Ínfimo, tamos de oío

O julgamento do mensalão (o do PT, aquele julgamento que não achou um mensalão, em dinheiro público) tirou a tampa do Poder Judiciário.

Não se trata de avaliar, de novo, as inovações ali ocorridas : as provas tênues, as ilações, as quimeras, a re-invenção do domínio do fato.

Como disse Ayres Britto: o Direito tem o direito de criar significados e palavras.

Como diz o Guto, foi uma gigantesca re-edição da Lei Fleury.

Um conjunto de inovações para pegar um só: o PT, o Lula e a Dilma.

E não ficará, provavelmente, ilação sobre ilação de pé.

Na hora de julgar a Elite, vai ter que ter ato de ofício, batom na cueca.

Quem disse que o bônus de volume da Globo vai acabar só porque o Supremo resolveu punir o Marcos Valério ?

O bônus de volume da Globo está acima de qualquer suspeita – e de qualquer Lei .

Convém observar, porem, que o Rei ficou nu em pelo.

Não dá mais para fazer o que o Supremo fazia antes, na calada do feriado, das férias, nas decisões obscuras, envoltas em sub-literatura jurídica,  nas decisões “técnicas” na hora de “mandar subir”, nas chicanas para proteger a Elite e seus representantes – especialmente no Judiciário.

A galera tá de olho. Aprendeu muito com o julgamento do mensalão (o do PT). Aprendeu que  o Direito é uma Bíblia Sagrada. Comporta qualquer interpretação. Especialmente que Deus não existe. E que, quando interessa, Thomas Jefferson vira Deus. No Direito, cabe mais voto do que na margem de erro.

O Cacciola, o Daniel Dantas, o  dr Abdelmassih, um benfeitor da Moderna Ciência da Reprodução, o assassino da Dorothy Stang, os bicheiros do Rio, a rapaziada tucana do Castelo de Caras – quer dizer, de Areia, esses Varões da Pátria já viveram dias melhores.

Vai mudar, Cynara, porque vai dar mais na vista.

Vai ficar mais feio.

Mais gente vai saber.

Vai ficar perigoso sair na rua, sem segurança.

Até que um dia a casa cai.

Um dia, o Delfim Netto, então ministro da Fazenda, disse a esse ansioso blogueiro: tenho que andar rápido antes que os barbudos  do ABC acordem.

Os barbudos do ABC ainda não acordaram para dar um jeito na Globo e no Supremo, ou no Supremo e na Globo: dá no mesmo.

Clique aqui para ler sobre a tentiva de Golpe do jn, nesta terça-feira, quando Ali Kamel exibiu tanto poder quanto o do 12º Supremo Ministro !

Mas, um dia os barbudos acordam completamente.

Como disse o Gilmar Dantas (*), tão operoso no período das férias, quando defendeu que Lewandowski pudesse votar as penas, mesmo tendo absolvido (em nome da Ética, Lewandowski não aceitou): nunca se sabe o dia que vem depois de outro.

Quando a tigrada do ABC acabar de acordar, vai pensar duas vezes antes de nomear um Ayres Britto.
Vai fazer o Congresso votar um novo regime para ministros do Supremo – como elegê-los, duração do mandato, código de Ética, e subordinação ao Conselho Nacional de Justiça – e como destroná-los.

Por que os Ministros do Supremo são os Inimputáveis da Pátria ?

Outra tarefa do Congresso quando os barbudos despertarem: redefinir o papel do CNJ e do método de escolher seus membros – como a fabulosa Eliana Calmon perguntou, em entrevista ao ansioso blogueiro: quem escolhe os membros do CNJ, com que critérios ?

Por que basta o Presidente do Senado, José Sarney, para sepultar o pedido de impeachmenet do Gilmar Dantas (*), proposto pelo Dr Piovesan ?

Por que o deputado Fernando Ferro não volta à tribuna da Câmara e propõe de novo o impeachment do Gilmar ?

Se, um dia, o PT confiou em que Gilmar julgaria o Dirceu com isenção …

Como diz o professor Wanderley, ao sugerir ampla divulgação da Teoria (?) Política do Presidente Ayres Britto, o Legislativo não pode ser pusilânime diante da usurpação de poderes, que Santayana aqui apontou: o Supremo não deve ter tantos poderes.

O PiG (**) substituiu o PSDB e se tornou a verdadeira oposição.

Mas, o PiG não dá Golpe sozinho.

O fardão do Merval não é o do General da Banda.

Antes, o PiG dava Golpe com japonas. Hoje, com togas.

