A oposição exorcista


O antipetismo é alimentado pelo pensamento binário do nós contra eles, pelo salvacionismo militante segundo o qual do combate às saúvas lulopetistas [petralhas, apedeutas, nazi-petralhas] defendem a Família, a Pátria e a Liberdade.
Luiz Carlos Azenha

Para o Guiness


Pela primeira vez na história da criminalidade mundial, os (autores?) chantageados por crimes, procuram uma fonte financeira para pagar a chantagem e contam para que querem o dinheiro.  A fonte obviamente diz: "nisto aí eu não meto a mão."
Nassiff e leitores, há poucas semanas, na véspera do segundo turno, ficávamos aqui a espera de bala de prata que tinha que aparecer nas últimas horas da campanha.  Não tinha bala de prata nenhuma, ou melhor, ela já tinha sido disparada meses antes (ação 470) e atingiu o pé do pistoleiro.
Acho que a coisa está acontecendo de novo - a Veja continha a fazer suas reportagens para quem não tem mais jeito.  A repercussão é ZERO.  Claro que existiram Honduras, e Paraguai e até mesmo tentativa na Venezuela. Sem desprezar seus povos (na Venezuela não foi bem assim), o Brasil vive um momento diferente.
Não só estamos mais mobilizados (a retumbante e acachapante vitória de um "poste" em S.Paulo, saindo do anonimato poucos meses antes da eleição) é mais do que prova disto, como também Lula, assessorado por Dirceu compreenderam que o governo de fato é feito pelas forças dominantes e souberam plantar alianças em todo o mundo. 
Vamos relaxar, até porque esta tal de vigília  tentativa de prever os próximos passos do conservadorismo é inútil.  O Lula uma vez disse que não precisa ler jornais - ele tem os melhores dados e saberá conclamar a sociedade, em um momento diferente de eleições, se isto for necessário.
Em mais uma demonstração de fé nas instituições, Dilma irá a posse de Joaquim Barbosa - perfeito.  Um bofetada com luvas de pelica, melhor até que, convidada, não foi ao convescote do SIP e ainda retirou o Mantega. 
por Svibra

Bambolê: afina a cintura e ajuda você a perder peso


Existem vários tipos de exercícios físicos praticados com bambolê. O mais tradicional, onde a pessoa equilibra o círculo de plástico na cintura, é o de menos impacto e proporciona em média um gasto calórico de 40 calorias a cada 30 minutos. Já naqueles em que a pessoa pula entre os arcos, o gasto calórico chega a dobrar e os benefícios são maiores. "Quando exigem saltos, há um aumento da frequência cardíaca e pode-se perder até 100 calorias em 20 minutos", explica o personal trainer.  
bambolê - Foto: Getty Images

Quadril soltinho só no bambolê

Uma das principais indicações do uso do bambolê é para soltar os quadris. A exemplo da ex-miss Brasil Nathalia Guimarães, muitas pessoas aliam aulas de dança com exercícios de bambolê para deixar o quadril mais cheio de gingado. Segundo o personal trainer Edson Ramalho, isso acontece porque ao usar o bambolê, tiramos do centro de nosso corpo as tensões, fazendo com que a pressão comum no local vá embora e deixe o quadril mais soltinho. 
bambolê - Foto: Getty Images

Pule de círculo em círculo e fique com as pernas durinhas

Além de provocar maior gasto calórico, pular entre os arcos fortalece a musculatura das pernas e as deixa durinhas: "as pernas fazem força para se equilibrar nos círculos por isso ficam torneadas depois de um certo tempo de prática", explica.  
bambolê - Foto: Getty Images

Coordenação motora e resistência de dar inveja

Para conseguir equilibrar o bambolê na cintura sem deixar cair é preciso muito equilíbrio e coordenação motora para aliar os movimentos do corpo todo em função do eixo central. "Imagine debruçar sua força no centro de seu corpo? É difícil mesmo e precisa de muita concentração até conseguir o equilíbrio", explica Edson. Já quando o assunto é pular entre os arcos, é a resistência física que conta. Quanto mais pique a pessoa tiver, mais vai pular e o gasto calórico será maior. Se você não tem lá aquela disposição ainda. 
bambolê - Foto: Getty Images

Acalme-se!

