por Pedro Malan

Pedro S. Malan,  O Estado de S.Paulo
A expressão "pós-Lula", por estranho que pareça, causa desconforto e mesmo irritação a muitos adeptos do lulopetismo. A princípio, não deveria ser assim. Afinal, é um fato inegável que "o cara" não é mais de jure e de facto o presidente da República há exatos dois meses e treze dias.
Nesse sentido, a expressão "o pós-Lula" poderia, e deveria, ser entendida apenas como uma forma abreviada, e portanto melhor, de se referir ao "período que se segue ao término dos oito anos da administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva". Simples assim. Factual e incontroverso, não?
Não, dizem lulopetistas que respeito. E é importante, a meu ver, tentar entender suas razões.
Primeiro, porque veem no uso da expressão "pós-Lula" disfarçada ironia e inconfessáveis propósitos políticos, todos expressando veladas expectativas e obscuros desejos de que o ex-presidente pudesse "sair de cena", privando a sociedade brasileira de sua marcante presença, de seus conselhos, opiniões e lições de vida.
Vale lembrar que foi isso o que fez em 2003 o então - como ainda hoje - estrategista-mor do petismo (J. Dirceu), reagindo a um comentário público do então ex-presidente Fernando Henrique Cardoso: "Ele deveria estar calado em casa, de pijama e chinelos cuidando dos netos".
Que eu tenha tomado conhecimento, ninguém sugeriu o mesmo a Lula. Que, por sinal, disse mais de uma vez que iria mostrar a todos "como deve se comportar um ex-presidente quando desencarna". Deixo ao eventual leitor imaginar a qual (ou a quais) ex-presidente(s) se referia Lula.
Há uma segunda razão para o desconforto e a irritação com a expressão "pós-Lula", por vezes interpretada como uma tentativa de excluir do rol das possibilidades futuras "o retorno" de Lula à Presidência da República em 2014 ou 2018 - o que exigiria sua constante presença e visibilidade nos meios de comunicação.
Essa possibilidade de retorno certamente existe tanto para o principal estrategista do lulismo (o próprio Lula) quanto para o estrategista-mor do petismo.
Tanto é assim que um dos mais fiéis escudeiros do ex-presidente, hoje ministro importante do governo Dilma Rousseff, já disse em entrevista que se a presidente Dilma fizer um bom governo será candidata à reeleição.
Se não, o lulopetismo deverá ter Lula de volta em 2014 (ou 2018). Como falar em pós-Lula nesse contexto?
Leia a íntegra do artigo Aqui

Prá desopilar

Um banqueiro tomava banho de sol na praia quando de repente, não mais que de repente surge o Briguilino e pergunta: 
Fulano, beltrano, que fazem aqui? 
O banqueiro responde: 
"Estou roubando alguns raios de sol". Ao que Briguilino retrucou:
 "Vocês, banqueiros... sempre trabalhando"...

por A. Capibaribe Neto

Tristezas, lamentos e lamúrias

Existem aqueles que só conseguem chamar a atenção alheia como arautos de notícias ruins ou debruçados em lamentações as mais diversas. A vida não é feita só de alegrias, de festas, de carnaval, de folia, de boas taças de vinho. A tristeza é o contraponto. 

O dia seguinte pode deixar um sorriso bobo no rosto do que participou ou a cara fechada ou arrependida pelo que fez consciente ou, principalmente, inconsciente. A vida também é feita de cansaços e ressacas, de dores de cabeça e promessas de "nunca mais" que só duram até uma nova oportunidade. Aquele que está feliz dentro de uma relação, dificilmente dispõe de tempo para dividir com os circunstantes as razões de tanta completude.

É um egoísta justificado. No máximo, quando é ingênuo ou gabola, se lambuza com as facilidades da permissão alheia, fazendo comentários sobre o que fez, com quem fez ou deixou de fazer porque não quis, por aí. Para as confissões sobre as tristezas que se instalam, para as lamentações, as dores, principalmente as que doem na alma, via coração despedaçado, ou as lamúrias, que a nada levam como a sua própria definição, existe sempre um ouvinte paciente ou um confessor de plantão para escutar ou oferecer um ombro amigo para o conforto do desconfortável confidente. 

A vida é feita de desafios, a começar pelo desafio de viver, que, nos dias atuais, é quase uma façanha de sobreviver diante de tantas ameaças urbanas, mundanas, corriqueiras em cada esquina, em todo lugar. A vida é feita de conquistas, das menores, das mais supostamente insignificantes àquelas que exigem maior esforço, maior dedicação, objetividade e perseverança. A vida também é feita de calma, de calmaria, aquela que sempre chega depois das procelas, a chamada bonança. A vida é um perde-e-ganha, como um dia é da caça e o outro pode ser do caçador. 

Nessa vida, muitas vezes somos um alvo fácil para a alça da mira de um atirador anônimo, capaz de acabar, numa fração de tempo, com o sonho de uma vida inteira... Mas, quantas vezes não estivemos apontando as nossas armas implacáveis para o inimigo que consideramos mortal, muito embora o nosso disparo seja apenas para satisfazer um momento de ódio sem perdão. 

