Rapidamente vai se esboçando o novo tempo na política brasileira

Há ainda pólvora no ar, resquícios da campanha eleitoral mais suja da história. Há setores que ganharam proeminência com a radicalização e não querem abrir mão do espaço conquistado. É muito mais um estado de espírito latentes do que radicalismo institucionalizado.
Institucionalmente, caminha-se para um novo arranjo, preparando a era pós-Lula.
Com exceção do inacreditável O Globo, os jornais deixaram de lado a extrema parcialidade e a briga com os fatos que caracterizaram os últimos anos. A operação detente de Dilma ajudou a baixar a fervura.
Toda a guerra contra Lula se baseava em questões pontuais, a maior parte irrelevante, a regulação da mídia – dramatizada pelos jornalões como ameaça à liberdade de imprensa -temas da guerra fria, Irã, enfrentamentos verbais, baboseiras em relação à suposta influência de Chávez e de Cuba, um discurso pré-64 requentado.
Todo esse conjunto de críticas espelhava uma realidade tão vaga e distante, que bastaram o fim das eleições e os primeiros acenos de Dilma para esvaziá-lo.

Tucanos em revoada


São mínimas as possibilidades de os tucanos se acomodarem no ninho.  Estão e continuarão em revoada sem rumo por motivo com data marcada: outubro de 2014, quando da próxima sucessão presidencial.  

José Serra, candidatando-se ou não ao trampolim que seria a prefeitura de São Paulo, Geraldo Alckmin e Aécio Neves são pretendentes irremovíveis a subir a rampa do palácio do Planalto, tanto faz se tiverem de  enfrentar Dilma ou o Lula.

O governador de São Paulo  dispõe de estrutura sólida, além da alternativa de poder concorrer outra vez ao cargo  que exerce.  

O ex-governador de Minas  estará no  meio de seu mandato de senador e o candidato derrotado no último  outubro pode argumentar com o raciocínio de que o Lula  perdeu três disputas, ganhando na quarta e na quinta, ao tempo  em que  ele só perdeu duas.

No PSDB, há quem sustente a necessidade da antecipação da escolha do  candidato, claro que não este ano, mas no próximo, de modo a reordenar suas esquadrilhas destroçadas num único plano de vôo.
Carlos Chagas

Barak Obama e o pré-sal


Segredo não é o fato de que tanto os Estados Unidos quanto a China vem carreando há  meses dezenas de milhões de dólares para os  cofres da Petrobrás, com base no compromisso de receberem como pagamento  vastas parcelas do petróleo ainda escondido nas profundezas do litoral brasileiro. São contratos a prazo futuro, que  não nos farão perder a soberania dessa  imensa riqueza posta à nossa disposição pela natureza.

O problema é que extrair petróleo nas camadas inferiores custa muito  caro. A Petrobrás dispõe da tecnologia necessária para a operação mas anos ainda vão decorrer até que ela se torne rentável. Nessa hora é que a presença de Barack Obama no Brasil se torna mais do que oportuna. Ele vem disposto a estimular grande aumento da produção de etanol para exportação  ao seu país,  mas poderá sensibilizar-se para uma parceria ainda  maior na exploração do petróleo do pré-sal. Por certo que exigirá compensações, e muitas. Por coincidência, está prevista para abril a ida da presidente Dilma Rousseff à  China. Dá para entender...
Carlos Chagas

PSDB e PIG vivem sonho de noite de verão


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Dilma e Lula
Ainda nem se chegou à marca simbólica dos 100 dias de governo Dilma Rousseff e os apressados tucanos e demos descobriram o óbvio: inventaram uma Dilma Rousseff que não existia. Pior, construíram uma caricatura da Presidenta da República na campanha eleitoral do ano passado e agora se mostram surpresos com o desempenho dela como chefe do governo e do Estado brasileiros.