É uma questão de tempo: "depois dos primeiros 15 minutos, o bambolê já funciona como exercício aeróbico e trabalha a frequência cardíaca e a resistência física. Para quem ainda não está com a corda toda, é só começar agora", sugere o personal. 

Solércia inaudita


Manda a tradição que o eleitor brasileiro vote em pessoas em lugar do ideário deste ou daquele partido. De resto, os partidos nas nossas latitudes sempre funcionaram como clubes recreativos de uma ou outra turma graúda. Se alternativa digna houve, foi o PT, mas durou pouco. No poder, portou-se como os demais.
Unidos. A maior personalidade da história política brasileira e quem lhe segue os passos. Foto: José Cruz/ABr
Deste ponto de vista, as eleições municipais recém-encerradas com o segundo turno mantiveram-se no leito antigo. Mudou, porém, o peso das lideranças capazes de influência decisiva. Lideranças autênticas, diferentes daquelas forjadas pelo populismo mais desbragado, tão frequentes no passado, mesmo recente. Refiro-me, em primeiro lugar, ao ex-metalúrgico e ex-presidente Lula, que evoluiu do palanque da Vila Euclydes para a plateia mundial.
Neste pleito, Lula confirmou o que já é do conhecimento até do mundo mineral, tirante a mídia nativa. Trata-se da personalidade mais forte da história política do País, sua popularidade, avassaladora, supera inclusive aquela de Getúlio Vargas. Dilma Rousseff segue-lhe os passos. A afirmação peremptória dos candidatos da chamada base aliada resulta antes de mais nada da boa atuação do seu governo.
Outras figuras começam a ganhar dimensão nacional, como Eduardo Campos e Cid Gomes, enquanto o momento projeta naturalmente o nome de Aécio Neves, em quem há tempo CartaCapital reconhece autoridade e tino para conduzir uma oposição moderada e responsável, conforme as conveniências da democracia.
Neste terreno o Brasil ainda engatinha. Não basta a realização periódica de eleições para provar a maioridade democrática. Outros fatores surgidos nos últimos dez anos deságuam, contudo, em importantes avanços, não somente a caminho de uma sociedade menos injusta, mas também na conquista da consciência da cidadania por um número crescente de brasileiros. É quanto transparece dos resultados deste pleito municipal, bem menos provinciano e mais significativo do que se podia imaginar.
A mídia nativa é a primeira derrotada no embate, antes que o PSDB paulista e o PT baiano. O espetáculo encenado pelos barões midiáticos e seus cortesãos na tentativa de mascarar a verdade proporcionou momentos de involuntário hu­morismo à altura do teatro do absurdo, sobretudo na linha de Ionesco, embora sem esconder a expectativa da súbita chegada de Godot, segundo Beckett. José Serra seria Godot?
Não se exclua a possibilidade, a considerar o tom de editoriais, colunas, artigos, rubricas. No sábado 27, o editorial de um jornalão estampava como título: “Resistir é preciso”. De volta de uma viagem ao exterior, ausente havia duas semanas, sofri um abalo sísmico entre o fígado e a alma. Supus que a revolução vermelha batesse às portas liderada por Fernando Haddad. Tragicômico destino de uma direita tão extremada, tão anacrônica, tão romneyana (de Romney) a ponto de soçobrar nas ondas do ridículo atroz. Espetáculo a seu modo magnífico, por obra da incapacidade dos protagonistas de perceber a enrascada patética (do Pateta de Walt Disney, herói da Editora Abril) em que se atiraram.
Dou agora com a soturna expressão dos bairros paulistanos, ditos nobres não se sabe por quê. Varridos pelo siroco de um eterno temor e pela aspiração a se instalarem, pelo menos nomodus operandi, entre Coral Gables e Dubai. Abastecidos com solércia inaudita pelos evangelhos midiáticos. E agarrados à lembrança de Fernando Henrique Cardoso e à esperança vã da vitória de José Serra. Estes ninhos tucanos estão mais para aqueles das andorinhas doentes, iguaria da cozinha chinesa. Altamente recomendados para o cardápio dos barões midiáticos.
É o ocaso de um PSDB que já foi de André Franco Montoro e Mário Covas e foi entregue ao cabo a um cínico e um obsessivo e, sustentado pela fanfarra dos jornalões e revistões, passou a cuidar dos negócios dos vetustos donos do poder. O mesmo que o cínico e o obsessivo diziam combater nos seus anos verdes. É nesta moldura que a ribalta cabe a Aécio.