A vida é um misto de muita coisa, de pouca coisa, de quase nada. De discursos longos, prolixos, infindáveis; de explicações amarelas, desnecessárias, de justificativas que dependem do juiz que existe dentro de cada um de nós: o mais severo, o que não aceita mentiras, por mais disfarçados que sejamos, descarados, caras de pau, cínicos, artistas. 

A vida é cheia de silêncios oportunos que podem significar muito mais que um milhão de palavras, porque esconde, com fidelidade, o que realmente sentimos, o que vai na nossa alma, no nosso coração. "El silencio puede ser una resposta..." - foi assim que começou uma história de amor da qual fiz parte e depois deixei de ser na moldura de um silêncio cínico. 

Na vida, somos quase sempre juízes a nosso favor e dificilmente apontamos nosso dedo, mesmo para as culpas mais bobas, mais banais. Temos sempre razão, mesmo quando passamos muito longe do que isso possa significar. 

Ao longo da vida, somos capazes, competentes, fracassados, arvorados, seja lá do que for; somos arrogantes, prepotentes, valentões contra os que reconhecemos como mais fracos ou covardes diante da certeza da nossa fraqueza ou vulnerabilidade.

A vida é assim, cheia dessas divagações, quando não brincamos carnaval, quando preferimos ficar dentro de casa, cercado por silêncios conhecidos ou pela algazarra moleque de vizinhos indesejáveis. O título da crônica... bem, o título, vejam bem, é apenas um título, não uma apologia a essas mazelas que chamam atenção, nem que seja por um breve momento no alto de uma página. 
A vida é assim mesmo!

Geek Guru

...é uma daquelas misturas de brincadeira e promoção que vale a pena conferir. Promovido pela Intel, quem se sair melhor nas respostas a diferentes charadas virtuais leva para casa um computador top de linha, equipado com processador Core i7.

"Esse game tem várias fases que focam em tecnologia, mistérios e enigmas. Enquanto jogam, os usuários vão entendendo quais os benefícios dos novos processadores da Intel, o Core i3, Core i5 e Core i7", afirma a Gerente de Marketing da Intel, Denise Pereira.

Levar um super notebook para casa já é bom. Mas, os primeiros colocados no concurso têm mais um prêmio: serão transformados em embaixadores da tecnologia.

"Esses três vencedores, que serão chamados de os 'Geek Gurus' da Intel, durante um trimestre poderão falar em nome da Intel nas redes sociais. Serão nossos porta-vozes nas redes sociais", explica Denise.

Se você quer participar, não perca a oportunidade: o site com o regulamento e com as primeiras atividades já está no ar, basta clicar Aqui.
 Boa sorte!

SEGREDOS PRA LUA



Na calçada da noite vazia
Deita um homem poesia
Olhando o céu nublado,
Conta segredos pra lua.
Olhar sereno... Alma nua...
A lua esconde detrás de uma nuvem: D i v i n a ! ! !
Envergonhada pelas confidências íntimas,
Tudo parece tão quente!...
Foge sorrateira, por um nublado infinito dormente,
Levando preguiçosamente, segredos e confissão...
Que ele lhe contou por impulso, sem nenhuma razão!
Segredou os carinhos alheios que compartilhou,
Filosofou sobre o sabor do beijo, e até de amor falou.
Mas, a ingrata se foi ... Pressurosa e bela!
Deixando ali, o homem olhando pra ela.
No semblante um sorriso maroto a bailar,
"Se não tenho essa dama de prata para me acalentar"
Volto para aquela, que deixei no meu leito a adornar!

Marly Bastos

Cerâmica

Interessada em aproveitar, de maneira industrial, as cinzas do carvão mineral que moverá as usinas termelétricas Pecém I e II que a MPX e a EDP constroem no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, Agnes Verônica Schmitz Cattani, diretora da Envase Importadora & Exportadora Ltda NK Brasil, mantém contato com o secretário de Desenvolvimento de São Gonçalo do Amarante, Raimundo Vieira. Ela disse ao secretário que sua empresa e o Instituto Maximiliano Gaidzinski, de Florianópolis, pretendem criar "uma solução cerâmica" usando as cinzas como matéria prima. Excelente!

Meditação

A meditação acalma a mente e equilibra o corpo. Porém, ainda associada à religiosidade ou ao misticismo, desperta certa desconfiança nas pessoas. Na verdade, é um recurso terapêutico que pode caminhar lado a lado com a medicina. Partindo dessa premissa, o médico Roberto Cardoso apresenta os princípios básicos da meditação, inclusive desvinculando-a do caráter místico ou religioso que afasta muitos interessados no assunto.

No livro "Medicina e meditação - Um médico ensina a meditar" (MG Editores, 152 p., R$ 36,90), terceira edição revista e atualizada, ele mostra que o recurso é acessível mesmo para os que não querem praticar rituais para aprendê-la. Com base em estudos e artigos publicados, o autor explica os efeitos psicofísicos da meditação e seus possíveis usos terapêuticos. Também apresenta a alternativa de meditar caminhando para aqueles que não se imaginam sentados.