazo. Nós temos investido muito na melhoria da Educação Básica desde o governo Lula, mas sabemos que ainda há uma longa estrada a ser percorrida. Temos várias iniciativas em andamento. Certamente o programa mais eficaz para a melhoria da qualidade do ensino é o Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), criado em 2005. O Sistema é integrado por universidades públicas que oferecem cursos de nível superior, por educação a distância, para a população em geral, com prioridade para professores. Pelo Sistema UAB, estamos qualificando docentes de todo o país, incluindo os das localidades mais isoladas. Em 2009, estavam cadastrados 190 mil alunos, dos quais 51 mil eram professores da Educação Básica. Outra iniciativa, o Programa Banda Larga nas Escolas, já chegou à grande maioria das escolas públicas urbanas - nossa meta é completar o atendimento de todas as escolas públicas do país até dezembro. Para facilitar o deslocamento dos alunos e reduzir a evasão escolar, viabilizamos no governo anterior a compra, pelos municípios, de 5 mil ônibus padronizados. E agora, estamos permitindo a compra de bicicletas escolares para zonas rurais e periferias. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) vem crescendo bastante nos últimos anos. Nossa meta é chegar ao mesmo índice dos países desenvolvidos em 2022.

Meire Alves, 28 anos, autônoma de Cuiabá (MT)
- O que a senhora pretende fazer para diminuir os problemas da saúde pública no Brasil?

Presidenta Dilma 
- Em meu discurso de posse, eu disse, e reafirmo, que uma das prioridades do meu governo é consolidar o Sistema Único de Saúde (SUS). Vamos investir fortemente na rede de urgência e emergência, que será reformada, reequipada e ampliada. A busca pelo atendimento humanizado e de qualidade será constante. Para isso, vamos prosseguir com investimentos na expansão da rede hospitalar, das Unidades de Pronto Atendimento (UPA´s 24h) e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192). Outro compromisso meu é a instalação da Rede Cegonha, que vai tratar de forma integrada a saúde materna e infantil, reduzindo a mortalidade. Quero implantar o Cartão Nacional de Saúde, que facilita a marcação de exames e consultas e permite a obtenção gratuita de medicamentos. Temos no SUS um elenco enorme de serviços, que vão da atenção básica a procedimentos complexos. O cartão permitirá a consulta ao histórico clínico dos pacientes usuários desses serviços. Em menos de dois meses de governo, já podemos mostrar o cumprimento de compromissos assumidos com a sociedade. É o caso da ampliação da oferta de medicamentos gratuitos. Desde 14 de fevereiro, remédios para hipertensão e diabetes podem ser retirados gratuitamente das mais de 15 mil farmácias conveniadas que integram o programa Aqui Tem Farmácia Popular. Cerca de 33 milhões de hipertensos e 9 milhões de diabéticos estão sendo beneficiados.

por Alon Feuerwerker

 Reforma virada pelo avesso

Os operadores da reforma política são como cirurgiões obcecados por operar. Mas falta convencer o paciente. Até porque os próprios médicos não se entendem. Uns dizem que é preciso abrir o tórax. Outros, o abdômen. Já outros preferem começar pelo crânio.

“Vamos operar”, berram os cirurgiões, sem que a família esteja informada das reais necessidades ou, muito menos, dos riscos. Sabe-se apenas que o paciente não vai bem.

Mas será que operar é mesmo a melhor saída? Para contornar a dúvida, bem razoável, os operadores valem-se da força da autoridade. “Nós somos do ramo, então sabemos o que será melhor para vocês.”

Tanto não sabem que cada um chuta para um lado diferente.

O PT deseja o sistema de lista fechada com financiamento exclusivamente público das campanhas, pois confia que a força da legenda e as raízes no poder oferecerão ao PT uma vantagem decisiva.

Já o PMDB quer o distrital no âmbito dos estados. Na teoria, seria bom para agrupamentos mais alicerçados em nomes do que na força da sigla.

Chegamos então ao núcleo.

Na reforma política, cada político ou agrupamento político defende uma modalidade que, acredita, dará a ele vantagem decisiva sobre os demais.

Como para a sociedade, e para a democracia, interessa exatamente o contrário, que nenhum grupo consiga a supremacia estratégica na preliminar, a prioridade estes dias é ficar de olho nos gatos que são vendidos embalados em pele de coelho.