Marcos Valério: "E agora, o que eu faço"?

A revista ‘Veja’ e a crosta que orbita em torno dela decidiram que o Brasil é um parque de diversões do conservadorismo decadente.

Um ‘focinho de porco’ onde se vende desde o elixir da juventude dos livres mercados, a tucanos sábios e o túnel dos horrores da esquerda.

Tudo meio gasto, decrépito, exalando picaretagem e golpe.

Um dos caça-níqueis do negócio é a barraquinha do ‘tiro ao Lula’.
Pouca demanda. Pintura descascada e balcão sujo.

Para animar a freguesia, Veja & a crosta volta e meia instalam Marcos Valério no meio a clientela; ele faz uns disparos com a espingardinha de rolha.

Atrás da cortina colunistas isentos sacodem os bonequinhos de Lula, fingindo que a rolha desta vez acertou.
Tudo um pouco capenga.

Às vezes sacodem o bonequinho antes do tiro e continuam sacudindo depois, sem parar, mesmo sem nenhum disparo.

Valério franze o cenho e olha em volta, como se perguntasse – ‘E agora, o que eu faço?’

Os patrocinadores tentam compensar o descrédito com decibéis, alardeiam prêmios milionários ao misterioso ‘atirador careca’.
Os transeuntes olham aquilo com ar de enfado.
Moscas zumbem.

A mulher barbada tira os pelos postiços e se troca em público.
Amanhã tem mais.

Veja: Lula o maior corrupto da história da humanidade


Até quando será tolerado no Brasil que a mídia publique acusações graves sem nenhuma prova?
E lá vem ele de novo
E lá vem ele de novo, Marcos Valério.
Pobre leitor.
Mais uma vez, o que é apresentado – a título de “revelações” – é um blablablá conspiratório e repetitivo em que não existe uma única e escassa evidência.
Tudo se resume às palavras de Marcos Valério. Jornalisticamente, isso é suficiente para você publicar acusações graves?
Lula, no Planeta Veja, já não é apenas o maior corrupto da história da humanidade. Está também, de alguma forma, envolvido num assassinato. Chamemos Hercule Poirot.
Se você pode publicar acusações graves sem provas, a maior vítima é a sociedade. Não se trata de proteger alguém especificamente. Mas sim de oferecer proteção à sociedade como um todo.
Imagine, apenas por hipótese, que Marcos Valério, ou quem for, acusasse você, leitor. Sem provas. Numa sociedade avançada, você está defendido pela legislação. A palavra de Valério, ou de quem for, vale exatamente o que palavras valem, nada – a não ser que haja provas.
Já falei algumas vezes de um caso que demonstra isso brilhantemente. Paulo Francis acusou diretores da Petrobras de corrupção. Como as acusações – não “revelações” – foram feitas em solo americano, no programa Manhattan Connection, a Petrobras pôde processar Francis nos Estados Unidos.
No Brasil, o processo daria em nada, evidentemente. Mas nos Estados Unidos a justiça pediu a Francis provas. Ele tinha apenas palavras. Não era suficiente. Francis teria morrido do pavor de ser condenado a pagar uma indenização que o quebraria financeira e moralmente.
Os amigos de Francis ficaram com raiva da Petrobras. Mas evidentemente Francis foi vítima de si mesmo e de seu jornalismo inconsequente.
Francis foi vítima de Francis
Por que nos Estados Unidos você tem que apresentar provas quando faz acusações graves, e no Brasil bastam palavras?
Por uma razão simples: a justiça brasileira é atrasada e facilmente influenciável pela mídia. Se Francis fosse processado no Brasil, haveria uma série interminável de artigos dizendo que a liberdade de imprensa estava em jogo e outras pataquadas do gênero.
Nos Estados Unidos, simplesmente pediram provas a Paulo Francis.
Uma justiça mais moderna forçaria, no Brasil, a imprensa a ser mais responsável na publicação de escândalos atrás dos quais muitas vezes a razão primária é a necessidade de vender mais e repercutir mais.
Provas são fundamentais em acusações. Quando isso estiver consolidado na rotina do jornalismo e da justiça brasileira, a sociedade estará mais bem defendida do que está hoje.
  About the author: Paulo Nogueira View all posts by Paulo Nogueira é jornalista e está vivendo em Londres. Foi editor assistente da Veja, editor da Veja São Paulo, diretor de redação da Exame, diretor superintendente de uma unidade de negócios da Editora Abril e diretor editorial da Editora Globo. 

