Ninguém, nenhuma instituição carrega a pureza no DNA

A troca no Ministério do Turismo reacende pela enésima vez o debate sobre o presidencialismo de coalizão. Que voltará a receber todo tipo de crítica, ataque, desprezo. Haverá novamente a condenação unânime do “modelo fisiológico”.

Sem que se saiba extamente o que seria um “modelo ideológico”.

É bastante provável que o episódio coloque mais uns pesinhos na balança, no prato da reforma política. A eterna panaceia, a pomada milagrosa.

Aí o cidadão comum poderia parar um instante os afazeres e perguntar: afinal, o que o presidencialismo de coalizão tem a ver com o ministro comportar-se de maneira considerada inadequada pela opinião pública?

E o que tem a ver o sistema eleitoral com a circunstância de uma autoridade cometer atos que a lei proíbe?

São perguntas simples, mas de vez em quando é preciso dar ao senso comum a oportunidade de ajudar a clarear o cenário. Neste caso, a resposta imediata para ambas as questões do parágrafo anterior é “nada”.

Problemas com ministros acontecem nos mais diversos sistemas. E, feliz ou infelizmente, não há como governar sem apoio político.

Mas o que quer dizer “apoio político”? O que os jornalistas afirmam quando relatam que certo indivíduo, grupo ou partido está atrás de “espaço”? Não é, obviamente, a busca por instalações mais amplas, arejadas, iluminadas.

É a ambição de poder nomear, demitir, executar o orçamento. Com o objetivo explícito de alavancar a reprodução do próprio poder. A partir da articulação entre interesses privados e políticas públicas.

Pois políticos que detêm poder pensam antes de tudo em como reproduzi-lo e acumular mais. Essa também é uma regra geral. Vale sempre. Em qualquer lugar do mundo.

Eis aí o virtuosismo dos sistemas permeáveis ao surgimento de novas opções políticas. É o estado saudável das coisas. Mas o Brasil teima em procurar no lugar errado a raiz das encrencas.

O episódio lança de novo no turbilhão um nome do PMDB, e servirá portanto para a volta da ladainha da “despeemedebização”. É o canto de sereia que periodicamente assoma para nos convencer da maravilha que seria o Brasil caso o multipartidarismo fosse reduzido a um bipartidarismo, restrito ao PT e ao PSDB.

Se bem que a sereia anda meio rouca, desde que petistas e peessedebistas se descobriram inimigos figadais, de uns anos para cá. E agora cada um trata de convencer a sociedade de que o outro sucumbiu ao pântano que, no nascedouro, ambos prometiam drenar.

Sempre haverá quem caia nessa.

A sociedade anda cada vez mais intolerante a malfeitos. Isso é muito bom. E a sociedade parece compreender crescentemente que não há ninguém imune, que nenhum partido carrega a pureza no DNA. O que é ótimo.

E também que o sucesso no combate ao mau uso do dinheiro público será função principalmente do ativismo social e da presença de uma oposição firme e fiscalizadora. Que reduzam o grau de liberdade dos governos.

O segundo quesito vai mais ou menos, mas o primeiro pode compensar. E esse ativismo poupará seu próprio tempo tempo se sabiamente deixar de lado irrelevâncias como por exemplo o estado de origem do novo ministro do Turismo.

América do Sul recupera ideias de Eliezer Baptista

No final do governo Collor, a Secretaria de Assuntos Estratégicos foi entregue a Eliezer Baptista, o mítico fundador da Companhia Vale do Rio Doce. Em pouco tempo ele preparou um amplo trabalho sobre os "Eixos de Desenvolvimento", pensando na integração do continente.



Não se tratava meramente da infraestrutura, mas de criar regiões de desenvolvimento em sete áreas do continente. Tornou-se a Bíblia do planejamento regional.

Após a queda de Collor, o trabalho ficou perdido em alguma gaveta do Palácio.

Depois, recuperado no início do governo Fernando Henrique Cardoso, integrou o Plano Plurianual (PPA) 1996-1999 e os programas Brasil em Ação e Avança Brasil.

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Para dar consistência continental, em 2000 foi criada a IIRSA (Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana), durante a primeira reunião de presidentes dos 12 países do continente, em Brasilia.

A ideia era que os investimentos e financiamentos fossem comandados por três bancos de desenvolvimento da região, o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), o CAF (Cooperação Andina de Fomento) e o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social).