O debate da reforma política começou virado do avesso. Qualquer sistema eleitoral pode ficar melhor ou pior. Pode funcionar ou não. Depende menos de si mesmo e mais do poder que a sociedade e os eleitores têm para interferir democraticamente nos partidos e no governo.

O voto distrital é ótimo em democracias avançadas, e é também uma beleza em ditaduras. O mesmo acontece com o voto em lista fechada, preordenada, que pode ser democrático ou ditatorial conforme a taxa de interferência obrigatória do público na vida interna dos partidos.

Para desvirar o debate, e conduzi-lo ao porto seguro, talvez fosse o caso de começar pela possibilidade de impor regras democráticas aos partidos.

Que tal o partido não poder lançar candidato onde só tem comissão provisória, ou não fez convenção democrática? Que tal as direções partidárias e as chapas eleitorais serem obrigatoriamente eleitas pelo voto direto dos filiados, em eleições organizadas pela Justiça Eleitoral? Que tal só permitir a dissolução de diretórios com o devido processo legal? Que tal proibir o partido de carregar com ele o tempo de rádio e televisão quando não lançar candidato próprio?

São ideias. Deve haver outras bem melhores. Uma boa ideia é calcular a proporção de cadeiras no Legislativo não a partir da votação da chapa de parlamentares, mas da votação do candidato a prefeito (para os vereadores), governador (para os deputados estaduais) e presidente, dentro do estado (para os deputados federais).

Quem quiser ter bancada, que lance candidato ao Executivo. Com essa medida simples, prefeitos, governadores e presidente seriam eleitos com a respectiva maioria parlamentar, ou bem perto de consegui-la. E a seleção natural dos partidos seria promovida pelo único método sabidamente democrático: o voto.

Ideias não faltam. Falta vontade para atacar o único problema real do sistema político brasileiro: o monopólio do poder dos — e nos — cartórios de caciques vitalícios, abastecidos com dinheiro público e dispensados de praticar democracia interna ou prestar contas ao eleitor-contribuinte.

Ambiente Energia

MDL: No lugar do lixo, um monte de dinheiro
Meio ambiente, sustentabilidade e inovação

Workshop Inventário Corporativo de Gases de Efeito Estufa - 26/3

Primeira Página

MDL: no lugar do lixo, um monte de dinheiro 
Pesquisa do Ipea aponta que pelo menos 100 municípios brasileiros poderiam usar os resíduos para gerar créditos de carbono, o que daria uma receita bruta de 2,7 bilhões de euros

GEE: inventário de SP fica em consulta até março
Primeiro inventário do estado, que abrange o período 1990-2008, envolve os setores de agropecuária, energia, indústria, resíduos e uso da terra, com os seus vários subsetores

Nuclear: mais presença, menos emissões
Estudo encomendado pela Eletronuclear mostra que entrada de 7,3 GWh de energia nuclear na matriz, entre 2005 e 2030, evitará lançamento de 437 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera

Matriz Limpa Em Tese

Tutorial de Energia Solar

Guia produzido pelo Centro de Referência para Energia Solar e Eólica Sérgio de Salvo Brito (Cresesb) mostra principios e aplicações da energia solar

Vale a pena "ser" verde?

Ser "verde" se tornou valor esperado em vez de valor agregado. Quem não se tornar "verde" (perda de sustentabilidade) pode ficar no "vermelho" (perda de competitividade)

Canal de vídeos

Vídeo da Semana

Etanol de 2ª geração: o futuro dos biocombustíveis

Vídeo produzido pela Embrapa Agroenergia mostra como funciona o processo para fabricação desta alternativa energética que vem sendo pesquisada em vários países do mundo

Economia Verde Alternativas

Na trilha de uma nova economia

Relatório do Pnuma lista 10 setores fundamentais para tornar economia global mais verde. Investimentos anuais estão projetados em US$ 1,3 trilhão, dos quais mais de US$ 360 bilhões para abastecimento de energia

Veículo Elétrico: uma das oportunidades

A alternativa é uma das oportunidades estratégicas apontadas por livro coordenado pelo ex-ministro João Paulo dos Reis Velloso. Lançada pela J.Olympio, publicação também destaca economia verde

 

Pós em Economia e Meio Ambiente com ênfase em negócios ambientais

 

Blog do Charles Bakalarczyk: A Doutrina do Choque, made USA

Blog do Charles Bakalarczyk: A Doutrina do Choque, made USA: "Os EUA sempre fizeram mais mal do quem bem ao Brasil. No entanto, cópiamos tudo de lá, até a ideologia... Doutrina do Choque, Estados Unidos..."