Paulo Henrique Amorim

Toga não absolve hipócritas, ínfimos e cínicos corrompidos pela mídia


O povo não dá a menor bola para o que pensam os “formadores de opinião”


As eleições de 2012 estão sendo uma desagradável surpresa para a maioria dos analistas da “grande imprensa”. Quase tudo que esperavam que fossem, elas teimam em não ser.
Ficaram atordoados com os resultados de 7 de outubro. Devem ficar ainda mais com os que, provavelmente, teremos no segundo turno.  
Prepararam a opinião pública para a vitória de Serra em São Paulo. Quando, em fevereiro, o PSDB paulista implodiu o processo de prévias partidárias, fizeram crer que um lance de gênio acabara de ser jogado. Para sua alegria, Serra aceitara ser candidato.
Quem leu os “grandes jornais” da época deve se recordar do tom quase reverencial com que a candidatura foi saudada. Fernando Haddad, o novo poste fabricado por Lula, iria ver com quantos paus se faz uma canoa. Teria que lidar com o grão-mestre tucano.
Já tinham antecipado dias difíceis para os candidatos petistas com a doença do ex-presidente. Era, no entanto, apenas o desejo de que ele não tivesse condições de participar da campanha.
Quando Lula entrou em campo para melhorar as condições de disputa de seu candidato em São Paulo, ampliando o tempo de televisão de Haddad mesmo que às custas de uma coligação com Paulo Maluf, nossos argutos observadores decretaram que cometera um erro colossal. Que sepultava ali as chances de seu indicado.
Hoje, percebe-se que acertou no cálculo de que o verdadeiro campeão em rejeição na cidade é Serra e não Maluf. 
Mas a grande aposta que não deu certo é a que fizeram a respeito do impacto do julgamento do “mensalão” nas eleições. Imaginaram que seria dinamite puro. Revelou-se um tiro de festim.
As urnas não evidenciaram a esperada derrota petista. E não é isso que aguardamos para domingo.
Ao contrário, as eleições de 2012 estão se mostrando muito positivas para Lula, Dilma e o PT. Foi o partido que mais cresceu entre os maiores no número de prefeituras, de vereadores, na presença em cidades grandes. Confirmando a vitória em São Paulo e nas capitais em que tem candidatos na liderança, está prestes a conseguir seu melhor desempenho em eleições municipais desde a fundação.
O inesperado dessa performance está levando esses comentaristas a interpretações equivocadas. Cujo intuito é diminuir o significado do resultado do PT.
A primeira é que o “grande vitorioso” destas eleições seria o PSB e seu presidente, o governador Eduardo Campos.
Com todo o respeito, é difícil incluir o PSB entre os grandes. Ganhou 435 prefeituras (no primeiro turno), metade das quais em cinco estados do Nordeste, mais de um quarto em Pernambuco e no Piauí. Como partido, permanece regional, acolhendo, no restante do Brasil, algumas lideranças que lá estão como poderiam estar em qualquer outro.
É do PSB o prefeito reeleito de Belo Horizonte. Mas ninguém que conheça a política da cidade atribui a essa filiação qualquer relevância na reeleição de Marcio Lacerda.
Resta a vitória de Geraldo Julio, no Recife, um feito para Eduardo Campos. O caso é que vencer na capital de seu estado está longe de ser um resultado espetacular para um governador competente.
A segunda versão equivocada é que “ninguém ganhou”, pois a alienação eleitoral é que teria sido a marca das eleições deste ano. Que as abstenções, somadas aos brancos e nulos, é que seriam as vedetes.
Não é verdade. Em algumas capitais, de fato houve um aumento expressivo desse agregado em relação a 2008. Como em São Paulo, em que foi de 24% para 31%.
Na média das dez maiores cidades brasileiras, no entanto, a alienação total aumentou pouco no período, indo de 23,5%  para 26%. Na verdade, ela cresceu mais entre 2004 (quando era de 19,5%) e 2008, que de então para cá.
Ou seja: nem PSB, nem alienação, o maior vitorioso está sendo o PT. Se Haddad vencer, uma chave de ouro para Lula. Justo quando decretaram que enfraqueceria. 
Mais uma vez, o que se vê é que  o povo não dá a menor pelota para o que pensam os “formadores de opinião”. 
Marco Coimbra

Aonde estava o ínfimo, infame e cínico Joaquim Barbosa neste período?


os votos na reeleição de FHC



Taí a prova do crime, a capa da Folha do dia 13 de maio de 1997, com a manchete destacando a compra de votos para a emenda da reeleição de Fernando Henrique Cardoso, crime até hoje impune.