O país que eles mandavam não existe mais

Pouco antes do segundo turno das eleições presidenciais de 2006, o sujeito viu a manchete do jornal na banca e não se conformou.

"Esse aí, só matando!", disse ao dono da banca, apontando o resultado da última pesquisa Datafolha que apontava a reeleição de Lula.
Passados seis anos desta cena nos Jardins, tradicional reduto tucano na capital paulista, o ódio de uma parcela da sociedade _ cada vez menor, é verdade _ contra Lula e tudo o que ele representa só fez aumentar.
Nem se trata mais de questão ideológica ou de simples preconceito de classe. Ao perder o poder em 2002, e não conseguir mais resgatá-lo nas sucessivas eleições seguintes, os antigos donos da opinião pública e dos destinos do país parecem já não acreditar mais na redenção pelas urnas.
Montados nos canhões do Instituto Millenium, os artilheiros do esquadrão Globo-Veja-Estadão miraram no julgamento do chamado mensalão, na esperança de "acabar com esta raça", como queria, já em 2005, o grande estadista nativo Jorge Bornhausen, que sumiu de cena, mas deixou alguns seguidores fanáticos para consumar a vingança.
A batalha final se daria no domingo passado, como consequência da "blitzkrieg" desfechada nos últimos três meses, que levou à condenação pelo STF de José Dirceu e José Genóino, duas lideranças históricas do PT.
Faltou combinar com os eleitores e o resultado acabou sendo o oposto do planejado: o PT de Lula e seus aliados saíram das urnas como os grandes vencedores em mais de 80% dos municípios brasileiros. E as oposições continuaram definhando.
Ato contínuo, os derrotados de domingo passado esqueceram-se de Dirceu e Genoíno, e mudaram o alvo diretamente para Lula, o inimigo principal a ser abatido, como queriam aquele personagem da banca de jornal e o antigo líder dos demo-tucanos.
Não passa um dia sem que qualquer declaração de qualquer cidadão contra Lula vá para a capa de jornal ou de revista, na tentativa de desconstruir o legado deixado por seu governo, ao final aprovado por mais de 80% da população _ o mesmo contingente de eleitores que votou agora nos candidatos dos partidos por ele apoiados.
Enganei-me ao prever que teríamos alguns dias de trégua neste feriadão. Esta é uma guerra sem fim. Quanto mais perdem, mais furiosos ficam, inconformados com a realidade que não se dobra mais aos seus canhões midiáticos movidos a intolerância e manipulação dos fatos.
O país em que eles mandavam não existe mais.

por Ricardo Kotscho