Reforma política

Chega de casuísmos e soluções mágicas

Comissões constituídas - no Senado - e em fase de montagem - na Câmara - entramos na 2ª semana de debates sobre a reforma política. 

A essa altura, portanto, o mínimo que se pode cobrar é que já chega de casuísmos e de soluções mágicas. Vamos focar as discussões no que conta e interessa ao país, nas medidas que fortaleçam os partidos e valorizem o voto proporcional misto e em lista. 

O distritão, fidelidade partidária de 3,5 anos, voto facultativo e candidato avulso, pontos que polarizaram as discussões até agora estão fora do eixo central da reforma necessária.
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Congresso Nacional
 

Entramos na 2ª semana de funcionamento da Comissão da Reforma Política constituída no Senado e, esta semana, o presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS) instala as comissões da Casa para tratar do assunto. A essa altura, portanto, o mínimo que se pode encarecer é que já chega de casuísmos e de soluções mágicas, que são, na prática, a negação da reforma política.

Comissões oficiais instaladas e em funcionamento (o PSDB instituiu, também, uma especial para acompanhar a reforma), vamos focar as discussões no que realmente conta e interessa ao país, nas medidas que fortaleçam os partidos e valorizem o voto proporcional misto e em lista.

O distritão, uma fidelidade partidária de 3,5 anos - que na verdade é a negação da fidelidade partidária e sua liquidação -  voto facultativo e candidato avulso, pontos que polarizaram as discussões até agora, estão fora do foco, do eixo central da reforma necessária. Sem contar que alguns destes pontos dependem de mudança constitucional.

Reforma não é para atender um partido, político, ou candidato

O que o Brasil precisa, e já, é do financiamento público das campanhas eleitorais, da fidelidade partidária e da valorização do voto proporcional seja em lista, seja pelo sistema distrital misto (aí, o eleitor vota na lista e em um candidato).

Estas são as três medidas que vão no rumo certo do fortalecimento dos partidos e do voto proporcional sem a influência do poder econômico, seja o voto em lista, seja o voto distrital misto.

O que não podemos, nem devemos aceitar é o fim do voto proporcional e a liquidação dos partidos para atender aos interesses deste ou daquele partido, político ou candidatura em 2012 ou 2014 (e em todas as eleições futuras), num verdadeiro leilão de vagas nos partidos atrás de candidatos e lideranças, não importando sua posição política, doutrinária ou mesmo ideológica.

Isto seria um desserviço à democracia. 

por Cesar Maia

O Congresso se agacha


Ex-Blog do Cesar Maia

Cesar Maia

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1. O Brasil é um país democrático. Bem..., mais ou menos. As imperfeições são esperadas para uma democracia de apenas 20 anos. E o tempo vai aperfeiçoando o regime. Mas há vetores institucionais que vêm regredindo. O mais importante deles é a independência entre os Poderes. Há uma crescente invasão de competência entre eles. A começar pelo hiperpresidencialismo, a cada dia mais presente na América Latina. Invasões de competência tornaram-se uma rotina no Brasil.

2. Legislar por medida provisória é quase tão grave quanto os decretos-leis do regime autoritário. Mal se disfarça leis delegadas com justificativas esfarrapadas. O Orçamento, eixo fundacional da relação entre o Executivo e o Legislativo, desde o século 13 na Inglaterra, tornou-se inócuo. O Executivo nem se preocupa mais com sua aprovação, pois abre o Orçamento quando quer, por meio do canhestro expediente dos bilionários restos a pagar, que chegam a ser trianuais. E de créditos adicionais por medida provisória.

3. Fazer Orçamento por decreto e por convênio é a rotina do Executivo, que se jacta disso dando nome a essa prática: PAC. O presidente pré-assina acordos e tratados com outros países, na certeza de que o Congresso os vai coonestar. O Ministério da Fazenda invade competências constitucionais do Senado por meio de portarias de seu segundo escalão. Não dá a mínima para a fixação, pelo Senado, das regras de endividamento.