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A crise fiscal do continente, mais a falta de prioridades de FHC para o Avança Brasil acabaram reduzindo a eficácia.

Especialmente, perderam-se duas das mais importantes visões trazidas por Eliezer: a ideia de eixos de desenvolvimento (em lugar de meros corredores de exportação) e a preocupação com o desenvolvimento sustentável.

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O IIRSA deixou um bom legado, uma carteira de 519 projetos, metodologia conjunta de trabalho para os técnicos dos 12 países falarem a mesma linguagem, princípios claros para análise de projetos, permitindo aos técnicos nacionais conversar no âmbito multilateral.

Mas pecou por alguns erros de origem

O primeiro, o de ser uma instância eminentemente técnica. Por exemplo, um corredor ferroviário entre vários países exige uma mobilização política relevante.

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O segundo problema é que, apesar de ter nascido com suporte de três grandes bancos regionais, não trouxe solução para a questão do financiamento das obras. Os bancos ajudaram na elaboração dos projetos mas não na viabilização financeira. Por exemplo, uma rodovia transoceânica Brasil-Peru, para ser financiada teria que obedecer aos critérios bancários convencionais. Tornava-se inviável.

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A terceira crítica foi que, devido à ascensão de novos governos que chegaram ao poder, criou-se a desconfiança de que seriam construídos apenas corredores de exportação capazes de escoar matéria prima mas sem trazer desenvolvimento.

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A saída encontrada foi transformar a IIRSA em um Conselho de Infraestrutura da UNASUL, a união dos países sul-americanos. Assim, atuará como resposta vertical à falta de respaldo político para as obras. E como resposta horizontal, ajudando na sinergia com os demais conselhos, como o de Economia e Finanças, o de Relações Exteriores e o Banco do Sul.

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Em novembro será apresentado o Programa de Ação Estratégica, para o período 2012/2023 racionalizando os projetos prioritários, agrupados em 30 projetos estruturantes. Tudo dentro do espírito original imaginado por Eliezer.

Blog: www.luisnassif.com.br

E-mail: luisnassif@advivo.com.br



Sorvete assado com cobertura de maarshmallow

Ingrediente

  • Duas claras
  • 1 xícara de água
  • 1 xícara de açúcar
  • 1 Unidade pau de canela
  • 1 Colheres de sopa gengibre picado
  • 3 cravos da índia
  • 1 Xícara requeijão cremoso
  • 2 Xícaras goiabada cortada em cubos pequenos
  • 1/2 Unidade(s) pote de sorvete sabor creme
  • A gosto Para regar: calda de chocolate
Como fazer
  • Preaqueça o forno em temperatura alta (200ºC).
  • Bata na batedeira as claras em neve firme e reserve.
  • Em uma panela pequena, coloque a água, o açúcar, a canela, o gengibre, o cravo e cozinhe em fogo médio, sem mexer, por 5 minutos ou até ferver e formar uma calda em ponto de fio. Coe e reserve.
  • Volte a bater as claras novamente e sem parar de bater, coloque lentamente a calda quente. Bata por 2 minutos ou até ficar firme. Reserve.
  • Distribua o requeijão e a goiabada entre 6 refratários para suflê pequenos (12 cm de diâmetro).
  • Distribua o sorvete sabor creme e cubra com uma camada do marshmallow.
  • Leve ao forno por 10 minutos ou até dourar levemente. Retire do forno, regue a calda e sirva imediatamente.
  • VARIAÇÃO Se preferir substitua o requeijão cremoso por requeijão tipo catupiry.
  • DICA Para um resultado melhor, asse em forno elétrico, deixando mais forte a parte superior.

A presidente Dilma anuncia construção de novas creches, pré-escolas e quadras esportivas


Presidenta Dilma

A presidenta Dilma Rousseff apresentou hoje o plano de ampliação da rede de creches e pré-escolas municipais, além da construção e cobertura de quadras esportivas escolares. Os projetos integram o Plano de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2).


A nova etapa prevê a construção de 4.943 unidades em 1.466 municípios, somadas às 1.484 já em construção. É um passo a mais que se soma à meta já anunciada anteriormente de 6 mil creches. Durante o anúncio, a presidenta destacou: "Queremos garantir aos brasileirinhos e às brasileirinhas um futuro melhor do que seus pais tiveram".

A construção das unidades de educação infantil está entre as metas do Plano Nacional de Educação (PNE): atender 100% das crianças de quatro e cinco anos até 2016 e 50% das crianças até três anos, estabelecida para 2020.