Assim como até hoje continuam impunes outros crimes cometidos durante o governo FHC-Serra, como os do Banestado, os escândalos das Sanguessugas, a Operação Vampiro, as ambulâncias superfaturadas, a escandalosa venda (melhor, doação) das empresas públicas, especialmente a Vale do Rio Doce, a Lista de Furnas, o mensalão tucano em Minas, que irrigou a campanha de FHC.

PSDB, o partido com o maior número de fichas-sujas, nunca sentou no banco dos réus por nenhum desses crimes, enquanto a mídia corporativa se delicia com o julgamento e a condenação de deputados da base aliada do governo Lula, mas especialmente de petistas.

Sobre a compra de votos de deputados a favor da emenda da reeleição escrevi aqui:

Nem a ditadura militar ousou dar o golpe constitucional do tucano FHC.

A ditadura civil-militar governou nosso país de 1964 a 1985. Foram 21 anos de golpe, tortura, violência, censura, prisões arbitrárias, exílio, assassinatos. Judiciário, Legislativo, imprensa, movimentos sindicais, estudantis, tudo censurado, reprimido.

Mas uma coisa os militares não ousaram, rasgar a Constituição e impor a reeleição. Havia eleições, indiretas, impostas, mas saía um ditador, entrava outro.

Somente com o Príncipe dos Sociólogos, o ídolo dos ídolos de nossa mídia corporativa, o homem que vendeu o Brasil e não recebeu, Fernando Henrique Cardoso, é que o Brasil rasgou a Constituição e, através de uma emenda comprada, com dinheiro vivo, de corrupção, a reeleição passou a valer no Brasil, e já para Fernando Henrique.

Como disse, nem os militares, que torturaram, exilaram, assassinaram, ousaram tanto.

No Norte, nos estados do Amazonas, Acre, Roraima, deputados foram comprados por R$ 200 mil cada, segundo reportagem publicada pela Folha. Fernando Rodrigues teve acesso às gravações que mostraram todo o esquema.

Se foi assim no Norte, quanto não foi negociado no restante do país?

Confira aqui a reportagem de maio de 1997 de Fernando Rodrigues: Deputado diz que vendeu seu voto a favor da reeleição por R$ 200 mil.

A seguir, trecho inicial da reportagem:

O deputado Ronivon Santiago (PFL-AC) vendeu o seu voto a favor da emenda da reeleição por R$ 200 mil, segundo relatou a um amigo. A conversa foi gravada e a Folha teve acesso à fita. Ronivon afirma que recebeu R$ 100 mil em dinheiro. O restante, outros R$ 100 mil, seriam pagos por uma empreiteira -a CM, que tinha pagamentos para receber do governo do Acre. Os compradores do voto de Ronivon, segundo ele próprio, foram dois governadores: Orleir Cameli (sem partido), do Acre, e Amazonino Mendes (PFL), do Amazonas.

Todas essas informações constam de gravações de conversas entre o deputado Ronivon Santiago e uma pessoa que mantém contatos regulares com ele. As fitas originais estão em poder da Folha.
O interlocutor do deputado não quer que o seu nome seja revelado. Essas conversas gravadas com Ronivon aconteceram ao longo dos últimos meses, em diversas oportunidades.

Esse sim é o maior escândalo de corrupção de nosso país.

Lula: A Dilma era um poste. O Elmano é um poste. Então, de poste em poste, nós vamos iluminar o Brasil inteiro.”


Receita do dia

Macarrão parafuso ao forno
Ingredientes

1 Pacote de Macarrão tipo Parafuso

  • 500 gramas de carne moída
  • 1 Lata de milho verde
  • 1 Lata de ervilha
  • 1 cebola picada
  • 5 Gomos de alho picados
  • 2 xícaras de molho pronto de tomate
  • 8 colheres (sopa) de óleo de soja
  • 1 caixa de creme de leite
  • 150 gramas queijo mussarela
  • Sal e pimenta a gosto

Como fazer

Cozinhe o macarrão parafuso e reserve. Aqueça o óleo e coloque para refogar a cebola com o alho. Acrescente a carne moída e tempere com sal e pimenta. Refogue bem a carne para que fique bem soltinha. Quando a carne estiver bem cozida acrescente o molho pronto de tomate, o milho verde e a ervilha e misture bem. Misture o macarrão parafuso cozido com o molho. Cubra com o creme de leite e com o queijo mussarela e leve ao forno para derreter o queijo.

do Almanaque Culinário

Mensagem do dia


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