4. Atribui-se um poder substituto do conselho da LRF, alegando sua não regulamentação. Interpreta dispositivos federativos em relação a despesas vinculadas com educação e saúde. O Senado, passivo, vê suas atribuições em relação à Federação se desintegrar. A presença de governadores no Senado é cada vez mais rara, quando ali deveria ser o centro do debate de seus problemas. O Congresso se agacha. Esse silêncio, quanto a suas prerrogativas constitucionais, é substituído pelo alarido em relação a emendas parlamentares e cargos.

5. Não há necessidade de ler nenhum compêndio de ciência política para saber que um refluxo do Poder Legislativo corresponde a um avanço do Poder Judiciário sobre suas prerrogativas, no que os manuais chamam de jurisdicialização da política. Ou de outra forma: na política não há vácuo. O Legislativo se retrai e suas funções são ocupadas pelos demais Poderes. Assim foi na fixação do piso previdenciário, na fidelidade partidária, na cláusula de barreira, na definição de limites pessoais de ocupação de cargos em comissão etc. Por clamor popular, terminou se abrindo campo para que o Judiciário legislasse. Na abertura de uma nova legislatura, na qual mais uma vez se debate reformas que o país precisa, a mais importante de todas é o Legislativo se colocar de pé e defender suas prerrogativas constitucionais.

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SOBRE A CRIAÇÃO DE UM PARTIDO COMO PONTE PARA ENTRAR EM OUTRO PARTIDO!

1. (Renata Lo Prete - Painel - Folha SP, 26) Vamos ver 1: O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal e do TSE, vê com reservas a ideia de um novo partido criado única e exclusivamente para que os filiados escapem do risco da perda de mandato por terem abandonado suas legendas. É o roteiro planejado por Kassab para sair do DEM e, depois de uma rápida passagem pela nova sigla, fundi-la com o PSB. \ Vamos ver 2: "A fusão, por si só, não afasta a possível caracterização de infidelidade partidária", diz o ministro. Por outro lado, ele lembra que a Justiça Eleitoral "não chegou a examinar a questão da fidelidade do ponto de vista dos cargos majoritários, nos quais a substituição de titulares é mais complicada".

2. (Folha de SP, 26) O juiz eleitoral e presidente da Abramppe (Associação Brasileira dos Magistrados, Procuradores e Promotores Eleitorais) Márlon Reis lembra que a lei traz a hipótese de filiação a um novo partido entre as justificativas permitidas para o troca-troca. "Essa é uma justificativa idônea que impede que o partido venha a reivindicar o mandato. Porém se ficar provado que essa criação foi feita com fraude, o partido pode ajuizar uma ação, pois no Direito também são relevantes os fatos concretos, e não somente as aparências", afirma o magistrado. Reis salienta, porém, que é muito difícil colher provas e demonstrar em ações judiciais o real objetivo de manobras desse tipo. "É uma prova muito difícil. A questão vai ficar para o prudente arbítrio do Judiciário", diz o juiz eleitoral.

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AINDA A QUESTÃO DO NOVO PARTIDO!

(Globo, 26) 1. Para o ex-prefeito do Rio Cesar Maia (DEM), a criação do PDB é uma "natural aflição" da atual polarização do PT e do PSDB em São Paulo: — Na verdade, querer migrar para outro partido como ponte para outro existente é uma natural aflição em função da situação binária de São Paulo, entre PT e PSDB. Como o PSDB terá candidatos em 2012 e 2014, ele (Kassab) busca o outro vetor onde imagina poderá ter/ser candidato em 2012 e 2014 e ser competitivo. Não será simples o PT, que o agrediu tanto na campanha de prefeito do Serra, em 2004, explicar a seus militantes.

2. Segundo Maia, deputados vão aproveitar a "janela indiscreta" para se aproximar do governo Dilma Rousseff: — É uma forma de usar a legislação existente para mudar de partido. Dizem que deputados de outros partidos aproveitarão essa "janela indiscreta" para ir para o PSB, pela proximidade com o governo. E completou: — Isso faz parte da política desde o início da República. O partido mais forte e hegemônico é o PG, Partido do Governo. A democracia brasileira ainda é imatura, não entende o papel da oposição.