"É como se o governo tivesse descido do palanque. Isso faz com que os ânimos estejam menos exaltados e pode melhorar a qualidade do debate", diz o presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE). "Ela está mais adequada ao ritual do cargo. Entende que tem que governar, e não fazer política 24 horas", completa o líder do DEM na Câmara, deputado ACM Neto (BA).

Como vocês veem, mesmo surpresos, não perdem o vício. Em vez de reconhecer o erro grosseiro que cometeram na campanha, quando a desqualificaram completamente, agora tentam compará-la com Lula e sua presidência. Outro erro. E crasso.

A presidenta Dilma Rousseff não é o presidente Lula e nem o Brasil de 2011 e o mundo são iguais ao de 2003 ou 2007, quando ele se elegeu e reelegeu. E quando deixou a Presidência da República (1º de janeiro deste ano) com a média confirmada pelas pesquisas de opinião pública de 86% de apoio popular e aprovação a seu governo.

A oposição, óbvio, sabe e sente isso, mas não desiste: tenta, sempre com respaldo e apoio de uma parte da mídia e de alguns jornalistas, criar uma imagem de divergências não só de estilo mas de políticas entre a presidenta e seu antecessor. Persiste na vã esperança de que eles se desentendam e se separem. Não terão êxito. Mero sonho de uma noite de verão.

Zé Dirceu 

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Câncer de mama

Além do exame de toque e da mamografia, outro procedimento é extremamente importante no diagnóstico do câncer de mama: a percepção do chamado "linfonodo sentinela", localizado na região das axilas.

Segundo o coordenador do Grupo de Educação e Estudos Oncológicos (GEEON) da Universidade Federal do Ceará (UFC), prof. Luiz Porto, há apenas dez anos foi descoberto que antes de se espalharem, os tumores cancerosos passam por linfonodos, o primeiro deles, chamado de sentinela. Por conta dessa característica, o médico pode detectar se a doença chegou até a região, o que sinaliza a ocorrência de metástase na paciente.

Técnica

Uma nova forma, mais eficaz e barata de realizar o procedimento foi descoberta pelo GEEON. A pesquisa primeiramente realizada em animais (cadelas), obteve resultados importantes como procedimento médico utilizado na detecção de câncer de mama. A partir da comprovação de sua eficácia em humanos, poderá ser utilizada em larga escala, pois vários países mostraram-se interessados na técnica.

Atualmente, os procedimentos mais utilizados pelo médico a fim de diagnosticar a extensão da doença até a região das axilas é a localização do "linfonodo sentinela" por meio de um marcador corante azul patente ou da substância radioativa tecnécio. Se detectada metástase, o procedimento, incluirá, além da retirada parcial/ total da mama, o esvaziamento da axila, trazendo perdas funcionais para a mulher.

A detecção do linfonodo é feita antes do procedimento cirúrgico, a partir da injeção de uma das substâncias debaixo do mamilo. Se o câncer tiver atingido o linfonodo, imediatamente o médico poderá perceber a coloração azul (no caso do azul patente) ou a presença de radiação (no caso do tecnécio).

O problema é que a primeira substância, apesar de ter custo médio, pode trazer reações anafiláticas de alto risco para a paciente. Já a segunda tem um custo bastante elevado.

A alternativa encontrada pelos pesquisadores do GEEON se trata da utilização da substância derivada do sangue chamada "hemossiderina" para a localização do linfonodo sentinela. "O diferencial é que esse "marcador natural" é bem mais barato e, por ser obtida através do sangue da própria paciente, apresenta risco zero", explica o professor Luiz Porto.

Descoberta em uma paciente com o linfonodo "naturalmente marcado", a hemossiderina foi testada primeiramente em cadelas, obtendo ótimos resultados. A técnica, publicada como nota prévia na Ata Cirúrgica Brasileira, já recebeu autorização do Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos para ser utilizada em breve nas pacientes do Hospital Universitário Walter Cantídio, da UFC.