Está prevista também a construção de 6.116 quadras e cobertas outras cinco mil até 2014. Neste ano, foi aprovada a construção de 750 quadras em escolas municipais de todo o Brasil.

 
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Blog do Charles Bakalarczyk: O gauchinho do papai

Blog do Charles Bakalarczyk: O gauchinho do papai: Entre os dias 14 e 20 de setembro, o Rio Grande do Sul comemora a Semana Farroupilha. A gauchada relembra a Revolução Farroupilha, que...

Comissão da Verdade: Obsolescência programada

A única certeza sobre narrativas oficiais é que elas um dia deixarão de ter o status, serão derrubadas pelo surgimento de fatos. Ou pela hegemonia de um vetor político diferente, portador da sua própria narrativa.

Esse é o maior risco que corre a comissão proposta pelo governo para verificar os acontecimentos relacionados a violações de direitos humanos na ditadura. O período proposto é mais extenso, mas o foco é nos acontecimentos entre 1964 e 1985.

O próprio conceito de narrativa é uma deformação, pois supõe que um pedaço da realidade será desconsiderado. Agora mesmo no Oriente Médio vê-se um choque de narrativas, sem qualquer utilidade prática a não ser aguçar as contradições.

Não fosse a intenção de oficializar interpretações históricas parciais, não seria necessário falar em narrativa.

Bastaria dizer que a comissão vai repor a história completa do período.

Mais objetivo e fácil de explicar. E de compreender.

Narrativas são seres condenados à obsolescência exatamente por não resistirem ao oxigênio das novas descobertas históricas, ou às mudanças políticas.

Regimes que pretendem impor narrativas produzem apenas pilhas de livros inservíveis. Obras candidatas ao ridículo, em primeiro lugar pelos críticos encarregados de emplacar as narrativas subsequentes.

Mas se as narrativas são seres de obsolescência programada, têm alguma utilidade no prazo limitado, quando servem como motor em lutas político-ideológicas. Proporcionam à facção conforto e segurança espirituais.

Depois serão descartadas, mas já terão prestado o serviço encomendado.

O Brasil não precisa de uma narrativa oficial sobre os acontecimentos da ditadura. Já há narrativas suficientes. A comissão deveria se propor um trabalho abrangente, documentado, de levantamento factual sobre aquele período.

O que implicaria ouvir todos os lados e, dentro do possível, guardar algum distanciamento.

Mas aí chegamos a uma contradição em termos. Se distanciamento crítico é difícil até para historiadores profissionais, quanto mais para políticos.

Acadêmicos buscam (ou deveriam buscar) antes de tudo a perenidade da obra intelectual. Já os políticos buscam acima de tudo a perenidade no poder.

Uma boa providência na formação da comissão seria garantir pluralidade. Se a neutralidade é impossível, melhor será deixar as diversas narrativas brigarem, os diversos facciosismos disputarem, para ver se sai algum coelho do mato.

Quanto mais ela conseguir incorporar características plurais, menos datado será o produto do seu trabalho e mais respeito vai angariar.

Mas não aposto haver razão para otimismo.

Golpe: A placa do seu carro mostrada por quem está lhe ultrapassando

UM ALERTA PARA TODOS - NOVA FORMA DE ROUBO

A imaginação dos marginais não tem limites...

Esperam num estacionamento, e depois de você sair do carro, eles tiram sua placa, assim não tocam o alarme e ficam à espera de seu retorno.
Depois, seguem você, na ultrapassagem mostram a sua placa pela janela, como se ela tivesse caído do carro.
Talvez você fique um pouco espantado por ver a placa do seu carro ali na mão do passageiro do carro do lado mas, sem desconfiar e porque acha que ela caiu, resolve parar para recebê-la de volta e agradecer a quem tão "generosamente" deseja devolvê-la porque você nem reparou que tinha caído...
Parar é tudo o que eles querem que você faça e aí já é tarde
demais e terá sorte se não for violentamente tratado, raptado, ferido ou morto (que ironia: seria ótimo se fosse apenas um assalto).
Não pare, seja por que motivo for. Uma placa não é nada,
comparada com a sua integridade física.
Pense no que poderá acontecer antes de agir.
Os criminosos são espertos e podem ser extremamente violentos
quando querem conseguir alguma coisa.
Repasse para defesa de todos.
enviada por Fabiano Luiz de Araujo