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VIOLÊNCIA SE DESLOCA PARA O NORDESTE, POIS TRÁFICO SE DESLOCOU PARA ÁFRICA OCIDENTAL!
        
(editorial Estado SP, 28) O quadro da violência no Brasil está mudando. Antes concentrada nas áreas mais pobres das regiões metropolitanas do Sudeste, agora está se expandindo para as regiões mais pobres - especialmente para o interior e para a periferia - das capitais do Nordeste. Esta é a região onde os índices mais cresceram - entre 1998 e 2008, os homicídios aumentaram 65%. Os assassinatos cresceram na Bahia, 237,5%. Em Alagoas, que em 2008 ocupava o 1.º lugar no ranking de homicídios, os novos bairros da região metropolitana de Maceió ganharam o nome de Iraque e Vietnã, sendo tratados pelas autoridades locais como verdadeiros campos de batalha. Em Alagoas, o índice foi de 60,3 assassinatos por 100 mil habitantes, em 2008.

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INTERNET QUEBRA MONOPÓLIOS DA EDUCAÇÃO E DA INFORMAÇÃO!

Trechos do artigo de Carlos Fuentes - El País (27).

1. El presidente Bill Clinton nos recuerda que al asumir la presidencia en 1993, sólo había 50 websites. Al dejar la Casa Blanca ocho años más tarde, había 350 millones. Juan Ramón de la Fuente, ex-rector de la UNAM, nos recuerda, a su vez, que hoy circulan en Internet 50.000 millones de mensajes diarios. Primero, en 40 años, la radio logró sumar 50 millones de oyentes. La televisión, desde 1950, atrapó igual número de televidentes. Pero en sólo cinco años, Internet alcanzó la suma que a la radio le tomó 40 años y a la televisión otro medio siglo. En el año 2000, había 300 millones de usuarios de Internet. Hoy, hay 800 millones.

2. Internet, Facebook, Twitter, reúnen a las multitudes que hemos visto en las calles de Túnez, El Cairo y Alejandría. Esas multitudes representan a una clase media y a una clase trabajadora ignoradas por el estrecho círculo del poder ejercido desde arriba y sólo para los de arriba, con algunos mendrugos arrojados a los de abajo. Sólo que los de abajo son la mayoría. Sólo que los de abajo no son sólo obreros y campesinos, sino estudiantes, profesionales, amas de casa, empresarios, comerciantes, toda una clase media formada por, a pesar de, al lado del autoritarismo que no la veía, y si la veía, la atomizaba en grupúsculos manipulables y minoritarios.

3. Gran paradoja. Un gobierno autoritario de larga duración tolera a un pueblo dividido y lejano, hasta que ese pueblo adquiere la visibilidad de su propia conciencia gracias a lo que supuestamente lo aislaba y actúa en consecuencia. El tiempo que nos tocó nos niega la comodidad de creer que la educación concluye alguna vez, en algún grado anterior al resto de nuestras vidas. Esto significa que, por una parte, las escuelas pierden el monopolio de la enseñanza y, por la otra, la prensa pierde el monopolio de la información pero también, que mantenerse informado en el largo periodo post-escolar y post-universitario es un deber y un derecho, inseparables del ejercicio de la ciudadanía y que este derecho, esta obligación, lo son de nuestra prensa.

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BUFALO BILL: A MAIOR CELEBRIDADE MUNDIAL NA ENTRADA DO SÉCULO 20!

(El País, 27) William Frederick Cody, Buffalo Bill, a quinta essência do selvagem do Oeste, caçador, explorador, ginete do Pony Express, condutor de diligência e aventureiro onde havia, esteve em Barcelona com sua trupe de índios e vaqueiros no inverno de 1889. De fato, Cody, a maior celebridade mundial na passagem do século, realizou um segundo giro europeu, de 1902 a 1906, com um show ainda mais impressionante que o levou a uma enorme quantidade de cidades do continente, incluídas, além das grandes capitais, Linz, Stuttgart, Manchester (onde a trupe se fotografou com os sobreviventes da 'carga da Brigada Ligeira' que estava ali), Liverpool, Milão, Gênova, Burdeos, Avignon e Marselha.