"Durante a pesquisa, elas estarão totalmente cientes do procedimento e, para a segurança delas, receberão tanto o tecnécio quanto a hemossiderina", revelou o coordenador da pesquisa, que será lançada oficialmente no dia 30 de abril, devendo ser concluída até o final do ano.

Prevenção

Tipo de câncer mais comum entre as mulheres, o CA de mama, atinge quase 50 mil pacientes no país todos os anos. Por isso, a realização de exames de prevenção se torna essencial para a detecção da doença o mais cedo possível, de forma a elevar as chances de cura.

Pensando nisso, o Grupo de Educação e Estudos Oncológicos fará um trabalho no bairro Rodolfo Teófilo, com mulheres acima dos 40 anos, que serão submetidas a exames gratuitos de mamografia.

Exames

40 anos. A partir desta idade as mulheres devem, anualmente, realizar o exame clínico das mamas. Entre 50 e 69 anos devem fazer uma mamografia em um intervalo máximo de dois anos.

MAIS INFORMAÇÕES
Grupo de Educação e Estudos Oncológicos (GEEON) da Universidade Federal do Ceará (UFC)
(85) 3366.8593


Livros

Os mais vendidos

FICÇÃO
1. Querido John Nicholas Sparks Novo Conceito 24,90

2. A Cabana William Young Sextante 39,90

3. A Última Música Nicholas Sparks Novo Conceito 49,90

4. O Último Olimpiano Rick Riordan Intrinseca 29,90

5. Elite da Tropa 2 Luiz Eduardo Soares Nova Fronteira 39,90

6. O Mar de Monstros Rick Riordan Intreseca 32,00

7. Queda de Gigantes Ken Follett Sextante 29,90

8. Ladrão de Raios Rick Riordan Intrinseca 39,90

9. A Batalha do Apocalipse Eduardo Spohr Verus 36,00

10. Fallen Lauren Kate Record 39,90

NÃO FICÇÃO
1. 1822 Laurentino Gomes Nova Fronteira 42,90

2. Comer, Rezar, Amar Elizabeth Gilbert Objetiva 39,90

3. Comprometida Elizabeth Gilbert Objetiva 34,90

4. 1808 Laurentino Gomes Planeta 38,50

5. Não Há Silêncio que Não Termine Ingrid Betancourt Cia.das Letras 29,90

6. Guinness World Records 2011 Guinness Ediouro 39,00

7. Justin Bieber Tori Kosara Prumo 34,90

8. Mentes Perigosas Ana Beatriz Barbosa Silva Fontanar 44,90

9. Uma Breve História do Brasil Mary Del Priore Planeta 39,90

10. Guia Politicamente Incorreto do Brasil Leandro Narloch Leya Brasil 39,90

Almanaque dos reality shows no Brasil

Almanaque dos anos 70, 80, 90, até de séries de TV: já estava na hora de compilar em muitas páginas os reality shows produzidos no Brasil, do "Big Brother" a "Casa dos artistas", passando por tantos outros que vêm ganhando espaço na televisão. Foi justamente o que a jornalista Karina Trevizan fez, em livro recém-lançado pela Panda Books.


Em suas 167 páginas, o "Almanaque dos reality shows no Brasil" (R$ 27,90) lista os programas e quadros nessa linha, divididos em categorias, e ainda conta histórias de bastidores. Para escrever o livro, foram cerca de cinco meses de pesquisa, conta Karina, cuja maior dificuldade foi recuperar informações de ex-participantes de atrações que tiveram várias edições.

"As emissoras só guardam os dados mais recentes, então garimpei matérias que saíram na época das estreias. O livro é um registro para que as pessoas lembrem desses programas", diz a jornalista, que brinca: "Virei uma enciclopédia ambulante".

O livro, recém-lançado, já é um leitura obrigatória para os fãs desse tipo de programa de TV e também para aqueles que ainda sonham em participar de reality show. Vai que eles aprendem como ganhar o público e ainda saem levando o cobiçado prêmio milionário pra casa?